E de mãos dadas, à beira da areia,
Eles dançaram ao luar.
Era uma vez um velho e seu nariz
que sempre advertia: “Se você me diz
que o meu nariz é comprido,
é porque vive iludido!”,
O velho orgulhoso com seu nariz.
Havia uma moça cujo nariz comprido
Chegava-lhe bem abaixo do umbigo;
Contratou então uma criada, senhora bem-comportada,
Para levar seu formidável nariz comprido.
Havia uma moleca em Creta,
Cuja roupa não estava completa;
Ela se enfiava num saco,
Pintalgado de preto e branco,
E a coquete virava um croquete.
Havia um senhor em Berlim,
Mais magro que o meu dedo mindim,
Até que num dia errado,
À massa ele foi misturado,
Pelas doceiras que faziam quindim.
Havia uma velha dama de Praga,
Cuja linguagem era de todo vaga,
Quando lhe diziam: “São toucas, essas que vês?”, ela respondia, “Talvez”
Essa oracular dama de Praga.