A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial.
Aquele que gosta de ser adulado é digno do adulador.
Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio.
Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes.
Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te.
É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.
Em tempo de paz convém ao homem serenidade e humildade; mas quando estoura a guerra deve agir como um tigre!
Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor.
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.
Ó beleza! Onde está tua verdade?
Os miseráveis não têm outro remédio a não ser a esperança.
Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia.
Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.
É um péssimo cozinheiro aquele que não pode lamber os próprios dedos.
Ser grande é abraçar uma grande causa.
O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém.
Esta consciência, que faz de todos nós covardes.
Os homens de poucas palavras são os melhores.
A cólera é um cavalo fogoso; se lhe largamos o freio, o seu ardor exagerado em breve a deixa esgotada.
Combater e morrer é pela morte derrotar a morte, mas temer e morrer é fazer-lhe homenagem com um sopro servil.
É preferível suportar os males que temos do que voar para aqueles que não conhecemos.
Ó doçura da vida: Agonizar a toda a hora sob a pena da morte, em vez de morrer de um só golpe.
A paixão aumenta em função dos obstáculos que se lhe opõem.
A alegria evita mil males e prolonga a vida.
Se fiz alguma coisa boa em toda a minha vida, dela me arrependo do fundo do coração.
A gratidão é o único tesouro dos humildes.
Ser ou não ser: eis a questão.
O amor é como a criança: deseja tudo o que vê.
Só os mendigos conseguem contar as suas riquezas.
Quantas vezes a simples visão de meios para fazer o mal / Faz com que o mal seja feito!
O mal da grandeza é quando ela separa a consciência do poder.
As palavras são como os patifes desde o momento em que as promessas os desonraram. Elas tornaram-se de tal maneira impostoras que me repugna servir-me delas para provar que tenho razão.
Considero o mundo por aquilo que ele é, Graciano: / Um palco em que cada um deve recitar um papel, / e o meu é um papel triste.
Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.
A minha consciência tem milhares de vozes, / E cada voz traz-me milhares de histórias, / E de cada história sou o vilão condenado.
Chorar sobre as desgraças passadas é a maneira mais segura de atrair outras.
Todas as graças da mente e do coração se escapam quando o propósito não é firme.
Pelas roupas rasgadas mostram-se os vícios menores: as vestes de cerimônia e as peles escondem todos eles.
O rosto enganador deve ocultar o que o falso coração sabe.
As ideias das pessoas são pedaços da sua felicidade.
O que não dá prazer não dá proveito. Em resumo, senhor, estude apenas o que lhe agradar.
Fragilidade, o teu nome é mulher!
Sábio é o pai que conhece o seu próprio filho.
O mal que os homens praticam sobrevive a eles; o bem quase sempre é sepultado com eles.
A vida é uma simples sombra que passa (…); é uma história contada por um idiota, cheia de ruído e de furor e que nada significa.
Um fogo devora um outro fogo. Uma dor de angústia cura-se com outra.
O pensamento é escravo da vida, e a vida é o bobo do tempo.
Para o trabalho que gostamos, levantamo-nos cedo e fazêmo-lo com alegria.
Pois a coragem cresce com a ocasião.
Se fazer fosse tão fácil quanto saber o que seria bom fazer, as capelas seriam igrejas, e as choupanas dos pobres, palácios de príncipes.
Não acredites nem nos que pedem emprestado, nem nos que emprestam; porque muitas vezes, perde-se o dinheiro e o amigo… e o empréstimo.
O que é que há, pois, num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem.
É um amor pobre aquele que se pode medir.
O verdadeiro nome do amor é cativeiro.
Não existe o bom ou o mau; é o pensamento que os faz assim.
Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua filosofia.
A mágoa profunda tem menos poder para atingir / O homem que dela faz troça, e não a carrega como um fardo.
Pois a calúnia vive por transmissão,
Alojada para sempre onde encontra terreno.
Bem pago está quem por satisfeito se dá.
O casamento faz de duas pessoas uma só, difícil é determinar qual será.
O horror visível tem menos poder sobre a alma do que o horror imaginado.
Não peças emprestado nem emprestes.
Se os homens fossem constantes seriam perfeitos.
Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecerem o que não são.
Chorar é diminuir a profundidade da dor.
Não julgueis; somos todos pecadores.
Poucos gostam de ouvir falar das faltas / Que com prazer praticam.
Eu sei de que maneira pródiga a alma empresta / Juramentos à língua quando o sangue arde.
Nunca houve um filósofo que conseguisse suportar pacientemente uma dor de dentes.
Consciência é uma palavras usada pelos covardes para incutir medo aos fortes.
Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos.
É uma infelicidade da época, que os doidos guiem os cegos.
O louco, o amoroso e o poeta estão recheados de imaginação.
A esperança de gozar cede apenas em prazer à esperança realizada.
Aceita o conselho dos outros, mas nunca desistas da tua própria opinião.
A beleza provoca o ladrão mais do que o ouro.
O mundo inteiro é um palco, e todos os homens e todas as mulheres são apenas atores.
A mágoa altera as estações e as horas de repouso, fazendo da noite dia e do dia noite.
O meu corpo é um jardim, a minha vontade o seu jardineiro.
Alguns elevam-se pelo pecado, outros caem pela virtude.
É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor.
O passado e o futuro parecem-nos sempre melhores; o presente, sempre pior.
As falhas dos homens eternizam-se no bronze,
As suas virtudes escrevemos na água.
Muito embora seja honesto, não é aconselhável / trazer más notícias.
Mostre-me um homem que não seja escravo das suas paixões.
A necessidade faz-nos habituar a estranhos companheiros de leito.
Ter um filho ingrato é mais doloroso do que a mordida de uma serpente!
Não há arauto mais perfeito da alegria do que o silêncio. Eu sentir-me-ia muito pouco feliz se me fosse possível dizer a que ponto o sou.
Algum desgosto prova muito amor, mas muito desgosto revela demasiada falta de espírito.
O que é a honra? Uma palavra. O que há nessa palavra honra? Vento.
Perde-se a vida quando a pretendemos resgatar à custa de demasiadas preocupações.
Os que muito falam, pouco fazem de bom.
Temo a tua natureza; ela está demasiado cheia do leite da ternura humana para que seja capaz de seguir o caminho mais curto.
Em certos momentos, os homens são donos dos seus próprios destinos.
As juras mais fortes consomem-se no fogo da paixão como a mais simples palha.
As paixões ensinaram a razão aos homens.
Quem cedo e bem aprende, tarde ou nunca esquece. Quem negligencia as manifestações de amizade, acaba por perder esse sentimento.
A vida é enfadonha como uma história contada duas vezes.
Nós somos do tecido de que são feitos os sonhos.
O Demónio não soube o que fez quando criou o homem político; enganou-se, por isso, a si próprio.
Sabemos o que somos, mas não sabemos o que poderemos ser.
Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.
De todas as paixões baixas, o medo é a mais amaldiçoada.
Vivi muito tempo, e o caminho da minha vida perde-se nas folhas amarelas e secas.
Se todo o ano fosse de férias alegres, divertirmo-nos tornar-se-ia mais aborrecido do que trabalhar.
Quem me rouba a honra priva-me daquilo que não o enriquece e faz-me verdadeiramente pobre.
O mundo está desarticulado.
O amor não se vê com os olhos, mas com o coração.
O mau comportamento dos homens vive no bronze; as suas virtudes, nós as escrevemos sobre a água.
Todos podemos controlar a dor exceto aquele que a sente.
O talento revela-se exatamente porque esconde a sua perfeição.
Assim que nascemos, choramos por nos vermos neste imenso palco de loucos.
O homem que não tem a música dentro de si e que não se emociona com um concerto de doces acordes é capaz de traições, de conjuras e de rapinas.
Uma coisa bela persuade por si mesma, sem necessidade de um orador.
Com o engodo de uma mentira, pesca-se uma carpa de verdade.
Algumas dores são passíveis de cura.
Está bem pago quem está satisfeito.
Não basta apenas soerguer os fracos; devemos ampará-los depois.
Contrabalançar promessas com promessas é estar pesando o nada.
Entra no teu peito: bate, e pergunta a teu coração o que sabe ele.
Antes do matrimônio tende os olhos abertos, no matrimônio, depois, fechem-nos um pouco.
Somos feitos da mesma matéria que nossos sonhos.
Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia.
A miséria habitua o homem a estranhos companheiros de cama.
A verdade nunca perde em ser confirmada.
Só os mendigos conseguem contar sua riquezas.
Tarde demais o conheci, por fim; cedo demais, sem conhecê-lo, amei-o.
O bobo se acha sábio, mas o sábio se acha bobo.
Vazias as veias,nosso sangue se arrefece,indispostos ficamos desde cedo,incapazes de dar e de perdoar.Mas quando enchemos…
O resto é silêncio.
Nada encoraja tanto ao pecador como o perdão.
Em nossas loucas tentativas, renunciamos ao que somos pelo que esperamos ser.
Fortes razões, fazem fortes ações.
Seja como for o que penses, creio que é melhor dizê-lo com boas palavras.
O passado é um prólogo.
Os velhos desconfiam da juventude porque foram jovens.
Guarda teu amigo sob a chave de tua própria vida.
O sábio não se senta para lamentar-se, mas se põe alegremente em sua tarefa de consertar o dano feito.
Ninguém pode calcular a potência venenosa de uma palavra má num peito amante.
Que é o homem, se sua máxima ocupação e o bem maior não passam de comer e dormir?
Oh! Que formosa aparência tem a falsidade!
Não basta levantar o fraco, é preciso ampará-lo depois.
O silêncio é o mais perfeito arauto da felicidade. Eu estaria pouco feliz se pudesse dizer o quanto.
Que a melhor sala de aula do mundo está aos pés
de uma pessoa mais velha; Que quando você está amando dá na vista; Que ter uma criança adormecida em seus braços é
um dos momentos mais pacíficos do mundo.
Quanto mais fecho os olhos,
melhor vejo…
Meu dia é noite quando estás ausente…
E à noite eu vejo o sol
se estás presente…
From hours to hours, we rip and rip,
From hours to hours, we rot and rot
And thereby hangs the tale.
SONETO LXX
Se te censuram, não é teu defeito,
Porque a injúria os mais belos pretende;
Da graça o ornamento é vão, suspeito,
Corvo a sujar o céu que mais esplende.
Enquanto fores bom, a injúria prova
Que tens valor, que o tempo te venera,
Pois o Verme na flor gozo renova,
E em ti irrompe a mais pura primavera.
Da infância os maus tempos pular soubeste,
Vencendo o assalto ou do assalto distante;
Mas não penses achar vantagem neste
Fado, que a inveja alarga, é incessante.
Se a ti nada demanda de suspeita,
És reino a que o coração se sujeita.
Não, Tempo, não zombarás de minhas mudanças!
As pirâmides que novamente construíste
Não me parecem novas, nem estranhas;
Apenas as mesmas com novas vestimentas.
SONETO LXXXVIII
Quando me tratas mal e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.
Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.
Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,
Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto.
SONETO CV
Não chame o meu amor de idolatria
Nem de ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
‘Beleza, Bem, Verdade’, eis o que exprimo;
‘Beleza, Bem, Verdade’, todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
‘Beleza, Bem, Verdade’ sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.
SONETO LXV
Se a morte predomina na bravura
Do bronze, pedra, terra e imenso mar,
Pode sobreviver a formosura,
Tendo da flor a força a devastar?
Como pode o aroma do verão
Deter o forte assédio destes dias,
Se portas de aço e duras rochas não
Podem vencer do Tempo a tirania?
Onde ocultar – meditação atroz –
O ouro que o Tempo quer em sua arca?
Que mão pode deter seu pé veloz,
Ou que beleza o Tempo não demarca?
Nenhuma! A menos que este meu amor
Em negra tinta guarde o seu fulgor.
Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor.
O ouvido humano é surdo aos conselhos e agudo aos elogios.
Nem palavras duras nem olhares severos devem afugentar quem ama; as rosas tem espinhos e, no entanto, colhem-se.
Não há vício tão simples que não afivele a aparência de virtude.
É comum perder-se o bom por querer o melhor.
Tarde demais a conheci, por fim; cedo demais, sem conhecê-la, amei-a profundamente. [Adaptado]
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
O amor é muito jovem para saber o que é consciência.
A arte é o espelho e a crónica da sua época.
Não passam de traidoras as nossas dúvidas, que às vezes nos privam do que seria nosso se não tivéssemos o receio de tentar.
Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.
A verdade é que não te amo com meus olhos que descobrem em ti mil defeitos, mas com meu coração, que ama o que os olhos desprezam.
Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas!
O orgulho devora a si mesmo.
Chorar velhos amigos que perdemos não é tão proveitoso e saudável como nos alegrarmos pelas novas aquisições de amigos.
O amor é cego, por isso os namorados nunca vêem as tolices que praticam.
Dê a todas pessoas seus ouvidos, mas a poucas a sua voz.
Não é digno de saborear o mel aquele que se afasta da colméia com medo das picadelas das abelhas.
Devagar! Quem mais corre, mais tropeça!
Aprendi que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos.
Aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.
Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa?
Ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa.
Aprendi que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.
Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito.
Uns venceram por seus crimes, outros fracassaram por suas virtudes.
Soneto 18
Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.
Às vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.
Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:
Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.
~ Soneto 23 ~
Como no palco o ator que é imperfeito
Faz mal o seu papel só por temor,
Ou quem, por ter repleto de ódio o peito
Vê o coração quebrar-se num tremor,
Em mim, por timidez, fica omitido
O rito mais solene da paixão;
E o meu amor eu vejo enfraquecido,
Vergado pela própria dimensão.
Seja meu livro então minha eloqüência,
Arauto mudo do que diz meu peito,
Que implora amor e busca recompensa
Mais que a língua que mais o tenha feito.
Saiba ler o que escreve o amor calado:
Ouvir com os olhos é do amor o fado.
~ Soneto 53 ~
De que substância foste modelado,
Se com mil vultos o teu vulto medes?
Tantas sombras difundes, enfeixado
Num ser que as prende, e a todas sobre excedes;
Adônis mesmo segue o teu modelo
Em vã, esmaecida imitação;
A face helênica onde pousa o belo
Ganhou em ti maior coloração;
A primavera é cópia desta forma,
A plenitude és tu, em que consiste
O ver que toda graça se transforma
No teu reflexo em tudo quanto existe:
Qualquer beleza externa te revela
Que a alma fiel em ti acha mais bela.
~ Soneto 29 ~
Quando, malquisto da fortuna e do homem,
Comigo a sós lamento o meu estado,
E lanço aos céus os ais que me consomem,
E olhando para mim maldigo o fado;
Vendo outro ser mais rico de esperança,
Invejando seu porte e os seus amigos;
Se invejo de um a arte, outro a bonança,
Descontente dos sonhos mais antigos;
Se, desprezado e cheio de amargura,
Penso um momento em vós logo, feliz,
Como a ave que abre as asas para a altura,
Esqueço a lama que o meu ser maldiz:
Pois tão doce é lembrar o que valeis
Que está sorte eu não troco nem com reis.
Soneto 30
Quando à corte silente do pensar
Eu convoco as lembranças do passado,
Suspiro pelo que ontem fui buscar,
Chorando o tempo já desperdiçado,
Afogo olhar em lágrima, tão rara,
Por amigos que a morte anoiteceu;
Pranteio dor que o amor já superara,
Deplorando o que desapareceu.
Posso então lastimar o erro esquecido,
E de tais penas recontar as sagas,
Chorando o já chorado e já sofrido,
Tornando a pagar contas todas pagas.
Mas, amigo, se em ti penso um momento,
Vão-se as perdas e acaba o sofrimento.
~ Soneto 35 ~
Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o inseto faz seu ninho;
Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;
Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te escuso, e me convenço
Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,
Dou-me ao ladrão amado e amoroso.
~ Soneto 92 ~
Faz teu pior pra mim te afastares,
Enquanto eu viva tu és sempre meu,
Não há mais vida se tu não ficares,
Pois ela vive desse amor que é teu.
Por que hei de temer grande traição
Se tem fim minha vida com a menor;
De vida abençoada eu sou, então,
Por não estar preso ao teu cruel humor.
Tua mente inconstante não me afeta,
Minha vida é ligada à tua sorte;
Como é feliz o fato que decreta
Que sou feliz no amor, feliz na morte!
Porém que graça escapa de temer?
Podes ser falso e eu sequer saber.
Sabemos o que somos, mas ignoramos o que podemos nos tornar.
Quem tem mais culpa, o tentado? ou o tentador?
Que de sua jovem e imaculada carne possam brotar violetas.
Aquilo que pedimos aos céus na maioria das vezes se encontra em nossas mãos.
O poder da beleza transforma a honestidade em meretriz mais depressa do que a força da honestidade faz a beleza se assemelhar a ela.
A coragem cresce com a ocasião.
A paciência é a mais nobre e gentil das virtudes.
Até hoje não houve filósofo que padecesse pacientemente uma dor de dente.
Consiste a monstruosidade do amor…
Em ser infinita a vontade, e limitados
os desejos, e ato escravo do limite…
Um rosto de mulher pintado pelas cores da natureza, tens tu senhora da minha paixão!
Algumas quedas servem para que levantemos mais felizes.
O amor não prospera em corações que se amedrontam com as sombras.
Se a rosa tivesse outro nome, ainda assim teria o mesmo perfume.
Os ciumentos não precisam de motivo para ter ciúme. São ciumentos porque são. O ciúme é um monstro que a si mesmo se gera e de si mesmo nasce.
É das coisas, que os sonhos são feitos.
Pois vê só quão pouca consideração tens por mim: estás querendo tocar-me, como instrumento, conhecer os meus registros, do mais alto ao mais baixo. Há muita música boa; aqui dentro, e mesmo assim não sabes como tirá-la deste pequeno órgão. Estás pensando, por Deus, que eu seja mais fácil de ser manuseado que um pífaro? Podes dedilhar-me á vontade, não tirarás nota alguma de mim! – Hamlet, lll ato, cena 2.
A verdade é que no céu e na terra há mais coisas do que aquelas com que pode sonhar a nossa vã filosofia
Ouvir com os olhos faz parte das sutilezas do amor.
As coisas mais mesquinhas enchem de orgulho os indivíduos baixos.
As mais belas jóias, sem defeito, com o uso o encanto perdem.
Um homem inteligente pode transformar-se num joão-bobo, quando não sabe valer-se de seus recursos naturais.
Pobre é o amor que pode ser descrito.
Tudo o que nasce deve morrer, passando pela natureza em direção à eternidade.
Soneto 116
De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente torna-se mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.
Pisado, o menor verme se revira
Bastantes vezes a aparência externa carece de valor. Sempre enganado tem sido o mundo pelos ornamentos. Em direito, que causa tão corrupta e estragada, não fica apresentável por uma voz graciosa, que a aparência malévola disfarça? Que heresia poderá haver em religião, se alguma fronte austera a defende, e justifica com a citação de um texto, mascarando com bonito fraseado a enormidade? Não há vicio, por crasso, que não possa revelar aparência de virtude. Quantos poltrões não vemos, cujo peito resiste tanto como areia ao vento, que no queixo nos mostram barba de Hércules ou do sombrio Marte, e que por dentro fígados como leite só possuem? Os bigodes só usam da coragem, para que possam parecer temíveis. Mas se a beleza olhásseis, acharíeis que é só comprada a peso, e que milagre realiza da natura, ocasionando mais leveza onde mais presente esteja. isso se dá com esses cabelos louros de cachos enrolados como serpes, que saltitam ao vento, libertinos. cobrindo uma beleza só de empréstimo; conhecidos são todos como dádiva de uma cabeça estranha: já no túmulo se encontra o crânio sobre que nasceram. Praia traiçoeira é o ornato, por tudo isso, de um mar mui perigoso, linda charpa que esconde o rosto de uma bela indiana; em resumo: aparência da verdade, de que se vale o tempo experto, para colher até os mais sábios. Assim sendo, brilhante ouro, de Midas duro cibo, nada quero de ti, como não quero também de ti, intermediário pálido e vulgar entre os homens. Minha escolha recai em ti, em ti, modesto chumbo, que mais ameaças do que prêmio inculcas. Tua lhaneza é a máxima eloqüência. Seja pois alegria a conseqüência
Assim como me vedes neste momento, eu sou. Para mim própria não seria ambiciosa em meus desejos de querer ser muito melhor em tudo. Mas triplicar quisera vinte vezes, para vós, o que sou, ser mais formosa mil vezes, dez mil vezes mais senhora de um rico patrimônio. Para em vosso conceito ser mais alta, desejara ter conta incalculável de virtudes, belezas, bens e amigos; suas a soma total de quanto valho é soma negativa, que define, grosso modo, uma jovem sem preparo, talentos e experiência, que se julga feliz apenas por não ser tão velha que não possa aprender, e venturosa por não ser tão obtusa de nascença que aprender não consiga coisa alguma. Mas a suma ventura nisto tudo consiste em poder ela inteiramente vos confiar o espírito maleável, para que a dirijais, na qualidade de marido, senhor e soberano. Eu, com tudo o que tenho, desde agora passo a ser toda vossa. Até há momentos, era eu senhora desta bela casa, dona dos meus criados, soberana de mim própria; mas desde este momento a casa, a famulagem, minha própria pessoa, meu senhor, a vós pertence. Tudo vos dou com este anel. Se acaso vos separardes dele, ou se o perderdes, ou se presente a alguém dele fizerdes, indício certo isso será da morte de nosso amor e causa de queixar-me.
O poder é a escola do crime. (Macbeth)
Dormir, dormir… talvez sonhar…
Há algo de podre no reino da dinamarca. (Hamlet)
For parting is such a sweet sorrow, that I should say good bye ‘till it be tomorrow. (R&J)
My only love sprung from my only hate!
Too early seen unknown, and known too late!
Prodigious birth of love it is to me
That I must love a loathed enemy.
Toda despedida é dor… tão doce todavia, que eu te diria boa noite até que amanhecesse o dia.
Faço o que todo homem faz. Não o seria se fizesse mais. ( Macbeth )
Não pode haver couraça mais potente, do que um coração limpo; está três vezes armado quem defende a causa justa; ao passo que está nu, ainda que de aço revestido, o individuo de conciência manchada por ciúmes e injustiças
Quando a hora dobra em triste e tardo toque
E em noite horrenda vejo escoar-se o dia,
Quando vejo esvair-se a violeta, ou que
A prata a preta tempora assedia;
Quando vejo sem folha o tronco antigo
Que ao rebanho estendia a sobra franca
E em feixe atado agora o vejo trigo
Seguir o carro, a barba hirsuta e branca;
Sobre tua beleza então questiono
Que há de sofrer do Tempo a dura prova,
Pois as graças do mundo em abandono
Morrem ao ver nascer a graça nova.
Contra a foice do tempo é vão combate
Salvo a prole, que o enfrenta se te abate.
É rápido como uma sombra, curto com um sonho
Breve como um relâmpago na noite fria
Que com melancolia revela tanto o céu quanto a terra
E antes que o homem consiga dizer “Veja!”
Os dentes da noite o devoram.
E assim, depressa, tudo o que é luminoso
Desaparece em meio à perplexidade
Há quem diga que todas as noites são sonhos
Mas há também quem diga nem todas, só as de verão
Mas no fundo isso não tem muita importância
O que interessa mesmo não são as noites em si, são os sonhos.
As palavras estão cheias de falsidade ou de arte; o olhar é a linguagem do coração.
É melhor ser rei de teu silêncio do que escravo de tuas palavras.
Duvides que as estrelas sejam fogo, duvides que o sol se mova, duvides que a verdade seja mentira, mas não duvides jamais de que te amo.
Mesmo sendo casto como gelo e puro como a neve, ninguém está livre da calúnia.
O amor só é amor se não se dobra a obstáculos e não se curva à vicissitudes… é uma marca eterna… que sofre tempestades sem nunca se abalar.
O débil, acovardado, indeciso e servil não conhece, nem pode conhecer o generoso impulso que guia aquele que confia em si mesmo, e cujo prazer não é de ter conseguido a vitória, se não de sentir capaz de conquistá-la.
Nunca reveles com facilidade o teu pensamento, nem executes nunca o que bem não tenhas ponderado.
Oh, paixão, que fazes com meus olhos que não enxergam o que veem?
O amor é a única loucura de um sábio e a única sabedoria de um tolo.
Quando a boca não consegue dizer o que o coração sente, o melhor é deixar a boca sentir o que o coração diz.
“Sem saber amar não adianta amar profundamente.”
Até mesmo a bondade, se em demasia, morre do próprio excesso.
“Quando o dinheiro vai na frente, todos os caminhos se abrem.”
Foi curto.
Tal como o amor das mulheres.
(Hamlet)
Necessito de sangue em vez de lágrimas.
(Hamlet)
O hábito, esse demônio que devora todos os sentimentos. (Hamlet)
HAMLET: Pode-se pescar com um verme que haja comido de um rei, e comer o peixe que se alimentou desse verme.
O REI: Que queres dizer com isso?
HAMLET: Nada; apenas mostrar-vos como um rei pode fazer um passeio pelos intestinos de um mendigo.
Cara Gertrudes, as tristezas não andam como esías, mas sempre em batalhões. (Hamlet)
Quem por própria vontade se desprende e separa de sua seiva substancial, acaba murchando forçosamente e servindo para uso mortal.
Não te amo com os olhos que te percebem mil defeitos, mas com o coração que apesar do que vê adora se apaixonar!
Não amam os que não mostram seu amor.
Se não te lembram as menores tolices que o amor te levou a fazer, é que jamais amaste.
Sendo o fim doce, que importa que o começo amargo fosse? Bem está o que acaba.
Um relato honesto se desenrola melhor se o fazem sem rodeios.
“Guarda teu amigo sob a chave de tua própria vida.”
“QUEM TEM MAIS CULPA ?” “O TENTADO OU O TENTADOR”?
Pobre aquele amor que se é descrito e
que pode se medir.
Se eu pudesse escrever a beleza dos teus olhos,
E em novos números numerar todas as tuas virtudes,
A geração por vir diria,
‘Este poeta mente; toques tão celestiais jamais tocaram rostos terrestres’
O que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
Melhor três horas cedo demais do que um minuto atrasado.
Não, não deixes teu pescoço aos grilhões da sorte. Mas deixa tua mente destemida cavalgar triunfante sobre todos os azares.
Tão impossível como tentar apagar o lume com neve é tentar apagar o fogo da paixão com palavras.
o proprio sol não vê até que o céu clareie
Muitas vezes perdemos o que deveria ser nosso pelo simples fato de não termos tentado!
O amor acrescenta uma preciosa visão aos olhos
Amor quando é amor não definha
E até o final das eras há de aumentar.
Mas se o que eu digo for erro
E o meu engano for provado
Então eu nunca terei escrito
Ou nunca ninguém terá amado.
É estranho que, sem ser forçado, saia alguém em busca de trabalho.
Só ri de uma cicatriz quem nunca foi ferido.
Atiramos o passado ao abismo, mas não nos inclinamos para ver se está bem morto.
A sabedoria e a ignorância se transmitem como doenças; daí a necessidade de se saber escolher as companhias.
a beleza exterior se engrandecequando serve dde invólucro à beleza exterior
O meu amor eu guardo para os mais especiais. Não sigo todas as regras da sociedade e às vezes ajo por impulso. Erro, admito. Aprendo, ensino. Todos erram um dia: por descuido, inocência ou maldade. Conservar algo que faça eu recordar de ti seria o mesmo que admitir que eu pudesse esquecer-te.
aprendi que não se deve dizer a uma criança que sonhossão bobagens
O relâmpago que, num ímpeto apaixonado, mostra céu e terra e, antes que um homem tenha a capacidade de dizer ‘Olha!’, devora-nos os beiços da escuridão. Com essa rapidez, o que era brilhante alcança a ruína.
O ciúme é um monstro que a si mesmo gera.
Também há vermes nos sepulcros de mármore.
Quase sempre as mulheres fingem desprezar o que mais vivamente desejam.
Tudo vai bem quando termina bem
Se eu pudesse descrever a beleza dos teus olhos e enumerar teus atributos em épocas vindouras… diriam: o poeta mente! A Terra jamais foi acariciada por tal toque divino.
Os amantes não vêem as mais belas loucuras que cometem.
Possam as aparências serem menos essências. O mundo ainda se ilude com ornamentos.
Me diz onde a paixão começa, no coração ou na cabeça?
Duvida que o sol seja a claridade,
Duvida que as estrelas sejam chama,
Suspeita da mentira na verdade,
Mas não duvida deste que te ama!
Somos escravos das nossas paixões.
Os verdadeiros amigos não só enxugam suas lágrimas, mas também perguntam o por quê delas.
Se ele é tolo ao amar o olhar dela,
Ao amá-lo, eu caí numa esparrela.
Às coisas vis, que não têm qualidade,
O amor empresta forma e dignidade:
Porque não vê com os olhos nem com a mente,
Cupido é alado e cego, à nossa frente.
Amor não tem nem gosto nem razão,
Asas sem olhos dão sofreguidão.
Se cupido é criança, a causa é certa…
Por favor, fala.
A falsidade não pode vir de ti, pois tu pareces
Modesta como a Justiça, e pareces um palácio
Para onde morar a verdade coroada.
Razões fortes originam ações fortes.
O homem que não possui a música em si mesmo,
Aquele a quem não emociona a suave harmonia dos sons,
Está maduro para a traição, o roubo, a perfídia.
Sua inteligência é morna como a noite,
Suas aspirações sombrias como Erebo.
Desconfia de tal homem! Escuta a música.
Ser ou não ser… Eis a questão.
Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes?
Morrer… dormir… mais nada…
Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é solução para almejar-se.
Morrer.., dormir
Sê fiel a ti próprio: segue-se disso, como o dia à noite, que a ninguém serás falso jamais.
Como o fogo e a pólvora, que ao se beijarem… Se consomem…
Se a música é o alimento do amor, toque.
Nós somos muita vez culpados nisto, está muito bem provado, que com a efígie da devoção e ação pia nós travestimos o diabo em pessoa.
Eu não venho pois amigos, lhes roubar o coração…
When we are born, we cry, that we are come
To this great stage of fools.
Words are easy, like the wind; Faithful friends are hard to find.
Hamlet
Autor: Willian Shakespeare
Hamlet é uma das peças de teatro mais famosas de Shakespeare. Foi escrita entre 1600 e 1602 e impressa pela primeira vez em 1603.
Para Hamlet a existência tornara-se insuportável desde que o espectro do seu pai recentemente morto apareceu-lhe numa noite assombrada no alto da torre do castelo. O fantasma, tétrico, reclamava desforra. Contou ao filho que um crime ignominioso o vitimara. Seu próprio irmão, o rei Cláudio, o matara. Atordoou-se o príncipe. Seu lar abrigava a traição e a maldade! A serpente acoitara-se na sua própria família. O mundo era injusto. O assassino, seu tio, não só usurpara o trono como arrastara sua mãe, a rainha Gertrudes, para um casamento feito às pressas, onde, suprema ignomia, serviram-se ;-os manjares; que, um pouco antes, ainda mal esfriados, tinham sido oferecidos -;na refeição fúnebre. Algo deveria ser feito. Faltava porém a Hamlet o talento para a ação. O máximo que conseguiu de imediato, além de aferrar-se ao luto e ao mau humor, foi entregar-se especulativamente à vingança.
A Mais bem sucedida da História
Hamlet é certamente a mais bem-sucedida história de vingança levada aos palcos. Ela, desde o início, coloca o público ao lado do jovem príncipe porque o ato da vingança, que Francis Bacon definiu como uma – forma selvagem de fazer justiça, sempre seduziu o a todos. Hamlet sente-se pois um reparador de uma injustiça, um homem com uma missão. A ela irá dedicar todos os momentos da sua vida, mesmo que tenha que sacrificar seu amor por Ofélia e ainda ter que tirar a vida de outras pessoas. Talvez seja essa obsessão, essa monomania que toma conta dele desde as primeiras cenas do primeiro ato, que eletrize os espectadores e faça com que eles literalmente bebam todas as palavras do príncipe vingador -; Hamlet é o personagem que mais fala na obra de Shakespeare, recita 1.507 linhas.
O amor é suspiros e lágrimas, fé e fervidão, fantasia, paixões e desejos; adoração, aceitação e reverência; pureza, aflição e obediência.
Se a música é o alimento do amor não parem de tocar. Dêem-me música em excesso; tanta que, depois de saciar, mate de náusea o apetite.
O ciúme é um monstro que zomba da carne que consome.
Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.
Nunca salte de um trampolim quebrado.
Nem o Sol poderá brilhar se o céu não se abrir.
Haja o que houver, os dias e as horas, sempre chegam ao seu fim.
Herege não é aquele que arde na fogueira e sim aquele que a acende.
A vida tem cada vez mais obstáculos, principalmente quando se está apaixonado…
Amor não é amor,
se quando encontra obstáculos se altera,
ou se vacila no mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
cujo valor se ignora lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora,
seu alfange não poupa a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
antes se afirma para a eternidade.
Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito…
Se sempre contrariados foram todos os amantes sinceros, é que o próprio destino o determina desse modo. Que nos ensine, pois, a ser pacientes a nossa provação, já que é desdita fatal dos namorados, como os sonhos, pensamentos, suspiros, dores, lágrimas, do pobre amor são companheiros certos.
(Sonho de uma noite de verão)
À todos, teu ouvido; a voz, a poucos; ouve opiniões, mas forma juízo próprio.
“O orgulho devora a si mesmo”
Um pensamento:
“Nos olhos se concentra a turba dos sentidos.”
“A premência do tempo ajeita muitas coisas a seus desígnios, decidindo, por vezes, no momento mais grave, o que um processo interminável não pudera fazê-lo.”
O amor é plantado e com carinho cultivado.
O amor que se procura é bom, mas o que não se procura é melhor.
Algumas palavras podem esconder outras.
O futuro do homem não está nas estrelas, mas, na sua vontade.
“Se eu precisar de alguma coisa material para lembrar de você é porque eu estou admitindo a hipótese de que, em algum momento, eu possa te esquecer”
É um amor pobre aquele que se pode medir.
William Shakespeare
Se o poderoso cai, somem até favoritos. Se o pobre sobe surgem amigos irrestritos. E até aqui o amor segue a fortuna, eu digo: A quem não precisa, nunca falta um amigo. Mas quem precisado prova um falso amigo, descobre oculto nele um inimigo antigo.
Só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama.
“Tentando o melhor estragamos com freqüência o que está bem.” [William Shakespeare]
A vida não é eterna e tudo tem um prazo, nossas vontades mudam nas viradas do acaso, pois esta é uma questão ainda não resolvida: a vida faz o amor ou o amor que faz a vida?
A quem não precisa nunca falta uma amizade, mas quem precisa só experimenta falsidade e descobre oculto no amigo um inimigo antigo.
Oh amor poderoso! Que às vezes faz de uma besta um homem, e outras, de um homem uma besta.
O amor não se ver com os olhos, mais sim com o corção
Palavras não pagam dívidas.
Aprendi que falar pode aliviar minhas dores emocionais.
Antes amar quem só o mal me deseja a quem, fingindo o bem, só o mal me enseja.
Os botões fragrantes ás vezes dão abrigo a lagartas; o amor devorador, de igual maneira, demora nos espíritos sublimes.
Estas alegrias violentas têm fins violentos
Falecendo no triunfo, como fogo e pólvora
Que num beijo se consomem.
O amor é dos suspiros a fumaça;
puro, é fogo que os olhos ameaça;
revolto, um mar de lágrimas de amantes…
Que mais será?
Loucura temperada, fel ingrato, doçura refinada.
Quem crerá nos meus versos no futuro,
Plenos que estão todos de teus altos merecimentos?
Apesar de bem o saberem os céus, serem só um túmulo
Que oculta mais tua vida, e não revela sequer a metade do que vales.
Se transmitir pudesse eu a beleza dos teus olhos,
E em números nunca dantes vistos, chegar a enumerar todas as tuas graças,
As épocas vindouras diriam por certo, como mente este poeta,
Tais coisas celestiais jamais foram propriedades de rostos terrenos
Assim os meus papéis, amarelados com o tempo,
Seriam muito zombados, como belhos mais cheios de lábia que verdade;
E tudo que te é devido, chamado de loucura de poeta,
E o metro forçado de algum delírio antigo
Mas se algum filho teu viesse então
Viverias duas vezes; – tanto nele, quanto nos meus versos.
Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e setas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provocações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer… dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir… é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor.
Dormir… Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:
Pois quando livres do tumulto da existência,
No repouso da morte o sonho que tenhamos
Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita
Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.
Quem sofreria os relhos e a irrisão do mundo,
O agravo do opressor, a afronta do orgulhoso,
Toda a lancinação do mal-prezado amor,
A insolência oficial, as dilações da lei,
Os doestos que dos nulos têm de suportar
O mérito paciente, quem o sofreria,
Quando alcançasse a mais perfeita quitação
Com a ponta de um punhal? Quem levaria fardos,
Gemendo e suando sob a vida fatigante,
Se o receio de alguma coisa após a morte,
–Essa região desconhecida cujas raias
Jamais viajante algum atravessou de volta –
Não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?
O pensamento assim nos acovarda, e assim
É que se cobre a tez normal da decisão
Com o tom pálido e enfermo da melancolia;
E desde que nos prendam tais cogitações,
Empresas de alto escopo e que bem alto planam
Desviam-se de rumo e cessam até mesmo
De se chamar ação.
(…)
Nossos corpos são nossos jardins, cujos jardineiros são nossas vontades.
Meus olhos viraram pintores, e com isso esboçaram a beleza de tuas formas nas telas do meu coração.
Não tem olhos solares, meu amor;
Mais rubro que seus lábios é o coral;
Se neve é branca, é escura a sua cor;
E a cabeleira ao arame é igual.
Vermelha e branca é a rosa adamascada
Mas tal rosa sua face não iguala;
E há fragrância bem mais delicada
Do que a do ar que minha amante exala.
Muito gosto de ouvi-la, mesmo quando
Na música há melhor diapasão;
Nunca vi uma deusa deslizando,
Mas minha amada caminha no chão.
Mas juro que esse amor me é mais caro
Que qualquer outra à qual eu a comparo.
Meu Senhor, livrai-me do ciúme! É um monstro de olhos verdes que escarnece do próprio pasto que o alimenta. Felizardo é o enganado que, cônscio, não ama a sua infiel! Mas que torturas infernais padece o homem que, amando, duvida, e, suspeitando, adora.
A verdadeira benevolência não necessita de ostentação; é semelhante ao orvalho que cai do céu.
Ficar incomodado implica mexer-se; e ser valente é enfrentar o inimigo, firme, teso, de pé; portanto, se ficas incomodado, não ficas parado e foges.
Faço tudo o que um homem faz, se faço mais, deixo de sê-lo.
As pequenas mentiras fazem o grande mentiroso.
Ser ou não ser… Eis a questão. Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes? Morrer… dormir… mais nada… Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é solução para almejar-se. Morrer…, dormir… dormir… Talvez sonhar… É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, quando ao fim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis morosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte – terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou – que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados? De todos faz covardes a consciência. Desta arte o natural frescor de nossa resolução definha sob a máscara do pensamento, e empresas momentosas se desviam da meta diante dessas reflexões, e até o nome de ação perdem.
Nos teus mais doces lábios ficam os meus livres do pecado.
Tentei passar sabedoria ao povo, por meios medíocres.
A morte que sugou todo o mel do teu doce hálito, não teve efeito nenhum sobre tua beleza.
Quando o amor é sincero ele vem com um grande amigo, e quando a amizade é concreta ela é cheia de amor e carinho
Mas, que luz é essa que alí aparece, naquela janela?
a janela é o oriente, e Julieta o sol.
Sobe, belo astro, sobe e mata de inveja a pálida lua.
A raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram.
Nada é bom ou mau, o pensamento é que faz as coisas assim.
Sê para teu melhor amigo aquilo que desejarias ser para ti mesmo.
Tudo aquilo não passou de um sonho, um sonho… de uma noite de verão.
Debaixo da ‘casca grossa’ existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada.
SONETO MCCXXIV
A que devo contemplar este templo
Se o mal não destrói a primavera
Se pode julgar este exemplo
Então meu ódio por mal se venera
Em tão triste verão
Que não será contado a derrota
Belo é viver em vão
Pelo bem do amor que amarrota
Entro no campo de batalha
Vejo aquela cena
A regra é sair glorioso
Ou perder e cumprir tua pena
Se tu nota até o barulho do vento
Sabe que das palavras esqueci o acento
Tem mais do que mostras,fala menos do que sabes.
A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial
Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.
O diabo, para atingir seus objetivos, cita até as escrituras.
O maior inimigo do homem é a segurança
O sono é o prenúncio da morte.
O maior sonho de alguém que não sabe amar com certeza é o amor.
Sobre todas as coisas, para que alguém se torne digno de confiança, tão certo quanto a noite sucede o dia, é preciso nunca ser falso consigo mesmo.
Só há uma treva: a ignorância.
Presta o ouvido a todos, e a poucos a voz. Ouve as censuras dos demais; mas reserva tua própria opinião.
“A razão foge de tudo que nos pode causar dano.”
Soneto XXIII
Tal qual amador no palco,
Que com seu medo é substituído em sua parte,
Ou algo de feroz com seu excesso de raiva,
Em sua abundância de força, fraqueja internamente;
Assim eu, medroso com falta de confiança, me esqueço de dizer
A cerimônia perfeita do rito amoroso,
E na própria força do meu amor pareço decair,
Sobrecarregado com o peso do próprio poder do meu amor.
Ah, deixa então que os meus livros sejam a eloquência
E mudos presságios do meu peito transbordante;
Que roga por amor e tenta ser recompensado
Mais do que aquela língua que mais já se expressou.
Oh, aprenda a ler o que o amor silente escreveu;
Ouvir com os olhos pertence ao fino senso do amor.
Soneto XXVII
Cansado de tanta labuta, corro para a cama,
O caro repouso para os membros fatigados de tanto viajar;
Mas começa então uma viagem mental,
Para cansar minha mente, quando já se esgotou o corporal:
Pois então meus pensamentos (desde longe onde me quedo)
Começam zelosa peregrinação até ti,
E mantém minhas pálpebras a cair completamente escancaradas,
Fitando a escuridão, que os cegos miram:
Só que a visão imaginária de minh’alma
Apresenta a tua imagem ao meu olhar sem visão,
A qual, tal qual joia engastada na noite horrenda,
Torna linda a negra noite e sua velha face nova.
Assim que, de dia meus membros, de noite minha mente,
Para ti e para mim, não encontram descanso.”
Soneto XLIII
“Quanto mais eu pisco, então melhor vejo.
Pois durante o dia os olhos vêem coisas que não interessam;
Mas, em sonhando, eles te vêem
E obscuramente luminosos, no escuro se dirigem sozinhos;
Então tu, cuja sombra das sombras torna luminoso,
Como faria a forma da tua sombra um espetáculo feliz,
Ao dia claro com a tua mais límpida luz,
Quando para olhos que não vêem, tua sombra de tal forma brilha!
Como (eu digo) ficariam os meus olhos tão felizes,
Te fitando debaixo da luz solar,
Quando na noite profunda tua sombra somente sugerida,
Através do sono pesado em olhos que não vêem, assombram ainda?
Todos os dias são noites para se ver, até que eu te veja,
E noites, dias brilhantes, quando os sonhos te revelam ante mim.”
Soneto XLVI
“Minha vista e meu coração travam mortal combate,
Sobre como dividir a conquista de tua visão:
O meu olho barraria do meu coração o retrato de tua visão,
Meu coração, ao meu olho a liberdade daquele direito.
Meu coração acha que tu nele te quedas,
(Um segredo jamais penetrado com olhos penetrantes)
Mas o defensor nega a acusação,
E diz que nele a tua bela aparição se queda.
A decidir a peleja é convocada
Uma busca dos pensamentos, que todos ligados ao coração;
E com o seu veredito fica determinado
A metade do olho límpido, e parte do caro coração:
Assim, o devido ao meu olho é tua parte externa,
E o direito do meu coração, o teu amor interior de coração.”
Soneto XLVII
“Entre minha vista e meu coração estabeleceu-se um acordo,
E agora cada qual faz ao outro um favor:
Quando meu olho está faminto por um olhar,
Ou o coração almejando amar com suspiros que ele mesmo abafa,
Com o retrato do meu amor então a minha visão entra em festa,
E ao banquete esboçado convida o coração:
Assim, quer seja por teu retrato ou por meu amor,
Estás, mesmo longe, presente sempre ainda comigo:
Pois não estás mais distante que o alcance dos meus pensamentos,
E eu estou unido a eles, e eles contigo;
Ou se eles dormem, teu retrato na minha vista
Desperta o meu coração para a alegria de vista e coração.”
Soneto LXXVI
Por que está o meu verso tão vazio de rompantes novos?
Tão longe de variações ou de tempos diferentes?
Por que, com o tempo, não vislumbro eu
Novos métodos e variantes inéditas?
Por que escrevo eu ainda uno, sempre o mesmo
E mantenho a invenção em uma região conhecida,
Que cada palavra quase me conhece por nome,
Mostrando o seu nascimento e de onde proveio?
Ah, saiba, querido amor, eu escrevo sempre de ti,
E tu e o amor são ainda meu argumento;
Então todo o meu melhor é vestir de roupagem nova palavras velhas,
Gastando novamente o que gasto já foi;
Assim como o sol diariamente é novo e velho,
Assim também está o meu amor a dizer o que é dito.
Soneto LXXVIII
“Tão frequentemente te invoquei como musa,
E um apoio tão lindo encontrei para o meu verso,
Que toda caneta estrangeira pegou minha mania,
E sob ti a poesia deles dispersa.
Teus olhos, que ensinaram os mudos a cantarem,
E a pesada ignorância a alto voar,
Acrescentou penas às asas dos sábios,
E deu graça uma dupla majestade.
E contudo estejas super orgulhosa daquilo que eu compilo,
Cuja influência é tua, e de ti proveio:
Nos trabalhos dos outros apenas remendas o estilo
E suas artes com tuas doces graças ficam melhoradas;
Mas tu és toda minha arte e aumentas,
Tão alto quanto o conhecimento, a minha rude ignorância.”
Eis minha dama. Oh, sim! É o meu amor. Surge, formoso sol, e mata a lua cheia de inveja, que se mostra pálida e doente de tristeza, por ter visto que és mais formosa que ela!
Enquanto houver um louco, um poeta e um amante haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança.
Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.
Nenhuma herança é tão rica quanto a honestidade.
Como no palco o ator que é imperfeito
Faz mal o seu papel só por temor,
Ou quem, por ter repleto de ódio o peito
Vê o coração quebrar-se num tremor,
Em mim, por timidez, fica omitido
O rito mais solene da paixão;
E o meu amor eu vejo enfraquecido,
Vergado pela própria dimensão.
Seja meu livro então minha eloqüência,
Arauto mudo do que diz meu peito,
Que implora amor e busca recompensa
Mais que a língua que mais o tenha feito.
Saiba ler o que escreve o amor calado:
Ouvir com os olhos é do amor o fado.
A desconfiança é o farol que guia o prudente.
Acontece que, para ter o que desejamos, é melhor não falar do que queremos.
Que jamais cresça em meu peito um coração que confie num juramento ou numa afeição.
A vida é muito curta! Passar esse momento de forma vil seria um desperdício.
Deixe vir o que me aguarda.
Um tolo acha que ele é sábio, mas o homem sábio sabe que é um tolo.
Jamais chegarão aos ouvidos do Eterno palavras sem sentimento.
Ame tudo, confie em alguns, não faça mal a ninguém.
Nenhum progresso medra onde não há também prazer.
Let me not to the marriage of true minds
Admit impediments. Love is not love
Which alters when it alteration finds,
Or bends with the remover to remove:
O no! it is an ever-fixed mark
That looks on tempests and is never shaken;
It is the star to every wandering bark,
Whose worth’s unknown, although his height be taken.
Love’s not Time’s fool, though rosy lips and cheeks
Within his bending sickle’s compass come:
Love alters not with his brief hours and weeks,
But bears it out even to the edge of doom.
——If this be error and upon me proved,
——I never write, nor no man ever loved.
Há quedas que provocam ascensões maiores.
Que o amor, de olhos vendados, encontre o caminho para a sua vontade
Quem é tão firme que não possa ser seduzido?
Nada em si é bom ou mau; tudo depende daquilo que pensamos.
No entanto, para dizer a verdade, hoje em dia a razão e o amor quase não andam juntos.
SONETO 18
Deverei comparar-te a um dia de verão?
Tu és a mais serena e a mais amável
Os fortes ventos de maio movimentam os brotos,
e o prazo do verão é sempre inconsolável
em um momento muito intenso, brilha o olho estelar,
e freqüentemente se ofusca a luz do seu semblante,
nefasto, o encanto da beleza irá renunciar, porventura ou pelo destino inconstante;
Mas teu verão é eterno e jamais morrerá, não há de perder o encanto que possui;
E pela sombra da morte não vagarás, pois em versos eternos tu e o tempo sois iguais.
Equanto o homem possa respirar ou os olhos possam ver, viva este canto dar-te a vida é o seu dever.
Os grandes sofrimentos maiores ainda se tornam à vista do que poderia aliviá-los.
– Romeu, Romeu. Por que tu Romeu; recusa teu nome e renega a teu pai; ou se preferir abandonarei a minha família para viver eternamente contigo.Mas afinal o que é um Capuleto? Não é mão, nem pé, nem braço, nem outra parte do corpo. A flor que chamamos de rosa se outro nome tivesse inda teria o mesmo perfume; assim é você Romeu, se outro nome que (não Montecchio) tivesses, ainda assim teria a mesma perfeição tu tens agora.
– Chama-me somente de amor – diz Romeu – e serei novamente batizado e jamais serei Romeu outra vez.
Em tempo algum teve um tranqüilo curso o verdadeiro amor.
Oh, desgraçada de mim, que vi o que vi, vendo o que vejo!
Presta teu ouvido a muitos, tua voz a poucos.
Uma gota do mal, uma simples suspeita, transforma o leite da bondade no lodo da infâmia.
Eu também sou razoavelmente virtuoso. Ainda assim, posso acusar a mim mesmo de tais coisas que talvez fosse melhor minha mãe não me ter dado à luz.
Pois mesmo na torrente, tempestade, eu diria até no torvelinho da paixão, é preciso conceber e exprimir sobriedade – o que engrandece a ação.
Me mostre um homem que não é escravo da paixão e eu o conservarei no mais fundo do peito.
Que faria o homem se não risse?
É comum falarmos mais e fazermos menos; a intenção é apenas escrava da memória, violenta ao nascer, mas transitória.
Ai, ai, que olhos pôs-me o amor no rosto,
Que não se ligam com a real visão!
Se ligam, onde foi o juízo posto
Que ao certo lança falsa acusação?
Se o que meu falso olhar ama é bonito
Que meios tem o mundo pra o negar?
E se o não for, pelo amor fica dito
Que o olhar do mundo vence o de se amar.
Como pode do Amor o olhar ser justo
Se entre vigília e pranto ele se verga?
E nem espanta o olhar errar de susto
Se sem céu claro nem o sol enxerga.
Esperto amor, com pranto a me cegar
Pra cobrir erros quando o amor olhar.
Em mim tu vês a época do estio
Na qual as folhas pendem, amarelas,
De ramos que se agitam contra o frio,
Coros onde cantaram aves belas.
Tu me vês no ocaso de um tal dia
Depois que o Sol no poente se enterra,
Quando depois que a noite o esvazia,
O outro eu da morte sela a terra.
Em mim tu vês só o brilho da pira
Que nas cinzas de sua juventude
Como em leito de morte agora expira
Comido pelo que lhe deu saúde.
Visto isso, tens mais força para amar
E amar muito o que em breve vais deixar.
Quando eu morrer não chores mais por mim
Do que hás de ouvir triste sino a dobrar
Dizendo ao mundo que eu fugi enfim
Do mundo vil pra com os vermes morar.
E nem relembres, se estes versos leres,
A mão que os escreveu, pois te amo tanto
Que prefiro ver de mim te esqueceres
Do que o lembrar-me te levar ao pranto.
Se leres estas linhas, eu proclamo,
Quando eu, talvez, ao pó tenha voltado,
Nem tentes relembrar como me chamo:
Que fique o amor, como a vida, acabado.
Para que o sábio, olhando a tua dor,
Do amor não ria, depois que eu me for.
O amor não é amor quando a ele se misturam preocupações estranhas ao seu puro objetivo.
Em nossas ilusões, renunciamos ao que possuímos pelo que esperamos possuir.
Não chamo meu amor de idolatria
E nem de ídolo você a quem eu amo.
Sei que não posso exigir seu amor
Assim como proclamo meu amor galante.
Dou-lhe apenas algumas razões para que goste de mim
Inalteradamente eis o que exprimo.
Deixo a cargo do acaso a confiança na vida
Pois todo meu cantar a você se alia.
Shall I abide in this dull world which in thy absence is no better than a sty?
Como são pobres as pessoas que não possuem paciência
Aquele que não desejar morrer hoje comigo, não pode ser chamado de meu irmão.
Os amigos me adulam e me fazem de asno, mas meus inimigos me dizem abertamente que o sou, de forma que com os inimigos (…) aprendo a me conhecer e com os amigos me sinto prejudicado. (Noite de Reis)
As viagens terminam com o encontro dos apaixonados.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados.
Soneto XVIII
Devo igualar-te a um dia de verão?
Mais afável e belo é o teu semblante:
O vento esfolha Maio inda em botão,
Dura o termo estival um breve instante.
Muitas vezes a luz do céu calcina,
Mas o áureo tom também perde a clareza:
De seu belo a beleza enfim declina,
Ao léu ou pelas leis da Natureza.
Só teu verão eterno não se acaba
Nem a posse de tua formosura;
De impor-te a sombra a Morte não se gaba
Pois que esta estrofe eterna ao Tempo dura.
Enquanto houver viventes nesta lida,
Há-de viver meu verso e te dar vida.
(Tradução de Ivo Barroso)
Pois julguei-o justo e o considerei brilhante,
Você que é negro como o inferno e obscuro como a noite.
Duvide do brilho das estrelas
Duvide do perfume de uma flor
Duvide de todas as verdades
Mas nunca duvide do meu amor.
[Adaptação Hamlet]
Velo teu coração de qualquer perigo,
à semelhança da ama que zela
o bebê de um rei.
“Eu perturbo a paz dos surdos com meus gritos inúteis…”
“… você é como a cotovia que ao romper do dia se levanta da terra sombria”.
Linda Ofélia,
Você pode duvidar
que as estrelas sejam chamas,
ou que o sol possa girar,
suspeitar da mentira na verdade…
Mas não duvide, nunca,
do amor que tenho por você
e de minha adoração!
Ah, Ofélia, sou tão ruim em rimas,
tão desajeitado com os versos
que chego a suspirar, sem imaginação!
Sou bom só no meu amor por você,
amor supremo de minha vida,
verdadeiro encanto e paixão.
Adeus.
Do seu, enquanto viver,
Hamlet
I always feel happy. You know why? Because I don’t expect anything from anyone. Expectations always hurt… Life is short… So love your life…
Se nos picarem, não sangramos?
Se nos fizerem cócegas, não rimos?
Se nos envenenarem não morremos?
E, se nos ultrajarem, não nos vingaremos?
O inimigo é poderoso dentro dele.
O amor não vê com os olhos, vê com a mente; por isso é alado, e cego e tão potente.
Mostra teus olhos e aflige teu coração;
Vem como sombras e então parta,
Não dorme nem de noite nem de dia
Fica no teto de tua casa,
Ele será um homem proscrito!
Através das noites 9 X 9 ele minguará e definhará
Embora tua casa não se perca
Mesmo assim será lançado pela tempestade.
Quando danças, queria que fosses como a onda do mar, para que nunca fizesse outra coisa.
Existe uma maré nos casos dos homens a qual,
levando à inundação, nos encabeça à fortuna.
Mas omitidos, a viagem das vidas deles
está restrita em sombras e misérias.
Em um mar tão cheio estamos agora a flutuar.
E nós devemos pegar a correnteza quando nos for útil,
ou perder as aventuras à nossa frente.
Nosso destino não está escrito nas estrelas, mas em nós mesmos.
Há certas horas, em que não precisamos de um amor, não precisamos da paixão desmedida, não queremos beijo na boca e nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama. Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado, sem nada dizer…
Amor: verdade absoluta.
E Julieta disse a Romeu: De que vale um nome, se o que chamamos rosa, sob outra designação teria igual perfume?
O amor sendo cego, os enamorados não podem ver as loucuras que cometem
Difícil não é pedir perdão, difícil é ser perdoado.
O inferno está vazio e todos os demônios estão aqui.
A mágoa é o veneno que se toma, pretendendo matar o outro.
Insegurança é a cabeça que segura uma coroa
Love sees with the heart and not with the eyes.
O amor vê com o coração e não com os olhos.
A vida é uma sombra errante; um pobre comediante que se pavoneia no breve instante que lhe reserva a cena, para depois não ser mais ouvido. É um conto de fadas, que nada significa. Narrado por um idiota cheio de voz e fúria.
O mundo inteiro é um palco
E todos os homens e mulheres não passam de meros atores
Eles entram e saem de cena
E cada um no seu tempo representa diversos papéis.
Nada me faz tão feliz quanto possuir um coração que não se esquece de seus amigos.
Escalar colinas difíceis requer um ritmo lento no início.
Shall I compare thee to a summer’s day?
Thou art more lovely and more temperate:
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer’s lease hath all too short a date:
Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimmed,
And every fair from fair sometime declines,
By chance, or nature’s changing course untrimmed:
But thy eternal summer shall not fade,
Nor lose possession of that fair thou ow’st,
Nor shall death brag thou wand’rest in his shade,
When in eternal lines to time thou grow’st,
So long as men can breathe or eyes can see,
So long lives this, and this gives life to thee.
São tão doentes aqueles que se saciam demais, como aqueles que passam fome.
Com o passar do tempo, nós odiamos aquilo que frequentemente tememos.
“(…) Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. (…)”
Se você fosse capaz de planejar tudo, um dos prazeres da vida nunca ocorreria. Portanto, não sofra.
Senta aqui ao meu lado e deixa o mundo girar, jamais seremos tão jovens.
” Que as tuas palavras ilustrem teu comportamento, e teu comportamento tuas palavras” .
Ignorar os fatos não os altera.
Se tratarmos as pessoas como merecem, nenhuma escapa ao chicote. Trata-os da forma que consideras tua própria medida.
Que à união de espíritos puros
eu não aceite impedimentos.
Não é amor o amor
que muda quando mudanças encontra,
ou se curva a quem quer extingui-lo.
Oh, não! O amor é um marco eterno
que inabalável enfrenta as tormentas.
É a estrela de todo barco errante,
de brilho certo, mas valor inestimável.
O amor não é joguete do tempo, embora
ao envelhecer os lábios nos entorte.
O amor não muda conforme o dia e a hora,
mas chega inalterado até o fim dos tempos.
Se me provarem que isto está errado,
então nunca escrevi
nem ninguém jamais amou.
Como posso ir mais longe se meu coração aqui permanece?
O mundo sem Deus seria uma fábula contada por um idiota num acesso de raiva.
I learned that I can not demand love from anyone
I can only give good reasons to like me
And be patient for life to do the rest.
(Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém.
Eu só posso dar boas razões para gostarem de mim.
E ser paciente para que a vida faça o resto.)
Ser ou não ser, eis a questão. Qual é mais digna ação da alma; sofrer os dardos penetrantes da sorte injusta, ou opor-se a esta corrente de calamidades e dar-lhes fim com atrevida resistência? Morrer… dormir… nada mais… Morrer é dormir, sonhar talvez…
(Hamlet)
Não é merecedor do favo de mel aquele que evita a colméia porque as abelhas têm ferrões.
E um amor arruinado, ao ser reconstruído, cresce muito mais belo, sólido e maior.
Não há longa noite que não encontre o dia.
O curso do amor verdadeiro nunca fluiu suavemente.
Para quem tem memória é fácil lembrar, para quem tem coração é difícil esquecer.
Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar.
Um coração leve vive muito.
Soneto XXIII
Como o bisonho ator que, porque se arreceia,
Do palco, sai daí, sem haver dito nada,
Ou como quem, tendo a alma a estuar, de raiva cheia,
Pelo excesso de força há de tê-la infirmada,
Assim, pelo temor de te falar, esqueço
O cerimonial que impõe do amor o rito,
E a força do meu próprio amor perder pareço,
Porque pesa demais seu poder irrestrito.
Deixa os escritos meus, então, ser a eloquência
Do meu íntimo peito, os mudos mensageiros
Que, mais do que esta voz, mesmo acesa em veemência,
Pleitearão para o amor prêmios alvissareiros.
Ah! aprende a ler o que o silente amor escreve:
Ouvir com o olhar é o dom que ao amor, só, se deve.
As palavras sem afeto nunca chegarão aos ouvidos de Deus.
Qualquer um ensina a uma multidão o caminho do bem.
Poucos conseguem que uma única dessas pessoas cumpra esse caminho na prática.
Há sempre um abismo entre as palavras e os atos, entre o gesto e a graça que lhe faz brilhar.
Palavra, palavra, palavras, estou farta de todas elas.
A razão pode ter todas as regras e todas as leis, as mais claras e as mais distintas possíveis, para conter a paixão. Mas uma paixão ardente sempre saberá pular por cima dos limites e fazer a boca estourar em grito de desespero ou de alegria.
Não há pensamento, por mais sábio, que freie a natureza. O instinto é a única verdade que existe. Toda vida é instinto, segurá-lo é morrer. Só há movimento e desejo, gesto e realização. Todo o resto são fagulhas e miragens, linguagem vazia, passatempo de quem não sabe nada da vida.
O único objetivo da natureza é transbordar.
Quando a dor cortante o coração maltrata e tristes gemidos ferem nossa alma, apenas a música e seus sons de prata, rápido nos trazem outra vez a calma!
Se todos somos iguais, a quem amamos?
Só teu verão eterno não se acaba.
O sol queima se ficar exposto por muito tempo…
As feridas causadas pela amizade são as mais profundas e dolorosas.
Vamos todos rir das borboletas douradas
“Ah! querida esposa, por que ainda és tão formosa? Pensar devo que a morte insubstancial se apaixonasse de ti e que esse monstro magro e horrível para amante nas trevas te conserve? Com medo disso, ficarei contigo, sem nunca mais deixar os aposentos da tenebrosa noite; aqui desejo permanecer, com os vermes, teus serventes. Aqui, sim, aqui mesmo fixar quero meu eterno repouso, e desta carne lassa do mundo sacudir o jugo das estrelas funestas. Olhos, vede mais uma vez; é a última. Um abraço permiti-vos também, ó braços! Lábios, que sois a porta do hálito, com um beijo legítimo selai este contrato sempiterno com a morte exorbitante. Vem, condutor amargo! Vem, meu guia de gosto repugnante! Ó tu, piloto desesperado! lança de um só golpe contra a rocha escarpada teu barquinho tão cansado da viagem trabalhosa. Eis para meu amor. Ó boticário veraz e honesto! tua droga é rápida. Deste modo, com um beijo, deixo a vida.”
O perdão cai como uma chuva suave do céu na terra. É duas vezes bendito: bendito ao que dá e bendito ao que recebe.
Ou você controla seus atos, ou eles o controlarão
Soneto 15
Quando penso que tudo o quanto cresce
Só prende a perfeição por um momento,
Que neste palco é sombra o que aparece
Velado pelo olhar do firmamento;
Que os homens, como as plantas que germinam,
Do céu têm o que os freie e o que os ajude;
Crescem pujantes e, depois, declinam,
Lembrando apenas sua plenitude.
Então a idéia dessa instável sina
Mais rica ainda te faz ao meu olhar;
Vendo o tempo, em debate com a ruína,
Teu jovem dia em noite transmutar.
Por teu amor com o tempo, então, guerreio,
E o que ele toma, a ti eu presenteio.
Doubt thou the stars are fire,
Doubt that the sun doth move,
Doubt truth to be a liar,
But never doubt I love.
Palavras doces para alguém que te magoou.
Espelho não me Prova que Envelheço
O espelho não me prova que envelheço
Enquanto andares par com a mocidade;
Mas se de rugas vir teu rosto impresso,
Já sei que a Morte a minha vida invade.
Pois toda essa beleza que te veste
Vem de meu coração, que é teu espelho;
O meu vive em teu peito, e o teu me deste:
Por isso como posso ser mais velho?
Portanto, amor, tenhas de ti cuidado
Que eu, não por mim, antes por ti, terei;
Levar teu coração, tão desvelado
Qual ama guarda o doce infante, eu hei.
E nem penses em volta, morto o meu,
Pois para sempre é que me deste o teu.
(Tradução Ivo Barroso)
Duvide que as estrelas sejam fogo.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Morrestes achando que amava.
Matastes pensando que era amor.
Dominado pelo egoísmo da paixão, nos fez ver que não te conhecíamos como deveríamos e, por tua atitude, demonstrou que não conhecias o amor.
Descansem em paz.
Falais baixo se falais de amor.
O mundo é um palco. E todos os homens e mulheres são apenas atores. Representamos muitos papéis na nossa vida …
Nunca brinque com os sentimentos dos outros, porque você pode ganhar o jogo, mas o risco é que com certeza você vai perder aquela pessoa para sempre.
Deixar para amanhã, acaba mal.
Todos erram um dia: por descuido, inocência ou maldade.
Assuma a virtude se você não a tem.
O que é que nos aguarda, o que é que quer dizer tanto suor transformando a noite em companheira de trabalho do dia ? Quem pode me informar?
Pois a natureza não nos faz crescer apenas em forças e tamanho. À medida que este templo se amplia, se amplia dentro dele o espaço reservado pra alma e pra inteligência.
Palavras não são atos.
Quando o filho aprende com o pai, ambos dão risada. Quando o pai aprende com o filho, ambos choram.
Às vezes a simplicidade e o silêncio dizem mais que a eloquência planejada.
— Devemos aceitar o que é impossível deixar de acontecer.
— Até mesmo a bondade, se em demasia, morre do próprio excesso.
— O cansaço ronca em cima de uma pedra, enquanto a indolência acha duro o melhor travesseiro.
Se não foi hoje, amanhã será. Se não for amanhã, um dia há de ser. A paciência é uma das maiores virtudes do ser humano, tenha calma e espere sua vez de vencer… O mundo dá voltas, aqui você cai, logo ali se levanta.
Ela está em tal conjunção com minha alma e minha vida. Que, como uma estrela presa à sua órbita, Eu só sei me mover em torno dela…”
Você pode fechar os seus olhos para as coisas que você não quer ver, mas não pode fechar os seu coração para as coisas que não quer sentir.
Misture um pouco de loucura com a sua prudência: é bom ser bobo no momento certo.
“Não será merecedor dos favos de mel aqueles que evitarem as colméias, porque as abelhas têm ferrões”.
Chegará o dia em que as torres coroadas de nuvens, os palácios resplandecentes, e mesmo o globo imenso e tudo o quanto lhe pertence, vão desaparecer sem deixar rastro, como se dissolveu esse espetáculo.
Somos dessa matéria de que os sonhos são feitos, e a nossa vida é breve é circundada pelo sono.
Esta é a grande tolice do mundo, a de que quando vai mal a nossa fortuna – muitas vezes como resultado de nosso próprio comportamento – culpamos pelos nossos erros o sol, a luz e as estrelas, como se fôssemos vilões por necessidade, tolos por compulsão celeste, safados, bêbados, mentirosos e adúlteros por obediência forçada a influencias planetárias; e tudo aquilo que somos maus por impacto divino.
(Rei Lear)
-Romeu..Ah Romeu…Por que és tu Romeu? Renega teu pai e recusa teu nome,mas se não for possível,jura que me ama e não serei mais um Capuleto.Só o teu nome é meu inimigo.Tu és o que és e não um Montague.O que é um Montague? Nem mão,nem pé,nem braço,nem face,nenhuma parte pertencente a um homem..Oh tenha outro nome..o que é um nome? A flor que se chama rosa se lhe dermos outro nome deixa de ter perfume? Por favor Romeu,seja meu Romeu e guarda para ti o teu nome que o título vale mais…Ah Romeu renuncia o teu nome e em vez dele que não faz parte de ti fica comigo[…]
I pray thee, gentle mortal, sing again.
Mine ear is much enamored of thy note.
So is mine eye enthrallèd to thy shape.
And thy fair virtue’s force perforce doth move me
On the first view to say, to swear, I love thee.
But, soft! what light through yonder window breaks?
It is the east, and Juliet is the sun.
Arise, fair sun, and kill the envious moon,
Who is already sick and pale with grief,
That thou, her maid, art far more fair than she.
Be not her maid, since she is envious;
Her vestal livery is but sick and green
And none but fools do wear it; cast it off.
It is my lady, O, it is my love!
O, that she knew she were!
She speaks yet she says nothing; what of that?
Her eye discourses; I will answer it.
I am too bold, ‘tis not to me she speaks.
Two of the fairest stars in all the heaven,
Having some business, do entreat her eyes
To twinkle in their spheres till they return.
What if her eyes were there, they in her head?
The brightness of her cheek would shame those stars,
As daylight doth a lamp; her eyes in heaven
Would through the airy region stream so bright
That birds would sing and think it were not night.
See, how she leans her cheek upon her hand!
O, that I were a glove upon that hand,
That I might touch that cheek!
She speaks!
O, speak again, bright angel! for thou art
As glorious to this night, being o’er my head
As is a winged messenger of heaven
Unto the white-upturned wondering eyes
Of mortals that fall back to gaze on him
When he bestrides the lazy puffing clouds
And sails upon the bosom of the air.
O wonder!
How many goodly creatures are there here!
How beauteous mankind is! O brave new world,
That has such people in it.
The exchange of thy love’s faithful vow for mine
“Porventura tem a amizade um coração tão fraco, que numa noite ou pouco mais se muda?”
“É preferível não ter amigos do que os ter mais nocivos que inimigos.”
“Por que precisaríamos de amigos, se nunca tivéssemos necessidade deles? Seriam as criaturas mais inúteis do mundo (…) e se assemelhariam a esses instrumentos agradáveis que permanecem nos estojos, guardando consigo suas harmonias.”
“Tem amigos quem nunca aos outros importuna.”
“O amigo comprovado, prende-o firme no coração com vínculos de ferro, mas a mão não calejes com saudares a todo instante amigos novos.”
“Sempre que a amizade adoece (…) lança mão de fórmulas forçadas.”
No mesmo instante em que recebemos pedras em nosso caminho,
flores estão sendo plantadas mais longe.
Quem desiste não as vê.
Ausente andei de ti na primavera,
quando o festivo abril mais se altavia,
e em tudo um’alma juvenil pusera
que Saturno saltitava e ria.
Sofrer no Presente uma dor do Passado só fara você criar uma nova dor para sofrer no Futuro.
When I saw you I fell in love and you smiled because you knew
De que servem cabelo e manto impecáveis, ó tolo? Tudo dentro de ti está confuso e, no entanto, penteias a superfície. (Hamlet)
No que me tenho por mais feliz
É numa alma que se lembra
dos bons amigos.
Sonnet XVIII
Shall I compare thee to a summer’s day?
Thou art more lovely and more temperate;
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer’s lease hath all too short a date;
Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimm’d;
And every fair from fair sometime declines,
By chance or nature’s changing course untrimm’d;
But thy eternal summer shall not fade,
Nor lose possession of that fair thou ow’st;
Nor shall Death brag thou wander’st in his shade,
When in eternal lines to time thou grow’st:
So long as men can breathe or eyes can see,
So long lives this, and this gives life to thee.
Soneto XVIII
Como hei de comparar-te a um dia de verão?
És muito mais amável e mais amena:
Os ventos sopram os doces botões de maio,
E o verão finda antes que possamos começá-lo:
Por vezes, o sol lança seus cálidos raios,
Ou esconde o rosto dourado sob a névoa;
E tudo que é belo um dia acaba,
Seja pelo acaso ou por sua natureza;
Mas teu eterno verão jamais se extingue,
Nem perde o frescor que só tu possuis;
Nem a Morte virá arrastar-te sob a sombra,
Quando os versos te elevarem à eternidade:
Enquanto a humanidade puder respirar e ver,
Viverá meu canto, e ele te fará viver.
Que obra prima é o homem!
Como é nobre em sua razão!
Que capacidade infinita!
Como é preciso e bem-feito em forma e movimento!
Um anjo na ação!
Um deus no entendimento, paradigma dos animais, maravilha do mundo.
Ser ou não ser, essa é a questão: será mais nobre suportar na mente as flechadas da trágica fortuna, ou tomar armas contra um mar de obstáculos e, enfrentando-os, vencer? Morrer — dormir, nada mais; e dizer que pelo sono se findam as dores, como os mil abalos inerentes à carne — é a conclusão que devemos buscar. Morrer — dormir; dormir, talvez sonhar — eis o problema: pois os sonhos que vierem nesse sono de morte, uma vez livres deste invólucro mortal, fazem cismar. Esse é o motivo que prolonga a desdita desta vida.
Cada gota de sangue inocente derramado clama vingança contra o príncipe que fez afiar a espada
Não sei, realmente, porque estou tão triste. Isso me enfara; e a vós também, dissestes. Mas como começou essa tristeza, de que modo a adquiri, como me veio, onde nasceu, de que matéria é feita, ainda estou por saber. E de tal modo obtuso ela me deixa, que mui dificilmente me conheço.
GRACIANO – O de bobo farei. Que entre folguedos e risadas as velhas rugas cheguem. Prefiro o fígado aquecer com vinho, a esfriar o peito com gemidos lúgubres. Se o sangue temos quente, por que causa deveremos ficar imóveis como nossos antepassados de alabastro? dormir de pé, ficar com icterícia só de não fazer nada? Escuta, Antônio – dedico-te afeição; ela é que fala -pessoas há, cuja fisionomia se enruga e enturva como uma lagoa parada, e que a toda hora se retraem num silêncio obstinado, só com o fito de aparência envergarem de profunda sabedoria, gravidade e senso, como quem diz: “Eu sou o senhor Oráculo; quando eu falar, nenhum cachorro ladre!” Conheço, caro Antônio, muita gente que é tida como sábia, tão-somente por não dizerem nada, quando é certo que, se a falar chegassem, os ouvintes condenariam, por levá-los, logo, a dar o nome, ao próximo, de tolos. De outra vez falaremos mais sobre isso. Mas com isca assim triste não me pesques semelhante opinião, pois como engodo, só serve para os tolos. Vem, bondoso Lourenço. Por enquanto, passai bem. Depois da ceia acabarei a prédica.
Suas idéias razoáveis são como dois grãos de trigo perdidos em dois alqueires de palha: gastais um dia inteiro para encontrá-los; mas, uma vez achados, não compensam o trabalho.
ANTÔNIO – Conheceis-me mui bem; por isso mesmo perdeis tempo apelando desse modo para a minha afeição. Além de tudo, pondo em dúvida o meu devotamento, muito mais me ofendeis do que se houvésseis malbaratado tudo o que possuo. Basta dizerdes-me o que é necessário que eu faça, o que julgardes que só pode ser por mim realizado, e eis-me disposto para tudo fazer. Falai, portanto.
Tão fora de tempo chega aquele que vai depressa demais como aquele que se atrasa.
Contudo, o amor é cego, e os namorados nunca vêem as tolices impagáveis que eles próprios praticam, porque, se vissem, até mesmo o amor ficaria enrubescido.
Uma alma vil, que cita as coisas santas, é como o biltre de sorriso ameno, ou uma bela maçã podre por dentro. Como é belo o exterior da falsidade!
Se ele me desprezar, perdoar-lhe-ei, porque ainda que me amasse até à loucura, jamais poderia retribuir-lhe o amor.
“Se eu pudesse descrever a beleza dos teus olhos e enumerar teus atributos em épocas vindouras… Diriam: o poeta mente! A Terra jamais foi acariciada por tal toque divino.”
“Se eu pudesse descrever a beleza dos teus olhos e enumerar teus atributos em épocas vindouras… Diriam: o poeta mente! A Terra jamais foi acariciada por tal toque divino.”
(Pórcia:) Como as demais paixões dissipa o vento: o desespero, o dúbio pensamento, o pálido cuidado, o medo incerto! Modera, amor, esse êxtase! Liberto te mostres de exagero. Que a alegria não chova sobre mim em demasia. Tuas bênçãos me deixam atordoada; tem mão nelas. Receio inanimada vir a ficar, de excesso.
Para mim própria não seria ambiciosa em meus desejos de querer ser muito melhor em tudo. Mas triplicar quisera vinte vezes, para vós, o que sou, ser mais formosa mil vezes, dez mil vezes mais senhora de um rico patrimônio. Para em vosso conceito ser mais alta, desejara ter conta incalculável de virtudes, belezas, bens e amigos; suas a soma total de quanto valho é soma negativa, que define, grosso modo, uma jovem sem preparo, talentos e experiência, que se julga feliz apenas por não ser tão velha que não possa aprender, e venturosa por não ser tão obtusa de nascença que aprender não consiga coisa alguma. Mas a suma ventura nisto tudo consiste em poder ela inteiramente vos confiar o espírito maleável, para que a dirijais, na qualidade de arido, senhor e soberano. Eu, com tudo o que tenho, desde agora passo a ser toda vossa. Até há momentos, era eu senhora desta bela casa, dona dos meus criados, soberana de mim própria; mas desde este momento a casa, a famulagem, minha própria pessoa, meu senhor, a vós pertence. Tudo vos dou com este anel. Se acaso vos separardes dele, ou se o perderdes, ou se presente a alguém dele fizerdes indício certo isso será da morte de nosso amor e causa de queixar-me.
Quem te ama, te faz feliz.
Do sonho a realidade. Da noctibulância o piso quente-frio da litosfera. Espera eu deglutir, digerir. Reordenar as atividades nucléicas e produzir as enzimas certas para empatar essa ambigüidade. Que forçoso é estar com os sentimentos nos céus e os pés no chão. Ter o infinito na palma da mão e o universo numa casca de noz e considerar rei do espaço infinito…
There is a tide in the affairs of men.
Which, taken at the flood, leads on to fortune;
Omitted, all the voyage of their life
Is bound in shallows and in miseries.
On such a full sea are we now afloat,
And we must take the current when it serves,
Or lose our ventures.
Quando se avistam nuvens, os sábios vestem seus mantos.
A teia de nossa vida é composta de fios misturados: de bens e de males. Nossas virtudes se tornariam orgulhosas sem os açoites de nossos defeitos, como os nossos vícios desesperariam, se não fossem alentados pela virtude.
A vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria, sem sentido algum.
“Pobre é o amor que pode ser contado”.
A morte, que sugou-lhe o
mel dos lábios, inda não
conquistou sua beleza.
(Romeu e Julieta)
EU APRENDI
Que quanto menos tempo tenho,
mais coisas consigo fazer.
Apenas o mendigo consegue contar a riqueza que tem.
Mais aguçada do que os dentes de uma serpente é a ingratidão de um filho. (Rei Lear)
Os sentimentos verdadeiros se manisfestam mais por atos que por palavras.
Aqui, fixar quero meu eterno repouso,
e desta carne lassa do mundo sacudir o jugo das estrelas funestas.
Olhos, vê-de mais uma vez.
Braços, permiti-vos o último abraço.
E lábios,vós que sois a porta do hálito com um beijo legítimo selai este contrato com a morte exorbitante.
(Romeu Julieta)
SONETO 3
Mira no espelho e descreve o rosto que vês;
Agora é o tempo em que a face deve mudar,
Cujos reparos não tenhas logo renovado,
Terás enganado o mundo, à revelia de tua mãe.
Onde está a bela, cujo ventre não semeado
Desdenha o cultivo de teus cuidados?
Ou de quem será a tumba de um ser tão cioso
De seu amor-próprio para negar a posteridade?
És o espelho de tua mãe, e tua semelhança
Recorda os adoráveis dias de sua primavera;
Então, pela tua idade, poderás ver,
Apesar das rugas, o teu tempo áureo;
Mas se vives para não seres lembrado,
Jamais te cases, e tua imagem fenecerá contigo.
Ninguém poderá jamais aperfeiçoar-se,
se não tiver o mundo como mestre.
A experiência se adquire na prática.
Comparar-te a um Dia de Verão?Comparar-te a um dia de verão?
Há mais ternura em ti, ainda assim:
um maio em flor às mãos do furacão,
o foral do verão que chega ao fim.
Por vezes brilha ardendo o olhar do céu;
outras, desfaz-se a compleição doirada,
perde beleza a beleza; e o que perdeu
vai no acaso, na natureza, em nada.
Mas juro-te que o teu humano verão
será eterno; sempre crescerás
indiferente ao tempo na canção;
e, na canção sem morte, viverás:
Porque o mundo, que vê e que respira,
te verá respirar na minha lira.
Escrevi seu nome nos céus e as nuvens sopraram-o pra longe.
-Soneto XLIII –
Quanto mais fecho os olhos melhor vejo;
o dia todo vi coisas vulgares;
mas quando durmo em sonho te revejo;
pondo no escuro luzes estrelares;
tu, cuja sombra faz brilhar as sombras;
pois tanto brilho no negror produzes.
Como podem meus olhos abençoados;
assim te ver brilhar em pleno dia;
quando na noite escura deslumbrados;
dentro de fundo sono eu já te via?
Meu dia é noite quando estás ausente;
e a noite eu vejo o sol se estás presente.
Me surpreende pensar que, com uma história meio Romeu e Julieta a gente conseguiu e ainda consegue superar todas as dificuldades e desafios, porque o amor fala mais alto no fim das contas.
A tragédia começa quando os dois lados acham que têm razão.
Chorar, depois de salvo, uma desgraça, é chamar outra ainda mais feia e crassa.
Amor: uma palavra em duas mentes.
“Se é a música o alimento do amor,tocá-la.”
Fale,anjo,outra vez,pois você brilha
Na glória desta noite,sobre minha cabeça,
Como um celeste mensageiro alado
Sobre os olhos mortais que,deslumbrados,
Se voltam para o alto,para olhá-lo,
Quando ele chega,cavalgando nas nuvens,
E vaga sobre o seio desse espaço
Todo homem deveria ser aquilo que parece
“Amar é encontrar nas divergências outrora o que há de mais belo para ser observado e apreciado”.
William Shakespeare.
Aprenda que há mais dos seus pais em você supunha.Aprenda que nunca deve dizer a uma criança que seus sonhos são bobagens,poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.Aprenda que quando está com raiva,mas isso não te dá o direito de ser cruel.
O amor não olha com os olhos, mas com a mente.
Meu único amor, nascido de meu único ódio! Cedo demais o vi, ignorando-lhe o nome, e tarde demais fiquei sabendo quem é
Ri-se da cicatriz quem nunca foi ferido…
Dê a todos os seus ouvidos, mas a poucos a sua voz.
Ouve opiniões, mas forma juízo próprio.
Não podemos todos ser mestres.
Aconteça o que acontecer, os dias ruins passam, assim como todos os outros.
Estrelas, escondam o seu brilho; não permitam que a luz veja meus profundos e escuros desejos. (Macbeth)
Amor que é amor não se transforma
porém durante o tempo se dilata!
Se isso for um erro ou meu engano
for provado, eu jamais terei escrito
ou alguém terá amado!
“Ouvir com os olhos faz parte das sutilezas do amor.”
Tu te lanças ao céu para agarrar uma ideia, e depois a trazes para a terra e a transformas em ação.
“O amor procura o amor assim como os meninos fogem dos livros escolares…” (Romeu e Julieta)
O mal que os homens fazem sobrevive a eles; o bem
geralmente é sepultado com seus ossos.
A longa distância apenas serve para unir o nosso amor.
A saudade serve para me dar
a absoluta certeza de que ficaremos para sempre unidos…
Buscar o amor é bom; melhor é achá-lo.
Alguns nascem grandes, outros alcançam a grandeza, e alguns têm a grandeza.
Considera a opinião de todos, mas teu é o julgamento.
“Que doce som de prata faz a língua dos amantes à noite, tal qual musica langorosa que ouvido atendo escuta”
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.
É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor.
É preferível suportar os males que temos do que voar para aqueles que não conhecemos.
O verdadeiro nome do amor é cativeiro.
A mágoa altera as estações e as horas de repouso, fazendo da noite dia e do dia noite.
Não é um pouco mais que fantasia?
Que nos diz, agora?
Me perfilha como primo, pois não primo como filho.
Louvada seja a impulsividade,
Pois a imprudência às vezes nos ajuda
Onde fracassam as nossas tramas muito planejadas.
Isso nos deveria ensinar que há uma divindade
Dando a forma final aos nossos mais toscos projetos…
Não há nada bom ou nada mau, mas o pensamento o faz assim.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Só ri das cicatrizes quem nunca teve uma ferida no corpo.
Ninguém perde nada de reputação a não ser que se considere como perdedor. (Otelo)
Quando se nasce com a morte na alma, não há o que se possa fazer.
Há mais de nossos pais em nós do que supomos.
Mourning a past pain in the present,
is to create more pain and suffering again.
Nem esta capa sombria, nem as vestes costumeiras de solene cor negra, os tempestuosos suspiros arrancados do imo peito, as torrentes fecundas que me descem dos olhos, o semblante acabrunhado, nem todas as demais modalidades da mágoa poderão nunca, em verdade, definir-me. Parecem, tão-somente, pois são gestos de fácil fingimento. Mas há algo dentro em mim que não parece.
(Hamlet)
Oh, se esta carne sólida, tão sólida, se esfizesse, fundindo-se em orvalho! Ou se ao menos o Eterno não houvesse condenado o suicídio! Ó Deus! Ó Deus! Como se me afiguram fastidiosas, fúteis e vãs as coisas deste mundo! Que horror! Jardim inculto em que só medram ervas daninhas, cheio só das coisas mais rudes e grosseiras.
(Hamlet)
Um animal que é destruído da faculdade da palavra, certo choraria mais tempo!
Da calúnia a virtude não se livra. Muitas vezes, o verme estraga as flores primaveris, bem antes de se abrirem. No orvalho e na manhã da mocidade o vento contagioso é mais nocivo. Sê cautelosa; o medo é amparo certo. A mocidade é imiga de si mesma.
(Hamlet)
Não faças como alguns desses pastores que aconselham aos outros o caminho do céu, cheio de abrolhos, enquanto eles seguem ledos a estrada dos prazeres, sem dos próprios conselhos se lembrarem.
(Hamlet)
Ser ou não ser,eis a questão:
O que é mais nobre para o espírito?Sofrer os dardos e as setas de um ultrajante fado,ou tomar armas contra um mar de calamidades,para pôr-lhes fim,resistindo?
Meu inimigo é apenas o teu nome. Continuarias sendo o que és, se acaso Montecchio tu não fosses. Que é Montecchio? Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo. Sê outro nome. Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título. Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira.
”Não faço meus julgamentos pelas estrelas;
Embora conheça bem a astronomia,
Mas não para adivinhar o azar ou a sorte,
As pragas, as privações ou as mudanças de estação;
Nem posso adivinhar o futuro próximo,
Dando a cada um a sua tormenta,
Ou dizer aos príncipes se tudo passará,
Predizendo o que apenas os céus podem trazer:
Porém, retiro a minha sabedoria de teus olhos,
E (eternas estrelas) neles entendo a sua arte,
Pois, juntos, vencerão a verdade e a beleza,
Se de teu próprio ser verteres o teu alento;
Senão, isto, eu prenunciaria:
Em ti toda a verdade e beleza findam.”
Suplico aos senhores que, em suas cartas, falem de mim como sou. Que nada fique atenuado, mas que se esclareça também que em nada houve dolo. Os senhores devem mencionar este que amou demais, com sabedoria de menos; este que não deixava-se levar por sentimentos de ciúme, mas que por artimanhas alheias, chegou aos extremos de uma mente desnorteada; este cuja mão, como faz o índio mais abjeto, jogou fora uma pérola mais preciosa que toda sua tribo, este que, de olhos baixos, apesar de não ser de seu feitio mostrar-se comovido, agora derrama lágrimas de maneira pródiga, como as árvores das Arábias derramam sua goma medicinal… Ponham isso no papel.
(Otelo)
O tolo acha que é sábio, enquanto o sábio reconhece ser um tolo.
Que época terrível é esta, onde idiotas dirigem cegos?
“A agua corre tranquila quando o rio é fundo”
O Rei para Laertes: “A cabeça não é tão bem casada com o coração, nem serve a mão à boca com mais zelo, que ao trono teu bom pai”. (Polônio)
Laertes para Ofélia in Hamlet:
Cuidado, Ofélia amiga! Fica na retaguarda dos anseios, a coberto dos botes dos desejos. Já a prodigalidade é numa virgem revelar a beleza à própria lua. Da calúnia a virtude não se livra. Muitas vezes, o verme estraga as flores primaveris, bem antes de se abrirem. No orvalho e na manhã da mocidade o vento contagioso é mais certo. A mocidade é inimiga de si mesma.
Ofélia para Laertes: “Encerrarei no peito, como guardas, essas sábias lições. Mas, caro irmão, não faças como alguns desses pastores que aconselham aos outros o caminho do céu, cheio de abrolhos, enquanto eles seguem ledos a estrada dos prazeres, sem dos próprios conselhos se lembrarem”.
(Hamlet)
HAMLET
CONSELHOS DE POLÔNIO PARA SEU FILHO LAERTES:
“Vai com a minha bênção, e grava na memória estes preceitos: ‘Não dês língua aos teus próprios pensamentos, nem corpo aos que não forem convenientes’. ‘Sê lhano, mas evita abastardares-te’. ‘O amigo comprovado, prende-o firme no coração com vínculos de ferro, mas a mão não calejes com saudares a todo instante amigos novos’. ‘Foge de entrar em briga; mas, brigando, acaso, faze o competidor temer-te sempre’. ‘A todos, teu ouvido; a voz a poucos; ouve opiniões, mas forma juízo próprio’. ‘Conforme a bolsa, assim tenhas a roupa: sem fantasia; rica, mas discreta, que o traje às vezes o homem denuncia. Nisso, principalmente, são pichosas as pessoas de classe e prol na França’. ‘Não emprestes nem peças emprestado; que emprestar é perder dinheiro e amigo, e o oposto embota o fio à economia’. ‘Mas, sobretudo, sê a ti próprio fiel; segue-se disso, como o dia à noite, que a ninguém poderás jamais ser falso’. Adeus; que minha bênção tais conselhos faça frutificar”.
O que há de errado em um nome, o que chamamos de rosa teria ooo mesmo cheiro com outro nome
Essa é a maravilhosa tolice do mundo: quando as coisas não nos correm bem — muitas vezes por culpa de nossos próprios excessos — pomos a culpa de nossos desastres no sol, na lua e nas estrelas, como se fôssemos celerados por necessidade, tolos por compulsão celeste, velhacos, ladrões e traidores pelo predomínio das esferas; bêbedos, mentirosos e adúlteros, pela obediência forçosa a influências planetárias, sendo toda nossa ruindade atribuída à influência divina… Ótima escapatória para o homem, esse mestre da devassidão, responsabilizar as estrelas por sua natureza de bode. Meu pai se juntou à minha mãe sob a cauda do Dragão e minha natividade se deu sob a Grande Ursa: de onde se segue que eu tenho de ser violento e lascivo. Pelo pé de Deus! Eu teria sido o que sou, ainda que a mais virginal estrela do firmamento houvesse piscado por ocasião de minha bastardização.
“Dentro de mim, no entanto, tenho algo que supera a aparência. Todo o resto é adorno, enfeite da dor.”
Todo mundo é capas de suportar uma dor , menos quem a sente
Não expressar tudo que se pensa; ouvir a todos mas falar com poucos; ser amistoso mas nunca ser vulgar; valorizar amigos testados mas não oferecer amizade a cada um que aparecer na sua frente; evitar qualquer briga, mas se for obrigado a entrar numa que seus inimigos o temam; usar roupas de acordo com a sua renda sem nunca ser extravagante; não emprestar dinheiro a amigos para não perder amigos e dinheiro; e por fim ser fiel a ti mesmo e jamais serás falso com ninguém!
Dos tolos a calhar aqui o exemplo vem:
Quem vive para o mal desvive para o bem.
Quando jura ser feita de verdades,
Em minha amada creio, e sei que mente,
E passo assim por moço inexperiente,
Não versado em mundanas falsidades
Quando jura ser feita de verdades,
Em minha amada creio, e sei que mente,
E passo assim por moço inexperiente,
Não versado em mundanas falsidades.
Mas crendo em vão que ela me crê mais jovem
Pois sabe bem que o tempo meu já míngua, Simplesmente acredito em falsa língua:
E a patente verdade os dois removem.
Por que razão infiel não se diz ela?
Por que razão também escondo a idade?
Oh, lei do amor fingir sinceridade
E amante idoso os anos não revela.
Por isso eu minto, e ela em falso jura,
E sentimos lisonja na impostura.
Aconteça o que acontecer, o tempo e as horas sempre chegam ao fim, mesmo do dia mais duro dentre todos os dias. (Macbeth)
O trabalho que fazemos com prazer cura a canseira que dele mesmo advém. (Macbeth)
A brevidade é a alma do talento.
WILLIAM SHAKESPEARE – I
“A mágoa profunda tem menos poder para atingir o homem que dela faz troça,
e não a carrega como um fardo”.
“A suspeita sempre persegue a consciência culpada;
o ladrão vê em cada sombra um policial”.
“Aceita o conselho dos outros,
mas nunca desistas da tua própria opinião”.
“O amor conforta como o sol depois da chuva”.
“A arte é o espelho e a crônica da sua época”.
“A coragem cresce com a ocasião”.
“Aprendi que são os pequenos acontecimentos diários
que tornam a vida espetacular”.
“Assim que nascemos, choramos
por nos vermos neste imenso palco de loucos”.
“Mesmo sendo casto como gelo e puro como a neve,
ninguém está livre da calúnia”.
“Muito embora seja honesto, não é aconselhável trazer más notícias”.
“O amor não prospera em corações que se amedrontam com as sombras”.
“O amor é cego, por isso os namorados nunca vêem as tolices que praticam”.
“O louco, o amoroso e o poeta estão recheados de imaginação”.
“Se fazer fosse tão fácil quanto saber o que seria bom fazer, as capelas seriam
igrejas, e as choupanas dos pobres, palácios de príncipes”.
“Seja como for que penses, creio que é melhor dizê-lo com boas palavras”.
“Temo a tua natureza; ela está demasiado cheia do leite da ternura humana
para que seja capaz de seguir o caminho mais curto”.
“Vê como é rápida a língua da suspeita”.
“Nada encoraja tanto ao pecador como o perdão”.
O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém”.
“Poucos gostam de ouvir falar das faltas / Que com prazer praticam”.
“A verdade nunca perde em ser confirmada”.
WILLIAM SHAKESPEARE – III
“A alegria evita mil males e prolonga a vida”.
“Sábio é o pai que conhece o seu próprio filho”.
“Ser grande, é abraçar uma grande causa”.
“A beleza provoca o ladrão mais do que o ouro”.
“Guarda teu amigo sob a chave de tua própria vida”.
“O passado é um prólogo”.
“Algumas dores são passíveis de cura”.
“O orgulho devora a si mesmo”.
“Dê a todas pessoas seus ouvidos, mas a poucas a sua voz”.
“A política está acima da consciência”.
“Não julgueis; somos todos pecadores”.
“O amor não se vê com os olhos, mas com o coração”.
“Só há uma treva: a ignorância”.
“As feridas causadas pela amizade são as mais profundas e dolorosas.”
“De todas as paixões baixas, o medo é a mais amaldiçoada.”
“O gelo da timidez desfaz-se ao fogo do amor.”
“O horror visível tem menos poder sobre a alma do que o horror imaginado.”
“É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.”
“A cólera é um cavalo fogoso; se lhe largamos o freio, o seu ardor exagerado em breve a deixa esgotada.”
“A vida é uma simples sombra que passa.”
“Aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam…”
“As paixões ensinaram a razão aos homens.”
“Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que o inimigo morra.”
“O destino embaralha as cartas, mas somos nós quem as jogamos.”
O trabalho agradável é o remédio da canseira.
Chorarei tão-somente por aquilo em que acredito; acreditarei tão-somente naquilo que sei ser fato; e tudo que eu puder remediar será feito à medida em que o tempo for se mostrando companheiro. (Malcolm)
Há mais coisas no céu e terra, Horácio, do que foram sonhadas na sua filosofia.
(Hamlet)
Juro que te amo
mas não sei ate quando
me descobri no teu sorriso
sincero, meigo e profundo
que desencadeou os portais
do meu mundo obscuro.
Em condiçoes de sofrimento, medo da perda. Te faz um aliado da política. Hoje onde nós vivemos as coisas que sentimos prazer pode ser um grande buraco na sua mente.
“Contigo eu fico
É jamais do negror deste palácio hei de partir
Aqui. Aqui sempre estarei…
Com seus criados vermes…
Aqui mesmo eu hei de repousar para todo o sempre.
É libertar da maldição dos astros a carne exausta
Olhos. Um último olhar…
Braços. Um último abraço…
É vós o lábios, portal do alento
Selai com este beijo o pacto eterno com a morte insaciável.
Venha meu caminho amargo
Venha insonso guia
Piloto insano atira neste instante
Contra as rochas a barca desgastada
Um brinde ao meu amor.”
Não tenham medo da grandeza. Alguns nascem grandes, alguns conseguem a grandeza , e outros têm a grandeza imposta a eles.
Tenho medo!
Você diz que ama o Sol, mas se esconde na sombra quando o Sol aparece. Diz que ama a chuva, mas sai de casa sempre com um guarda-chuva. Diz que ama o vento, mas quando ele bate na sua janela, você fecha a janela. Por isso eu tenho medo! Vai que você me diz que me ama”
Duvide que o sol se mova
Duvide que as estrelas sejam fogo
Duvide que a verdade seja mentirosa
Mas não duvides que eu te amo.
Esses prazeres violentos tem fins violentos,
E morrem em seu triunfo, como o fogo e a pólvora,
Que, ao se beijarem, se consomem.
O mais doce mel repugna por sua própria doçura,
e seu sabor confunde o paladar.
– Romeu e Julieta
Dai palavras à dor. Quando a tristeza perde a fala, sibila ao coração, provocando de pronto uma explosão.
O amor é a loucura dos sábios e a sabedoria dos tolos.
‘As vezes a gente se fere para não ferir os outros.’
Os sonhos que hão de vir no sono da morte
Os negócios humanos apresentam altas como as do mar: aproveitadas, levam-nos as correntes à fortuna; mas, uma vez perdidas, corre a viagem da vida entre baixios e perigos. Ora flutuamos na maré mais alta. Urge, portanto, aproveitar o curso da corrente, ou perder nossas vantagens.
A culpa, meu caro Brutus, não está nas estrelas mas em nós mesmos.
E quando ele morrer, corte-o em pequenas estrelas
E ele deixará a face do céu tão bela
Que o mundo inteiro se apaixonará pela noite
E deixará de adorar o sol berrante
Você fala uma quantidade infinita de nada.
Eu gosto deste lugar e poderia voluntariamente desperdiçar meu tempo nele.
Não suspirem mais, mulheres, não suspirem mais,
Os homens sempre foram enganadores,
Um pé no mar, e outro, na margem,
Nunca constantes em coisa alguma.
A Providência fez dos nossos vícios o açoite com que nos castiga.
Estrelas, escondam seus fogos; Não deixem a luz ver meus desejos negros e profundos.
Com alegria e riso deixe as velhas rugas surgirem.
Se for pra ser seu, acontecerá
Obra de William Shakespeare. Frases e versos…
Sou firme como a Estrela do Norte, cuja essência constante e inabalável não encontra paralelo no vasto firmamento
A vida não é nada além de uma
sombra que anda, um pobre ator que
pavoneia e lamuria seu instante
no palco e depois não é mais ouvido:
é um conto contado por um idiota,
cheio de som e fúria, significando nada.
“Somos da mesma substância que os sonhos.”
Apaga-te, apaga-te, chama breve! A vida é apenas uma sombra ambulante, um pobre ator que por uma hora se espavona e se agita no palco, sem que depois seja ouvido; é uma história contada por idiotas, cheia de fúria e barulho, que nada significa.
“Parece”, não, senhora; é, não “parece”.
Não é apenas meu casaco negro,
Boa mãe, nem solene roupa preta,
Nem suspiros que vem do fundo da alma,
Nem o aspecto tristonho do semblante,
Co’as formas todas da aparente mágoa
Que mostram o que sou; esses “parecem”,
Pois são ações que o homem representa:
Mas eu tenho no peito o que nao passa;
Meu trapos são o adorno da desgraça.
Quando um pai dá a seu filho, ambos riem:
Quando um filho dá ao pai, ambos choram…
“…Mostre-me um homem que não
seja escravo das suas paixões…!”
Ai, pobre pátria!
Mal ousa conhecer-se. Nem podemos
Chamar-lhe mãe, que é, antes, sepultura;
Onde ninguém se vê sorrir, exceto
Quem não sabe o que faz…
“Maturidade é tudo”
Amor com saudade
Duvide do brilho das estrelas.
Duvide do perfume de uma flor.
Mas nunca duvide de um amor.
Evite qualquer briga, mas se for obrigado a entrar numa, que seus inimigos o temam.
Não existe oportunidade perdida. Alguém irá aproveitar as que você perdeu.
Há uma maré
Existe uma maré nos assuntos dos homens.
Que, tomadas com o dilúvio, leva à fortuna;
Omitido, toda a viagem de sua vida
É ligada nos baixios e misérias.
Em um mar tão cheio estamos agora flutuando,
E devemos pegar a corrente quando ela atende,
Ou perder nossas aventuras.
A vida é uma sobra que passa… é um pobre ator que se pavoneia e se aflige sobre o palco e depois não é mais ouvido. É uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria e vazia de significado.
Não devemos odiar aqueles que erram conosco porque assim Que começamos a odiamos comecamos a nos tornar
Exatamente como eles patéticos
, falsos e amargos
Não jure pela Lua, que é inconstante e muda todos os meses em sua órbita circular, a menos que o seu amor seja igualmente instável.
Os amantes e os loucos têm cérebros ardentes, fantasias visionárias que percebem o que a fria razão jamais poderá compreender.
Que é um casamento à força se não um inferno, uma vida de discórdias e contínuas brigas? Enquanto que o contrário é uma benção e um modelo de paz celestial.
(Henrique IV)
Apaga-te, vela fugaz!
A vida não é senão uma caminhada
Sombria, um pobre ator
Que se pavoneia e gasta a sua hora
No cenário,
E logo ninguém mais o ouve;
Vem a ser um conto
Narrado por um idiota,
Cheio de ruído e fúria,
Que não significa nada.
És para meus pensamentos como alimento para a vida, ou como as
chuvas brandas para o solo em época deseca.
Porventura tem a amizade um coração tão fraco, que numa noite ou pouco mais se muda?
(“Timão de Atenas”)
As águas correm mansamente onde o leito é mais profundo.
(“Henrique VI”)
A dor que não fala, geme no coração até que o parte.
Devemos aceitar o que é impossível deixar de acontecer.
(“As Alegres Comadres de Windsor”)
Onde estamos, há adagas nos sorrisos! O mais perto de nosso sangue é o que está mais perto de derramá-lo!
É fácil para o homem falso fingir uma dor que não sente.
Somos feitos da matéria dos sonhos; nossa vida pequenina é cercada pelo sono.
“Esta consciência, que faz de todos nós covardes”
“Às mensagens agradáveis dai um milhão de línguas;
mas deixai que as infaustas ocorrências se anunciem por si,
quando sentidas.”
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura
“O que é um homem, se o seu bem mais caro, aquilo para cuja compra vende o tempo, é dormir e comer?”
(Hamlet, ato 4º, cena 1)
”Sábio é o pai que conhece o seu próprio filho”.
William Shakespeare
Morrestes achando que amava.
Matastes pensando que era amor.
Dominado pelo egoísmo da paixão,
nos fez ver que não te conhecíamos como deveríamos
e, por tua atitude, demonstrou que não conhecias o amor.
Descansem em paz.
Amor quando é amor não definha
E até o final das eras há de aumentar.
Mas se o que eu digo for erro
E o meu engano for provado
Então eu nunca terei escrito
Ou nunca ninguém terá amado
Um indivíduo pode sorrir, sorrir, e ser um vilão.
Aceitação
Devemos aceitar o que é impossível deixar de acontecer.
As alegres comadres de Windsor
Ato V – Cena V: Page
Adulação:
Melhor assim: saber que é desprezado do que sê-lo sob a capa da lisonja.
O Rei Lear
Ato IV – Cena I: Edgar
Enquanto você olha pra outra mulher, seu amigo admira a sua.
Se eu pudesse descrever a beleza de teus olhos,
E enumerar infinitamente todos os teus dons,
O futuro diria, este poeta mente,
Tanta graça divina jamais existiu em um ser.
Quem vive com medo morre mil mortes, mas os valentes enfrentam-na uma única vez.
Vê como o meu anel se ajusta ao teu dedo, tal como o teu peito encerra meu triste coração. Usa-los ambos, porque ambos são teus, e se for lícito a este teu pobre e dedicado servo implorar um favor à tua graciosa mão, para todo o sempre assim confirmarias a sua felicidade.
Vê como este anel acenta neste dedo, assim como o meu coração cabe dentro do peito. Usa os dois, porque ambos são teus, e se for lícito a este teu pobre e dedicado servo implorar um favor à tua graciosa mão, para todo o sempre assim confirmarias a sua felicidade.
O demônio pode citar as Escrituras para justificar seus fins.
A infâmia sempre reaparece ao olhar humano,
mesmo que a afoguem no fundo do oceano.
A ambição em si não é mais que a sombra de um desejo.
A própria substância do ambicioso não é mais do que a sombra de um sonho.
Soneto 121 (CXXI)
É melhor ser vil do que vil considerado,
Quando não se é, e ser repreendido por sê-lo,
E o prazer justo perdido, que é tão caro
Não por nós, mas pela opinião alheia.
Por que a visão falsa e adulterada dos outros
Deve julgar o meu sangue ardente?
Ou minhas fraquezas, enquanto o mais fraco espia,
Que por eles seja mau o que acredito bom?
Não, eu sou quem sou, e eles que julgam
Meus erros reconhecem em mim apenas os deles;
Posso ser reto, embora eles sejam tortos;
Diante desses pensamentos, meus atos se ocultam,
A menos que esse mal geral que eles mantêm:
Todos são maus e em sua maldade reinam.
Para o teu próprio eu, seja verdadeiro; E deve seguir-se, como a noite ao dia. Tu não podes então ser falso com nenhum.
“Ame-me ou odei-me,ambas estão ao meu favor: Se você me ama,eu vou estar sempre no seu coração,se você me odeia,eu vou estar sempre na sua mente”.
Soneto 150
Ó, que força usas para teres tanto poder
Que não deixa meu coração se desviar?
Fazer-me mentir diante do que vejo,
E jurar que a luz não abençoe o dia?
Desde quando adoeceste tudo,
Que em negar teus próprios atos
Há tanta força e mostra de talento,
Que fazem teus defeitos superar teus dons?
Quem te ensinou a fazer-me amar-te mais ainda,
Por mais o que eu ouça e veja só cause o ódio?
Ah, embora eu ame o que outros odeiam,
Como eles, não deverias me ter horror.
Se tua falta de valor fez que eu te amasse,
Mais valia tenho por amares a mim.
Por velho e venerável, deveríeis ser sensato também.
Eu preciso ser cruel, apenas para ser bom.
A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial.
Aquele que gosta de ser adulado é digno do adulador.
Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio.
Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes.
Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te.
É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.
Em tempo de paz convém ao homem serenidade e humildade; mas quando estoura a guerra deve agir como um tigre!
Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor.
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.
Ó beleza! Onde está tua verdade?
Os miseráveis não têm outro remédio a não ser a esperança.
Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia.
Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.
É um péssimo cozinheiro aquele que não pode lamber os próprios dedos.
Ser grande é abraçar uma grande causa.
O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém.
Esta consciência, que faz de todos nós covardes.
Os homens de poucas palavras são os melhores.
A cólera é um cavalo fogoso; se lhe largamos o freio, o seu ardor exagerado em breve a deixa esgotada.
Combater e morrer é pela morte derrotar a morte, mas temer e morrer é fazer-lhe homenagem com um sopro servil.
É preferível suportar os males que temos do que voar para aqueles que não conhecemos.
Ó doçura da vida: Agonizar a toda a hora sob a pena da morte, em vez de morrer de um só golpe.
A paixão aumenta em função dos obstáculos que se lhe opõem.
A alegria evita mil males e prolonga a vida.
Se fiz alguma coisa boa em toda a minha vida, dela me arrependo do fundo do coração.