Nossa existência é transitória como as nuvens do outono. Observar o nascimento e a morte do ser é como olhar os movimentos da dança.
Uma vida é como o brilho de um relâmpago no céu. Levada pela torrente montanha abaixo.
Não é justo aquele que julga às pressas, ou usa da violência; o sábio serenamente considera o que é certo e o que é errado.
Não há, nunca houve, nem nunca haverá um homem que seja sempre censurado, ou um homem que seja sempre louvado.
O que somos é consequência do que pensamos.
Tudo o que é passageiro é uma ilusão que nos vem incomodar.
O homem implora a misericórdia de Deus mas não tem piedade dos animais, para os quais ele é um deus. Os animais que sacrificais já vos deram o doce tributo de seu leite, a maciez de sua lã e depositaram confiança nas mãos criminosas que os degolam. Ninguém purifica seu espírito com sangue. Na inocente cabeça do animal não é possível colocar o peso de um fio de cabelo das maldades e erros pelos quais cada um terá de responder.
Um homem só é nobre quando consegue sentir piedade por todas as criaturas.
Todos os seres vivos tremem diante da violência. Todos temem a morte, todos amam a vida. Projete você mesmo em todas as criaturas. Então, a quem você poderá ferir? Que mal você poderá fazer?
Tudo o que somos é resultado do que pensamos.
O Eu é o mestre do eu. Que outro mestre poderia existir?
Tudo existe, é um dos extremos.
Nada existe é o outro extremo.
Devemos sempre nos manter afastados desses dois extremos,
e seguir o Caminho do Meio.
Por mais que na batalha se vença um ou mais inimigos, a vitória sobre si mesmo é a maior de todas as vitórias.
Feliz aqueles cujo conhecimento é livre de ilusões e superstições.
Pratiquem a bondade, não criem sofrimento, dirijam a própria mente. Esta é a essência do Budismo.
Abaixo da iluminação, só há dor.
Sede vosso próprio guia e vosso próprio archote.
Eleva os olhos, permitindo que o teu espírito
voe em busca de luz…
No alto há paz
E louvores que balsamisam dores
Os Anjos dedilham a canção sonora que acaricia e enleva,
confortando corações…
Permita-se ouvir…
Envolva-te em oração, adorando…
E a beleza infinita que a tudo perscruta, ao reconhecer tuas asas,
derramará sobre ti o óleo sagrado que purifica, perfuma e mantém
vivo o Amor Sublime…
Não deseje e não sofra! O desejo é a alma do sofrer.
O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sabia e seriamente o presente.
A vida não é uma pergunta a ser respondida. É um mistério a ser vivido.
Onde quer que viva, esse é o seu templo, se o tratar como o tal.
Não vou dizer a vocês que as coisas são de um jeito ou de outro; mas, se vocês são reais, onde estão? E, se o mundo é real, onde está?
Jamais, em todo o mundo, o ódio acabou com o ódio; o que acaba com o ódio é o amor.
Há cinco coisas neste mundo que ninguém pode realizar: primeira, evitar a velhice, quando se está envelhecendo; segunda, evitar a doença, quando o corpo é predisposto à enfermidade; terceira, não morrer quando o corpo deve morrer; quarta, negar a dissolução, quando, de fato, há a dissolução do corpo; quinta, negar a extinção, quando tudo deve extinguir-se.
Aqueles que buscam a Iluminação devem sempre se lembrar da necessidade de manter constantemente puros o corpo, a fala e a mente. (…) A mente impura segue atos impuros e estes trarão sofrimentos. Assim, é de suma importância que se conservem puros a mente e o corpo.
Os quatro procedimentos corretos são: primeiro evitar o início do mau. Segundo, eliminar todo o mal, tão logo apareça. Terceiro, induzir que se façam boas ações. Quarto, estimular o desenvolvimento e prosseguimento das boas ações que já começaram. É de suma importância que se pratiquem estes quatro procedimentos.
É capaz quem pensa que é capaz.
Não se combate ódio com ódio, mas sim com amor.
Em tudo, o nosso sentimento é o que importa. A intenção, boa ou má, influencia diretamente nossa vida no futuro. Qualquer ação, por mais simples que seja, se feita com coração, produz benefícios na vida das pessoas.
É a própria mente de um homem, e não seu inimigo ou adversário, que o seduz para caminhos maléficos.
Sai e busca.
A causa da derrota não está nos obstáculos ou no rigor das circunstâncias, está na falta de determinação e desistência da própria pessoa.
A verdade está dentro de nós. Não surge das coisas externas, mesmo que assim acreditemos.
A família é o lugar onde as mentes entram em contato entre si. Se essas mentes amam umas as outras, o lar será tão bonito quanto um jardim florido. Mas se essas mentes entrarem em desarmonia umas com as outras, será como uma tempestade que destrói o jardim.
Em nossos pensamentos fazemos o nosso mundo.
Certa vez Buda ajudou uma senhora a atravessar um mangue e a mesma não lhe disse ao menos obrigado.
Logo, um de seus discípulos lhe perguntou:
– Mestre por que não dissestes nada àquela senhora?
Buda não respondeu.
No segundo dia o discipulo lhe fez a mesma pergunta:
– Mestre por que não dissestes nada àquela senhora?
Buda novamente não respondeu.
No terceiro dia seu discípulo tornou a perguntar:
– Mestre por que não dissestes nada aquela senhora?
Ela nem se quer o agradeceu.
Então ele respondeu:
Eu a carreguei apenas uma vez. Você está carregando-a há três dias.
É melhor conquistar a si mesmo do que vencer mil batalhas.
Quem viveu sabiamente não deve temer nem a morte.
Projetistas fazem canais,
arqueiros airam flechas,
artífices modelam a madeira e o barro,
o homem sábio modela-se a si mesmo.
Os seres humanos que se apegam demasiado aos valores materiais são obrigados a reencarnar incessantemente, até compreenderem que ser é mais importante do que ter.
Toda grande caminhada começa com um simples passo.
Há somente dois erros que se podem fazer ao longo do caminho para a verdade: não ir até ao fim, e não partir.
Se o telhado for mal construído ou estiver em mau estado, a chuva irá entrar na casa; assim como a cobiça facilmente entra na mente se ela é mal treinada ou se está fora de controle.
A vitória sobre si mesmo é a maior de todas as vitórias.
Eu sou o que penso ser.
A verdade não está lá fora, a verdade está dentro de você.
Três coisas não podem ser escondidas por muito tempo: o sol, a lua e a verdade.
Liberte-se do apego
Para compartilhar a felicidade
Buscar a felicidade nos sentidos
O sábio domina
Palavra, corpo e mente
Nós somos o que pensamos
Tudo o que somos surge com
nossos pensamentos
Com nossos pensamentos fazemos
o nosso mundo
O conflito não é entre o bem e o mal, mas entre o conhecimento e a ignorância.
Todas as coisas complexas estão condenadas à decadência.
Se pudéssemos ver o milagre duma simples flor, toda a nossa vida mudaria.
Todo sofrimento psicológico é fictício, porque ou está armazenado na memória do passado, ou na imaginação do futuro, porque ambos são apenas ilusórios… O passado já passou e o futuro ainda não chegou.
O único momento real é o presente, e nele reside a eternidade.
Se você vir algo de bom em mim, lembre-se que não está em mim mas em si…
Milhares de velas podem ser acesas de uma única vela, e a vida da vela não será encurtada. Felicidade nunca diminui ao ser compartilhada.
O que somos hoje vem de nossos pensamentos de ontem, e nossos pensamentos presentes erguem a nossa vida de amanhã; nossa vida é criação de nossa mente.
Toda a espiritualidade é sobre aliviar o sofrimento.
O ódio nunca desaparece enquanto pensamentos de mágoas forem alimentados na mente.
Jamais permita que os impasses da vida o perturbem. Afinal, ninguém pode escapar dos problemas, nem mesmo santos ou sábios. Sofra o que tiver que sofrer. Desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto o sofrimento como a alegria como fatos da vida.
Bons amigos são aqueles que nos instruem na fé, empenham-se conosco para aprofundar nossa prática e estudo, e trabalham em harmonia conosco para o avanço da paz mundial.
O silêncio é um espaço vazio. O espaço é o lar da mente desperta.
Feliz aquele que superou seu ego.
Dominar-se a si próprio é uma vitória maior do que vencer milhares numa batalha.
Viva na alegria, no amor, mesmo entre os que odeiam.
Viva na alegria, na saúde, mesmo entre os angustiados.
Viva na alegria, na paz, mesmo entre os atormentados.
Olhe para dentro de você, fique calmo.
Livre-se do medo e do apego, conheça a doce alegria do caminho.
O Sofrimento
A nobre verdade do sofrimento é, ó monges, a seguinte:
o nascimento é sofrimento, a velhice é sofrimento, a morte é sofrimento, as tristezas, os lamentos, o abatimento e o desespero são sofrimento, não conseguir o que se deseja é sofrimento. Em suma, os cinco agregados que provêm dos sentidos são dolorosos.
Seja o testemunho dos seus pensamentos.
Os humanos imploram a misericórdia divina, mas não têm misericórdia dos animais, para os quais são divinos.
Não crie sofrimento
Pratique virtude
Seja senhor de sua mente
Cada um é senhor de si mesmo, deve depender de si próprio; deve, portanto, controlar-se a si próprio.
Conhecer aos outros significa ser sábio, conhecer a si próprio significa ser iluminado.
É a tua própria mente que te leva a praticar o mal.
Toda sensação de perda vem da sensação de posse.
O que acaba com o odio é o amor.
Só com o esforço prolongado e sinceridade, disciplina e autocontrole, o sábio se torna como uma ilha, que nenhuma enchente consegue inundar.
Sofrer é a prova de que você alcançou a sua paz.
Todos os seres nascem iluminados, mas é preciso uma vida inteira para descobri-lo.
A causa de todo sofrimento humano está no desejo e no apego.
– O que é que vocês acham? Estas poucas folhas serão as mais numerosas ou todas as folhas de todas as árvores do bosque? – Pouco numerosas as folhas que o Senhor tem na mão; muito mais numerosas são todas as folhas de todas as árvores do bosque. – Da mesma forma , ó monges, muita coisa é aquilo que aprendi, pouco, muito pouco é o que ensinei. No entanto, não fiz como fazem os mestres que fecham o punho e guardam ciosamente os seus segredos. Pois eu lhes ensinei tudo o que lhes era de utilidade, eu lhes ensinei as quatro verdades. Nada lhes ensinei porém que não fosse útil.
Deixar de fazer o mal, fazer o bem e purificar a mente: essa é a lição de todos aqueles que despertaram.
Obrigar os outros a aceitar pontos de vista pessoais por meio de força, chantagem, trapaça ou manipulação sutil, também faz parte da nossa atividade emocional.
O eu, porém, é apenas mais uma compreensão equivocada. De modo geral, fabricamos a noção de um eu que parece ser uma entidade sólida. Somos condicionados a considerar essa noção como algo concreto e real. Pensamos, Eu sou esta forma, levantando a mão. Pensamos, Eu tenho forma; este é o meu corpo. Pensamos, a forma sou eu; eu sou alto. Pensamos , Eu habito esta forma, apontando para o peito. Fazemos o mesmo com os sentimentos, percepções e ações. Eu tenho sentimentos; eu sou minhas percepções… Sidarta, porém, deu-se conta de que não existe, em lugar nenhum, uma entidade independente que corresponda ao conceito de eu, dentro do corpo ou fora dele. Como a ilusão de ótica do círculo de fogo, o eu é ilusório. Ele é uma falácia – fundamentalmente um erro e, em última análise, inexistente. No entanto, do mesmo modo que podemos nos iludir com o aro de fogo, todos nós nos iludimos ao imaginar que somos o eu. Quando olhamos para o nosso corpo, sentimentos, percepções, ações e consciência, vemos que são diferentes componentes do que pensamos ser o nosso “eu”, mas, se formos examinar esses componentes, verificaremos que o “eu” não reside em nenhum deles.
A saúde é o maior ganho. A alegria a maior riqueza. Os dignos de confiança os melhores parentes. O Nibbana é a felicidade mais elevada.
No contexto do sutra do coração, entendemos o nirvana como a natureza absoluta da mente no estágio em que ela se tornou totalmente limpa de todas as aflições mentais.
É pelo fato de a mente ser inteiramente pura que se diz que tem a natureza do buda.
A vacuidade da mente é entendida como a base do nirvana, seu nirvana natural.
A base do nirvana é a experiência do estado fundamental da mente como uma presença estável.
Meditação traz sabedoria; a falta de meditação deixa-o na ignorância. Saiba bem o que o conduz para a frente e o que o prende atrás, e escolha o caminho que o guie à sabedoria.
O emocionalismo é um subproduto da esperança e do medo, do apego e da aversão. Temos esperança porque estamos apegados a alguma coisa que queremos. Temos medo porque temos aversão a alguma coisa que não queremos. Precisamos interromper as oscilações extremadas do pêndulo emocional para podermos encontrar um eixo de equilíbrio.
Quando começamos pela primeira vez nosso trabalho com as emoções, aplicamos o princípio de que o ferro corta o ferro, o diamante corta o diamante. Usamos o pensamento para transformar o pensamento. Um pensamento raivoso pode ter como antídoto um outro que seja compassivo ao passo que o desejo pode ter seu antídoto na contemplação da impermanência.
O Eu é o mestre do eu . Que outro mestre poderia existir?
Nem o fogo nem o vento, o nascimento ou a morte, pode apagar nossas boas ações.
Não há nada mais terrível do que o hábito da dúvida. Dúvida separa as pessoas. É um veneno que desintegra amizades e rompe relações agradáveis. É um espinho que irrita e dói, é uma espada que mata.
Milhares de velas podem ser acesas a partir de uma única vela e a vida da vela não será encurtada. Felicidade nunca diminui ao ser compartilhada.
Não se apresse em acreditar em nada, mesmo se estiver nas escrituras sagradas.
Não se apresse em acreditar em nada, só porque foi um professor famoso que disse.
Não acredite em nada, apenas porque a maioria concordou que é a verdade.
Não acredite em mim…
Você deveria testar qualquer coisa que as pessoas dizem através de sua própria experiência antes de aceitar ou rejeitar algo.
“Seja uma luz para si mesmo”. Ele está dizendo: Lembre-se, minha verdade não pode ser a sua verdade; minha luz não pode ser a sua luz. Incuta-se do espírito a partir de mim, fique mais sedento a partir de mim, que sua busca seja mais intensa e que você se devote totalmente a ela, aprenda comigo a devoção de um buscador de verdade – mas a verdade, a luz, arderá dentro de você. Você terá que alimentá-la dentro de si.
O sentimento de raiva deve ser evitado como se fosse fogo, pois ele é perturbador e devemos mudar nossa mente, nosso modo de falar e pensar a fim de evitá-lo.
A vida é uma dor.
Feliz aquele que aniquilou o egoísmo, alcançou a paz e encontrou a verdade.
Existem no mundo quatro tipos de indivíduos: os sombrios, que caminham para as sombras; os sombrios, que caminham para a claridade; os claros, que caminham para as sombras e os claros, que buscam a claridade.
Não acrediteis numa coisa, apenas por ouvir dizer. Não acrediteis na fé das tradições, só porque foram transmitidas por longas gerações. Não acrediteis numa coisa só porque é dita e repetida por muita gente. Não acrediteis numa coisa só pelo testemunho de um sábio antigo. Não acrediteis numa coisa só porque as probabilidades a favorecem ou porque um longo hábito vos leva a tê-la por verdadeira. Não acrediteis no que imaginastes, pensando que um ser superior a revelou. Não acredite em coisa alguma apenas pela autoridade dos mais velhos ou dos vossos instrutores. Mas, aquilo que vós mesmos experimentastes, provastes e reconhecestes verdadeiro, aquilo que corresponde ao vosso bem e ao bem dos outros. Isso deveis aceitar, e por isso moldar a vossa conduta.
Se um homem fala ou age com o pensamento puro, a felicidade o acompanha como uma sombra que jamais o deixa.
Se a sua compaixão não inclui a si mesmo, ela é incompleta.
Ninguém nos salva, a não ser nós mesmos. Ninguém pode e ninguém vai. Nós mesmos devemos percorrer o caminho.
A felicidade não depende do que você tem ou quem você é.
Só depende do que você pensa.
Não se esqueça que os instantes que você vive aqui e agora e as pessoas que você convive aqui e agora são os mais importantes da tua vida por que são os únicos reais.
Os sábios, sempre meditativos e firmemente perseverantes, experimentam sozinhos o Nibbāna, a incomparável liberdade da escravidão.
A falsa imaginação te ensina que coisas tais como a luz e a sombra, o comprimento e a altura, o branco e o preto são diferentes e têm que ser discriminadas; mas elas não são independentes uma da outra; elas são aspectos diferentes da mesma coisa, elas são conceitos de relação, não a realidade.
Não importa quantas palavras sagradas tenha lido, não importa quantas palavras sagradas tenha dito… elas não servirão para nada se você não agir de acordo com elas.
É a nossa resistência às circunstâncias que causa nosso sofrimento”
O duelo de Buda – quando Buda foi testado por um espírito da natureza
Um dia Sidarta Gautama, o Buda, estava no jardim de Anathapindika, na cidade de Jetavana, Índia, quando lhe apareceu um Deva (espírito da natureza) em figura de brâmane e vestido de roupas brancas como a neve, e entre ambos se estabeleceu o seguinte duelo:
O Deva:
– Qual é a espada mais cortante?
Ao que Buda respondeu:
– A palavra raivosa é a espada mais cortante.
– Qual é o maior veneno?
– A inveja é o mais mortal veneno.
– Qual é o fogo mais ardente?
– A luxúria.
– Qual é a noite mais escura?
– A ignorância.
– Quem obtém a maior recompensa?
– Quem dá sem desejo de receber é quem mais ganha.
– Quem sofre a maior perda?
– Quem recebe de outro sem devolver nada é o que mais perde.
– Qual é a armadura mais impenetrável?
– A paciência.
– Qual é a melhor arma?
– A sabedoria.
– Qual é o ladrão mais perigoso?
– Um mau pensamento é o ladrão mais perigoso.
– Qual o tesouro mais precioso?
– A virtude.
– Quem recusa o melhor que lhe é oferecido neste mundo?
– Recusa o melhor que se lhe oferece quem aspira à imortalidade.
– O que atrai?
– O bem atrai.
– O que repugna?
– O mal repugna.
– Qual é a dor mais terrível?
– A má conduta.
– Qual é a maior felicidade?
– A libertação.
– O que ocasiona a ruína no mundo?
– A ignorância.
– O que destrói a amizade?
– A inveja e o egoísmo.
– Qual é a febre mais aguda?
– O ódio.
– Qual é o melhor médico?
– O Buda.
O Deva então faz sua última pergunta:
– O que é que o fogo não queima, nem a ferrugem consome, nem o vento abate e é capaz de reconstruir o mundo inteiro?
Buda respondeu:
– O benefício das boas ações.
Satisfeito com as respostas, o Deva, com as mãos juntas, se inclinou respeitosamente ante Buda e desapareceu.
“Poucas pessoas desejam a iluminação, que é simplesmente uma vida natural e simples. Tão natural que a paz que procuram já está no vento que sopra, no ar que respiram, na nuvem que passa, no sol que aquece, e na chuva que molha.”
“Entre escolher ter razão e ser gentil, escolha ser gentil.”
Se sua boca estiver aberta, você não está aprendendo.
É melhor conquistar a si mesmo do que conquistar o mundo
“Veja o falso como falso, o verdadeiro como verdadeiro. Olhe para o seu coração. Siga a sua natureza.”
Cada um de vocês deve fazer de si mesmo uma ilha, deve fazer de si mesmo o seu próprio refúgio; não há outro refúgio. Faça da verdade a sua ilha, faça da verdade o seu refúgio; não há outro refúgio.
Elogio e crítica, ganho e perda, prazer e dor vem e vão como o vento. Para ser feliz, descanse como uma árvore gigante no meio de todos eles.
A saúde é o maior bem;
o contentamento, o maior tesouro;
o amigo fiel, o melhor parente.
O Nirvana é a suprema felicidade.
“…Na família, as mentes fazem contrato entre si. Se existe amor entre elas o lar vai ser lindo como um jardim. Mas e não houver harmonia entre elas é como uma tempestade que destrói o jardim…!”
Não deixe as pessoas te colocarem na tempestade delas. Coloque-as na sua paz.
Pare de ser rosa e tente ser violeta. Tente ter paz e não desigualdade.
Quando se fala e age com pensamentos puros, a felicidade nos acompanha como se fosse uma sombra, jamais nos deixa!
Nós nos tornarmos o que pensamos.
Brâmane, assim como uma flor de lótus azul, vermelha ou branca nasce nas águas, cresce e mantém-se sobre as águas intocada por elas; eu também, que nasci no mundo e nele cresci, transcendi o mundo e vivo intocado por este. Lembre-se de mim como aquele que é desperto.
O apego é a raiz do sofrimento.
“O apego é a raiz do sofrimento.”
Melhor do que mil palavras insignificantes, é uma palavra com significado. Ao ouvi-la se obtém a paz.
Não se associe com amigos prejudiciais; não se associe com pessoas não virtuosas. Associe-se com amigos admiráveis; associe-se com as pessoas verdadeiras.
Felicidade é ter amigos quando surge a necessidade. Felicidade é o contentamento com pouco. Felicidade é o mérito no fim da vida. Felicidade é o abandono de todo sofrimento.
Esses quatro devem ser entendidos como inimigos disfarçados de amigos: aquele que se apropria das posses de um amigo, aquele que faz falsos elogios, aquele que bajula, aquele que traz a ruína.
Quem contém a raiva que surge de igual modo como a conter uma carroça em movimento, esse eu digo ser um verdadeiro cocheiro. Os demais apenas seguram as rédeas.
Quem não abriga pensamentos de hostilidade como: “Ele me maltratou, ele me golpeou, ele me derrotou, ele me roubou” – para aqueles que não abrigam pensamentos como esses, a raiva será apaziguada.
Não se deixem levar pelos relatos, pelas tradições, pelos rumores, por aquilo que está nas escrituras, pela razão, pela inferência, pela analogia, pela competência (ou confiabilidade) de alguém, por respeito por alguém, ou pelo pensamento, “Este contemplativo é o nosso mestre”. Quando vocês souberem por vocês mesmos que “Essas qualidades são inábeis; essas qualidades são culpáveis; essas qualidades são passíveis de crítica pelos sábios; essas qualidades quando postas em prática conduzem ao mal e ao sofrimento” – então vocês devem abandoná-las.
Tendo atravessado todos os quadrantes com a mente,
ele não encontra em nenhum lugar alguém mais querido do que ele mesmo.
Do mesmo modo, toda pessoa considera a si mesma como a mais querida;
por conseguinte quem ama a si mesmo não deveria ferir os outros.
Aqueles que dão importância àquilo que não é importante e que não dão importância àquilo que é importante, sustentando pensamentos errôneos, eles nunca alcançarão aquilo que é importante.
Fáceis de serem vistos são os defeitos dos outros, difíceis mesmo de ver são os nossos. Os defeitos dos outros são revelados como no ato de separar a casca do grão. Mas os seus próprios defeitos você esconde como o trapaceiro esconde a jogada perdida.
As ações ruins são difíceis de conter. Não permita que a cobiça e a raiva o arrastem para o sofrimento prolongado.
Não pela eloquência ou pela bela aparência uma pessoa é bela, se ela for invejosa, egoísta, enganadora.
Não é através do silêncio que alguém tolo e confuso se torna um sábio. Aquele que é sábio, como se tivesse uma balança, pesa e adota apenas aquilo que é bom.
Ocioso sem se esforçar quando deve – embora jovem e vigoroso –, tomado pela preguiça e pensamentos inúteis, não encontrará o caminho para a sabedoria.
Seja o seu próprio protetor, seja o seu próprio refúgio. Assim controle a si mesmo tal como um mercador a sua preciosa montaria.
Melhor não praticar uma ação prejudicial, pois uma ação condenável atormentará mais tarde. Melhor praticar uma ação benéfica – que, praticada, não atormenta.
Quem possui fé e virtude, boa reputação e riqueza, onde quer que vá é sempre respeitado.
Se pela renúncia a uma felicidade inferior é possível alcançar uma felicidade superior, que o homem sábio abandone a inferior pela superior.
Tal como a ferrugem originada do ferro devora ela mesma o ferro, assim também as próprias ações conduzem a um destino ruim.
Nunca houve, nunca haverá, tampouco agora há alguém que seja sempre censurado, ou alguém que seja sempre elogiado.
Quem substitui as ações ruins por ações benéficas ilumina o mundo, como a lua liberta das nuvens.
Não negligencie o bem maior por conta de outrem, embora importante. Saiba bem o que lhe traz benefício e dedique-se a isso.
Abandone o passado, abandone o futuro, abandone o presente, cruze para a outra margem. Com a mente liberta de tudo, não regresse ao nascimento e decrepitude.
Não imagino uma única coisa que, quando desprotegida, cause um dano tão grande quanto a mente. A mente, quando desprotegida, causa grandes danos.
Todas as ações são comandadas pela mente. A mente é o senhor delas, a mente é quem as fabrica.
Onde houver uma imagem, haverá uma ilusão.
O Deva então faz sua última pergunta:
– O que é que o fogo não queima, nem a ferrugem consome, nem o vento abate e é capaz de reconstruir o mundo inteiro?
Buda respondeu:
– O benefício das boas ações.
Quem contém a raiva que surge de igual modo como a conter uma carroça em movimento, esse eu digo ser um verdadeiro cocheiro. Os demais apenas seguram as rédeas.
Quem não abriga pensamentos de hostilidade como: “Ele me maltratou, ele me golpeou, ele me derrotou, ele me roubou” – para aqueles que não abrigam pensamentos como esses, a raiva será apaziguada.
As ações ruins são difíceis de conter. Não permita que a cobiça e a raiva o arrastem para o sofrimento prolongado.
Não pela eloquência ou pela bela aparência uma pessoa é bela, se ela for invejosa, egoísta, enganadora.
Não é através do silêncio que alguém tolo e confuso se torna um sábio. Aquele que é sábio, como se tivesse uma balança, pesa e adota apenas aquilo que é bom.
Ocioso sem se esforçar quando deve – embora jovem e vigoroso –, tomado pela preguiça e pensamentos inúteis, não encontrará o caminho para a sabedoria.
Melhor não praticar uma ação prejudicial, pois uma ação condenável atormentará mais tarde. Melhor praticar uma ação benéfica – que, praticada, não atormenta.
Quem possui fé e virtude, boa reputação e riqueza, onde quer que vá é sempre respeitado.
Tal como a ferrugem originada do ferro devora ela mesma o ferro, assim também as próprias ações conduzem a um destino ruim.
Nunca houve, nunca haverá, tampouco agora há alguém que seja sempre censurado, ou alguém que seja sempre elogiado.
Quem substitui as ações ruins por ações benéficas ilumina o mundo, como a lua liberta das nuvens.
Não negligencie o bem maior por conta de outrem, embora importante. Saiba bem o que lhe traz benefício e dedique-se a isso.
Gate gate paragate parasamgate bodhi svaha. – Prossiga, prossiga, prossiga, vá em frente com decisão, caminhe para diante, firme-se na iluminação. [Escrituras Mahayana, cujo elo são os bodhisattvas, como Maytreya e Manjushri.
Meus ensinamentos são como dedo apontado para Lua, não confundam o dedo com a Lua
Tal como uma grande enchente leva de enxurrada uma aldeia que dorme, também a morte apanha e leva de enxurrada o homem de mente apegada, delirando pelos seus filhos e gado.
Que os leigos e monges pensem que fui eu que fiz. Em toda a obra, grande e pequena, que eles me sigam. Tal é a ambição do tolo; assim aumenta o seu desejo e orgulho.
Saiba que todas as coisas são assim:
Uma miragem, um castelo de núvens,
Um sonho, uma aparição,
Sem essência, mas com qualidades que podem ser vistas.
Saiba que todas as coisas são assim:
Como a Lua num céu brilhante,
Em algum lago límpido reflectida,
Ainda que para esse lago a Lua jamais se tenha movido.
Saiba que todas as coisas são assim:
Como um eco proveniente
Da música, sons e pranto.
Embora nesse eco não haja nenhuma melodia.
Saiba que todas as coisas são assim:
Tal como um mágico cria ilusões
De cavalos, bois, carroças e outras coisas,
Nada é o que parece.
[ Encontrado em “O livro tibetano da vida e da morte,” Editorial Presença, direitos de autor de 2016, 2ª ediçção, tradução de isabel Andrade. página 57. Título original “The Tibetan Book of Living and Dying” copyright 2022 by Rigpa Fellowship. No Samadhirajasutra citado em Ancient Futures: Learning from Ladakh, Helena Norbert-Hodge, Rider, Londres, 1991, p.72.]
O que nasceu há de morrer,
O que foi reunido será disperso,
O que foi acumulado esgotar-se-á,
O que foi construido há de ruir,
E o que esteve no topo será derrubado.
[O livro tibetano da vida e da morte, Editorial Presença, tradução de isabel Andrade, página 57.]
De todas as pegadas,
A do elefante é suprema,
De todas as meditações focalizadas,
A da morte é suprema.
[O livro tibetano da vida e da morte, Editorial Presença, direitos de autor de 2016, 2ª ediçção, tradução de isabel Andrade. página 56. Citação do Sutra Mahaparinirvana.]
“Éramos felizes. O desejo é que gera o descontentamento; a felicidade nasce de uma mente em paz. Para muitos tibetanos, a vida material era difícil, mas eles não eram vítimas do desejo. E, na simplicidade e na pobreza de nossas montanhas, a paz de espírito era mais presente do que em muitas cidades do mundo.”
Nossa existência é transitória como as nuvens do outono. Observar o nascimento e a morte do ser é como olhar os movimentos da dança.
Uma vida é como o brilho de um relâmpago no céu. Levada pela torrente montanha abaixo.
Não é justo aquele que julga às pressas, ou usa da violência; o sábio serenamente considera o que é certo e o que é errado.
Não há, nunca houve, nem nunca haverá um homem que seja sempre censurado, ou um homem que seja sempre louvado.
O que somos é consequência do que pensamos.
Tudo o que é passageiro é uma ilusão que nos vem incomodar.
O homem implora a misericórdia de Deus mas não tem piedade dos animais, para os quais ele é um deus. Os animais que sacrificais já vos deram o doce tributo de seu leite, a maciez de sua lã e depositaram confiança nas mãos criminosas que os degolam. Ninguém purifica seu espírito com sangue. Na inocente cabeça do animal não é possível colocar o peso de um fio de cabelo das maldades e erros pelos quais cada um terá de responder.
Um homem só é nobre quando consegue sentir piedade por todas as criaturas.
Todos os seres vivos tremem diante da violência. Todos temem a morte, todos amam a vida. Projete você mesmo em todas as criaturas. Então, a quem você poderá ferir? Que mal você poderá fazer?
Tudo o que somos é resultado do que pensamos.
O Eu é o mestre do eu. Que outro mestre poderia existir?
Tudo existe, é um dos extremos.
Nada existe é o outro extremo.
Devemos sempre nos manter afastados desses dois extremos,
e seguir o Caminho do Meio.
Por mais que na batalha se vença um ou mais inimigos, a vitória sobre si mesmo é a maior de todas as vitórias.
Feliz aqueles cujo conhecimento é livre de ilusões e superstições.
Pratiquem a bondade, não criem sofrimento, dirijam a própria mente. Esta é a essência do Budismo.
Abaixo da iluminação, só há dor.
Sede vosso próprio guia e vosso próprio archote.
Eleva os olhos, permitindo que o teu espírito
voe em busca de luz…
No alto há paz
E louvores que balsamisam dores
Os Anjos dedilham a canção sonora que acaricia e enleva,
confortando corações…
Permita-se ouvir…
Envolva-te em oração, adorando…
E a beleza infinita que a tudo perscruta, ao reconhecer tuas asas,
derramará sobre ti o óleo sagrado que purifica, perfuma e mantém
vivo o Amor Sublime…
Não deseje e não sofra! O desejo é a alma do sofrer.
O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sabia e seriamente o presente.
A vida não é uma pergunta a ser respondida. É um mistério a ser vivido.
Onde quer que viva, esse é o seu templo, se o tratar como o tal.
Não vou dizer a vocês que as coisas são de um jeito ou de outro; mas, se vocês são reais, onde estão? E, se o mundo é real, onde está?
Jamais, em todo o mundo, o ódio acabou com o ódio; o que acaba com o ódio é o amor.
Há cinco coisas neste mundo que ninguém pode realizar: primeira, evitar a velhice, quando se está envelhecendo; segunda, evitar a doença, quando o corpo é predisposto à enfermidade; terceira, não morrer quando o corpo deve morrer; quarta, negar a dissolução, quando, de fato, há a dissolução do corpo; quinta, negar a extinção, quando tudo deve extinguir-se.
Aqueles que buscam a Iluminação devem sempre se lembrar da necessidade de manter constantemente puros o corpo, a fala e a mente. (…) A mente impura segue atos impuros e estes trarão sofrimentos. Assim, é de suma importância que se conservem puros a mente e o corpo.
Os quatro procedimentos corretos são: primeiro evitar o início do mau. Segundo, eliminar todo o mal, tão logo apareça. Terceiro, induzir que se façam boas ações. Quarto, estimular o desenvolvimento e prosseguimento das boas ações que já começaram. É de suma importância que se pratiquem estes quatro procedimentos.