O amor é assustador: ele se transforma, ele murcha. Faz parte do risco. Não quero mais ter medo. Quero ser corajosa…
Acho que, nas questões do coração, não dá para prever como uma pessoa vai se comportar.
Quando uma pessoa fica longe muito tempo, você começa a guardar na memória todas as coisas que quer contar. Tenta manter tudo organizado na cabeça. Mas é como tentar segurar um punhado de areia: os grãos mais finos escapam da mão, e, de repente, você só está segurando ar e grita. É por isso que não se pode tentar guardar tudo assim.
Ela é como um gato de rua, vem e vai quando quer. Não fica presa a um lugar ou a uma pessoa.
Para que uma coisa dê errado de um jeito tão colossal e horrível, tudo precisa acontecer na ordem certa e no momento certo, ou, nesse caso, no momento errado.
Sempre pensei que ninguém prestava atenção no que eu fazia, que o único drama era na minha cabeça, mas, afinal, eu não era tão invisível assim.
Minhas cartas são meu bem mais secreto. São cinco, no total… Kenny, do acampamento, Peter, da sétima série, Lucas, do baile escolar, John Ambrose, da ONU mirim, e Josh. Escrevo quando estou tão apaixonada que não sei o que fazer.
Margot diz que quando algo não é mais útil, você deve doar, reciclar ou jogar fora. Sempre soube que ela é assim com as coisas, mas… nunca pensei que poderia sentir o mesmo por alguém.
– Acho engraçado, você diz que tem medo de compromisso e relacionamentos, mas não parece ter medo de estar comigo.
– Não preciso ter medo.
– É mesmo? Por quê?
– Porque estamos fingindo.
Para quem fica sempre calada, você tem muitas opiniões.
Precisa dizer o que sente quando sente as coisas. Não pode ficar no quarto escrevendo cartas que nunca enviará.
– O que escrevo no contrato de um namoro de verdade?
– Nada. Precisa confiar.
Se o amor é como uma possessão, talvez minhas cartas sejam meu exorcismo. As cartas me libertam. Ou pelo menos deveriam.
“quantas mais pessoas entram na sua vida, mais saem dela”
-Lara Jean