O desejo é desejo de desejo
É desejando que eu vejo
O que há de tão assimétrico entre nós
Arpejo
Na configuração dos meus segredos
Daquele mal nunca ter medo de se alimentar
Por medo de se alimentar
Segura porque pra essa ditadura
Sou a censura da censura
Sem hesitar
E a minha sorte é que eu não quero mais me ver
Me refletindo em você
Eu já vivi todas as marcas
Mas eu ainda escrevo cartas
Pra ninguém ler
Eu adoro dançar só
Mas com você
Meus triângulos são todos invertidos
As pirâmides são todas em pé
Os triângulos são todos divertidos
As pirâmides ainda estão de pé
Meus amores me botam de castigo
Os triângulos ainda estão de pé
Meus amores são todos confundidos
Minha dor cê sabe como é
O coração a gente vê depois
Se você tiver vontade, eu quero
A carne vai, você me traz o mel do amor
O fel, o horror
O seu fervor
A carne vai e nunca vai dar neste amor
Você só quer soprar vapor
O que sai de mim, sai de você
Do nosso invisível querer