Você junta duas coisas que nunca foram juntadas antes.
E o mundo se transforma.
As pessoas podem não reparar na hora, mas isso não importa.
Mesmo assim, o mundo se transformou.
Você prefere amar mais e sofrer mais, ou amar menos e sofrer menos?
Eu não entendi que havia pânico dentro dela. Como poderia ter adivinhado? Achava que ele só existia dentro de mim. Agora eu compreendo, um tanto tarde, que ele existe em todo mundo. É uma condição da nossa mortalidade. Nós temos regras de conduta para acalmar e minimizar isso, piadas e rotinas, e tantas formas de desvio e distração. Mas existe pânico e pandemônio esperando para explodir dentro de todos nós, estou convencido disto.
Todo mundo tem sua história de amor. Todo mundo. A história pode ter sido um fiasco, pode ter fracassado, pode nunca ter progredido, pode ter sido apenas fruto da imaginação, mas isso não a torna menos real.
Eu descobri que esta pode ser uma das diferenças entre a juventude e a velhice: quando somos jovens, inventamos diferentes futuros para nós mesmos; quando somos velhos, inventamos diferentes passados para os outros.
Você junta duas pessoas que nunca foram juntadas antes. Às vezes é como aquela primeira tentativa de atar um balão de hidrogênio a um balão de fogo: você prefere cair e pegar fogo ou pegar fogo e cair?
Toda história de amor é uma história de sofrimento em potencial. Se não a princípio, então depois. Se não para um, então para o outro. Às vezes, para ambos.