Eu imediatamente tenho crise de ansiedade.
Virou queridinha da Academia? Virou. Virou queridinha, mas não é só da Academia. É porque ela é boa mesmo.
É inovador e revolucionário? Não. Mas durante aquela meia hora cria ali pra você um lugar tão aconchegante, tão reconfortante, tão capaz de reconstruir a sua fé na humanidade (…) que não tem preço.
É uma armadilha. E volta e meio eu caio nela. Não aprendo.
É muito bonito, é muito silencioso, é muito discreto, é muito contido e eu amei.
É uma pataquada sem tamanho, coisa que não me incomoda quando a pataquada tem uma lógica interna. Mas aqui não tem lógica nem interna, nem externa, nem adjacente, tangencial, nada. Em nenhuma posição você encontra lógica.
Uma parte sua, uma parte mais racional, mais sensata, digamos assim, diz: “Não, eu não posso estar gostando disso.” Outra parte, porém, mais instintiva, diz: “Ah, qual que é? Eu tô gostando disso!”
Tem gente que, quando tem uma ideia, a gente reza para elas esquecerem.
Eu queria gostar muito dele, mas eu percebi que eu estava me esforçando e não estava obtendo nenhum resultado.
Eu achei tão bobo, achei tão sem graça, achei tão batido, na verdade.
Prevejo alguma unanimidade de opiniões? De maneira nenhuma. Nesse aqui tá cada um por si. É pagar pra ver.
Do meu ponto de vista pessoal, vou dizer: é uma obra-prima!
Isso deve ser dívida de jogo. Porque só com alguém ameaçando quebrar suas pernas se você não pagar é que você vai e topa um trabalho desse.