AutorLígia Guerra

Lígia Guerra

Em um mundo tão maquiado quanto o nosso não existe espaço para grandes verdades. Deixe suas fragilidades para o escuro do seu quarto ou quem sabe para um ombro sincero e de fato amigo, que goste de você. Para os demais, finja que você é feliz. Não tem pão? Coma bolo! Nossa! Maria Antonieta nunca esteve tão em voga como na atualidade. Você acha espantoso estarmos na era da depressão? Pois é, estamos afundando abraçados nesse sintoma coletivo, nessa praga, nesse câncer social, e sabe por quê? Porque nesse mundo, meu querido, não dá para ser diferente, é preciso se enquadrar. Nasceu com a cor errada? Azar o teu! Não tem o carro das argolinhas, que peninha… É baixinho, usa óculos, nunca foi o tal? Pergunte o que fazer ao Herbert Vianna, ele sacou muitas dessas coisas faz tempo. Melhor, leia Sêneca, Spinoza, Plutarco, repense a sua vida. Sempre existem duas opções, portanto escolha. Vai fingir ser o que você não é ou vai optar por você? Uma coisa eu garanto: Você vai pagar um alto preço de uma forma ou de outra, seja para aparentar o que você não é ou para bancar aquilo que você de fato é! Porque eu prefiro a segunda opção? Porque os que optam pela primeira já morreram faz tempo, só não descobriram isso ainda. Talvez já seja tarde para muitos ou como diria o nosso querido Guimarães Rosa, alguns já foram abatidos pela indigência intelectual. Game over.
Lígia Guerra

Lígia Guerra

A felicidade é uma decisão que precisa ser tomada, ela vem da sua perspectiva sobre o mundo, ela não tem ligação direta com os fatos que nele acontecem, mas com o seu posicionamento perante eles. Quando você interiorizar essa verdade, deixará de esperar pela ajuda da sorte ou do destino, tomará as rédeas da vida em suas próprias mãos!
Do livro “O segredo dos invejáveis”.

Lígia Guerra

É no silêncio da nossa mente que podemos ouvir o que a nossa alma tem a dizer. Nos seus momentos de recolhimento e de esvaziamento mental, tenha certeza que muitas das suas inquietudes, tristezas e inseguranças, perderão força. Quando convidamos Deus a participar da nossa vida, não através do fanatismo religioso, mas pela legitimidade dos nossos sentimentos mais puros e genuínos, abrimos um canal especial de comunicação. O invejável descobriu que esse canal está aberto vinte e quatro horas por dia.
Do livro “O segredo dos invejáveis”

Lígia Guerra

Sempre que ouço a sua voz…
O meu coração floresce…
Feito primavera fora de estação.

Lígia Guerra

A vida presenteia a todos nós com momentos especiais, únicos! Alguns não percebem quando eles chegam e simplesmente os ignoram, perdendo a alquimia existencial. Outros os vivem profundamente, sabendo o quanto eles deixarão saudades… Todos têm momentos mágicos que podem ser vividos em janeiro, junho, julho ou em um doce novembro. Independente de datas eles surgirão e se estivermos despertos os guardaremos, feito tesouros, para todo o sempre! Essa é a grande diferença entre quem vê a vida em preto e branco e quem a vê colorida, com poesia, perfume e música…

Lígia Guerra

“Saudade é uma das palavras mais presentes nas poesias de amor da língua portuguesa e também na música popular, “saudade”, só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim “solitas, solitatis” (solidão), na forma arcaica de “soedade, soidade e suidade” e sob influência de “saúde” e “saudar”.”
Esse sentimento embora bastante triste tem uma beleza única, pois só o possui quem ama ou amou muito alguém… Quem amou de maneira especial uma fase da sua da vida… Quem deixou a sua terra para trás… Sempre que a saudade invade a minha alma, sinto as suas mãos segurando o meu coração que agitado se debate tentando não agonizar. Sinto as suas mãos impiedosas me revirando por dentro. Ainda assim prefiro senti-la, pois isso prova que vivi e vivo intensamente a minha jornada. Quem não derruba lágrimas, seja de alegria ou de tristeza, quem não se perturba com nada e está acima das próprias emoções, já está morto sem saber. A saudade é um grito de vida, já conheci pessoas que foram resgatadas de suas ilhas emocionais por ela… Pessoas que se entregaram à depressão, ao desamor e ao isolamento, mas que ao se reconectarem com vida que tiveram um dia, através das saudades, relembraram do quanto foram capazes de amar e de serem felizes! Isso as impulsionou a resgatarem o amor pela própria existência. Quantos filmes, livros e poemas são narrados pelas lembranças? O que seriam dessas obras se a história contada não fosse embalada pela saudade? A minha saudade terna, triste, feliz e doce sussurra aos meus ouvidos… E em segredo confessa: “Tudo está valendo a pena… Agora é hora de olhar para frente e seguir adiante… Pois logo ali, daqui a pouquinho… Você também estará com saudades desse momento…” E suavemente se despede até o nosso próximo encontro…

Lígia Guerra

Existem pessoas que nos inspiram…
Outras que nos fazem bem…
E aquelas que, simplesmente
sem pedir licença,
tocam a nossa alma.

Lígia Guerra

Quando perdemos a conexão com a nossa alma, perdemos muito mais do que a capacidade de sonhar, perdemos a criatividade para nos reinventar.

Lígia Guerra

Quando alimentamos mais a nossa coragem
Do que os nos nossos medos…
Passamos a derrubar muros e a construir pontes.

Lígia Guerra

Não aprenda o desamor com os recalcados e infelizes.
Não se permita contagiar pela pequenez daqueles
que não aprenderam a amar.
Na vida existem pessoas que nasceram para agregar
enquanto outras nasceram para desunir.
Preserve-se.
Cuide da sua energia.
Proteja a sua luz.
Mantenha distância daquilo que lhe faz mal.
Ame sempre.
O tempo é a melhor resposta para tudo.

Lígia Guerra

Receita básica de felicidade: Diminua o número de desejos e aumente o número de atitudes.

Lígia Guerra

Desde pequena eu amo escrever à noite, nessa hora entro em contato com muitas emoções que no decorrer do dia não pude me dar ao luxo de aprofundar, vasculhar… A tristeza é uma delas. À noite, com o seu silêncio quase perturbador, posso ouvi-la melhor. É como se a tristeza pudesse me acariciar com mais intimidade, sem pudores. Refiro-me aqui não a tristeza vulgar das coisas que nos perturbam, dos problemas cotidianos, mas da tristeza criativa. Aquela que sussurra a inspiração quase gemida aos ouvidos, a tristeza criativa dos poetas. Parece insano gostar dela enquanto tantos a repudiam, mas o fato é que de alguma forma ela me invade com as suas inspirações. Em momentos assim posso sentir saudades do que perdi e daquilo que nunca tive, mas que em meus sonhos foram verdades vividas… Posso sentir, quase tocar a tristeza romântica que me inebria com promessas vãs… Uma tristeza amável, amiga, que me permite entender melhor a dor do mundo, a solidão das pessoas e a ouvir os sons da Terra que se move sob meus pés. É uma tristeza que só à noite me permite abraçar e entender. Coisa de maluco? Provavelmente, mas como criar sem um toque de insanidade? Como reinventar sem quebrar o convencional? Em uma sociedade que idolatra uma alegria forçada em outdoors, porque não brindar a tristeza em forma de poesia? Por que negar um sentimento que também nos ensina a sermos melhores, menos soberbos e mais intimistas? Um brinde à noite! Um brinde ao seu silêncio! Um brinde a tudo aquilo que aprendemos entre os nossos risos e as nossas tristezas, a tudo que nos constrói!
– Lígia Guerra –

Lígia Guerra

Não se apegue ao que ficará.
Ame o seu corpo.
Embeleze a sua casa.
Cuide dos seus bens.
Lembre-se, porém, que os emprétimos
precisam ser devolvidos.
Enquanto que as experiências emocionais e os conhecimentos são conquistas.
Estude. Conheça-se. Lapide-se.
Lígia Guerra

Lígia Guerra

Os maiores milagres acontecem do lado avesso.
Por dentro, nos recantos da alma.

Lígia Guerra

Se você encontrar alguém disposto a enfrentar tempestades ao seu lado… Corra para o melhor banho de chuva da sua vida! Pule poças. Arrisque-se diante dos raios. Vibre com o estrondo do vento. Nada pode ser mais arriscado do que deixar essa pessoa partir.

Lígia Guerra

Existem dias felizes…
Existem dias frustrantes.
Dias coloridos… dias cinzas.
Dias de proximidade… dias de distância.
Dias de amor… dias de espanto.
Dias de sonhos… dias de dúvidas.
Seja como for… são dias.
São etapas que não precisam se converter em destino.
Que a nossa bela história, o livro das nossas vidas,
jamais seja menos importante do que uma triste
página ou um sofrido capítulo.
Somos muito mais que fragmentos.
Somos uma bela obra de arte!

Lígia Guerra

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