A beleza das coisas existe no espírito de quem as contempla.
O hábito é o grande guia da vida humana.
Se nos cai nas mãos um volume, por exemplo, de teologia ou de metafísica escolástica, perguntamo-nos: contém alguma argumentação abstracta sobre a quantidade ou os números? Não. Contém alguma argumentação experimental sobre questões de fato e existência? Não. Então, que seja jogado ao fogo, pois contém apenas sofismas e ilusões.
O coração do homem existe para reconciliar as contradições mais notórias.
Quem nunca teve a oportunidade de comparar os diversos tipos de beleza, indubitavelmente se encontra completamente incapacitado de dar opinião a respeito de qualquer objeto que lhe seja apresentado. Só através da comparação podemos determinar os epítetos da aprovação ou da censura, aprendendo a discernir sobre o devido grau de cada um.
Quando uma bola de bilhar choca com outra, a segunda deve mover-se.
Todas as nossas ideias ou percepções mais fracas são imitações de nossas mais vivas impressões ou percepções.
Todos nós temos uma prodigiosa parcialidade em favor de nós mesmos.
A razão é – e só deve ser – escrava das paixões e, em nenhum caso, pode reivindicar uma função diferente da de servir e obedecer a elas.
O hábito de culpar o presente e admitir o passado, esta profundamente arraigado na natureza humana.
A memória não tanto produz, mas revela a identidade pessoal, ao nos mostrar a relação de causa e efeito existente entre nossas diferentes percepções.
Cada um admitirá prontamente que há uma diferença considerável entre as percepções do espírito quando uma pessoa sente a dor do calor excessivo ou o prazer do calor moderado, e quando depois recorda em sua memória esta sensação ou a antecipa por meio de sua imaginação. Estas faculdades podem imitar ou copiar as percepções dos sentidos, porém nunca podem alcançar integralmente a força e a vivacidade da sensação original.
Nenhuma verdade me parece mais evidente que os animais serem dotados de pensamento e razão tal como os homens. Os argumentos neste caso são tão óbvios, que nunca escapam aos mais estúpidos e ignorantes.
Quando uma opinião leva a absurdos, é certamente falsa, mas não é certo que uma opinião é falsa porque sua consequência é perigosa.
Seja um filósofo, mas, no meio de toda sua filosofia, não deixe de ser um homem.
A natureza, por uma necessidade absoluta e incontrolável determinou-nos para julgar, assim como para respirar e sentir.
De um modo geral, os erros na religião são perigosos; enquanto os da filosofia apenas ridículos.
Nenhum homem jamais jogou fora a vida enquanto ela valia a pena ser mantida.
A razão é, e só pode ser, escrava das paixões.
Em nossos raciocínios a respeito dos fatos, existem todos os graus imagináveis de certeza. Um homem sábio, portanto, ajusta sua crença à evidência.
A beleza não é uma qualidade inerente às coisas. Ela existe apenas na mente de quem as contempla.
Numa tal letargia, e numa tal melancolia,
deve inevitavelmente teu espírito ficar mergulhado, quando privado das ocupações
e prazeres que lhe vêm de fora.
Mas qual a recompensa da virtude? E que recompensa foi prevista pela natureza para sacrifícios tão importantes como o da vida e o da fortuna, que frequentemente temos que fazer-lhe? Oh, filhos da terra! ignorais o valor dessa celestial amante?
O homem é um ser racional e, como tal, recebe da ciência sua adequada nutrição e alimento.
“O homem também é um ser ativo, e é forçado, por essa inclinação e pelas variadas necessidades da vida humana, a dedicar-se
aos negócios e ofícios; mas a mente exige algum descanso e não pode corresponder sempre à sua tendência ao trabalho e à diligência”
“O espírito se eleva gradualmente do inferior para o superior: por abstração, forma, a partir do imperfeito, uma idéia de perfeição, e lentamente, distinguindo as partes mais nobres de sua própria constituição das mais grosseiras”
O homem sábio ajusta sua crença à evidência.
“Mas muito mais frequente é os homens serem distraídos de seus principais interesses, mais importantes mas mais longínquos, pela sedução de tentações presentes, embora muitas vezes totalmente insignificantes. Esta fraqueza é incurável na natureza humana”
Todos os planos de governo que implicam uma grande reforma dos costumes da sociedade são totalmente imaginários.
Raramente se perde qualquer tipo de liberdade de uma só vez.
Os sentimentos de nosso coração, a perturbação de nossas paixões e a impetuosidade de nossas emoções, dissipam todas as conclusões.
O homem é um ser sociável do mesmo modo que racional. No entanto, nem sempre pode usufruir de uma companhia agradável e divertida ou conservar o gosto adequado para ela.
Todas as nossas ideias ou percepções mais fracas são cópias de nossas impressões ou percepções mais vivas.
Todos os argumentos derivados da experiência se fundam na semelhança que constatamos entre objetos naturais e que nos induz a esperar efeitos semelhantes àqueles que temos visto resultar de tais objetos.
Um homem que raciocina sem experiência não poderia raciocinar se olvidasse inteiramente a experiência.
Crença é qualquer coisa sentida pelo espírito, que distingue as ideias dos juízos das ficções da imaginação. Ela lhes dá maior peso e influência; as faz parecer de maior importância; as reforça no espírito e as estabelece como princípios diretivos de nossas ações.
As ideias complexas podem, talvez, ser bem entendidas por definição, consistindo na enumeração das porções ou ideias simples que as compõem.
Causa: um objeto seguido por outro e cuja aparição faz convergir o pensamento sempre para aquele outro.
Toda ideia é copiada de uma impressão ou de uma sensação precedentes; se não podemos localizar a impressão, podemos assegurar-nos de que não há ideia.
A humanidade é bastante parecida, em todos os tempos e lugares, e a história nada nos informa de novo ou estranho a este respeito.
As decisões humanas mais irregulares e inesperadas se explicam com frequência quando se conhecem todas as circunstâncias do caráter e da situação humanas.
Quando inferimos alguma causa particular a partir de algum efeito, devemos proporcionar uma com o outro, e não devemos jamais atribuir à causa outras qualidades senão as estritamente suficientes para produzirem o efeito.
Se a causa, atribuída a um efeito, não é suficiente para produzi-lo, devemos rejeitar a causa ou acrescentar-lhe qualidades que a proporcionarão rigorosamente ao efeito.
Ninguém que raciocine corretamente jamais ousará fazer inferências, partindo de um só fato, e alterar ou agregar em qualquer aspecto os fenômenos.
Destruir a razão mediante argumentos e raciocínios lógicos pode parecer uma tentativa muito extravagante dos céticos; todavia, esta é a principal finalidade de todas as suas investigações e debates.
Os ignorantes devem refletir acerca da situação dos sábios que, embora usufruindo de todas as vantagens advindas do estudo e da reflexão, se mostram geralmente desconfiados de suas afirmações.
Se raciocinamos a priori, qualquer coisa pode parecer capaz de produzir qualquer coisa.
É raro que a liberdade de qualquer tipo seja perdida de uma só vez.
Opiniões opostas, mesmo sem qualquer decisão, proporcionam um entretenimento agradável.
Olha o mundo à volta: contempla a inteireza e cada parte sua: descobrirás que ele nada é senão uma grande máquina, subdividida num número infinito de máquinas menores que também admitem subdivisões até um grau além do que sentidos e faculdades humanas podem traçar e explicar.
Estamos aterrorizados, não tentados pela continuidade da nossa existência.
O curso da natureza não tende à felicidade humana ou animal – portanto, não está estabelecido com este propósito. Através de todo o âmbito do conhecimento humano, não há inferências mais certas e infalíveis do que estas.
Este mundo é apenas um ponto em comparação ao universo; esta vida, apenas um momento em comparação à eternidade.
O reino de um homem sábio é seu próprio peito; ou, se ele for olhar mais longe, será apenas pelo juízo de uns poucos seletos, que são livres de preconceitos e capazes de examinar seu trabalho.
Todo o plano da natureza evidencia um autor inteligente, e nenhum investigador racional pode, após uma série de reflexão, suspender por um instante sua crença em relação aos primeiros princípios do puro teísmo e da pura religião.
A experiência e a semelhança têm seu papel fundamental; uma por sermos incapazes, apenas olhando o fogo sem jamais tê-lo tocado, de inferir que ele queima, e outra por sempre podermos ao ver um objeto semelhante ao fogo tomá-lo novamente por fogo.
Semelhança e experiência, pois, são sozinhas condições necessárias mas não suficientes para explicar o porquê de das mesmas causas esperarmos os mesmos efeitos.
Para o raciocínio acerca de questões de fato serão necessários a experiência de conjunção entre dois eventos no passado, a semelhança e o hábito, certo instinto que faz universalizarmos temporalmente a experiência passada.
Quanto mais parecidos são os efeitos que se veem e mais parecidas as causas que se inferem, mais forte é o argumento. Todo desvio de cada lado diminui a probabilidade e torna o experimento menos conclusivo.
A experiência é um princípio que me instrui sobre as diversas conjunções de objetos no passado.
A beleza das coisas existe no espírito de quem as contempla.
O hábito é o grande guia da vida humana.
Se nos cai nas mãos um volume, por exemplo, de teologia ou de metafísica escolástica, perguntamo-nos: contém alguma argumentação abstracta sobre a quantidade ou os números? Não. Contém alguma argumentação experimental sobre questões de fato e existência? Não. Então, que seja jogado ao fogo, pois contém apenas sofismas e ilusões.
O coração do homem existe para reconciliar as contradições mais notórias.
Quem nunca teve a oportunidade de comparar os diversos tipos de beleza, indubitavelmente se encontra completamente incapacitado de dar opinião a respeito de qualquer objeto que lhe seja apresentado. Só através da comparação podemos determinar os epítetos da aprovação ou da censura, aprendendo a discernir sobre o devido grau de cada um.
Quando uma bola de bilhar choca com outra, a segunda deve mover-se.
Todas as nossas ideias ou percepções mais fracas são imitações de nossas mais vivas impressões ou percepções.
Todos nós temos uma prodigiosa parcialidade em favor de nós mesmos.
A razão é – e só deve ser – escrava das paixões e, em nenhum caso, pode reivindicar uma função diferente da de servir e obedecer a elas.
O hábito de culpar o presente e admitir o passado, esta profundamente arraigado na natureza humana.
A memória não tanto produz, mas revela a identidade pessoal, ao nos mostrar a relação de causa e efeito existente entre nossas diferentes percepções.
Cada um admitirá prontamente que há uma diferença considerável entre as percepções do espírito quando uma pessoa sente a dor do calor excessivo ou o prazer do calor moderado, e quando depois recorda em sua memória esta sensação ou a antecipa por meio de sua imaginação. Estas faculdades podem imitar ou copiar as percepções dos sentidos, porém nunca podem alcançar integralmente a força e a vivacidade da sensação original.
Nenhuma verdade me parece mais evidente que os animais serem dotados de pensamento e razão tal como os homens. Os argumentos neste caso são tão óbvios, que nunca escapam aos mais estúpidos e ignorantes.
Quando uma opinião leva a absurdos, é certamente falsa, mas não é certo que uma opinião é falsa porque sua consequência é perigosa.
Seja um filósofo, mas, no meio de toda sua filosofia, não deixe de ser um homem.
A natureza, por uma necessidade absoluta e incontrolável determinou-nos para julgar, assim como para respirar e sentir.
De um modo geral, os erros na religião são perigosos; enquanto os da filosofia apenas ridículos.
Nenhum homem jamais jogou fora a vida enquanto ela valia a pena ser mantida.
A razão é, e só pode ser, escrava das paixões.
Em nossos raciocínios a respeito dos fatos, existem todos os graus imagináveis de certeza. Um homem sábio, portanto, ajusta sua crença à evidência.
A beleza não é uma qualidade inerente às coisas. Ela existe apenas na mente de quem as contempla.
Numa tal letargia, e numa tal melancolia,
deve inevitavelmente teu espírito ficar mergulhado, quando privado das ocupações
e prazeres que lhe vêm de fora.
Mas qual a recompensa da virtude? E que recompensa foi prevista pela natureza para sacrifícios tão importantes como o da vida e o da fortuna, que frequentemente temos que fazer-lhe? Oh, filhos da terra! ignorais o valor dessa celestial amante?
O homem é um ser racional e, como tal, recebe da ciência sua adequada nutrição e alimento.
“O homem também é um ser ativo, e é forçado, por essa inclinação e pelas variadas necessidades da vida humana, a dedicar-se
aos negócios e ofícios; mas a mente exige algum descanso e não pode corresponder sempre à sua tendência ao trabalho e à diligência”