É plural, o amor. Só uma visão antiga, antes de se saber que somos construídos por camadas sucessivas, podia imaginar o amor como um instrumento monolítico. Essa concepção priva as pessoas da alegria e amarra o amor à idade. De facto, não existe essa amarra se formos cultos do ponto de vista psicológico. O amor é um estado de alma que evolui até à morte.
As sociedades que não seguram a justiça, criam a desordem.
Os escritores são seres de liberdade e de libertação dos outros.
Toda a revolução é uma grande alegria que anuncia uma grande tristeza.
Amor, é muito cedo
E tarde uma palavra
A noite uma lembrança
Que não escurece nada.
Cai a chuva no portal, está caindo
Entre nós e o mundo, essa cortina
Não a corras, não a rasgues, está caindo
Fina chuva no portal da nossa vida.
Gotas caem separando-nos do mundo
Para vivermos em paz a nossa vida.
Cai a chuva no portal, está caindo
Entre nós e o mundo, essa toalha
Ela nos cobre, não a rasgues, está caindo
Chuva fina no portal da nossa casa.
Por um dia todos longe e nós dormindo
Lado a lado, como páginas dum livro.