AutorJoão do Vale

João do Vale

A minha flor o vento pode levar
Mas o meu perfume fica boiando no ar

João do Vale

Eu sou a flor que o vento jogou no chão
Mas ficou um galho
Pra outra flor brotar

João do Vale

Meu samba é a voz do povo
Se alguém gostou
Eu posso cantar de novo

João do Vale

Carcará é malvado, é valentão
É a águia de lá do meu sertão

João do Vale

Ver meus amigos “doutô” basta pra me sentir bem
Mas todos eles, quando ouvem um baiãozinho que eu fiz,
Ficam tudo satisfeito, batem palmas e pedem bis

João do Vale

Um dia desse
Eu fui dançar lá em Pedreiras,
Na rua da Golada,
Eu gostei da brincadeira
Zé Cachangá era o tocador
Mas só tocava Pisa na fulô

João do Vale

A onda quebrou na praia
E voltou a correr no mar
Meu amor foi como a onda
E não voltou pra me beijar

João do Vale

Eu sou um pobre caboclo
Ganho a vida na enxada
O que eu colho é dividido
Com quem não prantô nada

João do Vale

Lá no sertão, quase ninguém tem estudo
Um ou outro que lá aprendeu ler
Mas tem homem capaz de fazer tudo, doutor
E antecipa o que vai acontecer

João do Vale

Rosa amarela quando murcha perde o cheiro
O amor é bandoleiro, pode inté custar dinheiro
É fulô que não tem cheiro e todo mundo quer cheirar

João do Vale

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