AutorJacques Prévert

Jacques Prévert

Não se deve deixar os intelectuais brincar com os fósforos.

Jacques Prévert

Pai nosso que estais nos céus / Neles permanecei / E nós ficaremos sobre a terra / Que às vezes é tão bela.

Jacques Prévert

É preciso tentar ser feliz, nem que seja apenas para dar o exemplo.

Jacques Prévert

Há momentos na vida em que se deveria calar e deixar que o silêncio falasse ao coração, pois há emoções que as palavras não sabem traduzir!

Jacques Prévert

Mesmo se a felicidade se esquecer um pouco de você, jamais se esqueça dela.

Jacques Prévert

As Folhas Mortas
Oh! Gostaria tanto que você se lembrasse
Dos dias felizes onde nos éramos amigos
Naquele tempo a vida era mais bela
E o sol mais brilhante do que é hoje
As folhas mortas juntamos com a pá
Você vê, eu não me esqueci
As folhas mortas juntamos com a pá
As lembranças e os arrependimentos também.
E o vento do norte leva-as.
Na noite fria do esquecimento
Você vê, eu não me esqueci
A canção que você me cantava.
É uma canção que é semelhante a nós.
Você, que me amava e eu te amava.
E nós vivíamos sempre juntos
Você que me amava, eu que te amava.
Mas a vida separa aos que se amam.
Tão docemente, sem fazer barulho.
E o mar apaga sobre a areia
Os passos dos amantes separados
As folhas mortas juntamos com a pá
As lembranças e os arrependimentos também
Mas o meu amor, silencioso e fiel
Sempre sorri e é grato pela vida.
Eu te amei tanto, você estava tão bonita.
Como você espera que eu esqueça?
Naqueles dias, a vida era mais bonita
E o sol mais brilhante do que é hoje.
Você era meu doce amigo
Mas eu não tenho nenhum arrependimento
E a música que você cantou,
Sempre, sempre vou ouvi-la!
É uma canção que é semelhante a nós.
Você, que me amava e eu te amava.
E nós vivíamos sempre juntos
Você que me amava, eu que te amava.
Mas a vida separa aos que se amam.
Tão docemente, sem fazer barulho.
E o mar apaga sobre a areia
Os passos dos amantes separados

Jacques Prévert

O gato e o pássaro
Uma cidade escuta desolada
O canto de um pássaro ferido
É o único pássaro da cidade
E foi o único gato da cidade
Que o devorou pela metade
E o pássaro deixa de cantar
E o gato deixa de ronronar
E de lamber o focinho
E a cidade prepara para o pássaro
Funerais maravilhosos
E o gato que foi convidado
Segue o caixãozinho de palha
Em que deitado está o pássaro morto
Levado por uma menina
Que não pára de chorar
Se soubesse que você ia sofrer tanto
Lhe diz o gato
Teria comido ele todinho
E depois teria te dito
Que tinha visto ele voar
Voar até o fim do mundo
Lá onde o longe é tão longe
Que de lá não se volta mais
Você teria sofrido menos
Só tristeza e saudades
É preciso nunca fazer as coisas pela metade.

Jacques Prévert

Composição Francesa ( composition française)
Quanto rapazinho Napoleão era muito magro
e oficial de artilharia
mais tarde tornou-se imperador
foi quando ganhou barriga e muitos países
e no dia em que morreu ainda estava
barrigudo
mas só que mais nanico.

Jacques Prévert

‘Trecho Chason du mois de mai (canção do mês de maio)’
O burro o rei e eu
Estaremos mortos amanhã
O burro de fome
O rei de tédio
E eu de amor
No mês de maio
A vida é uma cereja
A morte um caroço
O amor uma cerejeira.

Jacques Prévert

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