Assim que ficamos a sós, ele me girou nos braços e me carregou para o terreno escuro até chegar no banco nas sombras das árvores. Ele sentou ali, mantendo-me aninhada em seu peito. A lua já estava alta, visível através das nuvens diáfanas (…)
– Porquê? – Perguntei delicadamente.
Ele me ignorou olhando a lua.
– O crepúsculo, de novo – murmurou ele – Outro fim. Mesmo que o dia seja perfeito, sempre tem um fim.
– Alguma coisas não precisam terminar – sussurrei.
O amor pode dar às pessoas o poder de despedaçar você.
Quanto mais se ama alguém, menos tudo faz sentido.
Ele me olhou através dos cílios longos, os olhos dourados suaves, mas de certo modo, ainda em brasa.
– Prometo ama-lá para sempre… a cada dia da eternidade. Quer se casar comigo?
Havia muitas coisas que eu queria dizer, algumas não muito boas e outras mais revoltantes de pieguice e romantismo do que ele sonhava que eu seria capaz. Em vez de me constranger com qualquer das opções, eu sussurrei um “sim”.
– Obrigado – disse Edward simplesmente. Ele pegou minha mão esquerda e beijou a ponta de cada um dos dedos antes de beijar a aliança que então era minha.
E eu não me importava se ele não me queria. Eu nunca iria querer nada além dele, não importava quanto tempo eu vivesse.
Você é… bem, você não é exatamente o amor da minha vida, porque eu espero te amar por muito mais tempo que isso. O amor da minha existência.
Se todo o resto perecesse, e ele permanecesse, eu deveria continuar a existir; se todo o resto permanecesse, e ele fosse aniquilado, o universo se transformaria em um poderoso estranho.
Nunca pensei muito em como eu morreria, mas morrer no lugar de alguém que eu amo parece ser uma boa maneira de partir.
Mesmo eu lutando pra não pensar nele, eu não lutava pra esquecê-lo.
Por que ele não olha pra mim? Será que eu sou tão inútil assim?
E eu me dei conta com uma penetrante sensação de desespero, que não havia jeito daquela criatura divina ter sido feita para viver ao meu lado.
Proibida de lembrar, e com medo de esquecer, era uma situação de limite.
Afinal, de quantas maneiras um coração pode ser destroçado e continuar batendo?
Algo de que eu tinha certeza – sabia disso na boca do estômago, no cerne de meus ossos, sabia disso de minha cabeça à sola dos pés, sabia no fundo de meu peito – era que o amor pode dar às pessoas o poder de despedaçar você.
O amor não funciona desse jeito, concluí. Depois que você gosta de uma pessoa,
é impossível ser lógica com relação a ela.
Antigamente eu pensava em você assim, sabia? Como o sol. Meu sol particular. Você compensava bem as nuvens para mim.
O que é mais tentador a você: meu sangue ou meu corpo?
Eu pensei comigo mesma porque ninguém havia visto ele em pé lá longe, antes que
ele estivesse de repente, impossivelmente salvando a minha vida. Com pesar, eu me
dei conta da possível causa – ninguém estava tão consciente da presença de Edward
quanto eu estava. Ninguém mais observava ele como eu. Que pena.
After 18 years of being utterly ordinary, I finally found that I could shine.
Respirei fundo e esperei que ar encontrasse nos pulmões. Isso não aconteceu.
Quando se gosta de alguma pessoa, é impossível ser lógico em relação a ela.
E eu percebi que me divertia com a solidão ao invés de me sentir solitária.
Mas este sempre foi o meu jeito. Tomar decisões era a parte dolorosa, a parte que me angustiava. Mas depois que a decisão era tomada, eu simplesmente a seguia – em geral com alívio por ter decidido o que fazer. Às vezes o alívio era tingido de desespero, mas ainda era melhor do que lutar contra as alternativas.
Eu era como uma concha, como uma casa vazia, por meses sem ninguém – uma casa condenada – eu era completamente inabitável. Nenhum investimento poderia me deixar funcional outra vez.
O tempo sempre se acelera quando se está ansiosa pra fazer algo desagradável.
Isso será bem típico – eu estragar tudo, destruir o mundo num momento de trapalhada!
Era um alívio ficar sozinha, sem ter que sorrir e ficar satisfeita; um alívio olhar pela janela a chuva entristecendo tudo e até deixar algumas lágrimas caírem.
Não acho que realmente tinha dormido. Só me perdi num estupor sem pensamentos, prendendo-me com todas as forças ao torpor que me impedia de perceber o que eu não queria.
Tropeço em meus próprios pés, odeio aniversários, fico corada por qualquer coisa e prefiro ler livros a festas e badalações.
Agora você sabe… ninguém nunca amou alguém como eu amo você…
Eu parecia uma lua perdida – meu planeta destruído em algum cenário de cinema-
catástrofe – que continuava, apesar de tudo, numa órbita muito estreita pelo espaço
vazio que ficou, ignorando as leis da gravidade.
A dor é a única coisa que resta da existência de vocês. E a única coisa que me resta é a dor.
Minha vida era uma noite sem lua. Muito escura, mas com estrelas, pontos de luz e
razão… E aí você apareceu no meu céu como um meteoro.
Eu não me relacionava bem com pessoas da minha idade. Talvez a verdade fosse que eu não me relacionava bem com as pessoas, ponto.
Assim que ficamos a sós, ele me girou nos braços e me carregou para o terreno escuro até chegar no banco nas sombras das árvores. Ele sentou ali, mantendo-me aninhada em seu peito. A lua já estava alta, visível através das nuvens diáfanas (…)
– Porquê? – Perguntei delicadamente.
Ele me ignorou olhando a lua.
– O crepúsculo, de novo – murmurou ele – Outro fim. Mesmo que o dia seja perfeito, sempre tem um fim.
– Alguma coisas não precisam terminar – sussurrei.
O amor pode dar às pessoas o poder de despedaçar você.
Quanto mais se ama alguém, menos tudo faz sentido.
Ele me olhou através dos cílios longos, os olhos dourados suaves, mas de certo modo, ainda em brasa.
– Prometo ama-lá para sempre… a cada dia da eternidade. Quer se casar comigo?
Havia muitas coisas que eu queria dizer, algumas não muito boas e outras mais revoltantes de pieguice e romantismo do que ele sonhava que eu seria capaz. Em vez de me constranger com qualquer das opções, eu sussurrei um “sim”.
– Obrigado – disse Edward simplesmente. Ele pegou minha mão esquerda e beijou a ponta de cada um dos dedos antes de beijar a aliança que então era minha.
E eu não me importava se ele não me queria. Eu nunca iria querer nada além dele, não importava quanto tempo eu vivesse.
Você é… bem, você não é exatamente o amor da minha vida, porque eu espero te amar por muito mais tempo que isso. O amor da minha existência.
Se todo o resto perecesse, e ele permanecesse, eu deveria continuar a existir; se todo o resto permanecesse, e ele fosse aniquilado, o universo se transformaria em um poderoso estranho.
Nunca pensei muito em como eu morreria, mas morrer no lugar de alguém que eu amo parece ser uma boa maneira de partir.
Mesmo eu lutando pra não pensar nele, eu não lutava pra esquecê-lo.
Por que ele não olha pra mim? Será que eu sou tão inútil assim?
E eu me dei conta com uma penetrante sensação de desespero, que não havia jeito daquela criatura divina ter sido feita para viver ao meu lado.
Proibida de lembrar, e com medo de esquecer, era uma situação de limite.
Afinal, de quantas maneiras um coração pode ser destroçado e continuar batendo?
Algo de que eu tinha certeza – sabia disso na boca do estômago, no cerne de meus ossos, sabia disso de minha cabeça à sola dos pés, sabia no fundo de meu peito – era que o amor pode dar às pessoas o poder de despedaçar você.
O amor não funciona desse jeito, concluí. Depois que você gosta de uma pessoa,
é impossível ser lógica com relação a ela.
Antigamente eu pensava em você assim, sabia? Como o sol. Meu sol particular. Você compensava bem as nuvens para mim.
O que é mais tentador a você: meu sangue ou meu corpo?
Eu pensei comigo mesma porque ninguém havia visto ele em pé lá longe, antes que
ele estivesse de repente, impossivelmente salvando a minha vida. Com pesar, eu me
dei conta da possível causa – ninguém estava tão consciente da presença de Edward
quanto eu estava. Ninguém mais observava ele como eu. Que pena.
After 18 years of being utterly ordinary, I finally found that I could shine.
Respirei fundo e esperei que ar encontrasse nos pulmões. Isso não aconteceu.
Quando se gosta de alguma pessoa, é impossível ser lógico em relação a ela.
E eu percebi que me divertia com a solidão ao invés de me sentir solitária.
Mas este sempre foi o meu jeito. Tomar decisões era a parte dolorosa, a parte que me angustiava. Mas depois que a decisão era tomada, eu simplesmente a seguia – em geral com alívio por ter decidido o que fazer. Às vezes o alívio era tingido de desespero, mas ainda era melhor do que lutar contra as alternativas.
Eu era como uma concha, como uma casa vazia, por meses sem ninguém – uma casa condenada – eu era completamente inabitável. Nenhum investimento poderia me deixar funcional outra vez.
O tempo sempre se acelera quando se está ansiosa pra fazer algo desagradável.
Isso será bem típico – eu estragar tudo, destruir o mundo num momento de trapalhada!