AutorMenotti del Picchia

Menotti del Picchia

“Sofre, Juca Mulato, é tua sina, sofre…
Fechar ao mal de amor nossa alma adormecida
é dormir sem sonhar, é viver sem ter vida…
Ter, a um sonho de amor, o coração sujeito
é o mesmo que cravar uma faca no peito.
Esta vida é um punhal com dois gumes fatais:
não amar é sofrer; amar é sofrer mais”!

Menotti del Picchia

As Máscaras
O teu beijo é tão doce, Arlequim…
O teu sonho é tão manso, Pierrô…
Pudesse eu repartir-me
encontrar minha calma
dando a Arlequim meu corpo…
e a Pierrô, minha alma!
Quando tenho Arlequim,
quero Pierrô tristonho,
pois um dá-me prazer,
o outro dá-me o sonho!
Nessa duplicidade o amor todo se encerra:
Um me fala do céu…outro fala da terra!
Eu amo, porque amar é variar
e , em verdade, toda razão do amor
está na variedade…
Penso que morreria o desejo da gente
se Arlequim e Pierrô fossem um ser somente.
Porque a história do amor
só pode se escrever assim:
Um sonho de Pierrô
E um beijo de Arlequim!

Menotti del Picchia

Esta vida é um punhal de dois gumes fatais: não amar é sofrer; amar é sofrer mais.

Menotti del Picchia

O Corinthians é um fenômeno sociológico a ser estudado em profundidade.

Menotti del Picchia

O coração da gente é como uma casa que não pode ficar vazia.

Menotti del Picchia

MÁSCARAS
A Colombina:
Não! Não me compreendeis… Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor de todos dois… Hesitante, entre vós, o coração balanço:
A Arlequim:
O teu beijo é tão quente…
A Pierrot:
O teu sonho é tão manso…
Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo e a Pierrot a minh’alma! Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho, pois um dá-me o prazer, o outro dá-me o sonho!
Nessa duplicidade o amor todo se encerra: um me fala do céu… outro fala da terra!
Eu amo, porque amar é variar, e em verdade toda a razão do amor está na variedade…
Penso que morreria o desejo da gente, se Arlequim e Pierrot fossem um ser somente,
porque a história do amor pode escrever-se assim:
PIERROT
Um sonho de Pierrot…
ARLEQUIM
E um beijo de Arlequim!

Menotti del Picchia

PIERROT, cismarento:
Não…Para que beijar? Para que ver, tristonho, no tédio do meu lábio o vácuo do meu sonho… Beijo dado, Arlequim, tem amargos ressábios… Sempre o beijo melhor é o que fica nos lábios, esse beijo que morre assim como um gemido, sem ter a sensação brutal de ser colhido…

Menotti del Picchia

“Sai do fogo da dor a fumaça do sonho”…

Menotti del Picchia

Que tens, Juca Mulato ?
Uma tristeza mansa
embaça-lhe o fulgor dos olhos de criança.
Ele é outro… Um langor anda a abrasar-lhe a pele.
Não sabe definir o que há de novo nele.

Menotti del Picchia

Esquece calmo e forte. O destino que impera
um recíproco amor às almas todas deu.
Em vez de desejar o olhar que te exaspera,
procura esse outro olhar que te espreita e te espera,
que há, por certo, um olhar que espera pelo teu…”

Menotti del Picchia

” E é tão doce sonhar!… A vida, nesta terra, vale apenas, talvez, pelo sonho que encerra. “

Menotti del Picchia

A alegria dos outros somente é suportável quando a ela podemos somar um pouco da nossa”.

Menotti del Picchia

“Deus está dentro de toda imaginação que cria e que crê”. –

Menotti del Picchia

” — Juca Mulato! Esquece o olhar inatingível! / Não há cura, ai de ti! Para o amor impossível. / Arranco a lepra ao corpo, extirpo da alma o tédio; / só para o mal de amor nunca encontrei remédio… / Como queres possuir o límpido olhar dela? / Tu és tal qual um sapo a querer uma estrela… / A peçonha da cobra eu curo … Quem souber / cure o veneno que há no olhar de uma mulher! / Vencendo o teu amor, tu vences teu tormento. / Isso conseguirás só pelo esquecimento. / Esquecer um amor dói tanto que parece / que a gente vai matando um filho que estremece, / ouvindo, com terror no peito, este estribilho:/ “Tu não sabes, cruel, que matas o teu filho?”/ E, quando se estrangula, aos seus gemidos loucos, / a gente quer que viva… e vai matando aos poucos! / Foge! Arrasta contigo essa tortura imensa, que o remédio é pior do que a própria doença / pois, para se curar um amor tal qual esse … / Juca Mulato, esquece!” (feiticeiro) (“Juca Mulato”)

Menotti del Picchia

” — Tenho ramos de arruda; urtigas; água benta; / uma infusão que cura a espinhela e a maleita; / figas para evitar tudo que é coisa feita… / Com uma agulha e um cabelo, enroscado a capricho, à mulher sem amor faço criar rabicho. / Olho um rastro; depois de rezar um bocado, vou direitinho atrás do cavalo roubado. / Com uma erva que sei, eu faço de repente, do caiçara mais mole, um caboclo valente! / Dize, Juca Mulato, o mal que te tortura”. (feiticeiro) (“Juca Mulato”)

Menotti del Picchia

Toda história de amor só presta se tiver, como ponto final, um beijo de mulher”.

Menotti del Picchia

Todos os homens têm medo da felicidade porque a felicidade se parece muito com a morte.

Menotti del Picchia

A própria imperfeição é imprescindível à obra perfeita.

Menotti del Picchia

O único amor possível é o amor de nós mesmos.

Menotti del Picchia

“Antes de amar eu dizia:
preciso amar um dia,
amando, serei feliz.
Amei, desventura minha;
quis curar-me, piorei.
O amor só mágoas continha
e aos tormentos que já tinha
mais tormentos juntei”
(in “Juca Mulato”)

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