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Pagu

Saibam ser maricões! Meninas que nasceram errado mas que não querem se conformar em seguir à lei da natureza.

Pagu

“Sou a única atriz.
É difícil para uma mulher
interpretar uma peça toda.
A peça é a minha vida,
meu ato solo”.

Pagu

“Esse crime, o crime sagrado de ser divergente, nós o cometeremos sempre”

Pagu

Tenho várias cicatrizes, mas estou viva. Abram a janela. Desabotoem minha blusa. Eu quero respirar.

Pagu

A liberdade e a prisão
Ter um barco que percorra
Distâncias incríveis
Saber remendar um sapato
Encontrar um amor
Amor de verdade
Ser vento, fogo ou carvão
Tudo, tudo, tudo
Menos esta ratoeira

Pagu

É uma necessidade conversar com os poetas. E se os poetas morrerem, provocarei os mortos, as flores do mal que estão na minha estante.

Pagu

“A satisfação intelectual não me basta… a ação me faz falta!”

Pagu

“Lembro minha submissão absoluta. Não ao homem. Ao amor.”

Pagu

Lê nos meus olhos todos os consentimentos, Mata tua sede na pedra que se fez fonte, E te encanta com a paisagem contraditória do meu ser.

Pagu

Um pedaço de trapo que fosse
Atirado numa estrada
Em que todos pisam
Um pouco de brisa
Uma gota de chuva
Uma lágrima
Um pedaço de livro
Uma letra ou um número
Um nada, pelo menos
Desesperadamente nada.

Pagu

Sonhe, tenha até pesadelo se necessário for, mas sonhe.

Pagu

⁠Agora, saio de um túnel. Tenho várias cicatrizes, mas ESTOU VIVA.

Pagu

⁠No meu quintal tem uma laranjeira
aquela mesma
onde brincamos na noite de Natal
no meu quintal tem um pessegueiro
com flores cor de rosa
onde chupei-te a boca
pensando que era fruta.
no galinheiro tem oito galinhas,
um pato, um ganso e um pinto.
no galinheiro fiz um arranha-céu
com latas de gasolina.
E fiz com paus de vassoura
estacas para os cravos.
meu quintal é uma cidade!…
De frangos, postes, luz e arranha-céu.
E para simbolizar o seu progresso,
desafiando triunfal,
tem a bandeira de uma calça rendada no varal.

Pagu

⁠Nothing
Nada nada nada
Nada mais do que nada
Porque vocês querem que exista apenas o nada
Pois existe o só nada
Um para-brisa partido uma perna quebrada
O nada
Fisionomias massacradas
Tipoias em meus amigos
Portas arrombadas
Abertas para o nada
Um choro de criança
Uma lágrima de mulher à toa
Que quer dizer nada
Um quarto meio escuro
Com um abajur quebrado
Meninas que dançavam
Que conversavam
Nada
Um copo de conhaque
Um teatro
Um precipício
Talvez o precipício queira dizer nada
Uma carteirinha de travel’s check
Uma partida for two nada
Trouxeram-me camélias brancas e vermelhas
Uma linda criança sorriu-me quando eu a abraçava
Um cão rosnava na minha estrada
Um papagaio falava coisas tão engraçadas
Pastorinhas entraram em meu caminho
Num samba morenamente cadenciado
Abri o meu abraço aos amigos de sempre
Poetas compareceram
Alguns escritores
Gente de teatro
Birutas no aeroporto
E nada.

Pagu

⁠Na nebulosa da infância, a sensitiva já procurava bondade e beleza. Mas a bondade e a beleza são conceitos do homem. E a menina não encontrava a verdade e a beleza por onde procurava. Talvez porque já caminhasse fora dos conceitos humanos.

Pagu

⁠O escritor da aventura não teme a aprovação ou a renovação dos leitores. É-lhe indiferente que haja ou não, da parte dos críticos, uma compreensão suficiente. O que lhe importa é abrir novos caminhos à arte, é enriquecer a literatura com germens que venham a fecundar a literatura dos próximos cem anos.

Pagu

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