Só há amor quando não existe nenhuma autoridade.
Todos os partidos são variantes do absolutismo. Não fundaremos mais partidos; o Estado é o seu estado de espírito.
A desobediência é uma virtude necessária à criatividade.
Deus tem mais de mil nomes:
dinheiro
ídolos
gurus
carro
cigarro
drogas
o Salvador
livros
desejos insatisfeitos
sexo neurótico
status
sonhos
muletas
casa
hobbies
cinema
TV
rádio
e a pergunta POR QUÊ?
A formiga é pequena, mas elas são um exército quando juntas.
Do materialismo ao espiritualismo é uma simples questão de esperar esgotarem-se os limites do primeiro.
Quando lhe jurei meu amor, eu traí a mim mesmo…
Quero dizer agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo…
Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos
Sim, curvo-me ante a beleza de ser
às vezes zombo de mim mesmo ao término de uma
inteligente e aguçada constatação.
Ermitão do insólito, poeta da dúvida
Entretanto duvido a dúvida por ser dúvida
fruto de uma premissa lógica
Mas nego, afirmo e não duvido de nada
Prisioneiro sem grade desse silêncio eterno.
Antes de ler o livro que o guru lhe deu, você tem que escrever o seu.
Lógica e razão são coisas da terra. Eu divido as coisas da terra, coisas do universo e coisas da coisa. E as coisas da coisa, minha filha, essas é que são o negócio, entende? Quem é que pode explicá-las?
Meu egoísmo é tão egoísta que o auge do meu egoísmo é querer ajudar.
De que o mel é doce é coisa que eu me nego a afirmar, mas que parece doce eu afirmo plenamente.
A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal.
O sonho do careta é a realidade do maluco.
Não existe Deus senão o homem.
Quem não tem colírio usa óculos escuros.
Ninguém é feliz tendo amado uma vez.
Nada mais é coerente se virar de trás pra frente, tanto fez como tanto faz…
Quero a certeza dos loucos que brilham. Pois se o louco persistir na sua loucura, acabará sábio.
Lua Bonita
Lua bonita,
Se tu não fosses casada
Eu preparava uma escada
Pra ir no céu te buscar
Se tu colasse teu frio com meu calor
Eu pedia ao nosso senhor
Pra contigo me casar
Lua bonita
Me faz aborrecimento
Ver São Jorge no jumento
Pisando no teu clarão
Pra que cassaste com um homem tão sisudo
Que come dorme faz tudo, dentro do seu coração?
Lua Bonita, Meu São Jorge é teu senhor,
E é por isso que ele “véve” pisando teu esplendor
Lua Bonita se tu ouvisses meus conselhos
Vai ouvir pois sou alheio,
Quem te fala é meu amor
Deixa São Jorge no seu jubaio amuntado
E vem cá para o meu lado
Pra gente viver sem dor.
Ollha aqui, esse show, essa pequena amostra, uma amostra compacta de alguns rocks, no tempo de 50, nos primordios, mas eu vou incluir um meu aqui, que pediram, é o rock das aranhas. Bom, vocês sabem, que existe, um dicionário, que saiu agora, chamdo ‘dicionario da censura’, o dicionario da censura é o seguinte: todo compositor brasileiro tem aobrigação dereceber um dicionario dessa grossura, com todas as palavras proibidas. Inclusive, uma palvra proibida, eu não sei porque, éé, povo, gente, universidade… escola, não pode se falar disso em música, inclusive pintou apalvra aranha depois de mim… eu fui o percursor da aranha… depois de Deus.
Se esse amor ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor, vai se gastar
Se eu te amo e tu me amas
E um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais
Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa no altar
Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi que além de dois existem mais
O amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro mas eu vou te libertar
O que é que eu quero se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar
Não diga que a vitória está perdida se é de batalhas que se vive a vida.
Eu perdi o meu medo, o meu medo da chuva
Pois a chuva voltando prá terra traz coisas do ar.
Apendi o segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar…
Quando morrer quero ser cremado… para que minhas cinzas alimentem as ervas e as ervas alimentem os loucos como eu.
Deus é aquilo que me falta para compreender o que eu não compreendo.
Hoje eu sei que ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez.
Sou o que sou
porque vivo da minha maneira…
Você procurando respostas olhando pro espaço,
e eu tão ocupado vivendo…
Eu não me pergunto,
Eu faço!
o monstro siste é retado,e ta doido pra tranzá comigo……….
Quando voçê dormi de toca ele fatura em cima do inimigo…
Acredite que eu não tenho nada a ver com a linha evolutiva da música popular brasileira,a única linha que eu conheço é a linha de empinar uma bandeira…..
Carpinteiro do universo inteiro eu sou……
o meu egoísmo é tão egoísta que o auge do meu egoísmo é querer ajudar……
…estou sempre pensando em aparar o cabelo de alguem e sempre tentando mudar a direção do trem,á noite a luz do meu quarto eu não quero apagar pra que voçê não troupece na escada quando chegar…..
…Carpinteiro do universo inteiro eu sou assim,no final carpinteiro de mim……………….
Querer o meu não é roubar o seu!
E nas mensagens que nos chegam sem parar, ninguém pode notar. Estão muito ocupados pra pensar.
Não diga que a vitória está perdida.
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida.
Tente outra vez!
Canto para Minha Morte
Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas… Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio…
Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite…
Aprendi o segredo da vida, vendo as pedras que sonham sozinhas no mesmo lugar.
Eu prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.
Nunca é tarde demais pra começar tudo de novo…
Não tem certo nem errado
Todo mundo tem razão
E que o ponto de vista
É que é o ponto da questão
É chato chegar a um objetivo num estante.
Tem gente que a vida inteira, fica travando inútil luta com os galhos, sem saber que é lá no tronco que tá o coringua do baralho.
Gitã
Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado
Não falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao teu lado…
Você pensa em mim toda hora
Me come, me cospe, me deixa
Talvez você não entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar…
Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o mêdo de amar…
Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou..
Eu sou o seu sacrifício
A placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição…
Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada…
Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar…
Você me tem todo dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim…
Das telhas eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra “A” tem meu nome
Dos sonhos eu sou o amor…
Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo…
Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão…
Euuuuuu!
Mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio
O início, o fim e o meio
Euuuuu sou o início
O fim e o meio
Euuuuu sou o início
O fim e o meio…
Medo da Chuva
É pena
Que você pense
Que eu sou seu escravo
Dizendo que eu sou seu marido
E não posso partir
Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao teu lado, sem saber
Dos amores que a vida me trouxe
E eu não pude viver…
Eu perdi o meu medo
O meu medo
O meu medo da chuva
Pois a chuva voltando prá terra
Trás coisas do ar
Aprendi o segredo
O segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras que choram
Sozinhas no mesmo lugar…
Eu não posso entender
Tanta gente
Aceitando a mentira
De que os sonhos
Desfazem aquilo
Que o padre falou
Porque quando eu jurei
Meu amor eu traí a mim mesmo
Hoje eu sei!
Que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez
Uma vez…
Eu perdi o meu medo
O meu medo
O meu medo da chuva
Pois a chuva voltando prá terra
Trás coisas do ar
Aprendi o segredo
O segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras
Que choram sozinhas
No mesmo lugar
Vendo as pedras
Que choram sozinhas
No mesmo lugar
Vendo as pedras
Que sonham sozinhas
No mesmo lugar…
Lá vou eu aqui de novo falar de mim, porque não consigo mais falar de ninguém. Lá vou eu aqui de novo tentando me conhecer, porque sei que a gente não conhece ninguém.
Acabei de tomar meu Diempax, meu Valium 10 e um Triptanol 25, e a chuva promete não deixar vestígios.
Eu olho a janela, e quando vou percebendo algo me transporto para Feira Velha e não sei se sinto saudade ou se eu não tenho medo de morrer.
Mergulho no baú. Revejo, repasso as minhas teorias, fico me perguntando porque eu não choro e qual a última vez que chorei. Fico com raiva de minha bobagem, digo que é isso mesmo, tocar o barco pra frente.
Levanto e fico achando que o ser humano é engraçado.
Eu sou um pacifista, trabalho pela paz e para um mundo melhor.
Trabalho contra os caretas do mundo, contra o torpor, a imprecação, contra a arapuca que nos foi armada e durante séculos vivemos conformados, presos nela comendo o alpiste que nos dão. E o pior é que os que prepararam a arapuca também caíram nela, comem do mesmo alpiste e não sabem disso.
Trabalho para sair da arapuca com todos os que estão querendo ser pássaros livres outra vez. Os que estão cegos ficarão soterrados dentro dela quando ela desabar.
Sou um pacifista, a mando de forças exteriores.
Pensando que estão por cima, os imbecis vivem dentro do mesmo esquema: a neurose, a preocupação criminosa e doentia de manter-nos a todos dentro da armadilha. Mas é preciso sair dela de qualquer maneira, é a única salvação ou seremos eternos pássaros tristes, presos numa arapuca com alpiste racionado. Eu quero ver o mundo do cume alto de uma montanha!!!
Que capacidade impiedosa essa minha de fingir ser normal o tempo todo.
Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo…
Eu quero dizer
Agora o oposto
Do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo…
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu
Nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator…
É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo…
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu
Nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator…
Eu vou desdizer
Aquilo tudo que eu
Lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo…
Do que ter aquela velha, velha
Velha, velha, velha
Opinião formada sobre tudo.
A verdade é que Jesus está em minhas músicas.
Sou tímido e sensível à flor da pele, no palco é a hora de vomitar.
Feliz por saber
Que só sei, que não sei
Q quem sabe não fala, não diz
Vida, alguma coisa acontece
Morte, alguma coisa
Pode acontecer
Que o mel é doce
É coisa que eu
Me nego afirmar
Mas que parece doce
Isso eu afirmo plenamente.
Quando algum profeta vier lhe contar
Que o nosso sol tá prestes a se apagar
Mesmo que pareça que não há mais lugar
Vocês ainda têm
A velocidade da luz pra alcançar.
Querer o meu
Não é roubar o seu
Pois o que eu quero
É só função de eu
Sociedade alternativa
Sociedade novo aeon
É um sapato em cada pé
É direito de ser ateu
Ou de ter fé
Ter prato entupido de comida
Que você mais gosta
É ser carregado, ou carregar
Gente nas costas
Direito de ter riso e de prazer
E até direito de deixar
Jesus Sofrer
No fundo do oceano existe um baú que guarda o segredo almejado desde a aurora dos tempos por gênios, sábios, alquimistas e conquistadores. Eu conheci esse baú num estranho ritual revelado a poucos. Hoje eu posso enfim revelar que essa busca de séculos foi em vão.
É a escada do seu velho sonho
Que vai dar sempre onde começou
É a chave do maior poder
Que não vale um chiclete
Que alguém mascou, mascou
quando eu jurei
Meu amor eu traí a mim mesmo
Hoje eu sei!
Que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez
Jogue as cartas, leia minha sorte, tanto faz a vida como a morte. O pior de tudo já passei.
Muitas mulheres eu amei e com tantas me casei
Mas agora é Raul Seixas que Raul vai encarar
Nem todo bem que conquistei, nem todo mal que eu causei
Me dão direito de poder lhe ensinar
E eu não pergunto
Porque já sei que a vida não é uma resposta
Eu já entrei vinte vezes no escritório do psicanalista
Depois paguei ao médico e depois fui ao dentista
Para ver o que eu tenho e não consigo dizer.
Perguntei a toda gente que passava na rua
Ao patrão, à minha sogra, à São Jorge na lua
Mas nenhuma dessa gente conseguiu me responder.
Por causa disso eu fui pra casa e fiquei pensando
Se era eu que estava errado com as minhas maluquices
Ou se era o mundo todo que estava me enganando.
Arrumei as malas
Deixei as perguntas na gaveta
Procurei saber o horário do próximo cometa
Me agarrei em sua cauda e fui morar noutro planeta.
O ciúme é só vaidade.
As nuvens vagueiam no espaço sem lar nem raiz. O ódio não é o real, é a ausência do amor…
Eu me utilizo de todos os meios da Sociedade de consumo, penetro no Sistema, mas como um veneno.
A coisa mais penosa do nosso tempo é que os tolos possuem convicção e os que possuem imaginação e raciocínio vivem cheios de dúvida e indecisão.
Antes de questionar a vida, questione a si mesmo, analise seus conceitos, seus sentimentos, sua gratidão por aqueles que o ajudaram a renascer na Terra e, com certeza, você encontrará uma grande razão para viver e lutar contra o único inimigo que pode derrotá-lo: você mesmo!
Eu compus metamorfose ambulante aos 12 anos de idade ou menos.
Pagam para ver um Deus, alguém que lhes aponte o caminho em cima do palco, mas eu não sou um líder. Eu sou o líder dos líderes.
Enquanto você
Se esforça pra ser
Um sujeito normal
E fazer tudo igual…
Eu do meu lado
Aprendendo a ser louco
Maluco total
Na loucura real…
Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez…
Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza…
E esse caminho
Que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir
Por não ter onde ir…
Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez
Eeeeeeeeuu!…
Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez
Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com toda certeza
Maluco, maluco beleza…
E quando todos praguejavam contra o frio,
Eu fiz a cama na varanda
Carpinteiro do Universo inteiro eu sou.
Carpinteiro do Universo inteiro eu sou.
Não sei por que nasci
pra querer ajudar a querer consertar
O que não pode ser…
Não sei pois nasci para isso, e aquilo,
E o inguiço de tanto querer.
Carpinteiro do universo inteiro eu sou.
Carpinteiro do universo inteiro eu sou.
Humm…Estou sempre,
pensando em aparar o cabelo de alguém.
E sempre tentando mudar a direção do trem.
À noite a luz do meu quarto eu não quero apagar,
Pra que você não tropece na escada, quando chegar.
Carpinteiro do universo inteiro eu sou.
Carpinteiro do universo inteiro eu sou.
Carpinteiro do universo inteiro eu sou.
Carpinteiro do universo inteiro eu sou.
O meu egoismo, é tão egoísta,
que o auge do meu egoismo é querer ajudar.
Mas Não sei por que nasci
pra querer ajudar a querer consertar
O que não pode ser…
Não sei pois nasci para isso, e aquilo,
E o enguiço de tanto querer
Carpinteiro do universo inteiro eu sou.
Carpinteiro do universo inteiro eu sou.
Carpinteiro do universo inteiro eu sou (Ah eu sou assim!).
No final,
Carpinteiro de mim!
TENTE OUTRA VEZ
Veja
Não diga que a canção está perdida
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez
Beba
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou, não não não não
Tente
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar,
não não não não
Há uma voz que canta,
uma voz que dança,
uma voz que gira
Bailando no ar
Queira
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez
Tente
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez
A maioria de nós passa a vida inteira poupando felicidade, tão preocupados em não morrer que acabamos por não viver. Passamos a vida como lagartas rastejantes por medo da metamorfose e do desconhecido; e assim apodrecemos sem termos tido um único momento como borboleta. Se tememos a morte é apenas por não termos vivido. Na verdade morrer sem ter vivido é o único pecado que existe.
Tente.
Levante sua mão sedenta e recomece a andar.
Não pense que a cabeça aguenta se você parar.
Tente outra vez.
Há uma recompensa para os escolhidos,
o saber conhecer entre muitos o tem aliado.
Não há medo entre as crianças.
As crianças são o nome do Novo Rei.
Oh! Divino Deus,
Eu, humilde servo teu
Servo eternos dos teus segredos loucos
Me rendo a tua luz
Eu chego à você
Tão com medo
Tu és meu Senhor.
Se você acha que tem pouca sorte
Se lhe preocupa a doença ou a morte
Se você sente receio do inferno
Do fogo eterno, de Deus, do mal
Eu sou estrela no abismo do espaço
O que eu quero é o que eu penso e o que eu faço
Onde eu tô não há bicho-papão
Eu vou sempre avante no nada infinito
Flamejando meu rock, o meu grito
Minha espada é a guitarra na mão
Se o que você quer em sua vida é só paz
Muitas doçuras, seu nome em cartaz
E fica arretado se o açúcar demora
E você chora, cê reza, cê pede… implora…
Enquanto eu provo sempre o vinagre e o vinho
Eu quero é ter tentação no caminho
Pois o homem é o exercício que faz
Eu sei… sei que o mais puro gosto do mel
É apenas defeito do fel
E que a guerra é produto da paz
O que eu como a prato pleno
Bem pode ser o seu veneno
Mas como vai você saber… sem provar?
Se você acha o que eu digo fascista
Mista, simplista ou anti-socialista
Eu admito, você tá na pista
Eu sou ista, eu sou ego
Eu sou ista, eu sou ego
Eu sou egoísta, eu sou,
Eu sou egoísta, eu sou,
Por que não…
Deus – o que é? E não quem é
D eterminação
E nergia
U niverso
S uperior
Ei-lo descrito e traduzido por essa gramática “racionalista” que define tudo em apenas cinco letras.
Poderia também ser:
D esnecessário
E nigmático
U surpador
S afado
Eis a minha gramática: Quando a razão afirma que Deus é a causa do mundo, só existe um termo concreto, somente um lado de experiência que é o mundo, enquanto o outro Deus é totalmente suposto. Deus seria então uma afirmação inverificável; uma pura hipótese que pretende explicar os fatos, mas que está impossibilitado de explicá-los.
Lembrando as palavras de Laplace: “Deus? Não necessito desta hipótese”. Nós temos direito de procurar a causa no mundo, mas não de inventar uma causa do mundo. É tudo muito fácil: “Por que o mundo existe?” Invoca-se Deus, e pronto!!
Brunschvicg, numa crítica semelhante à de Kant, pergunta: “Mas as exigências do princípio de causalidade não nos levarão a reclamar uma causa para Deus? A existência de um criador que não foi criado por nada está caindo em contradição com o princípio em nome do qual dizemos que Deus veio do nada como causa primeira.” Ora, se aceitarmos um Deus sem causa, não podemos aceitar também, e mais simplesmente, um mundo sem causa?
O Universo me espanta e não posso imaginar que este relógio exista e não tenha um relojoeiro.
Enxugue estas lágrimas
Não fique triste assim
Um dia voltarei meu bem
Aqui não é o fim
Dê-me tua mão
É teu o meu coração
Não vou te esquecer
Não fique a temer
Pois o nosso amor
Não foi em vão
Ninguém tem o direito de me julgar a não ser eu mesmo. Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender.
Eu prefiro ser essa metamorfose âmbulante,
do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo…
Sobre o que é o amor, sobre o que eu nem sei por que.
Eu devia estar sorrindo. E orgulhoso. Por ter finalmente vencido na vida. Mas eu acho isso uma grande piada. E um tanto quanto perigosa.
As pessoas não morrem, só acordam do sonho da vida.
Oh! Oh! Oh! Seu Moço!
Do Disco Voador
Me leve com você
Prá onde você for
Oh! Oh! Oh! Seu Moço!
Mas não me deixe aqui
Enquanto eu sei que tem
Tanta estrela por aí…
Os meus fantasmas tornaram minha solidão em vício
O dia apresentava como que envolvido por uma névoa branco-acinzentada e chegava a lembrar o famoso fog da Inglaterra. No ar pairava uma coisa mágica que só os ingleses também sentem como uma coisa natural, que faz parte deles, que nasceu com eles. Eu caminhava absorto e atento ao mesmo tempo, completamente envolvido por tudo o que estava à minha volta, e ao mesmo tempo completamente tomado pelo ambiente que me envolvia em seu clima a cada instante, me levando a esquecer que existia qualquer outra coisa que não fosse aquilo. E foi nesse estado que de repente fui tomado de surpresa e “volta à realidade”, por um barulho alto, estridente e agressivo pela surpresa com que se fez ouvir. Parei como um gesto de defesa e precaução instintivo, sentindo o coração acelerado e o sangue correndo em todo o meu corpo, me colocando todo em posição de ataque contra o que havia se intrometido em minha privacidade de uma maneira tão inconveniente.
E qual não foi minha surpresa ao deparar com um ser nunca visto por mim nem parecido, em qualquer parte do mundo ou em qualquer coisa. Era como um velho de longas barbas brancas, nu, magro, mostrando as costelas que lhe pulavam no corpo. Os cabelos longos e lisos caídos pelas costas e braços finos e ossudos, um sorriso meio sarcástico dentro de um ar inteligente (gosto muito de pessoas com ar inteligente) e um olhar azul onde se poderia ver claramente uma segurança e uma certeza de saber que ali o que podia conduzir as coisas era ele, e não eu como sujeito fraco e medroso com o fato de temer o inesperado.
– Ei, você também é um inesperado para mim (disse ele como se eu tivesse dito qualquer coisa a esse respeito), pois nunca o vi antes e você invadiu o meu ponto.
Quase sem conseguir balbuciar qualquer palavra, respondi:
– Que… Que é você?
– O que você quiser que eu seja – respondeu-me como se isso fosse fácil para mim de entender.
Depois de alguns segundos, sentindo aquela presença que me fixava e transmitia milhões de sentimentos nunca antes experimentados por mim, tentei entabular uma conversa..
– Olha, não estou entendendo nada, não sei como nem de onde você apareceu, mas o que é que você quer?
– Ora – disse o velho -, como já disse, você entrou no meu ponto. Eu estava descansando aqui quando você me pisou me ignorando completamente. Voê acha que pode sair por aí pisando nas pessoas, como se elas não existissem?
– Mas eu não o vi. Não havia nada aqui a não ser essa àrvore, algumas pedras e grama…
– E você diz que isso é só? Eu sou isso tudo. Eu sou a grama deste lugar e estando em contato com a árvore sou também um pedaço dela, e as pedras também me compõem.
– Ora, mas isso existe em todo esse lugar, e até agora não havia ninguém reclamando nem comigo nem com ninguém. Onde estão os outros?
– Ah, eles normalmente quando vêem vocês (humanos) se aproximando, ou se escondem embaixo da terra ou voam e ficam esperando que vocês passem para que possam voltar aos seus devidos lugares. Mas eu já estou velho e me cansa muito todo esse exercício de subir e descer. Vocês deveriam sentir mais as coisas em volta de vocês, não acha?
– Sim, sim, você está certo, mas realmente estamos acostumados a fazer isso como se fosse nada.
– Ah, ah, aí que está. Vocês não querem se aperceber do que existe por que é muito mais cômodo desconhecer do que tomar consciência, não é? isso implica cuidado, cautela, respeito e consideração, e pra vocês, já pude notar que é bastante dificil. Oh, vocês são tão complicados. É só uma questão de despertar os sentidos e desenvolvê-los, já que eles fazem parte de vocês.
Mas sente aí. Não há ninguém por perto no momento.
Aceitei o convite e sentei ao lado daquela figura que se espalhou pelo chão como uma sombra-água, sem forma e descontraída.
Seus olhos agora estavam fixos numa folha que lhe roçava os lábios, e comeu-a inesperadamente.
– OK, venha comigo. – E, sem me dar tempo para pensar, levou-me com ele para sua forma, para seu mundo.
(1977)
A LEI DA INSEQUABILIDADE
Muita gente ainda hoje se pergunta se é insequapível ou não. A resposta é clilófricamente simples: A lei da insequapibilidade pode ser explicada baseando-se no método do “Diafragma de Aquiles”. Tomando-se por base os crepúsculos de diferentes dimensões, alia-se ao pentagrama diluvial pela quinta lei de Newton, lei esta referente à gravitação das histórias em quadrinhos em torno dos velocípedes. Daí onde a teoria vigente entra em desacordo com a referida insequapibilidade.
Insequapíveis? Sim, porém insequapóveis em certos aspectos, quando examinados pelo oblíquo lado da patinete.
Fórmula
(Segundo ou terceiro Godofredo IV do Irã)
I – Retumblências transpurcar com azôto de carbono.
II – 3% de Rataclenas quentes.
III – 6 litros de pisceleto à gampôla na manteiga.
Fórmula algébrica da insequapibilidade: X3 + nada = ou parecido.
Estou perdido na varanda de Mercúrio sem asas para perseguir meu eco.
Estou dominado pela rainha Medusa, sentada na sua poltrona de veludo verde com seus nove cães de prata ao lado.
Estou agora em labirintos de anis, onde mordomos gentis sorriem bemóis.Me cumprimentam cordialmente, centauros errantes nos pastos lilases do lado de fora.
Cavalgo em renas de rendas em desvairada velocidade para, angustiado, alcançar seus cabelos de nylon que enfeitam a bandeira dos sonhos.
E lá se vai eu.
Estou correndo no sangue das verdes veias duma idéia que brotou da fonte do ano que passou.
Sento-me no amarelo.Estou chorando em hipérboles!Estou perdido na varanda de Mércurio sem asas para perseguir meu eco.Estou no espaço cósmico.Na plasmibiose do universo que se agiganta e me engole.Estou há bilhões de anos-luz distante de mim mesmo.
Gentes de cera lustrosa arrastam seus corpos em direção á porta do nada.Suco de clorofila borbulha em espumas verdosas em canecos de bronze, onde anões bebem sem boca.
Agora onde estou eu não sei.
Nem nunca soube.
Estou no cume do arco-íris?Na parte da roxa daquele transferidor?
Sei lá. Nem m`importa.
Sentado, sozinho, sem medo de cair, ás sete horas de cores e uma mistura, eu pouso pacato em plutão, montado numa borboleta gigante, tranquila, quieta e colorida.
Pouso pacato em plutão, com um guarda-chuva e uma máquina de costura (daquelas singer antigas de pedal, que vovó usava para fazer gorrinhos para mim).
E a chuva não promete deixar vestigios.
Jesus era tão bom, humilde e sábio que ele não queria ser adorado, muito menos ser pop star, ele queria apenas fazer com os homens enxergassem o caminho do bem e do mal para que pudéssemos escolher, mostrar que todos nós temos Deus dentro de nós e não precisamos de intermediários pra falar com Ele, mas a humanidade ainda não aprendeu isso, mesmo em 2000 anos.
Combinar rock com baião foi a fórmula certa pra chamar a atenção. Mas foi só o começo.
Vote nulo, não sustente parasitas.
Talvez o certo para você é o errado para mim. Claro, cada um é cada um, ninguém é igual a ninguém. Não vai ser por isso que vamos nos desentender. Duas pessoas discutirem e não chegarem a uma conclusão igual, é a melhor prova de que cada ser humano tem o seu valor e identidade própria.
Do passado me esqueci.
No presente, me perdi.
Se chamarem…
… diga que saí!
Eu já fui de vários jeitos
Jeitos que não eram eu
Demorei a encontrar meu caminho
Trilhando caminhos que não eram o meu
Mas ao longo dos caminhos
Encontrei muitas flores
E também muitos espinhos
Descobri vários amores
Enfrentei vários temores
Pelas beiras dos caminhos
E eles foram se fundindo
Todos em uma coisa só
Os caminhos, os amores
E os temores
Tudo o que encontrei
Tentando ser o que não era eu
Transformou-me no que eu sou
E formou o caminho
Que finalmente era o meu…
Eu perdi o meu medo da chuva. Pois a chuva, voltando pra terra, traz coisas do ar.
Viva a Sociedade Alternativa!
A Sociedade Alternativa é a chave da felicidade
Há tantos caminhos, tantas portas,
mas só um tem coração
O numero 666 é Aleister Crowley.
Eu vou cantar até que o dia amanheça.
Cantar tudo o que vier na cabeça
Eu vou cantar até que o dia amanheça
Eu vou cantar.
Sonho que se sonha junto é realidade.
Não sou compositor mas escrevo essas canções pra dizer o que penso.
Eu sou o corpo Raquítico que o teu olho desprezou sou a saliva das bocas que tua boca beijou sou o velho que pede esmola sou a criança que chora desprotegida de amor.
Por que é que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Não sei onde eu tô indo, mas sei que eu tô no meu caminho.
Na cidade de cabeça pra baixo, a gente usa o teto como capacho.
Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando, foi justamente num sonho que ele me falou…
Não existem respostas porque não existem perguntas. Eu não pergunto absolutamente mais nada. As coisas são, e pronto. Nós seres humanos, somos verbos. Somos e estamos, é a única coisa que nos sabemos. E é bonito assumir essa coisa de somente ser… Está todo mundo perguntando até hoje e ninguém tem resposta. Mas ser por ser é bom, torna a vida mais leve e menos violenta. Se todo mundo pensasse assim, as coisas certamente seriam mais fáceis.
Se eu fosse burro, não sofria tanto.
Não sei onde eu tô indo
Mas sei que eu tô no meu caminho
Enquanto você me critica, eu tô no meu caminho.
Você alguma vez se perguntou por quê?
Faz sempre aquelas mesmas coisas sem gostar
mas você faz. Sem saber por quê
O amor é uma coisa real,
e a gente nunca deve se esquecer.
Ninguém presica fazer
Nenhuma coisa que não tenha vontade.
Presa fácil da minha cerebrotânica labilidade
À terrível lucidez do medíocre.
Negar que é pestilento, jamais.
O mais e o menos são valoráveis.
Porém de nada se extrai
Da média-ocridade
Idade da pedra.
Me incomoda
A dúvida que, mascarada em cão,
Ladra e morde enfermamente.
Não quero interferências banais
Interferindo no meu espírito.
Quanto mais conheço a humanidade mais eu amo os meus cachorros…
Eu conheço bem a fonte
que desce daquele monte
ainda que seja de noite
ainda que seja de noite
porque ainda é de noite
no dia claro dessa noite…
Porque quando eu jurei meu amor eu traí a mim mesmo.
Hoje eu sei que ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez, uma vez…
Quem manda não ser burro, não sofria tanto
Rock ‘n’ Roll não se aprende nem se ensina.
O importante não é voltar com a vitória mais sim lutar por aquilo que se tem amor.
Entre, vem correndo para mim
Meu princípio já chegou ao fim
E o que me resta agora
É o seu amor
Tanto faz a vida como a morte
O pior de tudo eu já passei…
Convence as paredes do quarto e dorme tranquilo, sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo.
Sua vida, seu bem único, só pertence a você. Faça dela o que quiser.
Nada é eterno mas algumas coisas permanecem.
A humanidade não morre, acorda de um sonho.
Basta ser sincero e desejar profundo, você será capaz de sacudir o mundo.
Tem dias que a gente se sente
um pouco, talvez menos gente.
O homem é o exercício que faz.
Loteria de Babilônia
Vai! Vai! Vai!
E grita ao mundo que você está certo,
Você aprendeu tudo enquanto estava mudo,
Agora é necessário gritar e cantar Rock
E demonstrar o teorema da vida e os macetes do xadrez,
Do xadrez!…
Você tem as respostas das perguntas,
Resolveu as equações que não sabia,
E já não tem mais nada o que fazer, a não ser, Verdades e verdades,
Mais verdades e verdades para me dizer
A declarar!…
Tudo o que tinha que ser chorado Já foi chorado,
Você já cumpriu os doze trabalhos,
Reescreveu livros dos séculos passados,
Assinou duplicatas, inventou baralhos…
Passeou de dia e dormiu de noite,
Consertou vitrolas para ouvir música,
Sabe trechos da Bíblia de cor,
Sabe receitas mágicas de amor…
Conhece em Marte, Um amigo antigo lavrador que te ensinou:
A ter oo bom e do melhor
Do melhor!…
Mas, o que você não sabe por inteiro,
É como ganhar dinheiro,
Mas isso é fácil e você não vai parar,
Você não tem perguntas prá fazer,
Porque só tem verdades prá dizer
A declarar!…
A Maçã
Se esse amor
Ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor
Vai se gastar…
Se eu te amo e tu me amas
Um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais…
Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa num altar…
Quando eu te escolhi
Para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma
Ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi
Que além de dois existem mais…
Amor só dura em liberdade
O que eu quero é o que eu penso e o que eu faço
Sempre estivemos mortos antes de nascer. Vivemos num curto período com a capacidade e a certeza que vamos voltar para a morte
Cada vez que eu passo por um dia aqui, ali, catando, olhando, pensando, eu vou adquirindo um novo conceito das coisas que me cercam. Acho que parei num lugar; parece que meus conceitos próprios chegaram. Dúvidas de mim já não tenho. Sei dos caminhos e de como eles são. O dia a dia fez de mim um homem mais calmo, mais sereno, menos desvairado. Nós (você, eu, Sérgio, Walter) somos velhos e estamos caminhando para nascer, e enquanto não nascemos “levamos nosso cão raivoso” para passear. Amizades mais calmas, mais escolhidas (achei boa companhia), bom papo, cervejas em botecos longe da fumaça e da poluição, pois esta cidade não pára!! Eu preciso dar um descanso à máquina. Já não há escapatória para a nossa civilização. Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos.
Há dias calmos aqui também. Manhãs que passam manhosas entre os móveis e automóveis e a gente vai percebendo, aos poucos, que o capim do parque ainda é verde. A gente enche os pulmões, pega um tema e sai assoviando.
Só ando de ônibus. Cheguei à conclusão que eu me aborreço 99% menos. Ônibus não é tão mau quanto eu pintava.
Em cada carta eu lhe falo um pouco sobre esse movimento “Cavernismo”, que é um movimento de tendências universalistas.
(Carta inacabada ao irmão Plínio Seixas)
1970
Carta a um Amigo
Sabe Francisco
Eu vi pela televisão
Notícias que falam do mundo
Mergulhado em confusão
Parece Francisco
Que tudo o que você falou
Somente os peixes e as aves
É que prestaram atenção
Você disse que é melhor
Amar que ser amado
Mas tem gente que ainda vive
Dando amor pré fabricado
Você que um dia arrancou
A roupa do teu corpo e ousou
Mostrar com sua nudez
Coisas que outro homem jamais fez
Venha de novo
Fazer outra revolução
Pois quem sabe dessa vez
O mundo preste atenção
Só há amor quando nenhuma autoridade existe. Essa coisa “autoridade” é uma das coisas mais perigosas da vida. Eu não quero ser “autoridade”. Nós temos e podemos criar um mundo novo. Ó gente! Eu estou perguntando a vocês, cabe a vocês achar essa resposta. Se aceitar a verdade de outrem não será a sua resposta. Há um imenso trabalho para fazermos juntos, isso nos acrescenta uma enorme responsabilidade. Devemos ser revolucionários; dentro em nós deve se operar uma profunda revolução psicológica.
Desabafo de Segunda-feira
É impossível para o espelho da alma refletir na imaginação alguma coisa que não esteja diante dele. É impossível que o lago tranqüilo mostre em sua. profundeza a imagem de qualquer montanha ou o retrato de qualquer árvore ou nuvem que não exista perto do lago. É impossível que a luz projete na terra a sombra de um objeto que não exista. Nada pode ser visto, ouvido ou de outro modo sentido, sem ter essência real. O resto é excesso. Na luta contra o mal o excesso é bom; quem é moderado em anunciar a verdade está apresentando apenas uma meia-verdade. Esconde a outra metade com receio da cólera do povo. Não vou me surpreender se os “pensadores” disserem de mim: “É um homem de excessos que se volta para o lado mais desagradável da vida e não apresenta nada mais que desgraças e lamentações.”
Se não entende, cumpadre, na casa da ignorância não há espelho no qual se possa ver a alma.
A vida, mestre, é uma escuridão que termina na explosão da luz do dia. Sempre!
Decálogo
Ao pé do monte Sinai
A voz do anjo gritou
O solene momento do início
Da soberania do Estado-Senhor
A trombeta fatídica da lei
Que o mundo inteiro escutou:
Não te reunirás
Não te imprimirás
Não lerás
Respeito aos que te representam
Fiel vais pagar o orçamento
Vais amar o teu governo
Que é teu Deus e Senhor.
[1984]
Texto Sem Título [1976]
Aí então o mundo todo estava com um pano no pescoço, e o chefe dos soldados gostou e disse que todos tinham que usar aquilo. Foi assim que até hoje (mesmo no calor e mesmo sem pescoço grande) é que seu pai usa gravata.
Tia Lúcia gosta muito de diamantes de perfumes franceses. Ela gosta por que diamante é uma pedra muito difícil, poucas pessoas têm, e ela acha bonito. Eu não gosto por que não preciso mesmo, mesmo, dele. Ele só fica ali pendurado no pescoço, e além disso ele não serve para brincar. E outra coisa, eu sou uma pessoa diferente dela e é por isso que ela gosta de diamantes e eu não.
Vamos fazer um brinquedo: vamos inventar uma palavra qualquer. V-a-l-o-r. O que que isso quer dizer? Valor é a maneira de cada pessoa ser diferente das outras. Cada um dá “valor” àquelas coisas que cada um gosta, certo? É como dar nota. Eu dou nota 10 a minha bicicleta e dou 0 ao diamante. Eu tenho um valor para cada coisa do mundo. Eu tenho muitos valores, quer dizer, tenho muitas notas que eu dou a tudo que eu gosto e que eu não gosto. Todo mundo tem também seus “valores”, suas notas. Quer ver? O padre. O valor dele é a reza. Ele acha que se a pessoa rezar vai sempre estar contente. Mas o padre, coitado, ele não sabe que tem gente que está contente sem precisar rezar.
Eu não gosto de ficar triste. Ficar triste é chato, por que a gente só fica triste quando está fazendo o que não gosta. Veja só, porque se você está fazendo o que gosta você só pode estar feliz da vida; e, por falar em vida, você sabe o que é vida???
– Vida é viver contente. Basta você fazer o que gosta e nunca o que outra pessoa diferente lhe manda fazer. Claro, né? Aí todo mundo fica vivendo contente.
– Mas como é então que pode tanta gente diferente um do outro viver junto assim como lá na cidade? Parece que todo mundo é igual por que todo mundo trabalha, e se todo mundo trabalha é por que todo mundo é igual.
– Não, tem muita gente que trabalha porque se não trabalha não tem dinheiro pra comprar comida e aí morre magrinho.
– Quem inventou o dinheiro?
– Não sei quem, mas foi um homem alto e louro.
Mas isso foi há muito tempo.
– Pra que o dinheiro?
– Do dinheiro foi feito para que todo mundo tenha que trabalhar para comprar comida. Se não trabalha não come. Você trabalha para alguém e essa pessoa lhe paga, lha dá o dinheiro.
– Mas então quem trabalha e não gosta é uma pessoa muito triste, coitada.
– Pois é, mas você não deve ter pena dela porque se essa pessoa não faz o que gosta é porque é burra e não sabe como é fácil ser feliz.
As vezes eu me olho no espelho
Sinto medo, medo de mim
Eu não me conheço
Sou esquisito
Sou humano
Uso óculos, como, bebo, fumo e defeco
Mijo
Olho-me no espelho
E esse da-me de volta quem saiu
Eu riu, alto, assustado e engraçado.
Duas longas coisas saindo do corpo: são os braços
Buracos, pelos, peles, nariz ponteagudo
Duas orelhas presas na minha cabeça
Olho os dedos, meus olhos, me assusta.
Falo, sinto emoções e tomo cerveja
Rídícula coisa, ali em pé em frente ao espelho
Eu me vejo de fora
Faço uma abstração mental do que eu nunca vi
Que sou humano, e me vejo. É esquisito.
É realmente esquisito. Procuro-me no espelho
Enão me acho. Só vejo aquilo ali.
Parado. Um monte de carnes equilibradas
por ossos duros que me mantem em pé. Ali
no espelho. Eu sei que não sou aquilo,
e o que sou, o espelho não pode
me mostrar… AINDA… eu não brilho…
ainda…
fornecido por D. Maria Eugenia Seixas 08/90
Eu do Sol
Hoje a janela me ofereceu uma paisagem
Ofereceu-me o pôr do sol
muitos, eu sei, em meu lugar seriam capazes de poetar
de escrever em tintas coloridas ou belas palavras
O cenário que se apresentava ante minha janela
Eu, eu porém estava neutro
eu havia visto aquilo antes
muitos exaltaram o lilás-avermelhado do céu
teceriam espíritos iluminados das nuvens
ressuscitando formas
Ontem, eu teceria também, mas hoje estou neutro
sem forças, somente existindo
ontem, eu disse, que lindo azul eu sou
que lilás-avermelhado eu posso ver
eu posso, eu posso ver
pois a natureza é incolor
Natureza morta
somente átomos em profusão dominam
o que percebemos erradamente como formas numa gestalt
que no fundo não há nada de belo
é só você, você, você
os poetas descritivos estão redondamente enganados
ao invés de exaltar a beleza da natureza falsa
deveriam dedicar odes a si próprios
exaltando nosso eu
que sem dúvida é maravilhoso e incrível
pois é com esse mecanismo complexo que nos leva
a perceber tais fotografias
O pôr do sol
Eu me ponho às 6 horas na Bahia e às 7 no Rio
Eu sou o céu com andorinhas
Eu sou o mar com seus peixes
Eu sou o mundo inteiro
assim piso no lugar que cheguei
aqui está minha ode que faria ontem
Eu sou o sol
que belo lilás estou, que faço aqui, porque me ponho
criatura cheia de porquês e vivo e gracioso cérebro
que linda massa acinzentada, oh
máquina poderosa, força de energias mil
faze-me crer que estou vivo
que existo nesse Brasil
Ô mago do cosmos, poderoso mais que Alexandre
poderoso mais que eu possa conceber ou imaginar
entre tu e as tripas aparentemente parecidas
diferes em criação desde tempos já idos
Oh, massa molecular
eu sou o azul lilás que essa janela me trás
Por favor…
Por favor…
Já que eu nasci, eu só preciso de alguem
Alguem como eu, preciso com jeito
de me dar amor.
Me sinto só… aaahhh…
Quero carinho
Por favor, eu tenho medo
Não to apelando pra ninguem
Só estou normal – te gritando
Por favor !!!
Estou só !!!
“Ninguem pode me dar o que eu
sei que ninguem tem”,
Mas…
Por favor !!! ô ô ô
olhe a vida !!!
Feitos pra sentir uma coisa que
não existe.
Eu só sei gritar…
não sei cantar
AAAHHH !
Não vou cantar
Se posso gritar
AHHH !!!
Já me borrei de tanto rir ouvindo o infinito sempre explicado. Se sendo é um verbo, prefiro ficar sendo calado.
O povo brasileiro não tem tempo pra ler, anda muito ocupado para poder pensar.
Tudo tem exatamente a mesma importância, a mesmíssima importância, ou seja, nenhuma.
Cada vez que eu cumprimentava uma pessoa, dava três giros em torno do próprio corpo. Eu era o próprio rock. Eu era Elvis quando andava e penteava o topete. Eu era alvo de risos, gracinhas, claro. Eu tinha assumido uma maneira de vestir, falar e agir que ninguém conhecia. Claro que eu não tinha consciência da mudança social que o rock implicava. Eu achava que os jovens iam dominar o mundo.
Você tem todo o direito de tentar me ensinar das tuas coisas, porque a vida é séria e guerra é dura, mas se eu não quiser aprender tudo, deixe eu viver minha loucura, pois nunca criticarei a sua.
Eu sou só um ator que interpreta o papel de cantor e compositor. Um magro abusado.
Eu perco pra malandro, perco pra ladrão, perco pra espertinhos e espertões, perco na transação bancária, nos juros e na taxa diária. Ah, mas na sabedoria é que eu ganho de vocês, essa ninguém me tira.
O punk é um modismo que não atinge o governo e vai acabar sendo engolido pelo sistema.
Sou punk: ”Amanheci determinado a mudar, agora vou ser punk até apodrecer. Apodrecer para incomodar, com meu mau cheiro empesteando o teu jantar. Eu sou punk, nojento, e mais, eu quero é matar minha vozinha, botar veneno na cerveja do meu pai. Não acredito mais em nada, vou cuspir na cara da empregada. Eu sou punk nojento, vulgar, demais”.
Ele vivia assim em plena depressão ultimamente.
Solidão!!! Solidão!!! Eu sou
testemunha que ele queria que Kika
voltasse morar com ele. Ele precisava
de uma família, sentia falta. Ela não
voltou, teve medo! (não a culpem) a barra
era pesada demais. Ele se deixou
morrer, sem se cuidar. Ele era um
suicida em potencial. Deus cuide de
sua alma, meu filho, minha dor!
escrito por: D. Maria Eugênia Seixas.
Oculos
A grande novidade agora sou eu usando
óculos. Todos fazem perguntas ao ver-me
de cara nova, e a todos eu pareço dever
uma explicação.
Astigmatismo, digo. Uma rizada forçada,
uma pileria sem graça e vamos partindo
para outro.
No entanto esse óculos veio me benificiar.
Certas pessoas que não gostavam do meu
aspecto pessoal passaram a gostar do
novo “eu”. Acham que assim eu pareço
“gente direita”, e “parecer” é muito
importante para essa gente.
Posso afirmar que é muito interessante
ter um par de óculos de vidro pendurado
nas orelhas e e nariz.
Hoje pela tarde encontrei um conhecido
que me perguntou tolamente.
_Voce está usando óculos agora? É?
E eu lhe respondi: “Ontem eu tomei
banho de óculos, sabe? Agente fica
enxergando tudo chuviscado… embaça
o vidro”…
Culpo minha pobre e velha mãe e meu magro e triste pai, por me jogarem na vida e ousadamente me colocarem o nome de Raul. Eis-me!
Culpo ao meu próprio escárnio de repetir três vezes o mesmo erro, se é que qualquer um desses três tenham a mesma lucidez dilacerante do que é a dor do absurdo do ser.
Nada é mais que um nada mergulhado no oceano de uma dor de chibata chamada Deus! Que este tenha o meu perdão.
Só peço que um raio de amor venha do espaço, e blind as três para que a escuridão da santa divina ignorância lhes vedem a visão do apocalipse, amém!
Sem Título (1984)
Eu não quero ficar em silêncio
Não mais!
Eu não quero escrever no banheiro
Jamais.
Eu não quero ficar no escuro
Não mais!
Eu não quero me sentir solitário
Nunca mais.
Eu não quero viver com quem é fraco
Não mais!
Eu não quero me sentir tenso
Jamais.
Eu não quero sofrer
Não mais
Eu não quero peso nas costas
Nunca mais.
Eu não quero deixar de sorrir
Jamais
Eu não quero andar de passo leve
Não mais.
Eu não quero viver gastando palavras
Pra quem não me ouve jamais!
Eu não quero dúvidas de quem não me aceita, não mais!
Eu não quero o silêncio
De quem não me preenche com palavras de paz.
Metido a escrever (1984)
(Por que se eu não escrevesse por certo morreria)
Eu, louco do absurdo
Cansado de cansaços
Desmorono-me em breves reticências
Meus dentes caem
Meus lábios doem de tanto arder
Ardor de falar
Palavras inúteis
Poeta do caos
Imbecil como uma criança
Imprudente como uma mulher
Estômago ácido-espelho-da língua?
Sem Titulo (1984)
Eu minha lanterna e o peixe Felipe. Cheio de coisas para botar pra fora e não tenho quem ouça.
– Quem tem um ouvido aí?
O que eu despejo no papel do caderno? Caderno tem ouvido? Será que ele entende minha angústia? Será que as linhas frias do caderno me bastam? Ahhh! que besteira enorme é escrever, e no entanto se não o fizesse eu por certo morreria… Mas… Morreria de fato… mesmo.
Escrever… escrever… escrever…
Tudo já foi escrito; mas não importa.
Quem pensa, pensa melhor parado.
Eu não posso entender tanta gente aceitando a mentira, de que os sonhos desfazem aquilo que o padre falou. Porque quando eu jurei meu amor eu traí a mim mesmo, hoje eu sei! Que ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez, uma vez…
Conserve seu medo mas sempre ficando sem medo de nada, por que dessa vida de qualquer maneira não se leva nada.
Eu sou canceriano
E meu signo ascendente é Leão
Leão luar de câncer
Louco de nascença
Filho da Bahia
Que já não faz mais
A minha cuca,minha tia
Graças aos demônios
Deuses,totens meus
Eu nasci louco
Dou graças a deus
como um anormal
Não durmo a noite
Não tenho mais medo
Do livro
Baú do Raul
Nunca se vence uma guerra lutando sozinho.
Gente nasceu p’ra querer.
Porque que sempre a solidão vem junto com o Luar?
Mamãe, eu não quero ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz …
A arte é o espelho social de uma época.
Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar.
Ninguém tem o direito de me julgar a não ser eu mesmo. Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender.”
“Eu não sou louco, é o mundo que não entende minha lucidez…”
Convence as paredes do quarto de que tudo está bem, e dorme tranquilo, sabendo que no fundo do peito não é nada disso.
Sou tão bom ator que finjo ser cantor e compositor e vocês acreditam.
A frieza do relógio não compete com a quentura do meu coração.
Você é forte, faz o que deseja e quer
Mas se assusta com o que eu faço…
É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro, evita o aperto de mão de um possível aliado.
Pena não ser burro. Não sofria tanto.
“Eu nem sei quem sou…”
Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao teu lado
Sem saber dos amores que a vida me trouxe
E eu não pude viver.
Eu não posso entender tanta gente aceitando a mentira.
Tente outra vez…
“Ninguem tem o direito de me julgar a não ser eu mesmo. Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender.”
“Antes de ler o livro que o guru lhe deu, você tem que escrever o seu.”
Nas ilusões da vida, encontrei a morte, na realidade da morte, descobrir a vida.
(Psicografia)
Sozinho em silêncio calado com uma pergunta na alma por que nessa noite tão calma o tempo parece parado?
A mídia agora é o nosso Aiatolá.
Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado
Não falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao teu lado.
Não tenho paz
Nem tenho sossego
Hoje eu vivo somente
A sofrer! A sofrer!…
Mas vale magro no mato que gordo na boca do gato.
De picos e pedras É feito os caminhos da vida só resta cavar a vida toda pra remover sem sofrer a dor da vida.
É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado
Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo…
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais.
Deixa os que sonham em ser felizes habitando o paraíso.
Arrumei a mala e deixei as perguntas na minha gaveta. Procurei saber o horário do próximo cometa. Me agarrei em sua cauda e fui morar em outro planeta…
A MAÇÃ
Se esse amor ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor, vai se gastar…
Se eu te amo e tu me amas, um amor a dois profana
O amor de todos os mortais…
Porque quem gosta de maçã irá gostar de todas
Porque todas são iguais…
Se eu te amo e tu me amas e outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar?
Infinita tua beleza, como podes ficar presa
Que nem santa num altar…
Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi que além de dois existem mais…
Amor só dura em liberdade, o ciúme é só vaidade
Sofro, mas eu vou te libertar…
O que é que eu quero se eu te privo do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar…
Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi que além de dois existem mais…
Amor só dura em liberdade, o ciúme é só vaidade
Sofro, mas eu vou te libertar…
O que é que eu quero se eu te privo do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar…
(Raul Seixas)
Sentindo o barro no fundo do poço…
Que o Senhor me perdoe por tudo o que não fiz…
Por tudo o que fiz …
Por tudo o que deixei de fazer…
Sou meio burro pra compreender a direção, Senhor!
Mude a minha sorte.
Me inspire.
Duas pessoas discutirem e não chegarem a uma conclusão igual, é a melhor prova de que cada ser humano tem o seu valor e identidade própria.
“Enquanto Freud explica
o diabo dá os toques.”
Minha cabeça só pensa aquilo que ela aprendeu… por isso mesmo, eu não confio nela, eu sou mais eu…
Pra todo pecado sempre existe um perdão.
Eu só sei que a saudade
Ainda queima o coração
Quem não tem colírio usa óculos escuros
Quem não tem filé come pão e osso duro
Quem não tem visão bate a cara contra o muro
O problema é muita estrela pra pouca constelação.
Por que cargas d’água você acha que tem o direito de afogar tudo aquilo que eu sinto em meu peito.
Gente é tão louca e no entanto tem sempre razão. Quando consegue um dedo, já não serve mais, quer a mão. E o problema é tão fácil de perceber, é que gente nasceu pra querer.
Viu como é facil ser burro?
Minha espada é a guitarra na mão.
Luar é o meu nome ao avesso, não tem fim nem começo.
É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro.
Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual… eu do meu lado aprendendo a ser louco, maluco total, na loucura real.
Olha o céu, ja não é o mesmo céu que voce conheceu…não é mais…vê oi que céu é um céu carregado e rajado suspenso no ar, vê é o sinal é o sinal das trombetas dos anjos e dos guardiões, oi la vem Deus, deslizando nos céus entre plumas de mil megatons oi, olha o mal, vem de braços e abraços com o bem num romance astral…amém.
A formiga só trabalha porque não consegue cantar.
O Universo me espanta e não posso imaginar que esse relógio exista e não tenha um relojoeiro.
Você só vai ter o respeito que quer ,
na realidade,
no dia que você respeitar a minha vontade.
Pra passar a noite na cocheira, tem que ter o mesmo cheiro do cavalo pra não incomodar.
Por que é que eu sou tão calado?
Não falo de amor quase nada,
Nem fico sorrindo ao teu lado…
[…]
Me come, me cospe e me deixa
Talvez você não entenda…
[…]
Eu sou a luz das estrelas
Eu sou o medo de amar
Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
Eu sou o seu sacrifício
A placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada
[…]
Você me tem todo dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você…
[…]
Dos sonhos eu sou o amor
Nos pegue-pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão
Mas eu sou o amargo da língua
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio
[…]
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais.
Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez
Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Pois se uma estrela há de brilhar, outra então tem que se apagar.
Já não há mais culpado, nem inocente. Cada pessoa ou coisa é diferente
Já que assim, baseado em que, você pune quem não é você?
Querer o meu, não é roubar o seu:
Pois o que eu quero é só função de eu!
Sociedade alternativa, sociedade novo aeon, é um sapato em cada pé.
É direito de ser ateu ou de ter fé.
Ter prato entupido de comida que você mais gosta. Ser carregado, ou carregar gente nas costas. Direito de ter riso e de prazer, e até direito de deixar Jesus sofrer.
Tem gente que passa a vida inteira travando a inútil luta com os galhos, sem saber que é lá no tronco que está o coringa do baralho.
Quem não tem presente se conforma com o futuro.
Quando o navio finalmente alcançar a terra
E o mastro da nossa bandeira se enterrar no chão
Eu vou poder pegar em sua mão
Falar de coisas que eu não disse ainda não
Coisas do coração!
Coisas do coração!
Quando a gente se tornar rima perfeita
E assim virarmos de repente uma palavra só
Igual a um nó que nunca se desfaz
Famintos um do outro como canibais
Paixão e nada mais!
Paixão e nada mais!
Somos a resposta exata do que a gente perguntou
Entregues num abraço que sufoca o próprio amor
Cada um de nós é o resultado da união
De duas mãos coladas numa mesma oração!
Os olhos verdes que piscam no escuro de céu
Filho da luz, fui nascido da lua e do sol!
Nas noites mais negras do ano eu, eu mostro minha voz
Estrelas, estrelas
As estrelas, elas brilham como eu!
As nuvens vagueiam no espaço sem lar nem raiz
O ódio não é o real, é a ausência do amor
Ao fim é um grande oceano, mãe, mãe filho e luz
Hmmm… estrelas, estrelas
As estrelas elas brilham com nós!
As trevas da noite assustam escondendo o segredo da luz!
Da luz que gargalha do medo do escuro
Que é quando os meus olhos não podem enxergar!
Dia, noite
Se é dia sou dono do mundo e me sinto filho do sol
Se é noite eu me rendo às estrelas em busca de um farol
Ooohh… estrelas, estrelas
As estrelas brilham como eu
As trevas da noite assustam escondendo o segredo da luz!
A luz que gargalha do medo do escuro
Que é quando os meus olhos não podem enxergar!
Dia , noite
Se é dia sou dono do mundo e me sinto filho do sol
Se é noite eu me rendo às estrelas em busca de um farol
Ôoohh… estrelas, estrelas
As estrelas elas brilham como eu
Aprendi a amar a vida e dar a ela o seu real valor e é justamente por isso que não desistirei dela até meu último suspiro.
Prefiro ser um louco num mundo os normais fazem bombas.
“Sou o que sou por que vivo da minha maneira e sinto que fui sempre assim a minha vida inteira”
Raul Seixas
Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o medo de amar
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal
“Perdido, dividido, dirigido, carcomido e iludido, tem nos olhos o cifrão. Disfarça na fumaça e acha graça, sem saber que a rua passa entre a massa e o caminhão.”
“Formado, reformado, engomado, num sorriso fabricado pela escola da ilusão. Tem jeito de perfeito no defeito, sem ter feito com proveito, aproveita a ocasião.”
“Não quero bater continência, nem pra sargento, cabo ou capitão.”
Sei que é uma bela carreira,
mas não tenho a menor vocação
Se fosse tão bom assim, mainha,
não seria imposição
Lá pras três da madrugada
A síndica embriagada
Resolveu escancarar
Numa briga com o marido
Num acorde sustenido
E o meu piano fora do lugar
“Mas a semente que eu ajudei a plantar já nasceu.”
“Se a barra pesa,
Os carola entram na reza;
Bom gorila que se preza,
Não dá bola pra ninguém.”
“Vê se tem Kung Fu aí na outra Estação…”
“Não quero mudar o mundo com esse papo furado, só acredito em quem pulou o cercado.”
Lá vai Dr. Pacheco
O herói dos dias úteis
Misturando-se às pessoas que o fizeram
Uma música que eu sempre gostei foi ‘Inútil’, não sei de quem é…
“Vou ferver, como que um vulcão em chamas, como a tua cama que me faz tremer.”
“Quem não tem papel dá o recado pelo muro;
quem não tem presente se conforma com o futuro.”
“Com dois galos a galinha não tem tempo de chocar.
Tanto pé na nossa frente que não sabe como andar.”
“Aprende a amar-te profundamente.
Assim quando te julgarem,
Não serás vítima do medo e assim
Poderás entender aqueles que não sabem.”
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal
E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social
Eu é que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar
“Não adianta, perguntas não valem nada
É sempre a mesma jogada
Um emprego e uma namorada
Quando você crescer.”
“Acredite que eu não tenho nada a ver
Com a ‘linha evolutiva’ da música popular brasileira
A única linha que eu conheço
É a linha de empinar uma bandeira.”
“Mas é que lá em cima
Lá na beira da piscina
Olhando os simples mortais
Das alturas fazem escrituras
E não perguntam se é pouco ou demais.”
“E ele falou simplesmente
‘Destino é a gente que faz’
Quem faz o destino é a gente
Na mente de quem for capaz.”
“Se o que você quer em sua vida é só paz;
Muitas doçuras, seu nome em cartaz.
E fica arretado se o açúcar demora.
E você chora, cê reza, cê pede, implora.”
“Falta de cultura
Pra cuspir na estrutura…
Que culpa tem Cabral ?!”
“Mamãe já ouve Beatles
Papai já deslumbrou
Com meu cabelo grande
Eu fiquei contra o que eu já sou
Vou fazer o que eu gosto ! Eu vou!”
“…Não tem certo
Nem errado, todo
Mundo tem razão.
E o ponto de vista é que
É o ponto da questão.”
Hoje em dia dá no mesmo
Ser direito que traidor.
Ignorante, sábio ou besta
Pretencioso, afanador.
Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade
Deus não vai te ajudar.
Tudo tem que continuar.
Você tem voz pra gritar, gritar!
“Não estamos aqui para sofrer.
Isso só depende de você.
Olha, a vida não vai te esperar.”
“Dom Quixote! Aqui estou.
Com meu sangue e o meu rancor.
Desde o dia em que a terra parou…”
“Essa terra não tem dono, não.
Onde você pisa é o seu chão.
Seu caminho é só você quem faz.”
Eu não posso entender tanta gente aceitando a mentira
de que os sonhos destroem aquilo que o padre falou
“Ligo o rádio e ouço um chato
… Que me grita nos ouvidos
Pare o mundo que eu quero descer
Olhos os livros na minha estante
… Que nada dizem de importante
Servem só pra quem não sabe ler”
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa num altar (…)
Amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro, mas eu vou te libertar
Eu tô tão lindo porém bem mais perigoso
Aprendi a ficar quieto e começar tudo de novo
Ah! Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco praia, carro, jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco
Eu sou a mosca que pousou em sua sopa.
Eu conheço bem a fonte
Que desce daquele monte
Ainda que seja de noite
Que o mel é doce, é coisa que eu me nego afirmar; mas que parece doce, isso eu afirmo plenamente.
Essa noite eu tive um sonho de sonhador
Maluco que sou, acordei
Dois problemas se misturam
A verdade do universo
A prestação que vai vencer
Só há amor quando não existe nenhuma autoridade.
Todos os partidos são variantes do absolutismo. Não fundaremos mais partidos; o Estado é o seu estado de espírito.
A desobediência é uma virtude necessária à criatividade.
Deus tem mais de mil nomes:
dinheiro
ídolos
gurus
carro
cigarro
drogas
o Salvador
livros
desejos insatisfeitos
sexo neurótico
status
sonhos
muletas
casa
hobbies
cinema
TV
rádio
e a pergunta POR QUÊ?
A formiga é pequena, mas elas são um exército quando juntas.
Do materialismo ao espiritualismo é uma simples questão de esperar esgotarem-se os limites do primeiro.
Quando lhe jurei meu amor, eu traí a mim mesmo…
Quero dizer agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo…
Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos
Sim, curvo-me ante a beleza de ser
às vezes zombo de mim mesmo ao término de uma
inteligente e aguçada constatação.
Ermitão do insólito, poeta da dúvida
Entretanto duvido a dúvida por ser dúvida
fruto de uma premissa lógica
Mas nego, afirmo e não duvido de nada
Prisioneiro sem grade desse silêncio eterno.
Antes de ler o livro que o guru lhe deu, você tem que escrever o seu.
Lógica e razão são coisas da terra. Eu divido as coisas da terra, coisas do universo e coisas da coisa. E as coisas da coisa, minha filha, essas é que são o negócio, entende? Quem é que pode explicá-las?
Meu egoísmo é tão egoísta que o auge do meu egoísmo é querer ajudar.
De que o mel é doce é coisa que eu me nego a afirmar, mas que parece doce eu afirmo plenamente.
A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal.
O sonho do careta é a realidade do maluco.
Não existe Deus senão o homem.
Quem não tem colírio usa óculos escuros.
Ninguém é feliz tendo amado uma vez.
Nada mais é coerente se virar de trás pra frente, tanto fez como tanto faz…
Quero a certeza dos loucos que brilham. Pois se o louco persistir na sua loucura, acabará sábio.
Lua Bonita
Lua bonita,
Se tu não fosses casada
Eu preparava uma escada
Pra ir no céu te buscar
Se tu colasse teu frio com meu calor
Eu pedia ao nosso senhor
Pra contigo me casar
Lua bonita
Me faz aborrecimento
Ver São Jorge no jumento
Pisando no teu clarão
Pra que cassaste com um homem tão sisudo
Que come dorme faz tudo, dentro do seu coração?
Lua Bonita, Meu São Jorge é teu senhor,
E é por isso que ele “véve” pisando teu esplendor
Lua Bonita se tu ouvisses meus conselhos
Vai ouvir pois sou alheio,
Quem te fala é meu amor
Deixa São Jorge no seu jubaio amuntado
E vem cá para o meu lado
Pra gente viver sem dor.
Ollha aqui, esse show, essa pequena amostra, uma amostra compacta de alguns rocks, no tempo de 50, nos primordios, mas eu vou incluir um meu aqui, que pediram, é o rock das aranhas. Bom, vocês sabem, que existe, um dicionário, que saiu agora, chamdo ‘dicionario da censura’, o dicionario da censura é o seguinte: todo compositor brasileiro tem aobrigação dereceber um dicionario dessa grossura, com todas as palavras proibidas. Inclusive, uma palvra proibida, eu não sei porque, éé, povo, gente, universidade… escola, não pode se falar disso em música, inclusive pintou apalvra aranha depois de mim… eu fui o percursor da aranha… depois de Deus.
Se esse amor ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor, vai se gastar
Se eu te amo e tu me amas
E um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais
Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa no altar
Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi que além de dois existem mais
O amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro mas eu vou te libertar
O que é que eu quero se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar
Não diga que a vitória está perdida se é de batalhas que se vive a vida.