Se há um livro que você quer ler, mas não foi escrito ainda, então você deve escrevê-lo.
Se você quer voar, tem que largar aquilo que te puxa para baixo.
Você acha que é inútil porque ele não te ama. Você acha que, porque ele não te quer mais, ele está certo – que o julgamento e a opinião dele sobre você estão corretos. Se ele te joga fora, então você é lixo. Você acha que ele pertence a você porque você quer pertencer a ele. “Pertencer” é uma palavra ruim. Especialmente quando você a usa com alguém que ama. O amor não deve ser assim.
Você já viu a forma como as nuvens amam uma montanha? Elas circulam ao redor dela; às vezes você não consegue sequer ver a montanha por causa das nuvens. Mas você sabe o que mais? Você vai lá em cima e o que você vê? A cabeça da montanha. As nuvens não cobrem sua cabeça. Sua cabeça espia através delas, porque as nuvens deixam; elas não a envolvem. Deixam que ela mantenha a cabeça erguida, livre, sem nada que a esconda ou prenda. Você não pode possuir um ser humano. Você não pode perder o que não possui.
Suponha que você realmente o possuía. Você poderia realmente amar alguém que não seria absolutamente ninguém sem você? Você realmente quer alguém assim? Alguém que cai por terra quando você sair pela porta? Você não, não é? E nem ele. Você está entregando toda a sua vida a ele. Toda a sua vida, menina. E se isso significa tão pouco para você que você pode simplesmente entregá-la, entregá-la a ele, então por que é que significaria mais para ele? Ele não pode te valorizar mais do que você valoriza a si mesma.
Libertar-se era uma coisa; reclamar a propriedade desse eu libertado era outra.
Invente uma história… Por nós e por você, esqueça o seu nome na rua; nos conte o que o mundo tem sido para você nos lugares escuros e na luz. Não nos diga no que acreditar nem o que temer.
A raiva é uma emoção paralisante, você não consegue fazer nada. As pessoas parecem pensar que é uma sensação interessante, apaixonada e inflamada. Eu não acho que seja nada disso – é impotência, ausência de controle – e eu preciso de todas as minhas habilidades, todo o controle, todos os meus poderes.
As definições pertencem aos definidores, não aos definidos.
Se você é livre, precisa libertar outra pessoa. Se você tem algum poder, então seu trabalho é capacitar outra pessoa.
Eu não faço distinção entre o artista e o resto do mundo, o chamado mundo real do trabalho cotidiano. Eu não subscrevo a teoria do artista como uma espécie de estética separada sentada na torre de marfim sofrendo e falando de beleza. É trabalho, é trabalho duro…
Eu sei que o mundo está machucado e sangrando, e embora seja importante não ignorar sua dor, também é crítico se recusar a sucumbir à sua malevolência. Como o fracasso, o caos contém informações que podem levar ao conhecimento – e até à sabedoria. Assim como arte.
Num determinado ponto da vida, a beleza do mundo torna-se suficiente. Você já não precisa de fotografar, pintar, ou até recordar. É suficiente.
Escrever é realmente uma forma de pensar – e não apenas sobre sentimentos, mas também sobre coisas que são díspares, não resolvidas, misteriosas, problemáticas, ou apenas doces.
Nós morremos. Esse pode ser o sentido da vida. Mas nós fazemos a linguagem. Essa pode ser a medida das nossas vidas.
O amor ou é ou não é. Um amor pequeno não é amor.
Em algum momento da vida, a beleza do mundo se torna suficiente.