manhã
me ilumino
de imensidão
Manhã. Me ilumino de imenso. (Mattina. M’illumino d’immenso.)
ETERNO
Entre uma flor colhida e outra ofertada
o inexprimível nada
ETERNO
Tra un fiore colto e l’altro donato
l’inesprimibile nulla
ANIQUILAMENTO
Meu coração esbanjou vaga-lumes
se acendeu e apagou
de verde em verde
fui contando
Com minhas mãos plasmo o solo
difuso de grilos
modulo-me
com
igual submisso
coração
Bem-me-quer mal-me-quer
esmaltei-me
de margaridas
enraizei-me
na terra apodrecida
cresci
como um cardo
sobre o caule torto
colhi-me
no tufo
do espinhal
Hoje
como o Isonzo
de asfalto azul
me fixo
ANNIENTAMENTO
Il cuore ha prodigato le lucciole
s’è acceso e spento
di verde in verde
ho compitato
Colle mie mani plasmo il suolo
diffuso di grilli
mi modulo
di
somesso uguale
cuore
M’ama non m’ama
mi sono smaltato
di margherite
mi sono radicato
nella terra marcita
sono cresciutto
come un crespo
sullo stelo torto
mi sono colto
nel tuffo
di spinalba
Oggi
come l’Isonzo
di asfalto azzurro
mi fisso