A memória é muito vigorosa nas crianças e por isso a imaginação é excessivamente viva, pois esta não é mais que uma memória dilatada e composta.
Observamos que todas as nações, tanto as bárbaras como as humanas, embora tão distantes entre si no espaço e no tempo, conservam estes três costumes humanos: todas têm alguma religião, todos contraem casamentos solenes, e todas enterram os seus mortos.
As ideias iguais que nasceram em povos que não se conheciam devem ter um fundo comum de verdade.
Tanto mais robusta a fantasia, quanto mais débil o raciocínio.
O conhecimento e o entendimento sem defeitos é uma característica de Deus, a nós humanos resta um pensar limitado que vamos reunindo conhecendo algumas características dos objetos que percebemos.
Nós e Deus conhecemos as coisas que fazemos; como Deus criou o objeto real ele tem o real conhecimento de tudo, nós conhecemos e criamos objetos ilusórios como a matemática que podemos entender verdadeiramente pois ela é o resultado de uma operação intelectual humana. Para Deus “fazer” e “conhecer” são a mesma coisa, para os homens, não.
A razão é a consciência do ser, mas não o conhecimento dele. A razão humana não é a causa da existência do homem, não foi a razão que criou o meu corpo, portanto não é ela que vai entendê-lo.
O pensar nos dá o conhecimento da nossa existência, mas não nos garante o conhecimento total de quem realmente somos.
O homem é o personagem principal da história porque é originalmente um ser sociável e ao se sociabilizar ele cria a história. Além de ser um animal sociável o homem é livre e por isso a história da humanidade é o resultado das escolhas dos homens de cada época.
