Como a morte poderia ser tão bela? O certo seria que ela fosse horripilante, como nos filmes de terror.
Perdas… as pedras que pavimentam o caminho da vitória.
Como um ímã sugado para seu campo magnético, no instante seguinte já estou aninhada em seu peitoral acolhedor, o lugar mais perfeito do universo, a morada da minha vida, do meu coração e dos meus sonhos.
Se eu pudesse imaginar que estes seriam os últimos dias da minha vida, ou melhor, da vida com a qual estava acostumada, faria alguma diferença?
E tudo faz sentido em minha mente destroçada antes mesmo que meu amor confesse a verdade que, sem sombra de dúvida, seria o nosso grande milagre ou… a nossa maldição…
Desde pequena conheço as artimanhas do crime. A bandidagem foi meu berço e minha escola; o roubo, minha arte. Nasci para isso. Se é um dom ou uma desgraça, ainda não sei.
Todos os momentos são certos quando se ama alguém. A gente não precisa fazer queda de braço para ver quem fala primeiro.
Viva o milagre do amor a cada dia, hora e segundo. Não deixe para demonstrar seu carinho amanhã, faça-o hoje; se possível, agora. O futuro nem sempre chega, querida, e deixamos de saborear o que temos hoje em detrimento de algo que não sabemos se vivenciaremos amanhã.
A similaridade entre mim e aquela folha chegava a assustar: solitária, sem destino, impossibilitada de um pouso tranquilo e feliz.
Quedas são inevitáveis, mas só voará alto quem se levantar e tentar novamente.
Somos ambos a vida e a morte do outro, fazemos parte da mesma energia. Se eu serei sua morte, não se esqueça de que você é a minha vida.
