chegado para ver as flores,
sobre elas dormirei
sem sentir o tempo
Lentos dias se acumulam –
Como vão longe
Os tempos de outrora.
lavrando o campo
a nuvem imóvel
se foi
sob a folhagem amarela
o mundo repousa enterrado…
exceto o Fuji
a noite passou rápida:
sobre a peluda eruca
contas de orvalho
Mar de primavera –
O dia todo
Lentamente ondula.
o ruído
de um rato sobre o prato
como resulta frio!
Brilho da lua se move para oeste
a sombra das flores
caminha para leste.
o velho calendário
enche-me de gratidão
como um sutra
o lutador, na velhice,
conta à sua mulher o combate
que não devia ter perdido
o crisântemo amarelo
sob a luz da lanterna de mão
perde sua cor
frio na alcova
ao pisar teu pente,
minha esposa morta
faisão da montanha,
o sol da primavera
pisa sua cauda
Partem os barcos –
Como ficam distantes
Os dias de outono!
Casal de patos.
Mas o tanque é velho e a doninha
os vigia.
Um rouxinol!…
E na hora do jantar
a família reunida.
capulhos na pereira
e uma mulger à luz da luz
lendo uma carta
sinto um agudo frio:
no embarcadouro ainda resta
um filete de lua
a borboleta
pousa sobre o sino do templo
adormecido
florescente espinheiro
tão parecido aos caminhos
onde eu nasci!
menina muda,
convertida em mulher
já se perfuma
A sensação de tocar com os dedos
O que não tem realidade –
Uma pequena borboleta.
curta noite
perto de mim, junto ao travesseiro
um biombo de prata
em rincões e esquinas
frios cadáveres:
flores de ameixeira
Oh cruel vendaval!
Um bando de pequenos pardais
agarra-se à relva.
lavrando o campo:
do templo aos cumes
o canto do galo
Lentos dias se acumulam –
Como vão longe
Os tempos de outrora.
dos amores
que vão água abaixo
que dirão as altas nuvens?
Há neste campo de verão
o caminho por onde cheguei
e o caminho por onde partirei
no sino do templo
dorme
uma borboleta
Nada se move,
nem uma folha: inquietante
jaz o bosque no verão.
chegado para ver as flores,
sobre elas dormirei
sem sentir o tempo
Lentos dias se acumulam –
Como vão longe
Os tempos de outrora.
lavrando o campo
a nuvem imóvel
se foi
sob a folhagem amarela
o mundo repousa enterrado…
exceto o Fuji
a noite passou rápida:
sobre a peluda eruca
contas de orvalho
Mar de primavera –
O dia todo
Lentamente ondula.
o ruído
de um rato sobre o prato
como resulta frio!
Brilho da lua se move para oeste
a sombra das flores
caminha para leste.
o velho calendário
enche-me de gratidão
como um sutra
o lutador, na velhice,
conta à sua mulher o combate
que não devia ter perdido
o crisântemo amarelo
sob a luz da lanterna de mão
perde sua cor
frio na alcova
ao pisar teu pente,
minha esposa morta
faisão da montanha,
o sol da primavera
pisa sua cauda
Partem os barcos –
Como ficam distantes
Os dias de outono!
Casal de patos.
Mas o tanque é velho e a doninha
os vigia.
Um rouxinol!…
E na hora do jantar
a família reunida.
capulhos na pereira
e uma mulger à luz da luz
lendo uma carta
sinto um agudo frio:
no embarcadouro ainda resta
um filete de lua
a borboleta
pousa sobre o sino do templo
adormecido
florescente espinheiro
tão parecido aos caminhos
onde eu nasci!
menina muda,
convertida em mulher
já se perfuma
A sensação de tocar com os dedos
O que não tem realidade –
Uma pequena borboleta.
curta noite
perto de mim, junto ao travesseiro
um biombo de prata
em rincões e esquinas
frios cadáveres:
flores de ameixeira
Oh cruel vendaval!
Um bando de pequenos pardais
agarra-se à relva.