– Você acredita em Deus?
– A questão é: Deus acredita em mim?
Você pensou que se divertia, sabia como me dominar. Mas era eu que sabia fingir. Era eu que te fazia sonhar.
Não havia remédio para a angústia de lidar com uma Lolita tão dolorosamente, tão miseravelmente inacessível e amada.
Lolita, luz da minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo o céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li.Ta.
Parou à procura das palavras. E eu as forneci mentalmente: “Ele partiu meu coração. Você só devastou a minha vida”.
Neste mundo de milhões de seres, relativamente normais, de forma que bastante feios e estúpidos, como quer a norma, eles reivindicam seu direito de mostrar sua feiura e sua estupidez à milhões de outros seres estúpidos e feios, ignorando que a tela é na verdade, um espelho.
A velhice é uma indignidade e é a certeza
inabalável de que o inferno existe.
São tantas partes nossas
por todos os lados, todas as canções
todos os versos…
Ouvi mil paisagens, percegui mil desejos
me deparei com a única coisa …coisa ,
que ainda me faz chorar!
Sou fraca, forte, muitas coisas numa só lugar.
Eu paro e vejo tua voz, um sol um luar.
Se eu suspirar bem fundo
talvez eu aprenda a deixar de sonhar
Mas todas vez que me toca…
São pares e luzes e você e eu
me desculpe a confusão já não sei descrever.
me beija de leve …
eu amo você
Das plumas
das fores
das folhas
das cores
da clave de sol que desato a da janela
da frase escrita com giz
na calçada o nome dela
da chuva que apaga
o cor de rosa
lá do chão
daquele carro que corre
sempre em contra mão
no final de cada tarde azul
teu brilho ilumina
cada parte do céu
alaranjado menina
– Você acredita em Deus?
– A questão é: Deus acredita em mim?
Você pensou que se divertia, sabia como me dominar. Mas era eu que sabia fingir. Era eu que te fazia sonhar.
Não havia remédio para a angústia de lidar com uma Lolita tão dolorosamente, tão miseravelmente inacessível e amada.
Lolita, luz da minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo o céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li.Ta.
Parou à procura das palavras. E eu as forneci mentalmente: “Ele partiu meu coração. Você só devastou a minha vida”.