Meu coração tinha sido tomado por um homem inatingível para qualquer um.
Eu queria gritar que não era sua confiança que eu queria, era seu amor, seu carinho, seu afeto, sua atenção. Mas eu sabia que aquilo era o máximo que conseguiria.
Eu o odiava tanto que me corroía. Eu o odiava porque não conseguia escolher o certo, com ele confundindo minha mente.
Eu acredito que Deus tem um plano para cada pessoa nesse mundo, e talvez nos planos dEle para mim, já estava definido que eu cuidaria desse pequeno anjinho.
Eu finalmente encontrei a calmaria. O remédio para o monstro que vivia em mim.
Eu fechei os olhos, consciente de que aquilo não acabaria tão cedo, de que seria impossível me mover, de que meu corpo não obedeceria a nada que eu miseravelmente tentasse fazer. Me tornei mais uma vez conformada que não havia por que ter medo dos perigos do mundo, porque o meu perigo era eu mesma.
Minha inimiga que habitava constante e incuravelmente dentro de mim.
Eu era uma borboleta, e a vida foi aquela que quebrou minhas asas. Mas ele chegou e curou minhas feridas. Com amor, lealdade, bondade e um coração tão ferido quanto o meu.
Nossa jornada ainda seria longa e não importava quais outros desafios seriam postos em nossa frente, nós passaríamos por eles como fizemos milhões de vezes antes.
Ele lutando por mim e eu por ele.