Os hábitos, dizem os cientistas, surgem porque o cérebro está o tempo todo procurando maneiras de poupar esforço. Se deixado por conta própria, o cérebro tentará transformar quase qualquer rotina num hábito, pois os hábitos permitem que nossas mentes desacelerem com mais frequência.
Um cérebro eficiente também nos permite parar de pensar constantemente em comportamentos básicos, tais como andar e escolher o que comer, de modo que podemos dedicar energia mental para inventar lanças, sistemas de irrigação e, por fim, aviões e video games.
Se você tem um hábito ruim, ele está sempre ali à espreita, esperando as deixas e recompensas certas. Isso explica por que é tão difícil criar o hábito de fazer exercícios, por exemplo, ou de mudar nossa alimentação. Uma vez que adquirimos uma rotina de sentar no sofá em vez de sair para correr, ou de fazer um lanchinho sempre que passamos por uma caixa de donuts, esses padrões continuam para sempre dentro das nossas cabeças.
Alguns hábitos têm o poder de iniciar uma reação em cadeia, mudando outros hábitos conforme eles avançam através de uma organização. Ou seja, alguns hábitos são mais importantes que outros na reformulação de empresas e vidas. Estes são os “hábitos angulares” e eles podem influenciar o modo como as pessoas trabalham, comem, se divertem, vivem, gastam e se comunicam. Os hábitos angulares dão início a um processo que, ao longo do tempo, transforma tudo.
Uma vez que uma pequena vitória foi conquistada, forças que favorecem outra pequena vitória são postas em movimento. Pequenas vitórias alimentam mudanças transformadoras, elevando vantagens minúsculas a padrões que convencem as pessoas de que conquistas maiores estão dentro de seu alcance.
Transformar um hábito não é necessariamente fácil nem rápido. Nem sempre é simples. Mas é possível.
A maioria das escolhas que fazemos a cada dia pode parecer fruto de decisões tomadas com bastante consideração, porém não é. Elas são hábitos.
Um hábito é uma escolha que em algum momento tomamos deliberadamente, e depois paramos de pensar a respeito. Porém, continuamos fazendo, às vezes todo dia.
Tem dois peixes jovens nadando juntos. Eles, então, encontram um peixe mais velho nadando no outro sentido, que acena para eles e diz: “Bom dia, meninos. Como vai a água?”
E os dois peixes continuam nadando um pouco. Então uma hora um deles olha para o outro e diz: “Água? O que é água?”
A água são os hábitos, as escolhas impensadas e decisões invisíveis que nos cercam todos os dias.
Os hábitos mais importantes são os que, quando começam a mudar, desalojam e formulam outros padrões.
Força de vontade não é só uma habilidade. É um músculo, como os músculos dos seus braços ou pernas, e ela fica cansada quando faz mais esforço, por isso sobra menos força para outras coisas.
Uma empresa com hábitos disfuncionais não pode mudar de um dia para outro simplesmente porque um líder manda.
Em vez disso, os executivos sábios procuram momentos de crise (…) para reformular os padrões com os quais convivem todos os dias.