A canção está posta à mesa
Entre dedos e anéis, a faca e o beijo na mão
Sou teu sim!
Não teu não!
E eu só estava querendo me apaixonar
Fiquei rebelde com causa
Pisei no chão como mártir
E comecei a gritar
Multidões de gargalhadas
Enfrentei uma corrente de raiva
Desnudei minhas canções
Com a carne dos meus versos
E beijei todas as bocas e mãos
Que pensaram num dia me abandonar
Se eu pedir perdão
Se eu te der a mão
Será que você volta?
Desde quando eu
Fiquei a pé
Arquei com o peso
Do meu pesar
A cama, a fronha, as suas roupas a me encarar
Um medo latente, gigante
Eu não posso aguentar
Fui obrigado a viver sem você
Arame farpado que é amar um outro alguém
O tempo dirá
O tempo curará
O tempo apagará você de mim
Não me amole não
Não me enrole não
Que eu sou mulher de botar pra quebrar