AutorYosa Buson

Yosa Buson

chegado para ver as flores,
sobre elas dormirei
sem sentir o tempo

Yosa Buson

Lentos dias se acumulam –
Como vão longe
Os tempos de outrora.

Yosa Buson

lavrando o campo
a nuvem imóvel
se foi

Yosa Buson

sob a folhagem amarela
o mundo repousa enterrado…
exceto o Fuji

Yosa Buson

a noite passou rápida:
sobre a peluda eruca
contas de orvalho

Yosa Buson

Mar de primavera –
O dia todo
Lentamente ondula.

Yosa Buson

o ruído
de um rato sobre o prato
como resulta frio!

Yosa Buson

Brilho da lua se move para oeste
a sombra das flores
caminha para leste.

Yosa Buson

o velho calendário
enche-me de gratidão
como um sutra

Yosa Buson

o lutador, na velhice,
conta à sua mulher o combate
que não devia ter perdido

Yosa Buson

o crisântemo amarelo
sob a luz da lanterna de mão
perde sua cor

Yosa Buson

frio na alcova
ao pisar teu pente,
minha esposa morta

Yosa Buson

faisão da montanha,
o sol da primavera
pisa sua cauda

Yosa Buson

Partem os barcos –
Como ficam distantes
Os dias de outono!

Yosa Buson

Casal de patos.
Mas o tanque é velho e a doninha
os vigia.

Yosa Buson

Um rouxinol!…
E na hora do jantar
a família reunida.

Yosa Buson

capulhos na pereira
e uma mulger à luz da luz
lendo uma carta

Yosa Buson

sinto um agudo frio:
no embarcadouro ainda resta
um filete de lua

Yosa Buson

a borboleta
pousa sobre o sino do templo
adormecido

Yosa Buson

florescente espinheiro
tão parecido aos caminhos
onde eu nasci!

Yosa Buson

menina muda,
convertida em mulher
já se perfuma

Yosa Buson

A sensação de tocar com os dedos
O que não tem realidade –
Uma pequena borboleta.

Yosa Buson

curta noite
perto de mim, junto ao travesseiro
um biombo de prata

Yosa Buson

em rincões e esquinas
frios cadáveres:
flores de ameixeira

Yosa Buson

Oh cruel vendaval!
Um bando de pequenos pardais
agarra-se à relva.

Yosa Buson

lavrando o campo:
do templo aos cumes
o canto do galo

Yosa Buson

Lentos dias se acumulam –
Como vão longe
Os tempos de outrora.

Yosa Buson

dos amores
que vão água abaixo
que dirão as altas nuvens?

Yosa Buson

Há neste campo de verão
o caminho por onde cheguei
e o caminho por onde partirei

Yosa Buson

no sino do templo
dorme
uma borboleta

Yosa Buson

Nada se move,
nem uma folha: inquietante
jaz o bosque no verão.

Yosa Buson

chegado para ver as flores,
sobre elas dormirei
sem sentir o tempo

Yosa Buson

Lentos dias se acumulam –
Como vão longe
Os tempos de outrora.

Yosa Buson

lavrando o campo
a nuvem imóvel
se foi

Yosa Buson

sob a folhagem amarela
o mundo repousa enterrado…
exceto o Fuji

Yosa Buson

a noite passou rápida:
sobre a peluda eruca
contas de orvalho

Yosa Buson

Mar de primavera –
O dia todo
Lentamente ondula.

Yosa Buson

o ruído
de um rato sobre o prato
como resulta frio!

Yosa Buson

Brilho da lua se move para oeste
a sombra das flores
caminha para leste.

Yosa Buson

o velho calendário
enche-me de gratidão
como um sutra

Yosa Buson

o lutador, na velhice,
conta à sua mulher o combate
que não devia ter perdido

Yosa Buson

o crisântemo amarelo
sob a luz da lanterna de mão
perde sua cor

Yosa Buson

frio na alcova
ao pisar teu pente,
minha esposa morta

Yosa Buson

faisão da montanha,
o sol da primavera
pisa sua cauda

Yosa Buson

Partem os barcos –
Como ficam distantes
Os dias de outono!

Yosa Buson

Casal de patos.
Mas o tanque é velho e a doninha
os vigia.

Yosa Buson

Um rouxinol!…
E na hora do jantar
a família reunida.

Yosa Buson

capulhos na pereira
e uma mulger à luz da luz
lendo uma carta

Yosa Buson

sinto um agudo frio:
no embarcadouro ainda resta
um filete de lua

Yosa Buson

a borboleta
pousa sobre o sino do templo
adormecido

Yosa Buson

florescente espinheiro
tão parecido aos caminhos
onde eu nasci!

Yosa Buson

menina muda,
convertida em mulher
já se perfuma

Yosa Buson

A sensação de tocar com os dedos
O que não tem realidade –
Uma pequena borboleta.

Yosa Buson

curta noite
perto de mim, junto ao travesseiro
um biombo de prata

Yosa Buson

em rincões e esquinas
frios cadáveres:
flores de ameixeira

Yosa Buson

Oh cruel vendaval!
Um bando de pequenos pardais
agarra-se à relva.

Yosa Buson

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