com ninguém
ser zen
ou ser sem?
procura, então, tem cura?
há quem diga que prevalece a loucura
há quem veja na pergunta
o ponto chave e o buraco da fechadura
mas a dúvida perdura
se há uma palavra que te possua
ainda que precavidos
de prerrogativas e abismos
estamos bem servidos
por esses achados
somos perdidos
rima rica o cacete
prefiro a plebe dos verbetes
só vou ser uma poeta de reputação
e moça de boa família
o dia que acabar com esse amor a rima
sem explicações concretas
posso exagerar no visual
sair pela estrada
em uma via marginal
aí vou cair na gandaia
com as palavras
não importando o artigo
podia me especializar
em orgia
com os significados
e as insignificâncias
mas chega de intelectualidades e
elogio aos sentidos
que isso me dá uma puta ânsia
nossa comunicação:
de
enviável
a
inviável
Fazer o quê se sou assim
Se em cada coisa que eu toco
fica o jasmim
Fazer o quê se estou aqui
metade em você
metade em mim
Você está em tudo o que eu gosto
O que quer quando me olho?
Se em tudo que eu pulso
você vibra
Se em tudo que é certo
está teu projeto
com 3 letras teu nome
Meu sobrenome incompleto
Agora não quero
menos que tudo
E um pouco mais
não acerto
atento
ao ontem
anteontem