Que bom que não me deixo influenciar!
Sentimos que, mesmo depois de serem respondidas todas as questões científicas possíveis, os problemas da vida permanecem completamente intactos.
As fronteiras da minha linguagem são as fronteiras do meu universo.
O mundo é a totalidade dos fatos, não das coisas.
O que se pode dizer pode ser dito claramente; e aquilo de que não se pode falar tem de ficar no silêncio.
O mundo é tudo o que acontece.
Toda a concepção moderna do mundo tem como fundamento a ilusão de que as chamadas leis da natureza sejam as explicações dos fenômenos naturais.
Humor não é um estado de espírito, mas uma visão de mundo.
Sobre o que não se pode falar, deve-se calar.
O homem possui a capacidade de construir linguagens com as quais se pode expandir todo sentido, sem fazer idéia de como e do que cada palavra significa – como também falamos sem saber como se produzem os sons particulares.
As pessoas continuam falando que a filosofia não progride realmente, que continuamos ocupados com os mesmos problemas filosóficos que preocupavam os gregos. É porque nossa linguagem permaneceu a mesma e continua nos seduzindo a perguntar as mesmas questões. Até quando continuar existindo um verbo `ser’ que parece funcionar do mesmo modo que o verbo `comer’ e `beber’, até quando continuarmos tendo os adjetivos `idêntico’, `verdadeiro’, `falso’, `possível’, até quando continuarmos a falar de um rio do tempo, de uma porção (expanse) do espaço, etc. etc., as pessoas continuarão tropeçando sobre as mesmas dificuldades enigmáticas e encontrar-se-ão olhando fixamente para algo que nenhuma explicação parece capaz de clarificar.
E mais do que isso, isso satisfaz uma espera pelo transcendente, porque na medida em que pessoas pensam que podem ver os “limites do entendimento humano”, elas acreditam, é claro, que podem ver além deles.
Os problemas filosóficos surgem quando a linguagem sai de férias.
Os limites do meu conhecimento são os limites do meu mundo.
Diga-lhes que esta vida não cessou de me maravilhar.
(últimas palavras)
Filosofar é como tentar descobrir o segredo de um cofre: cada pequeno ajuste no mecanismo parece levar a nada. Apenas quando tudo entra no lugar a porta se abre.
O que eu sei sobre Deus e o sentido da vida? Eu sei que este mundo existe.
O mundo é independente de minha vontade. Ainda que tudo que desejássemos acontecesse, isso seria, por assim dizer, apenas uma graça do destino, pois não há nenhum vínculo lógico entre vontade e mundo que o garantisse, e o suposto [vínculo] físico decerto não é algo que pudéssemos querer.
A dificuldade é compreender a falta de fundamento das nossas convicções…
O conhecimento é uma ilha cercada por um oceano de mistério. Prefiro o oceano à ilha.
Se alguém diz: ‘Wittgenstein, você acredita nisso?’
Eu diria: ‘Não.’ ‘Você contradiz a pessoa?’
Eu diria: ‘Não.’
Filosofia é a batalha entre o encanto de nossa inteligência mediante a linguagem.
Um trabalho filosófico sério e bom poderia ser escrito consistindo inteiramente de piadas.
Eu não sei porque estamos aqui, mas eu tenho certeza de que não é para nos divertirmos.
Minha dificuldade é apenas uma – enorme – dificuldade de expressão.
A dificuldade na filosofia é dizer não mais do que sabemos.
“Ao sentido da vida, isto é, ao sentido do mundo, nós o podemos chamar Deus. Crer em um Deus quer dizer entender a pergunta pelo sentido da vida. Crer em um Deus quer dizer que não bastam os fatos do mundo. Crer em um Deus significa ver que a vida tem um sentido”
Qual o seu objetivo em filosofia?
– Mostrar à mosca a saída do vidro!
Os limites de minha linguagem significam os limites de meu mundo.
Que bom que não me deixo influenciar!
Sentimos que, mesmo depois de serem respondidas todas as questões científicas possíveis, os problemas da vida permanecem completamente intactos.
As fronteiras da minha linguagem são as fronteiras do meu universo.
O mundo é a totalidade dos fatos, não das coisas.
O que se pode dizer pode ser dito claramente; e aquilo de que não se pode falar tem de ficar no silêncio.
O mundo é tudo o que acontece.
Toda a concepção moderna do mundo tem como fundamento a ilusão de que as chamadas leis da natureza sejam as explicações dos fenômenos naturais.
Humor não é um estado de espírito, mas uma visão de mundo.
Sobre o que não se pode falar, deve-se calar.
O homem possui a capacidade de construir linguagens com as quais se pode expandir todo sentido, sem fazer idéia de como e do que cada palavra significa – como também falamos sem saber como se produzem os sons particulares.
As pessoas continuam falando que a filosofia não progride realmente, que continuamos ocupados com os mesmos problemas filosóficos que preocupavam os gregos. É porque nossa linguagem permaneceu a mesma e continua nos seduzindo a perguntar as mesmas questões. Até quando continuar existindo um verbo `ser’ que parece funcionar do mesmo modo que o verbo `comer’ e `beber’, até quando continuarmos tendo os adjetivos `idêntico’, `verdadeiro’, `falso’, `possível’, até quando continuarmos a falar de um rio do tempo, de uma porção (expanse) do espaço, etc. etc., as pessoas continuarão tropeçando sobre as mesmas dificuldades enigmáticas e encontrar-se-ão olhando fixamente para algo que nenhuma explicação parece capaz de clarificar.
E mais do que isso, isso satisfaz uma espera pelo transcendente, porque na medida em que pessoas pensam que podem ver os “limites do entendimento humano”, elas acreditam, é claro, que podem ver além deles.
Os problemas filosóficos surgem quando a linguagem sai de férias.
Os limites do meu conhecimento são os limites do meu mundo.
Diga-lhes que esta vida não cessou de me maravilhar.
(últimas palavras)
Filosofar é como tentar descobrir o segredo de um cofre: cada pequeno ajuste no mecanismo parece levar a nada. Apenas quando tudo entra no lugar a porta se abre.
O que eu sei sobre Deus e o sentido da vida? Eu sei que este mundo existe.
O mundo é independente de minha vontade. Ainda que tudo que desejássemos acontecesse, isso seria, por assim dizer, apenas uma graça do destino, pois não há nenhum vínculo lógico entre vontade e mundo que o garantisse, e o suposto [vínculo] físico decerto não é algo que pudéssemos querer.
A dificuldade é compreender a falta de fundamento das nossas convicções…
O conhecimento é uma ilha cercada por um oceano de mistério. Prefiro o oceano à ilha.
Se alguém diz: ‘Wittgenstein, você acredita nisso?’
Eu diria: ‘Não.’ ‘Você contradiz a pessoa?’
Eu diria: ‘Não.’
Filosofia é a batalha entre o encanto de nossa inteligência mediante a linguagem.
Um trabalho filosófico sério e bom poderia ser escrito consistindo inteiramente de piadas.
Eu não sei porque estamos aqui, mas eu tenho certeza de que não é para nos divertirmos.
Minha dificuldade é apenas uma – enorme – dificuldade de expressão.
A dificuldade na filosofia é dizer não mais do que sabemos.