O que importa quantos amores você tem se nenhum deles te dá o universo?
O desejo enquanto real não é da ordem da palavra e sim do ato.
O amor, certamente, faz signo, e ele é sempre recíproco.
A verdade só pode ser dita nas malhas da ficção.
Não fica louco quem quer.
Amar é dar o que não se tem a alguém que não o quer.
Penso onde não sou; portanto, sou onde não me penso.
Eu aguardo. Mas não espero nada.
Não cederás no que tange ao teu desejo
O desejo é a essência da realidade.
O sintoma é a inscrição do simbólico no real.
Amar é dar o que não se tem a quem não o é.
[…] o desejo do homem encontra seu sentido no desejo do outro, não tanto porque o outro detenha as chaves do objeto desejado, mas porque seu primeiro objeto [do desejo do homem] é ser reconhecido pelo outro.
Ponham algo de si na psicanálise, não se identifiquem comigo […]. Tenham seu estilo próprio, pois eu tenho o meu.
Penso onde não existo e existo onde não penso.
O inconsciente é estruturado como uma linguagem.
A angústia surge do momento em que o sujeito está suspenso entre um tempo em que ele não sabe mais onde está, em direção a um tempo onde ele será alguma coisa na qual jamais se poderá reencontrar.
Você pode saber o que disse, mas nunca o que outro escutou.
O Gozo do Outro, do Outro com A maiúsculo, do corpo do Outro que o simboliza, não é o signo do amor.
Só se pode semi-dizer a verdade, está aí o nó, o essencial do saber do analista: é que nesse lugar, no lugar da verdade está o saber. É um saber que deve, portanto, ser sempre colocado em questão.
Que se diga fica esquecido por trás do que se diz em o que se ouve.
Há alguma coisa que se repete na sua vida, que é sempre a mesma, essa é a sua verdade. E o que é essa coisa que se repete? É uma certa maneira de gozar.
A Coisa é aquilo que, do Real, padece do significante.
As pulsões são, no corpo, o eco do fato de que há um dizer.
A lógica é a ciência do real na medida em que ela determina formalmente o lugar do real imanente à ordem simbólica, e, mais precisamente, do real entendido como o impossível que os paradoxos lógicos manifestam.
O Ser do homem não pode ser compreendido sem sua loucura, assim como não seria o ser do homem se não trouxesse em si a loucura como limite de sua liberdade.
O sintoma define o modo como cada um goza do inconsciente, na medida que o inconsciente o determina.
O sintoma, é o significante de um significado recalcado da consciência do sujeito. […] é uma fala em plena atividade, pois inclui o discurso do outro no segredo de seu código.
O que é dizer o sintoma? É a função do sintoma, função a se entender como o faria a formulação matemática: f(x). O que é esse x? É o que, do Inconsciente, pode se traduzir por uma letra, na medida que, apenas na letra, a identidade de si a si está isolada de qualquer qualidade. Do Inconsciente todo um, naquilo que ele sustenta o significante em que o Inconsciente consiste, todo um é suscetível de se escrever com uma letra. Sem dúvida, seria preciso convenção. O que não cessa de se escrever no sintoma vem daí.
Proponho que a única coisa da qual se possa ser culpado, pelo menos na perspectiva analítica, é de ter cedido de seu desejo.
Todos sabem que sou alegre, dizem até moleque: eu me divirto. Sucede-me incessantemente, em meus textos, entregar-me a brincadeiras que não são do agrado dos universitários. É verdade. Não sou triste. Ou, mais exatamente, só tenho uma tristeza, naquilo que me foi traçado de carreira: é haver cada vez menos pessoas a quem eu possa dizer as razões de minha alegria, quando as tenho.
A linguagem é uma elucubração de saber sobre a língua.
Só o amor permite ao gozo condescender ao desejo.
O inconsciente, por ser estruturado […] como a lalíngua […] está sujeito à equivocidade.
Peço-te que me recuses o que te ofereço, porque não é isso.
É a verdade do que esse desejo foi em sua história que o sujeito grita através de seu sintoma.
É preciso definir o significante como aquilo que representa o sujeito para outro significante, isso significa que ninguém saberá nada dele, exceto o outro significante.
O sujeito é aquilo que pode ser representado por um significante para outro significante.
A pulsão é uma colagem surrealista … a imagem que nos vem mostraria um dínamo acoplado na tomada de gás, de onde sai uma pena de pavão que vem fazer cócegas no ventre de uma bela mulher.
Falo com meu corpo, e isto sem saber. Digo, portanto, sempre mais do que sei. É aí que chego ao sentido da palavra sujeito no discurso analítico. O que fala sem saber me faz eu, sujeito do verbo.
Lá onde o isso fala, isso goza, e isso [não] sabe nada.
A castração significa que é preciso que o gozo seja recusado, para que possa ser atingido na escala invertida da Lei do desejo.
O amor é o signo, apontado como tal, de que se troca de razão. Mudamos de razão, quer dizer – mudamos de discurso.
Se existe um objeto de teu desejo, ele não é outro senão tu mesmo.
Deus sabe o que se agita por trás deste fantoche que se chama homem.
Existe algo de inconsciente, ou seja algo da linguagem que escapa ao sujeito em sua estrutura e seus efeitos e que há sempre no nível da linguagem alguma coisa que está além da consciência. É aí que pode se situar a função do desejo.
O prazer é uma barreira ao gozo.
Há incontestavelmente gozo no nível em que começa a aparecer a dor.
O desejo é de alguma forma o ponto de compromisso, a escala da dimensão do gozo na medida em que de certo modo este desejo permite levar mais longe o nível da barreira do prazer. Este é, no entanto, um ponto fantasmático, ou seja, ali intervém o registro da dimensão imaginária que faz com que o desejo seja suspenso a alguma coisa da qual não é de sua natureza verdadeiramente exigir a realização.
O inesperado é que o próprio sujeito confesse sua verdade e a confesse sem sabê-lo.
A função da família conjugal… é de outra ordem que não a da vida segundo as satisfações das necessidades, mas é de uma constituição subjetiva, implicando a relação com um desejo que não seja anônimo.
Afinal, não é do discurso do inconsciente que colhemos a teoria que o explica.
O inconsciente é um fato, na medida em que se sustenta no próprio discurso que o estabelece.
Só há inconsciente no ser falante. […]
O inconsciente, isso fala.
Não esperem portanto de meu discurso nada de mais subversivo do que não pretender a solução.
Eu te peço que reuses o que te ofereço, porque não é isso. Não é isso quer dizer que, no desejo de todo pedido, não há senão a requerência do objeto a, do objeto que viria satisfazer o gozo.
Joyce, acho mesmo que não seja legível – não é certamente traduzível em chinês. O que é que se passa em Joyce? O significante vem rechear o significado. É pelo fato dos significantes se embutirem, se comporem, se engavetarem, – leiam Finnegan’s Wake – que se produz algo que, como significado, pode parecer enigmático, mas que é mesmo o que há de mais próximo daquilo que nós analistas, graças ao discurso analítico, temos de ler – o lapso.
Por nossa posição de sujeito, sempre somos responsáveis.
Amor é trocar nada por coisa nenhuma!
O papel da mãe é o desejo da mãe. É capital. O desejo da mãe não é algo que se possa suportar assim, que lhes seja indiferente. Carreia sempre estragos. Um grande crocodilo em cuja boca vocês estão – a mãe é isso. Não se sabe o que lhe pode dar na telha, de estalo fechar sua bocarra. O desejo da mãe é isso.
O falasser adora seu corpo, porque crê que o tem. Na realidade, ele não o tem, mas seu corpo é sua única consistência, consistência mental, é claro, pois seu corpo sai fora a todo instante.
Todos os tipos de coisas nesse mundo se comportam como espelhos.
O psicanalista só se autoriza por si mesmo.
Se acontecer de eu partir, digam que é a fim – de ser Outro enfim.
O que importa quantos amores você tem se nenhum deles te dá o universo?
O desejo enquanto real não é da ordem da palavra e sim do ato.
O amor, certamente, faz signo, e ele é sempre recíproco.
A verdade só pode ser dita nas malhas da ficção.
Não fica louco quem quer.
Amar é dar o que não se tem a alguém que não o quer.
Penso onde não sou; portanto, sou onde não me penso.
Eu aguardo. Mas não espero nada.
Não cederás no que tange ao teu desejo
O desejo é a essência da realidade.
O sintoma é a inscrição do simbólico no real.
Amar é dar o que não se tem a quem não o é.
[…] o desejo do homem encontra seu sentido no desejo do outro, não tanto porque o outro detenha as chaves do objeto desejado, mas porque seu primeiro objeto [do desejo do homem] é ser reconhecido pelo outro.
Ponham algo de si na psicanálise, não se identifiquem comigo […]. Tenham seu estilo próprio, pois eu tenho o meu.
Penso onde não existo e existo onde não penso.
O inconsciente é estruturado como uma linguagem.
A angústia surge do momento em que o sujeito está suspenso entre um tempo em que ele não sabe mais onde está, em direção a um tempo onde ele será alguma coisa na qual jamais se poderá reencontrar.
Você pode saber o que disse, mas nunca o que outro escutou.
O Gozo do Outro, do Outro com A maiúsculo, do corpo do Outro que o simboliza, não é o signo do amor.
Só se pode semi-dizer a verdade, está aí o nó, o essencial do saber do analista: é que nesse lugar, no lugar da verdade está o saber. É um saber que deve, portanto, ser sempre colocado em questão.
Que se diga fica esquecido por trás do que se diz em o que se ouve.
Há alguma coisa que se repete na sua vida, que é sempre a mesma, essa é a sua verdade. E o que é essa coisa que se repete? É uma certa maneira de gozar.
A Coisa é aquilo que, do Real, padece do significante.
As pulsões são, no corpo, o eco do fato de que há um dizer.
A lógica é a ciência do real na medida em que ela determina formalmente o lugar do real imanente à ordem simbólica, e, mais precisamente, do real entendido como o impossível que os paradoxos lógicos manifestam.