“And now I’m looking at you,” he said, “and you’re asking me if I still want you, as if I could stop loving you. As if I would want to give up the thing that makes me stronger than anything else ever has. I never dared give much of myself to anyone before – bits of myself to the Lightwoods, to Isabelle and Alec, but it took years to do it – but, Clary, since the first time I saw you, I have belonged to you completely. I still do. If you want me.” (City of Glass)
O menino nunca mais chorou, e nunca se esqueceu do que aprendeu: que amar é destruir e que ser amado é ser destruído.
O amor transformava as pessoas em mentirosas
– Achava que ser um bom Caçador de Sombras significava não se importar – falou – Com nada, principalmente comigo mesmo. Corri todos os riscos que pude. Me lançava no encalço de demônios. Acho que deixei Alec complexado sobre a espécie de guerreiro que era, só porque ele queria viver – Jace deu um sorriso torto -, então a conheci. Você era uma mundana. Fraca. Não era lutadora. Nunca tinha treinado. E vi o quanto amava sua mãe, Simon, e como iria ao inferno para salvá-los. E entrou naquele hotel de vampiros. Caçadores de Sombras com décadas de experiência não teriam feito aquilo. O amor não a enfraquecia, a deixava mais forte do que qualquer pessoa que já conheci. E percebi que o fraco era eu.
Mas pensei em você, a vi lá, claramente, como se estivesse na minha frente, me observando, e soube que queria viver, mais do que jamais havia desejado qualquer coisa, nem que fosse só para ver o seu rosto mais uma vez.
– Não é culpa dela […]. Ninguém a culpa.
– Isso nunca importa – afirmou Alec – Não quando você se culpa.
(Cidade das Almas Perdidas)
– Pois frequentemente quando algo precioso se perde, ao voltarmos a encontrá-lo, pode não ser mais o mesmo. (Cidade das Almas Perdidas)
[…] Nunca teve nada além de certeza que sairíamos de lá. Demoramos horas, mas ele conseguiu. Ele nos tirou de lá. Fiquei inteiramente grata, mas ele simplesmente olhou para mim como se eu fosse louca. Como se fosse óbvio que nos tiraria dali. Fracassar não era uma opção. Só estou falando que… ele vai achar o caminho de volta até vocês. Sei disso.
(Cidade das Almas Perdidas)
– Faria quase qualquer coisa por você – respondeu Simon, baixinho – Morreria por você. Sabe disso. Mas mataria alguém, algum inocente? E que tal muitas vidas inocentes? E o mundo todo? É realmente amor se chega ao ponto de precisar escolher entre a pessoa amada, e todas as outras vivas do planeta, e escolher a pessoa? Isso é… não sei, isso sequer é um tipo de amor moral?
– Amor não é moral ou amoral – disse ela – Simplesmente é.
– Eu sei – disse Simon.- Mas as ações que executamos em nome do amor, estas são morais ou amorais.
Era tolice ter esperança, ela sabia. Mas às vezes a esperança era tudo que restava.
[…] Fui casada com um fanático durante anos. Sei o que “propósito maior” significa. Significa torturar inocentes, assassinatos brutais, dar as costas para amigos, tudo em nome de algo que acredita ser maior do que você, mas que não passa de cobiça e infantilidade mascarados por um termo mais culto.
(Cidade das Almas Perdidas)
Declarações de amor me entretêm, sobretudo quando não há recíproca.
Todos os adolescentes do mundo se sentem assim, arrasados ou estranhos, diferentes de algum jeito, algo como um rei nascido em uma família de camponeses por engano. Talvez não melhores, mas diferentes. E não é fácil ser diferente. Você quer saber como é quando seus pais são boas pessoas frequentadoras de igrejas e você nasce com a marca do demônio?
Dizem que ter pena é uma coisa ruim, mas é melhor do que ódio.
Pode ser que haja um deus, Clary, mas pode ser que não, mas acho que isso não faz diferença. Seja como for, é cada um por si.
Onde há amor, frequentemente também há ódio. Podem existir lado a lado.
Depois da primeira morte que você testemunha, nenhuma outra importa.
É melhor reinar no inferno do que servir no paraíso
Era necessário coragem para viver uma vida imortal e não fechar o seu coração e mente para qualquer experiência ou pessoa nova. Porque o que era nova quase sempre era temporário. E o que era temporário, partia o seu coração.
(Cidade de Fogo Celestial)
O tipo de amor que pode incinerar o mundo ou erguê-lo em glória.”
And I understand.
I understand why people hold hands:
I´d always thought it was about possessiveness, saying ´´This is mine´´.
But it’s about maintaining contact.
It is about speaking without words.
It is about I want you with me and don´t go.
E eu entendo.
Eu entendo por que as pessoas dão as mãos:
Eu sempre pensei que era sobre possessividade, dizendo”Este é meu”.
Mas trata-se de manter contato.
Trata-se de falar sem palavras.
É sobre eu quero você comigo e não vá.
Não dá pra fingir- disse Jace, objetivo – Eu amo você, e vou amar até morrer, e se houver vida depois disso, vou amar também.
Se ninguém no mundo se importa com você, você sequer existe?
Pelo peso de mil mentiras, contadas para o bem, pois mentiras contadas pelo bem, eram mentiras ainda assim.
E ela estava olhando para ele e enxergando o passado. O passado do qual tinha fugido e do qual tinha tentado esquecer.
Primeiro a chama, depois, a tempestade
No fim, é sangue Blackthorn de verdade
Buscai esquecer o que é passado
Primeiros treze, e mais um, finalizado.
Não procure o livro dos anjos cinzento.
Vermelho ou branco o levarão mais longe que o vento.
Para recuperar o que foi perdido
A qualquer custo encontre o livro preto requerido.
É preciso sempre ter cuidado com os livros, -disse Tessa, – e o que está dentro deles, pois as palavras tem o poder de nos mudar.
– É nessa hora que você começa a rasgar tiras da própria blusa para fazer um curativo no meu machucado?
– Se você queria que eu arrancasse minhas roupas, bastava pedir.
Só os mais fracos de espírito se recusam a ser influenciados pela literatura e a poesia.
– Não toque em nenhuma das minhas armas sem minha permissão.
– Bem, lá se vai o meu plano de vender todas elas no eBay – Clary murmurou.
– Vender elas onde?
Clary sorriu maliciosamente para ele.
– Um lugar místico com um grande poder mágico.
– Nós viemos para ver Jace – Clary respondeu – ele está bem?
– Eu não sei – Magnus disse – ele normalmente só fica deitado no chão
sem se mover?
E agora eu estou olhando para você, e você está me perguntando se eu ainda te quero, como se eu pudesse parar de te amar. Como se eu quisesse desistir da coisa que me fez mais forte do que qualquer outra coisa. Eu nunca me atrevi a dar muito de mim a ninguém antes… desde a primeira vez que te vi, eu tenho pertencido a você completamente. Eu ainda pertenço. Se você me quiser.
A porta voou aberta. Jocelyn deu um pequeno grito. “Jesus!”, Luke exclamou. “Realmente, sou só eu”, Simon disse. “Embora eu tenha sido informado que semelhança é surpreendente”.
(Os Instrumentos Mortais 01 – Cidade dos Ossos)
Significa “Caçadores de Sombras: mais bonitos de preto do que as viúvas de nossos inimigos desde 1234”.
(Os Instrumentos Mortais: A Cidade dos Ossos)
– Bem, eu não vou beijar o mundano – ele disse. – Prefiro ficar aqui em baixo e apodrecer.
– Para sempre? – disse Simon. Seus olhos eram grandes e escuros e sérios. – Para sempre é um tempo terrivelmente longo.
– Esta é a parte onde você me diz que se eu machucá-la, você vai me matar?
– Não. Se você machucar Clary, ela é bem capaz de te matar por si mesma. Possivelmente com uma variedade de armas.
Vivemos e respiramos palavras. Foram os livros que me impediram de tirar minha própria vida depois que eu pensei que nunca poderia amar alguém, nunca seria amado por ninguém. Foram os livros que me fizeram sentir que talvez eu não estivesse completamente sozinho. Eles poderiam ser honestos comigo, e eu com eles. Lendo suas palavras, o que você escreveu, como você era solitária e, às vezes com medo, mas sempre valente, a sua maneira de ver o mundo, suas cores e texturas e sons, senti-me do jeito que você pensou, desejou, sentiu, sonhou. Eu senti que estava sonhando e pensando e sentindo com você. Sonhei o que você sonhava, quis o que você queria, e então eu percebi que realmente eu só queria você.
As pessoas não nascem boas ou ruins. Talvez nasçam com tendências a um caminho ou outro, mas é a maneira como elas vivem a vida que importa.
O pior de ser quem guarda as lembranças não é a dor que se sente. É a solidão. As lembranças precisam ser partilhadas.
– Não quero ser homem – disse Jace. – Quero ser movido à angustia adolescente, sem conseguir confortar os próprios demônios internos e descontando tudo verbalmente nos outros.
– Bem – disse Luke. -, nisso você está se saindo muito bem.”
E é suposto eu esperar enquanto você sai com meninos e se apaixona por outra pessoa, se casa…? – Sua voz estreitou. – E enquanto isso, eu vou morrer um pouco mais a cada dia, observando.
Mãe. Eu tenho algo para te dizer. Sou morto-vivo. Agora, eu sei que você pode ter algumas noções preconcebidas sobre os mortos-vivos. Eu sei que você pode não estar confortável com a idéia de eu ser morto-vivo. Mas eu estou aqui para te dizer que mortos-vivos são como você e eu … bem, tudo bem. Possivelmente mais parecidos comigo do que com você.
Os mansos podem herdar a Terra mas, no momento, ela pertence aos pretensiosos. Como eu.
Eu não poderia dizer se eu te amei no primeiro momento que te vi, ou se foi no segundo ou terceiro ou quarto. Mas eu me lembro do primeiro momento em que vi você andando na minha direção e percebi que, de alguma forma, o resto do mundo parecia desaparecer quando eu estava com você.
Eu sei que é errado – meu Deus, é todos os tipos de errado – mas eu só quero deitar com você e acordar com você, apenas uma vez, apenas uma vez em toda a minha vida.
Eu uso minha aguçada capacidade mental para esconder a minha dor interior.
Você suporta o que é insuportável, e segue.
Alec olhou para ela e balançou a cabeça. “Como você consegue nunca sujar sua roupa com lama?”.
Isabelle sacudiu os ombros filosoficamente. “Eu tenho um coração puro. Ele repele a sujeira”.
O que quer que você é fisicamente… macho ou fêmea, forte ou fraco, doente ou saudável – todas essas coisas importam menos do que o que o seu coração contém. Se você tem a alma de um guerreiro, você é um guerreiro. Todas essas outras coisas são o vidro que contém a lâmpada, mas você é a luz interior.
No final, essa foi a escolha que você fez, e não importa o quão difícil foi fazê-la. O importante é que você fez.
Dizem que o tempo cura todas as feridas, mas isso pressupõe que a fonte da dor é finita.
“Corações são frágeis,” disse Isabelle. “E eu acho que mesmo quando você se cura, você nunca é o que você era antes.”.
Todo o conhecimento dói.
Todo o conhecimento dói.
Se há uma coisa que eu aprendi na minha vida foi a não ter medo da responsabilidade que vem com a cuidar das outras pessoas. O que fazemos por amor: essas coisas ficam. Mesmo se as pessoas por quem as fazemos não ficarem.
Vivemos e respiramos palavras.
Somos todos parte do que nos lembramos. Guardamos em nós as esperanças e os medos daqueles que nos amam. Contanto que exista amor e lembrança, não existirá perda de fato.
Há tantas coisas piores que a morte. Não ser amado ou não ser capaz de amar: isso é pior.
Tempere-nos no fogo, e nós crescemos mais fortes. Quando sofremos, nós sobrevivemos.
Eu nunca me importei de estar perdido. Eu sempre pensei que não poderiamos estar realmente perdidos se conhecessemos o nosso próprio coração. Mas eu temo estar perdido sem conhecer o seu.
Mas pensei em você, a vi lá, claramente
O destino nunca é justo. Você fica preso em uma corrente muito mais forte do que você. Se lutar contra ela, afogará não só a si mesmo, mas também aqueles que vão tentar te salvar. Se navegar com ele, você vai sobreviver.
“Faria qualquer coisa por ele, não faria? Qualquer que fosse o preço, independente do que devesse ao Céu ou ao inferno.”
Ainda imaginei ter você por cinquenta, sessenta anos. Eu pensei que poderia estar preparado nessa altura para deixar você ir. Mas é você e percebi que não estarei mais pronto para perder você do que estou agora.
Alguns segredos, ela pensou, deviam ser contados; Outros ficavam melhor como fardos de seus guardiões.
Onde fores, irei;
Onde morreres, morrerei, e lá serei enterrado:
Que o Anjo o faça por mim, e ainda mais,
se qualquer coisa além da morte nos separar.
– Juramento Parabatai
O mundo não é dividido entre especiais e comuns. Todos têm potencial para serem extraordinários. Contanto que você tenha uma alma e livre-arbítrio, pode ser qualquer coisa, fazer qualquer coisa, escolher qualquer coisa.
As peças infernais não têm pena.
As peças infernais não têm arrependimento.
As peças infernais não têm número.
As peças infernais jamais deixarão de vir.
Que Deus tenha piedade de nossas almas.
Preto para caçar de noite e dar sorte,
Pois o branco é a cor do pranto e da morte.
Dourado para a noiva em seu vestido,
E vermelho para invocar um feitiço.
Seda branca quando nossos corpos queimam,
Bandeiras azuis aos perdidos que retornam, pois teimam.
Chamas para o nascimento de um Nephilim,
E, para apagar nossos pecados, és um fim.
Cinza para o conhecimento que não deve ser dito,
Cor de osso para aquele que não envelhece, bendito.
Açafrão ilumina a cor da vitória,
Verde para um coração partido, almejando a glória.
Prata para as torres demoníacas, cor de adamas,
E bronze para invocar poderes malignos, nada mais.”
Desde que haja amor e lembrança, não existe morte de verdade.
Água lava, navios vão a pique e a morte profunda espera.
Rogo não deixá-lo, ou voltar após segui-lo;
Pois, para onde fores, irei,
E onde estiver, estarei;
Os teus serão os meus,
e teu Deus, o meu Deus,
Onde morreres, eu morrerei, e lá serei enterrado.
O anjo o fez para mim, mas também,
nada senão a morte partirá a mim e a ti.
Feliz é aquele que sabe o nome de seu coração. Eles são aqueles cujos corações nunca são verdadeiramente perdidos. Eles sempre podem chamar seus corações de volta para casa – disse Mark, sua voz quase um canto. – Você se lembra do nome do seu coração, Simon Lewis?
A maioria das pessoas nunca encontram um grande amor na vida. Você encontrou dois.
“Às vezes, nossas vidas mudam tão depressa que a mudança é mais rápida do que nossas mentes e corações. É nessas vezes, acho, quando nossas vidas mudaram mas ainda sentimos falta do tempo anterior, que sentimos a pior das dores. Mas posso te dizer, no entanto, por experiência própria, que você se acostuma. Aprende a viver a nova vida e não consegue imaginar, ou sequer se lembrar, de como as coisas eram antes.”
Oh, o que brilha mais que a luz?
O que é mais escuro que a noite?
O que é mais afiado que um machado?
O que é mais suave que cera derretida?
A verdade brilha mais que a luz,
A falsidade é mais escura que a noite.
A vingança é mais afiada que um machado,
E o amor, mais suave que a cera derretida.
— Will. Por todos esses anos eu tentei te dar o que você não podia dar a si mesmo.
As mãos de Will apertaram as de Jem, que eram tão finas como um feixe de varas.
— E o que que é isso?
— Fé. Que você era melhor do que pensava que era. Perdão, que você não precisava sempre se punir. Eu sempre te amei, Will, do seu jeito. E agora preciso que faça por mim o que não posso fazer por mim mesmo. Que seja meus olhos quando eu não enxergar. Seja minhas mãos quando eu não puder usar as minhas próprias. Seja o meu coração, quando o meu parar de bater.
— Não achei que fosse ficar brava — disparou Jem, e foi como gelo de uma cachoeira congelada quebrando, liberando uma torrente. — Estávamos noivos, Tessa. Um pedido, uma oferta de casamento, é uma promessa. Uma promessa de amor e cuidado, para sempre. Não pretendia quebrar a minha. Mas era isso ou morrer. Quis esperar, casar com você, viver com você durante anos, mas não foi possível. Eu estava morrendo depressa demais. Teria desistido de tudo para ser casado com você por um único dia. Um dia que jamais viria. Você é um lembrete… um lembrete de tudo que estou perdendo. Da vida que não terei.
— Quero beijá-lo mais uma vez antes de morrer.
Os olhos dele se arregalaram. Azuis como o mar e o céu no sonho de Tessa, quando ele caiu longe dela, azuis como as flores que Sophie colocou em seu cabelo.
— Não…
— Diga nada que não seja sincero — concluiu para ele. — Eu sei. Não estou dizendo. É verdade, Will. E sei que pedir isso ultrapassa todos os limites plausíveis. Sei que devo parecer um pouco louca. — Tessa olhou para baixo, depois para cima outra vez, reunindo coragem. — E se você puder me dizer que pode morrer amanhã sem que nossos lábios voltem a se tocar, e que não lamentará nada, então me diga, e desisto, pois não tenho direito…
As palavras de Tessa foram cortadas, pois ele a pegou e a puxou contra si, tocando a boca na dela. Por uma fração de segundo, foi quase doloroso, afiado de desespero e uma fome quase descontrolada, e ela sentiu gosto de sal e calor na boca, e o engasgo da respiração de Will. E então suavizou, com um controle forçado que ela pôde sentir por todo o próprio corpo, e o roçar de lábios contra lábios, a ação recíproca de línguas e dentes, intercalando dor e prazer em um espaço de instantes.
Na varanda dos Lightwood, ele foi tão cuidadoso, mas agora não estava sendo. Deslizou as mãos pelas costas de Tessa, passando os dedos por seus cabelos, agarrando o tecido solto nas costas do vestido. Ele quase a levantou, de modo que os corpos se tocassem; ele estava contra ela, o comprimento longo do corpo de Will ao mesmo tempo rígido e frágil.(…) Ela segurou firme nas costas e nos ombros de Will enquanto ele a carregava para a cama e a colocava ali. Tessa já estava descalça; ele tirou as botas e deitou ao lado dela. Parte do treinamento de Tessa foi sobre a remoção do uniforme, e as mãos dela foram leves e velozes sobre a roupa dele, soltando os fechos e a puxando de lado, como uma concha. Ele a descartou impacientemente e se ajoelhou para soltar o cinto de armas.
Tessa o observou, engolindo em seco. Se fosse mandá-lo parar, a hora era agora. As mãos cicatrizadas de Will eram ágeis, abrindo as presilhas, e quando ele virou para deixar o cinto cair ao lado da cama, a camisa – molhada de suor e grudando nele – deslizou para cima, exibindo a curva oca da barriga, o osso arqueado do quadril. Ela sempre achou Will lindo, os olhos, lábios e rosto, mas nunca tinha pensado em seu corpo assim. Mas a forma dele era bela, como os planos e ângulos de David, de Michelangelo. Tessa se esticou para tocá-lo, passar a mão, suave como seda, na pele dura e lisa da barriga de Will.
A resposta dele foi imediata e surpreendente. Will respirou fundo e fechou os olhos, e o corpo ficou totalmente imóvel. Ela passou os dedos pelo cós da calça, com o coração acelerado, sem saber o que estava fazendo – havia instinto ali, guiando, algo que não conseguia identificar nem explicar. A mão de Tessa se curvou na cintura de Will, o polegar tocou o osso do quadril e puxou-o para baixo.
Ele deslizou para cima dela lentamente, apoiando os cotovelos em ambos os lados de seus ombros. Seus olhos se encontraram, se sustentaram; tocavam-se por toda a extensão dos corpos, mas nenhum dos dois falou. A garganta de Tessa doía: adoração, melancolia, na mesma intensidade.
— Beije-me — falou.
Ele se abaixou lentamente até os lábios apenas se tocarem. Ela se curvou para cima, querendo encontrar a boca dele com a sua, mas ele recuou, acariciando sua bochecha com o nariz e passando os lábios no canto da boca de Tessa – em seguida, pela mandíbula até a garganta, provocando pequenos choques de prazer pelo corpo da jovem.
Ela sempre pensou nos próprios braços, mãos, pescoço, rosto como coisas separadas – que a pele não fosse a mesma que encobria tudo, nem que um beijo na garganta pudesse produzir efeitos até as solas dos pés.
— Will.
As mãos dela puxaram a camisa dele, que cedeu, com os botões arrancados, e a cabeça dele balançou para se livrar do tecido, todo cabelos selvagens, todo Heathcliff nos pântanos. As mãos dele foram menos certas no vestido dela, mas ele também o retirou, por cima da cabeça, e o descartou, deixando Tessa de camisa e espartilho. Ela ficou imóvel, chocada por estar tão despida na frente de alguém além de Sophie, e Will lançou um olhar selvagem para o espartilho que foi apenas em parte por desejo.
— Como… — perguntou ele. — Isso sai?
Tessa não conseguiu se conter; apesar de tudo, riu.
— Ele é amarrado — sussurrou ela. — Nas costas.
E conduziu as mãos dele até que os dedos encontrassem as fitas. Então ela tremeu, não de frio, mas pela intimidade do gesto. Will puxou-a contra si, agora com suavidade, e a beijou mais uma vez na linha da garganta, e em seu ombro, onde a camisa o deixava exposto, com o hálito suave e quente contra a pele dela, até que ela estivesse respirando com a mesma intensidade enquanto as mãos o acariciavam nos ombros, nos braços, nas laterais. Ela beijou as cicatrizes brancas das Marcas na pele de Will, envolvendo-o até se tornarem um emaranhado quente de membros e ela engolir as arfadas de Will.
— Tess — sussurrou ele. — Tess… se quiser parar…
Ela balançou a cabeça em silêncio. O fogo na lareira já estava quase extinto outra vez; Will era todo ângulos, sombras e pele dura contra ela. Não.
— Você quer isso? — A voz dele soou rouca.
— Quero — respondeu. — E você?
O dedo dele traçou o contorno de sua boca.
— Por isso, eu seria eternamente condenado. Por isso, eu abriria mão de tudo.
Ela sentiu o ardor por trás dos próprios olhos, a pressão das lágrimas, e piscou cílios molhados.
— Will…
— Dw i’n dy garu di am byth — disse ele. — Eu te amo. Sempre.
E se moveu para cobrir o corpo de Tessa com o seu.
– É claro – ele disse sem arrogância ou pretensão -, mas eu sempre pensei que as coisas desse jeito, com a gente. Você sabe.
Ela se mexeu para encará-lo, confusa.
– Como assim?
– Quero dizer – Simon murmurou, como sem parecesse surpreso por ter de explicar algo que deveria ser óbvio -, eu sempre precisei mais de você do que você de mim.
– Isso não é verdade – Clary estava perplexa.
– É sim – disse Simon, com a mesma calma inabalada. – Você nunca pareceu precisar de ninguém, Clary. Você sempre foi tão… controlada. Precisava apenas de seus lápis e mundos imaginários. Várias vezes eu já tive de dizer as coisas seis ou sete vezes antes de você responder, e você estava tão longe. Depois virava para mim e sorria daquele jeito engraçado, e eu sabia que você havia se esquecido de mim, e tinha acabado de se lembrar. Mas eu nunca fiquei chateado com você por isso. Metade da sua atenção é melhor do que toda a atenção de qualquer outra pessoa.
— Eu vivi por você — disse ele — e vivi por Will, e então vivi por Tessa e por mim, porque eu queria estar com ela. Mas eu posso… não posso viver para outras pessoas para sempre. Ninguém pode dizer que a morte encontrou em mim um camarada disposto, ou que eu fui facilmente. Se você diz que precisa de mim, ficarei o tempo que eu puder. Vou viver para vocês, lutando contra a morte, me desgastando até ficar os ossos e fragmentos. Mas não seria a minha escolha.
Ave atque vale, pensou Will. Saudações e adeus. Nunca tinha pensado muito nas palavras antes, nunca pensou em por que não eram apenas uma despedida, mas também uma saudação. Todo encontro levava a uma partida, e assim seria, enquanto a vida fosse mortal. Em todo encontro, havia um pouco da tristeza da separação, mas, em toda separação, havia um pouco da alegria do encontro.
Os olhos de Sophie o seguiram enquanto atravessava a sala em direção a ela e se ajoelhava a seus pés. A vida era uma coisa incerta, e havia alguns momentos que a pessoa gostaria de se lembrar, registrar de forma que a lembrança pudesse ser acessada mais tarde, como uma flor pressionada entre as páginas de um livro, admirada e apreciada.
Ela sabia que não ia querer se esquecer da maneira como Gideon tocou a mão dela, tremendo, ou da forma como ele mordeu o lábio antes de falar.
— Minha querida Srta. Collins — disse. — Por favor, me perdoe pela minha desagradável explosão. Simplesmente tenho uma… uma estima tão grande… não, não é estima, é adoração… por você, que tenho a sensação de que isso deve irradiar de mim o tempo todo. Desde que vim para esta casa, a cada dia sua beleza, coragem e nobreza me afetaram mais. É uma honra que eu jamais deveria merecer, mas que desejo ansiosamente: que você pudesse ser somente minha… digo, se aceitar ser minha esposa.
— Meu Deus — disse Sophie, acima de tudo, espantada. — Você andou treinando isso?
Gideon piscou.
— Garanto que foi inteiramente espontâneo.
— Bem, foi adorável. — Sophie apertou as mãos dele. — E sim. Sim, eu o amo e, sim, aceito me casar com você, Gideon.
Um belo sorriso se formou em seu rosto, e ele espantou os dois ao se esticar e beijá-la. Ela segurou o rosto dele entre as mãos enquanto se beijavam – ele tinha um ligeiro gosto de ervas de chá, lábios suaves e um beijo inteiramente doce. Sophie flutuou ali, no prisma do instante, sentindo-se segura de todo o resto do mundo.
Até a voz de Bridget interromper sua alegria, pairando sombriamente da cozinha.
“Em uma terça-feira se casaram,
Antes de sexta, morreram,
Foram enterrados no cemitério da igreja lado a lado,
Oh, meu amor,
E foram enterrados no cemitério da igreja lado a lado.”
Desvencilhando-se de Gideon com alguma relutância, Sophie se levantou e espanou o vestido.
— Por favor, perdoe-me, meu querido Sr. Lightwood… digo, Gideon… mas preciso assassinar a cozinheira. Já volto.
— Cecy — disse ele, diminuindo a distância entre os dois, apesar de não ser muita, e, em seguida, beijando-a: as mãos desajeitadas sobre seus ombros inicialmente, deslizava pelo tafetá engomado do vestido antes de os dedos irem para trás de sua cabeça, acariciando seus cabelos suaves e quentes. Ela se retesou com a surpresa antes de amolecer contra ele, os lábios se abrindo enquanto ele sentia o gosto doce da boca de Cecily. — Cecy? — repetiu ele, com voz rouca.
— Cinco — disse ela.
Seus lábios e bochechas estavam ruborizados, mas o olhar muito firme.
— Cinco? — repetiu ele, confuso.
— Minha avaliação — ela explicou, e sorriu para ele — Sua técnica e habilidade talvez precisem de trabalho, mas o talento nato certamente existe. O que você precisa é de prática.
— Está disposta a ser minha tutora?
— Eu ficaria muito ofendida se você escolhesse outra — respondeu, e se inclinou para beijá-lo novamente.
— James Carstairs — disse ele, e engoliu em seco.
Era sempre assim, quando precisava de palavras a mais, nunca as encontrava. As palavras do juramento bíblico parabatai lhe vieram à cabeça: Para onde quer que tu fores, irei eu; onde quer que morreres, morrerei eu; e ali serei sepultado: faça-me assim o Anjo, e outro tanto se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. Mas não. Isso era dito quando você se juntava, não quando estava quebrado. Davi e Jônatas foram separados, também, pela morte. Separados, mas não divididos.
— Eu disse a você antes, Jem, que eu não iria deixá-lo — disse Will, sua mão sangrenta no punho da adaga — e você ainda está comigo. enquanto eu respirar, pensarei em você, pois sem você eu teria sido morto anos atrás. Quando eu acordar e quando dormir, quando levantar as mãos para me defender ou quando me deitar para morrer, você estará comigo. Você diz que nós nascemos e renascemos novamente. Eu digo que é um rio que divide os mortos e os vivos. O que eu sei é que se nascemos novamente, vou encontrá-lo em outra vida, e se houver um rio, você vai esperar nas margens para eu ir contigo, para que possamos atravessar juntos.
O menino nunca mais chorou e nunca mais se esqueceu do que aprendeu: que amar é destruir e que ser amado é ser destruído.
Estava completamente sozinha. Não havia ninguém por ela. Ninguém no mundo que se importasse se estava viva ou morta. Às vezes o horror desse pensamento ameaçava dominá-la e empurrá-la para uma escuridão sem fim da qual não retornaria. Se ninguém no mundo se importa com você, você sequer existe?
— Armas, quando quebram e são remendadas, podem ficar mais fortes nos locais remendados — disse Jace. — Talvez aconteça a mesma coisa com o coração.
Irmão Zacarias, que agora era apenas um garoto como Jace, sorriu com um pouco de tristeza.
— Espero que você tenha razão.
— Havia uma vez um menino — Jace começou.
Clary interrompeu imediatamente.
— Um menino Caçador de Sombras?
— É claro.
Por um momento, um pouco de divertimento coloriu sua voz. Mas logo tinha ido embora.
— Quando o menino tinha seis anos, seu pai lhe deu um falcão para treinar. “Falcões são aves de rapina – matam aves”, seu pai lhe disse, “como um Caçador de Sombras no céu.” O falcão não gostava do menino, e o menino não gostava dele, também. Seu bico afiado o fazia ficar nervoso, e seus olhos brilhantes sempre pareciam estar observando-o. O animal podia cortá-lo com o bico e as garras quando se aproximava: Por semanas seus pulsos e mãos estavam sempre sangrando. Ele não sabia, mas seu pai tinha selecionado um falcão que tinha vivido na selva mais de um ano, e, portanto, era quase impossível de domar. Porém, o garoto tentou, porque seu pai tinha dito a ele para fazer o falcão ser obediente, e ele queria agradar a seu pai.
“Ele ficou com o falcão constantemente, mantendo-o acordado, falando com ele e até mesmo tocando música para ele, porque um pássaro cansado é mais fácil de domar. Ele usava todo o equipamento: a cinta das pernas, o capuz para vedar os olhos, o cabo, a trela que limitavam o pássaro ao seu pulso. Ele estava mantendo o falcão cego, mas não podia continuar a fazer isso. Em vez disso, ele tentou se sentar onde a ave pudesse vê-lo enquanto ele tocava e alisava suas asas, disposto a confiar nele. Ele alimentava a ave na mão, e de primeira ela não quis comer. Mais tarde ela comeu tão selvagemente que o seu bico cortou a pele da sua palma. Mas o menino estava satisfeito, porque eram progressos, e porque ele queria que a ave o conhecesse, mesmo que a ave tivesse que consumir o seu sangue para que isso acontecesse.
“Ele começou a perceber que aquele falcão era bonito, que as asas finas eram construídas para a velocidade de voo, que era forte e rápido, feroz e suave. Quando mergulhava no chão, era como se movesse como a luz. Quando ele aprendeu a circular e voltar ao seu pulso, o garoto quase gritou com alegria.
“Às vezes o pássaro pulava para o seu ombro e colocava o seu bico no seu cabelo. Ele sabia que a falcão o amava, e quando estava certo de que não fora apenas domesticado, mas perfeitamente domesticado, ele foi até seu pai e lhe mostrou o que tinha feito, esperando que ele se mostrasse orgulhoso.
“Em vez disso o seu pai pegou o pássaro, agora manso e de confiança, nas suas mãos e quebrou o seu pescoço. “Eu lhe disse para torná-lo obediente”, seu pai disse, e largou o corpo sem vida do falcão no chão. “Ao invés disso, você o ensinou a te amar. Falcões não devem ser carinhosos animais de estimação: eles são ferozes e violentos, selvagens e cruéis. Este pássaro não foi domado; ele foi arruinado.”
“Mais tarde, quando seu pai o deixou, o garoto chorou em cima do seu animal, até que eventualmente seu pai enviou um empregado para pegar o corpo da ave e enterrá-la. O menino nunca chorou novamente, e nunca esqueceu do que aprendeu: amar é destruir, e ser amado é ser destruído.
— Aquelas garotas do outro lado estão olhando para você.
Jace assumiu um ar jovial de gratificação.
— É claro que estão — ele disse. — Eu sou terrivelmente atraente.
— Alguma vez você já ouviu que modéstia é uma característica atraente?
— Apenas vindo das pessoas feias — Jace confidenciou. — Os mansos herdarão a terra, mas no momento ela pertence aos vaidosos. Como eu.
“Eu gostaria de ter estado aqui”, ele disse, sua voz inesperadamente gentil quando você estava crescendo. “Eu teria visto a verdade em seu rosto, Jace Lightwood, e conhecido quem você era.”
Jace pareceu confuso, mas não se moveu para se afastar.
Zacarias se virou para os outros.” Nós não podemos e nem devemos ferir o garoto. Laços antigos existem entre os Herondales e os Irmãos. Nós devemos ajudá-lo.”
— Tem uma pessoa. Ela sempre ficou em casa por mim. Mas não tão rápido. Primeiro, eu devo ficar.
— Para lutar?
— E amar e chorar. Quando eu era um Irmão do Silêncio, meus amores e minhas perdas emudeceram lentamente, como a música ouvida à distância, uma harmonia genuína, porém abafada. Agora… agora tudo desceu sobre mim de uma vez só. Estou curvado debaixo de tudo. Tenho que estar mais forte antes de vê-la — o sorriso dele era melancólico. — Você já sentiu seu coração preenchido por tanta coisa a ponto de se romper?
And I understand.
I understand why people hold hands:
I´d always thought it was about possessiveness, saying ´´This is mine´´.
But it’s about maintaining contact.
It is about speaking without words.
It is about I want you with me and don´t go.
Água lava, navios vão a pique e a morte profunda espera.
Feliz é aquele que sabe o nome de seu coração. Eles são aqueles cujos corações nunca são verdadeiramente perdidos. Eles sempre podem chamar seus corações de volta para casa – disse Mark, sua voz quase um canto. – Você se lembra do nome do seu coração, Simon Lewis?
Todo o conhecimento dói.
— Um dos Irmãos do Silêncio está aqui para ver você. Hodge me enviou para te acordar. Na verdade, ele se ofereceu para te acordar sozinho, mas, uma vez que é cinco horas, pensei que você ia querer alguém menos esquisito se quisesse algo bonito para olhar.
— Quer dizer você?
— Quem mais?
Zacarias ficou um silêncio por um longo momento. Depois sua voz, gentil em sua mente, disse: “o mapa lhe diz que seu filho ainda está vivo. Se o der para a Clave, não acho que irá ajudá-los muito, além de mostras que ele está viajando rápido e é impossível de ser rastreado. Eles já sabem disso. Guarde o mapa. Eu não irei falar sobre isso por enquanto.
Maryse olhou para ele impressionada.”
— Mas… você é um servente da Clave…
“Como você, fui um Caçador de Sombras uma vez. Como você, vivi. E como você, havia aqueles que eu amava o bastante para colocar o bem-estar deles antes de qualquer outra coisa – qualquer juramento, qualquer débito.”
— Você… — Maryse hesitou. — Você alguma vez teve filhos?
“Não. Sem filhos.”
— Sinto muito.
“Não sinta. E tente não deixar o medo por de Jace devorar. Ele é um Herondale, e eles são sobreviventes…”
— Não é isso. Há algumas pessoas… algumas pessoas que o universo parece ter escolhido para destinos especiais. Favores especiais e tormentos especiais. Deus sabe que todos nós somos atraídos pelo que é belo e quebradiço; eu já fui, mas algumas pessoas não podem ser consertadas. Ou se puderem, seria apenas por um amor ou um sacrifício tão grandes que destruiriam o doador.
— Você sabe muito sobre os Herondale. E, de todos os Irmãos do Silêncio, você parece o mais humano. A maioria deles nunca demonstra qualquer emoção. São como estátuas. Mas parece que você sente as coisas. Se lembra de sua vida.
“Ser um Irmão do Silêncio é ter vida, Clary Fray. Mas se você quer dizer que eu me lembro da minha vida antes da Irmandade, sim, eu me lembro.”
Clary tomou uma respiração profunda.
— Você já amou? Antes da Irmandade? Havia alguém por quem você teria morrido?
Houve um longo silêncio. Então: “Duas pessoas,” disse Irmão Zacarias. “Há memórias que o tempo não apaga, Clarissa. Pergunte ao seu amigo Magnus Bane, se você não acredita em mim. A eternidade não faz o pesar ser esquecido, apenas o torna suportável.”
“And now I’m looking at you,” he said, “and you’re asking me if I still want you, as if I could stop loving you. As if I would want to give up the thing that makes me stronger than anything else ever has. I never dared give much of myself to anyone before – bits of myself to the Lightwoods, to Isabelle and Alec, but it took years to do it – but, Clary, since the first time I saw you, I have belonged to you completely. I still do. If you want me.” (City of Glass)
O menino nunca mais chorou, e nunca se esqueceu do que aprendeu: que amar é destruir e que ser amado é ser destruído.
O amor transformava as pessoas em mentirosas
– Achava que ser um bom Caçador de Sombras significava não se importar – falou – Com nada, principalmente comigo mesmo. Corri todos os riscos que pude. Me lançava no encalço de demônios. Acho que deixei Alec complexado sobre a espécie de guerreiro que era, só porque ele queria viver – Jace deu um sorriso torto -, então a conheci. Você era uma mundana. Fraca. Não era lutadora. Nunca tinha treinado. E vi o quanto amava sua mãe, Simon, e como iria ao inferno para salvá-los. E entrou naquele hotel de vampiros. Caçadores de Sombras com décadas de experiência não teriam feito aquilo. O amor não a enfraquecia, a deixava mais forte do que qualquer pessoa que já conheci. E percebi que o fraco era eu.
Mas pensei em você, a vi lá, claramente, como se estivesse na minha frente, me observando, e soube que queria viver, mais do que jamais havia desejado qualquer coisa, nem que fosse só para ver o seu rosto mais uma vez.
– Não é culpa dela […]. Ninguém a culpa.
– Isso nunca importa – afirmou Alec – Não quando você se culpa.
(Cidade das Almas Perdidas)
– Pois frequentemente quando algo precioso se perde, ao voltarmos a encontrá-lo, pode não ser mais o mesmo. (Cidade das Almas Perdidas)
[…] Nunca teve nada além de certeza que sairíamos de lá. Demoramos horas, mas ele conseguiu. Ele nos tirou de lá. Fiquei inteiramente grata, mas ele simplesmente olhou para mim como se eu fosse louca. Como se fosse óbvio que nos tiraria dali. Fracassar não era uma opção. Só estou falando que… ele vai achar o caminho de volta até vocês. Sei disso.
(Cidade das Almas Perdidas)
– Faria quase qualquer coisa por você – respondeu Simon, baixinho – Morreria por você. Sabe disso. Mas mataria alguém, algum inocente? E que tal muitas vidas inocentes? E o mundo todo? É realmente amor se chega ao ponto de precisar escolher entre a pessoa amada, e todas as outras vivas do planeta, e escolher a pessoa? Isso é… não sei, isso sequer é um tipo de amor moral?
– Amor não é moral ou amoral – disse ela – Simplesmente é.
– Eu sei – disse Simon.- Mas as ações que executamos em nome do amor, estas são morais ou amorais.
Era tolice ter esperança, ela sabia. Mas às vezes a esperança era tudo que restava.
[…] Fui casada com um fanático durante anos. Sei o que “propósito maior” significa. Significa torturar inocentes, assassinatos brutais, dar as costas para amigos, tudo em nome de algo que acredita ser maior do que você, mas que não passa de cobiça e infantilidade mascarados por um termo mais culto.
(Cidade das Almas Perdidas)
Declarações de amor me entretêm, sobretudo quando não há recíproca.
Todos os adolescentes do mundo se sentem assim, arrasados ou estranhos, diferentes de algum jeito, algo como um rei nascido em uma família de camponeses por engano. Talvez não melhores, mas diferentes. E não é fácil ser diferente. Você quer saber como é quando seus pais são boas pessoas frequentadoras de igrejas e você nasce com a marca do demônio?
Dizem que ter pena é uma coisa ruim, mas é melhor do que ódio.
Pode ser que haja um deus, Clary, mas pode ser que não, mas acho que isso não faz diferença. Seja como for, é cada um por si.
Onde há amor, frequentemente também há ódio. Podem existir lado a lado.
Depois da primeira morte que você testemunha, nenhuma outra importa.
É melhor reinar no inferno do que servir no paraíso
Era necessário coragem para viver uma vida imortal e não fechar o seu coração e mente para qualquer experiência ou pessoa nova. Porque o que era nova quase sempre era temporário. E o que era temporário, partia o seu coração.
(Cidade de Fogo Celestial)
O tipo de amor que pode incinerar o mundo ou erguê-lo em glória.”
And I understand.
I understand why people hold hands:
I´d always thought it was about possessiveness, saying ´´This is mine´´.
But it’s about maintaining contact.
It is about speaking without words.
It is about I want you with me and don´t go.
E eu entendo.
Eu entendo por que as pessoas dão as mãos:
Eu sempre pensei que era sobre possessividade, dizendo”Este é meu”.
Mas trata-se de manter contato.
Trata-se de falar sem palavras.
É sobre eu quero você comigo e não vá.
Não dá pra fingir- disse Jace, objetivo – Eu amo você, e vou amar até morrer, e se houver vida depois disso, vou amar também.
Se ninguém no mundo se importa com você, você sequer existe?
Pelo peso de mil mentiras, contadas para o bem, pois mentiras contadas pelo bem, eram mentiras ainda assim.