AutorBernardo Guimarães

Bernardo Guimarães

O meu coração há muito já lhe
pertence, sinto que meu destino
de hoje em diante depende so de você,
você será sempre a minha estrela
nos caminhos da vida.
Creio que me conhece o bastante para
acreditar na sinceridade de minhas palavras.

Bernardo Guimarães

Se eu de ti me esquecer
Se eu de ti me esquecer, nem mais um riso
Possam meus tristes lábios desprender;
Para sempre abandone-me a esperança,
Se eu de ti me esquecer.
Neguem-me auras o ar, neguem-me os bosques
Sombra amiga, em que possa adormecer,
Não tenham para mim murmúrio as águas,
Se eu de ti me esquecer.
Em minhas mãos em áspide se mude
No mesmo instante a flor, que eu for colher;
Em fel a fonte, a que chegar meus lábios,
Se eu de ti me esquecer.
Em meu peregrinar jamais encontre
Pobre albergue, onde possa me acolher;
De plaga em plaga, foragido vague,
Se eu de ti me esquecer.
Qual sombra de precito entre os viventes
Passe os míseros dias a gemer,
E em meus martírios me escarneça o mundo,
Se eu de ti me esquecer.
Se eu de ti me esquecer, nem uma lágrima
Caia sobre o sepulcro, em que eu jazer;
Por todos esquecido viva e morra,
Se eu de ti me esquecer.

Bernardo Guimarães

Lembrar-me-ei de ti
Lembrar-me-ei de ti, e eternamente
Hei de chorar tua fatal ausência,
Enquanto atroz saudade
Não extinguir-me a seiva da existência;
E recordando amores que frui,
Por estes sítios sempre entre suspiros
Lembrar-me-ei de ti.
De noite no aposento solitário
Cismando a sós, verei a tua imagem
Aparecer-me pálida e saudosa
Dos sonhos na miragem;
E então chorando o anjo que perdi,
Meu leito banharei de ardente pranto
Chamando em vão por ti.
Quando a manhã formosa alvorecendo
De seus fulgores inundar o espaço,
Demandarei saudoso
Esse lugar em que no extremo abraço
Teu lindo corpo ao peito meu cingi;
E deste vale os ecos acordando
Perguntarei por ti.
Quando por trás daqueles arvoredos
O sol sumir-se, vagarei sozinho
Por essas sombras, onde outrora juntos
Nos sentamos à borda do caminho;
E às auras que suspiram por ali,
Inda teu doce nome murmurando,
Hei de falar de ti.
Além, onde sonora a fonte golfa
À sombra de um vergel sempre viçoso,
Que sobre nós mil flores entornava,
Irei beijar a relva em que ditoso
Sobre teu seio a fronte adormeci,
E com a clara linfa que murmura,
Suspirarei por ti.
E quando enfim secar-se a última lágrima
Nos olhos meus em triste desalento,
Bem como a lira, em que gemendo estala
A extrema corda com dorido acento,
No sítio em que a primeira vez te vi,
Exalando um suspiro, de saudades
Hei de morrer por ti.

Bernardo Guimarães

Nestes mares sem bonança,
Boiando sem esperança,
Meu baixel em vão se cansa
Por ganhar o amigo porto;
Em sinistro negro véu
Minha estrela se escondeu;
Não vejo luzir no céu
Nenhum lume de conforto.

Bernardo Guimarães

Os meus braços estão presos,
A ninguém posso abraçar,
Nem meus lábios, nem meus olhos
Não podem de amor falar;
Deu-me Deus um coração
Somente para penar.

Bernardo Guimarães

– Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do queuma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?

Bernardo Guimarães

Não é só a morte que nivela as condições; o destino às vezes a antecipa, e se compraz em curvar a cabeça dos ricos e orgulhosos até beijarem o pó da terra, e coloca escravos ao nível do senhor”.

Bernardo Guimarães

Meu destino é de tal ordem, meu amigo, que a minha sogra tem o nome de Felicidade”. –

Bernardo Guimarães

O destino é cego, e o raio que fulmina sobre a cabeça do culpado também às vezes debruça sobre o lodo o lírio puro da inocência e da virtude”.

Bernardo Guimarães

Ferida pelo infortúnio, a alma bem formada não blasfema contra Deus, nem se revolta contra os homens. –

Bernardo Guimarães

O selvagem é como a criança; suas alegrias e pesares são tão vivos e violentos, quão passageiros e fáceis de se dissipar.

Bernardo Guimarães

Os grandes tesouros nunca aparecem a quem os procura e mostram-se por um feliz acaso a quem com eles nem sonhava”.

Bernardo Guimarães

Oh! essas emoções suaves da primeira quadra da vida têm um filtro sutil, um aroma inextinguível, que se entranha no coração para nunca mais despregar-se dele.

Bernardo Guimarães

O destino é cego, e o raio que fulmina sobre a cabeça do culpado também às vezes debruça sobre o lodo o lírio puro da inocência e da virtude”.

Bernardo Guimarães

Meu destino é de tal ordem, meu amigo, que a minha sogra tem o nome de Felicidade”.

Bernardo Guimarães

Queria que algo de bom entrasse na minha vida, pra ficar!

Bernardo Guimarães

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