AutorDani de Azevedo

Dani de Azevedo

⁠Corpo sedento que um dia se quebrou
Cristal vermelho
Teus olhos gigantes que choram toda a cor
Do céu inteiro
O sol violento que pinta a minha cor
E os pés de vento
Voando ao léu em busca de uma cura
E chuva
Que molhe o povo inteiro

Dani de Azevedo

⁠As folhas das paredes
Já não choram mais
Denúncias da minha sorte
De cidadã capaz
Pronúncias da minha morte
E de quem jamais parou
Acordes dissonantes
Acorda que o mundo não parou

Dani de Azevedo

⁠Eu sou apenas o ser mortal
Poderia cantar uma canção igual
Meu coração tem uma nação
Uma utopia sem noção
Orações trocadas
Ideias contrárias
Eu denuncio o pavio
A intolerância
A ganância
A procedência
Nacional
Da negligência
Total

Dani de Azevedo

⁠O desejo que traz
E adormece a paz
Que um dia restou
Sem cessar no sonho
E despertar no corpo
O calor desse fogo

Dani de Azevedo

⁠Amar como as montanhas que altas no céu
Imponentes se arrastam em si para além do espaço
E as esfera do amor se alimenta da própria chama
Sonhar como os antigos que olhavam pro mar
E as estrelas silenciosas sussurravam uma história

Dani de Azevedo

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