– É só um amigo – disse Rosie.
Se ela soubesse quantos amigos eu tenho, talvez tivesse se dado conta do grande elogio que havia me feito.
Se você realmente ama uma pessoa, deve estar preparado para aceitá-la como ela é. Você pode até esperar que um dia ela acorde e faça aquelas mudanças, mas pelos próprios motivos dela.
Então ela me beijou. Não foi um beijo apaixonado; foi só um beijinho na bochecha, mas foi perturbador. Nem positivo nem negativo, apenas perturbador.
– Você me acha atraente?
– Na verdade não prestei atenção – respondi para a mulher mais linda do mundo.
Amar é ter um sentimento profundo por outra pessoa, um sentimento que muitas vezes desafia a lógica.
Por que nos focamos em certas coisas em detrimento de outras? Estamos dispostos a arriscar nossas vidas para salvar alguém de um afogamento e, no entanto, não fazemos a doação que poderia salvar dúzias de crianças da fome.
O argumento dela foi simples: existe alguém para todo mundo. Do ponto de vista estatístico, quase com certeza ela estava certa. Infelizmente, a probabilidade de eu encontrar essa pessoa era minúscula. Mesmo assim, aquilo gerou um incômodo no meu cérebro, como um problema matemático que sabemos que deve ter solução.