Não me faça fazer de graça a única coisa que sei fazer cobrando.
Viver é ir ao encontro.
Não se pode viver em estado de contemplação.
Tudo está a nossa espera
É uma questão de coragem e amor.
De cada personagem que representei guardei uma “descoberta” para mim, de mim mesma.
Quando quero, quero. Quero de fato. E vou buscar. Não espero nada de ninguém com relaçao às coisas materiais, é claro.
Eu não sou mais só eu, eu sou um pouco mistura com o teatro.
Sou um instrumento da minha arte, sou meu próprio violino.
Não me peça para dar de graça a única coisa que tenho para vender.
É uma sensação de saudade, um estado coerente, tudo aquilo que a minha natureza sempre ansiou, ir além, além das coisas e de tudo, perder-se
Preferi a carreira. Saí disso tudo uma mulher diferente. Apareceram os primeiros cabelos brancos. Adquiri uma grande dose de paciência.
Tenho escolhido virtudes não porque sejam belas, mas porque acredito firmemente que são santas, que nelas a gente se dignifica.
Tenho escolhido as virtudes nas minhas capacidades que são intensas, profundas, profundamente intensas para qualquer coisa, inclusive para o mal.
Vou da extrema generisidade ao mais absoluto egoísmo.
Nosso público só gosta do que é fácil. O riso é fácil. O choro é fácil. Tudo que obriga a pensar é automaticamente posto de lado.
Não quero ser sempre mero instrumento do autor, mas a própria obra, vivendo também momentos de plenitude.
Até que ponto eu penetro dentro de uma personagem e ela dentro de mim, não é fácil dizer.
Creio que hoje sou um instrumento de certo modo afinado.
Tenho confiança cega em mim, apesar das insuficiências toco tudo para a frente. Sempre foi assim.