Não importa a cor do santo
Não me meta no seu medo
Vivo andando no mundo
Na gaiola da saudade
Igualmente um passarinho
Voando solto nos ares
Querendo água e comida
Pra matar minha vontade
Deixo minha terra chorando
Pra morar em outra cidade
Tempo bom foi o passado
Na época do meu avô
O homem ta destruindo
O que a natureza criou
Revirou ligeiro
Atracou, sem medo
Se soltar, vagueia
Se pousar, semeia
Sombrio mas certeiro
Só um frio passageiro