É da terra
Ela tem um olhar de cigana
Sabor da fruta, pimenta baiana
Tempero da festa de Obá
Ah, seu cheiro
Me lembrou do fim de tarde em Juazeiro
Ah, chamego
Que saudade que eu tava do seu beijo
Dançando nosso xote
Colado no cangote
Morena, quero ter você pra mim
Sua saia rodada
Naquela madrugada
Não sei dizer, só sei que foi assim
E os mistérios do mundo
Não há o que esconder
A verdade é o silêncio
Que mora dentro de cada ser
Pra chegar na raiz,
Tem que olhar pra trás
Veja bem quem te diz
Veja bem quem te faz
Ô divino amor
Andando de mãos dadas
De Ondina até o Pelô
É da terra
Ela tem um olhar de cigana
Sabor da fruta, pimenta baiana
Tempero da festa de Obá
É do mar, ele é filho de Iemanjá
O olhar que reflete a luz do luar
Pele queimada, Odoiá
E foi assim que o santo bateu
E quando anoiteceu
Ainda estavam lá
É quando você me desmonta
Que eu saio do meu faz de conta
E volto pro meu dia a dia
Meu dia a dia
E quando você me dispara
Naquele instante tudo para
Só pra você poder ver
Me diz o que se faz por amor
O que se faz quando a dor
Chega e só quer nos machucar
Eu reparo quando você
Olha desse jeito pra mim
Eu mais tu
Tu mais eu
Me embolhei nessa menina
Ó no que deu
Coração secará
É muita chuva para pouco chão
Faz saudade parar
E molha devagar o meu sertão
Vai plantar carinho
Pra colher amor
Ninguém está sozinho
Seja aonde for
Na palma da mão lê-se o destino
Ao coração, disse o menino
Quer se casar com amor sincero
Traz Iansã, abre o caminho
Faz enxergar, venha sorrindo
Pede pro meu orixá