Por favor, não acredite na ideia de que maternidade e trabalho são mutuamente excludentes.
Seja uma pessoa completa. A maternidade é uma dádiva maravilhosa, mas não seja definida apenas pela maternidade. Seja uma pessoa completa.
Ao dizermos que os pais estão “ajudando”, o que sugerimos é que cuidar dos filhos é um território materno, onde os pais se aventuram corajosamente a entrar. Não é.
Se não empregarmos a camisa de força do gênero nas crianças pequenas, daremos a elas espaço para alcançar todo o seu potencial.
Temos um mundo cheio de mulheres que não conseguem respirar livremente porque estão condicionadas demais a assumir formas que agradem aos outros.
A pessoa mais qualificada para liderar não é a pessoa fisicamente mais forte. É a mais inteligente, a mais culta, a mais criativa, a mais inovadora. E não existem hormônios para esses atributos.
Perdemos muito tempo ensinando as meninas a se preocupar com o que os meninos pensam delas. Mas o oposto não acontece.
A cultura não faz as pessoas. As pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres não faz parte da cultura, então temos que mudar nossa cultura.
Todas as histórias que vivi fazem-me quem sou hoje, mas insistir somente nas negativas é superficializar minha experiência e negligenciar as muitas outras que formaram-me.
A história única cria estereótipos, e o problema com os estereótipos não é que eles sejam mentira, mas que eles sejam incompletos. Eles fazem uma história tornar-se a única história. A consequência de uma única história é essa: ela rouba das pessoas sua dignidade, dificultando o reconhecimento de nossa humanidade compartilhada, enfatizando como nós somos diferentes, ao invés de como somos semelhantes.(…)
Quando rejeitamos a única história, e percebemos que nunca há uma única história sobre lugar nenhum, nós reconquistamos um tipo de paraíso.
Ensinamos as meninas a se encolher, a se diminuir, dizendo-lhes: “Você pode ter ambição, mas não muita. Deve almejar o sucesso, mas não muito. Senão você ameaça o homem. Se você é a provedora da família, finja que não é, sobretudo em público. Senão você estará emasculando o homem”.
Eu acho que você viaja para buscar algo e regressa a casa para se encontrar lá.
Se uma mulher tem poder, porque é que é preciso disfarçar que tem poder? Mas a triste verdade é que o nosso mundo está cheio de homens e de mulheres que não gostam de mulheres poderosas. Fomos tão condicionados a pensar no poder como masculino que uma mulher poderosa é considerada uma aberração.
A história sozinha cria estereótipos, e o problema com estereótipos é que não é que eles não são verdadeiros, mas que eles são incompletos. Eles fazem uma história se tornar a única história.
Nossas histórias se agarram a nós. Somos moldados pelo lugar de onde viemos.
Feminismo é, claro, parte dos direitos humanos em geral – mas utilizar uma expressão tão vaga como ‘direitos humanos’ seria negar o problema específico do gênero. Seria um jeito de fingir que não foram as mulheres que foram, por séculos, excluídas. Seria um jeito de negar que o problema de gênero tem como alvo as mulheres. Que o problema não é sobre ser humano, mas especificamente sobre ser uma mulher. Por séculos, o mundo dividiu os seres humanos em dois grupos e então excluíram e oprimiram um grupo. É justo que a solução para o problema leve isso em consideração.
Escolher escrever é rejeitar o silêncio.
É claro que não estou preocupada em intimidar os homens. O tipo de homem que se sente intimidado por mim é exatamente o tipo de homem que eu não tenho nenhum interesse.
Imagine como seríamos mais felizes, o quão livres seríamos para sermos nós mesmos, se não tivéssemos o peso das expectativas de gênero.
Eu cometo constantemente o erro de pensar que algo óbvio para mim é óbvio para todo mundo.
Você não pode escrever um roteiro em sua mente e depois se forçar a segui-lo. Você tem que ser você mesmo.
Às vezes, as mães, tão condicionadas a ser tudo e a fazer tudo, são cúmplices na redução do papel dos pais.
Nunca lhe diga para fazer ou deixar de fazer alguma coisa “porque você é menina”. “Porque você é menina” nunca é razão para nada. Jamais.
A linguagem é o repositório de nossos preconceitos, de nossas crenças, de nossos pressupostos.
Não se limite a rotular alguma coisa de misógina – explique a ela por que aquilo é misógino e como poderia deixar de ser.
Um casamento pode ser feliz ou infeliz, mas não é uma realização. Condicionamos as meninas a aspirarem ao matrimônio e não fazemos o mesmo com os meninos.
A santidade não é pré-requisito da dignidade. Pessoas más e desonestas continuam sendo seres humanos e continuam merecendo dignidade.
Temos que parar de pensar no feminismo como uma espécie de festinha exclusiva para a qual poucas pessoas são convidadas. Nosso objetivo é a igualdade no mundo. Queremos chegar a um ponto em que não vamos mais precisar do feminismo. Para isso acontecer, todo mundo tem que se envolver. Portanto, precisamos de homens feministas para mudar outros homens.
A não ser que sejam cooptados para o feminismo, os homens não vão participar de livre e espontânea vontade. Meu marido o faz porque falei com ele sobre isso. Até então, nem ele percebia.
Feminismo tem a ver com justiça. Ainda não há igualdade no mundo, então, precisamos fazer com que haja [igualdade]. (…) É por causa do feminismo que as mulheres podem votar, que as mulheres podem comprar um carro, uma casa sem precisar que um homem assine algo para elas ou lhes dê permissão. É por causa do feminismo, na verdade, que as mulheres são vistas como seres humanos, e não como propriedade.
O feminismo quer um mundo onde haja homens e mulheres nas posições de poder.
O feminismo não diz que você não pode casar e ter filhos, e sim que você deveria ter uma escolha. O feminismo quer que as mulheres escolham.
O feminismo defende que as mulheres deveriam poder ter a escolha de fazer o que quiserem com os seus corpos. Uma gravidez pode matar uma mulher. Por isso, a mulher deveria poder decidir o que fazer em relação a gravidez.
Nossa premissa feminista é: eu tenho valor.
Sempre que me perguntam como cheguei a ser feminista, digo que não me fiz feminista, sempre fui. Desde criança. E não por ter lido um livro.
Os estereótipos de gênero são tão profundamente incutidos em nós que é comum os seguirmos mesmo quando vão contra nossos verdadeiros desejos, nossas necessidades, nossa felicidade.
A gente supõe rápido demais que as meninas não conseguem fazer várias coisas.
Ser feminista é como estar grávida. Ou se é ou não se é.
As mulheres, na verdade, não precisam ser defendidas e reverenciadas; só precisam ser tratadas como seres humanos iguais.
É impossível falar sobre a história única sem falar sobre poder.
Por favor, não acredite na ideia de que maternidade e trabalho são mutuamente excludentes.
Seja uma pessoa completa. A maternidade é uma dádiva maravilhosa, mas não seja definida apenas pela maternidade. Seja uma pessoa completa.
Ao dizermos que os pais estão “ajudando”, o que sugerimos é que cuidar dos filhos é um território materno, onde os pais se aventuram corajosamente a entrar. Não é.
Se não empregarmos a camisa de força do gênero nas crianças pequenas, daremos a elas espaço para alcançar todo o seu potencial.
Temos um mundo cheio de mulheres que não conseguem respirar livremente porque estão condicionadas demais a assumir formas que agradem aos outros.
A pessoa mais qualificada para liderar não é a pessoa fisicamente mais forte. É a mais inteligente, a mais culta, a mais criativa, a mais inovadora. E não existem hormônios para esses atributos.
Perdemos muito tempo ensinando as meninas a se preocupar com o que os meninos pensam delas. Mas o oposto não acontece.
A cultura não faz as pessoas. As pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres não faz parte da cultura, então temos que mudar nossa cultura.
Todas as histórias que vivi fazem-me quem sou hoje, mas insistir somente nas negativas é superficializar minha experiência e negligenciar as muitas outras que formaram-me.
A história única cria estereótipos, e o problema com os estereótipos não é que eles sejam mentira, mas que eles sejam incompletos. Eles fazem uma história tornar-se a única história. A consequência de uma única história é essa: ela rouba das pessoas sua dignidade, dificultando o reconhecimento de nossa humanidade compartilhada, enfatizando como nós somos diferentes, ao invés de como somos semelhantes.(…)
Quando rejeitamos a única história, e percebemos que nunca há uma única história sobre lugar nenhum, nós reconquistamos um tipo de paraíso.
Ensinamos as meninas a se encolher, a se diminuir, dizendo-lhes: “Você pode ter ambição, mas não muita. Deve almejar o sucesso, mas não muito. Senão você ameaça o homem. Se você é a provedora da família, finja que não é, sobretudo em público. Senão você estará emasculando o homem”.
Eu acho que você viaja para buscar algo e regressa a casa para se encontrar lá.
Se uma mulher tem poder, porque é que é preciso disfarçar que tem poder? Mas a triste verdade é que o nosso mundo está cheio de homens e de mulheres que não gostam de mulheres poderosas. Fomos tão condicionados a pensar no poder como masculino que uma mulher poderosa é considerada uma aberração.
A história sozinha cria estereótipos, e o problema com estereótipos é que não é que eles não são verdadeiros, mas que eles são incompletos. Eles fazem uma história se tornar a única história.
Nossas histórias se agarram a nós. Somos moldados pelo lugar de onde viemos.
Feminismo é, claro, parte dos direitos humanos em geral – mas utilizar uma expressão tão vaga como ‘direitos humanos’ seria negar o problema específico do gênero. Seria um jeito de fingir que não foram as mulheres que foram, por séculos, excluídas. Seria um jeito de negar que o problema de gênero tem como alvo as mulheres. Que o problema não é sobre ser humano, mas especificamente sobre ser uma mulher. Por séculos, o mundo dividiu os seres humanos em dois grupos e então excluíram e oprimiram um grupo. É justo que a solução para o problema leve isso em consideração.
Escolher escrever é rejeitar o silêncio.
É claro que não estou preocupada em intimidar os homens. O tipo de homem que se sente intimidado por mim é exatamente o tipo de homem que eu não tenho nenhum interesse.
Imagine como seríamos mais felizes, o quão livres seríamos para sermos nós mesmos, se não tivéssemos o peso das expectativas de gênero.
Eu cometo constantemente o erro de pensar que algo óbvio para mim é óbvio para todo mundo.
Você não pode escrever um roteiro em sua mente e depois se forçar a segui-lo. Você tem que ser você mesmo.
Às vezes, as mães, tão condicionadas a ser tudo e a fazer tudo, são cúmplices na redução do papel dos pais.
Nunca lhe diga para fazer ou deixar de fazer alguma coisa “porque você é menina”. “Porque você é menina” nunca é razão para nada. Jamais.
A linguagem é o repositório de nossos preconceitos, de nossas crenças, de nossos pressupostos.
Não se limite a rotular alguma coisa de misógina – explique a ela por que aquilo é misógino e como poderia deixar de ser.
Um casamento pode ser feliz ou infeliz, mas não é uma realização. Condicionamos as meninas a aspirarem ao matrimônio e não fazemos o mesmo com os meninos.