AutorMaíra Baldaia

Maíra Baldaia

⁠Ela é preta
É negra da rima
Carrega seu corpo-estandarte aonde vai
Voz de reação
Chama pra ação
Ela é mulher e grita pelo que quer
Ela é mista
Índia da periferia
Carrega a revolução entre os dentes

Maíra Baldaia

⁠Seu corpo é luz e vence a escuridão
Seu riso branco vence qualquer demanda
Ela tem um olhar de flecha certeira
Seu canto é revolução
Faz água brotar do chão

Maíra Baldaia

⁠Rompe a amargura até transmutar em ternura
Só a arte salva de nossos monstros

Maíra Baldaia

⁠Era uma vez, eu ia com você só pra não sentir que estava só
Eu não sabia quem eu ia ser se eu desfizesse esse nó

Maíra Baldaia

⁠Lua animalesca, lua cíclica
Mulher é dor. Mulher atordoa a dor
Mulher é calma, mulher é água, bubuia, mergulho
Sabe quando lavamos a alma na queda brava da água doce da cachoeira?
Então, isso é mulher!

Maíra Baldaia

⁠Eu voo muito bem sozinha
Mas se você vem comigo me esquento mais
Eu sigo muito bem sozinha
Mas mãos dadas também rimam com paz

Maíra Baldaia

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