O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem.
Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
O Homem distingue-se dos homens. Nada se diz de essencial acerca da catedral se apenas falarmos das pedras. Nada se diz de essencial a respeito do Homem se procurarmos defini-lo pelas qualidades humanas.
Mulher: a mais nua das carnes vivas e aquela cujo brilho é o mais suave.
A terra ensina-nos mais acerca de nós próprios do que todos os livros. Porque ela nos resiste.
Cada um é responsável por todos. Cada um é o único responsável. Cada um é o único responsável por todos.
Se a vida não tem preço, nós comportamo-nos sempre como se alguma coisa ultrapassasse, em valor, a vida humana… Mas o quê?
O verdadeiro homem mede a sua força quando se defronta com o obstáculo.
A ordem não cria a vida.
Os homens compram tudo pronto nas lojas… Mas como não há lojas de amigos, os homens não têm amigos.
O progresso do homem não é mais do que uma descoberta gradual de que as suas perguntas não têm significado.
Fica responsável por tudo aquilo que domesticaste.
Não há uma fatalidade exterior. Mas existe uma fatalidade interior: há sempre um minuto em que nos descobrimos vulneráveis; então, os erros atraem-nos como uma vertigem.
A grandeza da oração reside principalmente no fato de não ter resposta, do que resulta que essa troca não inclui qualquer espécie de comércio.
Sacrifício não significa nem amputação nem penitência. (…) Ele é uma oferta de nós próprios ao Ser a que recorremos.
Os ritos são no tempo o mesmo que o domicílio é no espaço.
Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção.
Amem quem vos comanda. Mas sem lhes dizer.
Conhecer não é demonstrar nem explicar, é aceder à visão.
O escravo constrói o seu orgulho em função do ardor do patrão.
A grandeza de uma profissão é talvez, antes de tudo, unir os homens: não há senão um verdadeiro luxo e esse é o das relações humanas.
Ao reencontrar os amigos, todos nós já provamos o encanto das más lembranças.
Tenho o direito de exigir obediência, porque as minhas ordens são sensatas.
É o espírito que conduz o mundo e não a inteligência.
A verdade não é, de modo algum, aquilo que se demonstra, mas aquilo que se simplifica.
Também somos ricos das nossas misérias.
O que conduz o mundo é o espírito e não a inteligência.
O que nos salva é dar um passo e outro ainda.
Apenas se vê bem com o coração, pois nas horas graves os olhos ficam cegos.
Há vitórias que exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam.
As pessoas crescidas têm sempre necessidade de explicações… Nunca compreendem nada sozinhas e é fatigante para as crianças estarem sempre a dar explicações.
Os regulamentos assemelham-se aos ritos de uma religião, que parecem absurdos, mas moldam os homens.
Ser homem é ser responsável. É sentir que colabora na construção do mundo.
Amai aqueles em quem mandais. Mas sem lhes dizer nada.
Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo.
Na vida, não existem soluções. Existem forças em marcha: é preciso criá-las e, então, a elas seguem-se as soluções.
É o mesmo sol que derrete a cera e seca a argila.
Os olhos são cegos. É preciso ver com o coração…
Se tu vens às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.
Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.
Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
A gente só conhece bem as coisas que cativou.
Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, o qual é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.
Só conheço uma liberdade, e essa é a liberdade do pensamento.
E foi então que apareceu a raposa:
– Bom dia, disse a raposa.
– Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
– Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira…
– Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita…
– Sou uma raposa, disse a raposa.
– Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste…
– Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
– Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
– Que quer dizer “cativar”?
– Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
– Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer “cativar”?
– Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
– Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
– É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços”.
– Criar laços?
– Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…
– Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor… Eu creio que ela me cativou…
– É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra…
– Oh! Não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
– Num outro planeta?
– Sim.
– Há caçadores nesse planeta?
– Não.
– Que bom. E galinhas?
– Também não.
– Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua ideia:
– Minha vida é monótona. Eu caço galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
– Por favor… cativa-me! disse ela.
– Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
– A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
– Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
– É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei para o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto…
No dia seguinte o principezinho voltou.
– Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!
Eu não preciso de ti. Tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, e se eu te cativar… ambos precisaremos, um do outro.
As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam d pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém… Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto… e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!
Sois belas, mas vazias. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus a redoma. Foi a ela que abriguei com o para-vento. Foi dela que eu matei as larvas. Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
É sempre no meio, no epicentro de nossos problemas que encontramos a serenidade.
Fiz mal em envelhecer. Foi uma pena. Eu era tão feliz quando criança…
Felicidade! É inútil buscá-la em qualquer outro lugar que não seja no calor das relações humanas… Só um bom amigo pode levar-nos pela mão e nos libertar.
(Terra dos Homens – 1939)
Foi o tempo que investiste em tua rosa que fez tua rosa tão importante.
Sou um pouco de todos que conheci, um pouco dos lugares que fui, um pouco das saudades que deixei e sou muito das coisas que gostei.
Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa.
Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que fez tua rosa tão importante.
O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.
Se acolho um amigo à minha mesa, peço que se assente e, se é coxo, não peço que comece a dançar.
Se alguma coisa se te opõe e te fere, deixa crescer. É que estás a ganhar raízes e a mudar. Abençoado ferimento que te faz parir de ti próprio.
São os caminhos invisíveis do amor que libertam o homem.
É preciso viver muito tempo para se tornar um homem.
Entrelaça-se lentamente a rede das amizades e das ternuras.
Aprende-se lentamente. A obra compõe-se devagar.
É preciso viver muito tempo para que a pessoa se cumpra.
Eu não preciso de ti. Tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, e se eu te cativar… Ambos precisaremos, um do outro. A gente só conhece bem as coisas que cativou. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!
Um Amigo
Um amigo é fruto de uma escolha.
É uma opção de amor
É a descoberta da alma irmã.
É a consciência clara e permanente de algo sublime
que não está na natureza das coisas perecíveis.
É um tesouro sem preço, um gostar sem distância,
de alguém presente em nosso caminho,
nas horas de dúvida, de alegria, demais para ser perdido,
importante para ser esquecido
Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieto e agitado: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração.
O Pequeno Príncipe
A autoridade repousa sobre a razão.
Nas horas graves, os olhos ficam cegos; é preciso, então, enxergar com o coração.
O futuro não é um lugar onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quando o destino.
Preparar o futuro significa fundamentar o presente.
Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer.
A flor que tu amas não está em perigo
É tão misterioso o país das lágrimas
Ah! Meu pedacinho de gente, meu amor, como eu gosto de ouir esse riso! Pois é ele o meu presente.
As pessoas tem estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém.
Quando olhares o céu de noite, porque habitarei numa delas, porque numa delas esterei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir!
E quando te houveres consolado ( a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto… E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: “Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!” E eles te julgarão maluco.
A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar.
O sorriso do irreparável gelou-me de novo. E eu compreendi que não podia suportar a idéia de nunca mais escutar esse sorriso. Ele era para mim como uma fonte no deserto.
Se me cativares, minha vida será como cheia de sol
Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é úninca no mundo.
Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposas igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…
Os homens não tem mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não tem mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me
-Que é preciso fazer?
-É preciso ser paciente_ Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, a cada dia, e sentarás mais perto
(…)
É preciso ter ritos.
-O que é um rito?
-É ma coisa muito esquecida também _ É o que faz com que um dia seja diferente de outros dias; uma hora, das outras
É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar.
Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E serei para ti única no mundo.
Minha vida é monótona. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente de outros…
Quando a gente está triste demais, gosta do pôr do sol…
On ne voit bien qu’avec le coeur.
L’essentiel est invisible pour les yeux.
O Pequeno Príncipe
Menino pequeno, perdido no mundo
sozinho e cercado de imagem e ilusão,
vagando, vagando sem número e data,
descobre a verdade no meio do chão.
Descobre na terra, de olhos pr’o ceu,
pequeno menino perdido e sozinho,
reinados de estrelas, de sóis e de flores,
poemas ficados na cruz de um caminho.
Menino pequeno, sozinho encontrou
prazer escondido de olhar e sonhar
viver e cantar, beijar e reinar,
deitar e chorar, num berço de ar
Menino tão só, perdido e pequeno
que veio do ceu, que acaba no mar,
com um sopro retira, do chão, essa gente
e ensina que é fácil ter asa e voar
Menino sozinho, no mundo perdido
Menino perdido, pequeno e querido.
Um monte de pedras deixa de ser um monte de pedras no momento em que um único homem o contempla, nascendo dentro dele a imagem de uma catedral.
Se procuro em minhas recordações os que me deixaram um sabor duradouro, se faço balanço das horas que valeram, sempre me encontro com aquelas que não valeram a pena.
O essencial é invisível aos olhos.
Poucas pessaos se ocupam de coisas que não sejam si mesmas.
Em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos.
O pequeno príncipe percebeu logo que a flor não era modesta. Mas ela era tão envolvente!
Ainda que seus passos pareçam inúteis; vá abrindo caminhos como a água que desce cantando da montanha. Outros te seguirão…
Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.
Que essa semana seja para você, um início
de vida Inteiramente Azul. Que o mau
humor e as coisas ruins fiquem bem longe
de você. Que possa comemorar cada
novo dia e aceite cada momento como um
presente especial da vida. Que possa
declarar, demonstrar e receber muito amor.
Que sonhe e voe cada vez mais alto,
e alcance seus sonhos!
A busca da felicidade é uma
constante… Embora o poder da
gente se esbarre no medo.
O medo de arriscar nos torna
vulneráveis. Nos priva da felicidade,
de nossos sonhos. Dê razão
a sua existência, tenha desejo…
Tenha sonhos e tente realizá-los…
Viva, e seja você sempre,
afinal, você existe…
Amigo não é aquele que aponta
caminhos… Caminha com você!
Não é somente aquele que ouve o
que você tem a dizer, Fala com você!
Não é aquele que enxuga suas
lágrimas, Chora com você!
Não espera um sorriso, Sorri com você!
Não deseja um abraço, Abraça !
Não deseja ser amado, Ama com você!
Não é tão especial., É muito mais você
é…
Para os felizes, 7 motivos
Para os tristes, mais 7 dias
Para a esperança, 7 novas manhãs
Para os sozinhos, 7 chances
Para os ausentes, 7 culpas
Para o pessimista, 7 riscos
Para o otimista, 7 oportunidades
Para a terra, 7 voltas.
Para a vida….Tudo! Faça de cada
dia desta semana um dia especial!
Se alguém ama uma flor da qual só
existe um exemplar em milhões e
milhões de estrelas, isso basta para
que seja feliz quando a contempla.
Ele pensa: Minha flor está lá,
nalgum lugar…
Uma pessoa para compreender tem de se transformar.
Assentei o amor pelos meus nessa dádiva de sangue, assim como a mãe assenta o seu amor no leite que dá. É aí que reside o mistério. É preciso começar pelo sacrifício para alicerçar o amor.
Todas as grandes personagens começaram por serem crianças, mas poucas se recordam disso.
Determinada flor é, em primeiro lugar, uma renúncia a todas as outras flores. E, no entanto, só com esta condição é bela.
[…] Nós sem separarmos suficientemente do “amor pela amizade” o amor só, que vai mais depressa .
Se queres compreender o significado de ‘felicidade’, deves primeiro entendê-la como recompensa e não como fim.
É bom não confundir o amor com a escravidão do coração. O amor que pede é belo, mas o que suplica é amor de criado.
Si vous venez à quatre dans l’après-midi, puisque les trois, je commence à être heureux.
O Amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte.
Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla.
Havia, em algum lugar, um parque cheio de pinheiros e tílias, e uma velha casa que eu amava. Pouco importava que ela estivesse distante ou próxima, que não pudesse cercar de calor o meu corpo, nem me abrigar; reduzida apenas a um sonho, bastava que ela existisse para que a minha noite fosse cheia de sua presença. Eu não era mais um corpo de homem perdido no areal. Eu me orientava. Era o menino daquela casa, cheio da lembrança de seus perfumes, cheio da fragrância dos seus vestíbulos, cheio das vozes que a haviam animado.
Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas.
Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo pra mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo.
– Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo…
Mas a raposa voltou a sua idéia:
– Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo…
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
– Por favor, cativa-me! disse ela.
Faço cada noite o balanço do meu dia: se ele foi estéril como educação pessoal, sou impiedoso com os que me fizeram perdê-lo… A vida corriqueira tem tão pouca importancia, e se parece tanto; a vida interior é difícil de dizer, há uma espécie de pudor, é tão pretencioso falar a respeito. Você não pode imaginar como é a única coisa que importa para mim, o que modifica todos os valores, até meus julgamentos sobre os outros… Antes de tudo, sou duro comigo mesmo, e tenho todo o direito de renegar nos outros o que renego ou corrijo em mim.
O que dá beleza ao deserto é que esconde um poço de água em qualquer parte.
Para enxergar claro, bastar mudar a direção do olhar.
No fundo, existe apenas um único problema neste mundo: como fazer com que o homem encontre de novo o sentido espiritual da vida, como provocar a nós mesmos para que retomemos o caminho que nos faz olhar nossas próprias almas.
O mundo inteiro se afasta
quando se depara com alguém
que sabe para onde está indo.
As pessoas podem ser dividas em três grupos:
Os que fazem as coisas acontecerem;
Os que olham as coisas acontecendo;
e os que ficam se perguntando o que foi que aconteceu.
Nosso caráter é aquilo que fazemos quando achamos que ninguém está olhando.
Nunca deixe de ter dúvidas. Quando elas param de existir é porque você parou em sua caminhada.
Apesar da vida humana não ter preço, agimos sempre como se certas coisas superassem o valor da vida humana.
Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua, é a única no mundo. É simples, o segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos. Foi o tempo que perdeste com tua rosa, que fez tua rosa tão importante. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa.
O essencial é invisível aos olhos. Quem ama vê além da aparência física e é isto que ama: a essência.
Ninguém te sacudiu pelos ombros quando ainda era tempo. Agora, a argila de que és feitos já secou e endureceu e nada mais poderá despertar em ti o místico adormecido ou o poeta ou o astrônomo que talvez te habitassem.
– Tu falas como as pessoas grandes!
Senti um pouco de vergonha. Mas ele Acrescentou, implacável:
– Tu confundes todas as coisas… Mistura tudo!
Ele estava realmente irritado. Sacudiu ao vento seus cabelos dourados.
– Eu conheço um planeta onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão contas. E o dia todo repete como tu: “Eu sou um homem sério!” E isso o faz inchar-se de orgulho. Mas ele não é um homem; é um cogumelo!
O amor são caminhos invisíveis que libertam as pessoas.
Olhem o céu. Perguntem a si mesmos: O carneiro terá ou não comido a flor? E verão como tudo fica diferente…
E nenhuma pessoa grande jamais entenderá que isso possa ter tanta importância!
O ser humano descobre-se a si mesmo quando se defronta com os obstáculos.
Nada, jamais, substituirá um companheiro perdido.
Ninguém pode recriar velhos companheiros.
Nada vale o tesouro de tantas recordações comuns, de tantas horas más vividas juntos, de tantas desavenças, de tantas reconciliações, de tantos impulsos afetivos.
Não se reconstroem essas amizades.
Seria inútil plantar um carvalho na esperança de ter, em breve, o abrigo de suas folhas.
Assim vai a vida.
A princípio enriquecemos.
Plantamos durante anos, mas os anos chegam em que o tempo destrói esse trabalho, arranca essas árvores.
Um a um, os companheiros nos tiram suas sombras.
E aos nossos lutos mistura-se então
A mágoa secreta de envelhecer…
Quando você dá de si mesmo, você recebe mais do que dá.
True love begins when nothing is looked for in return.
Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
É preciso que eu suporte duas ou três lagartas se eu quiser conhecer as borboletas…
São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar.
Os seres são vazios, se não são como janelas ou clarabóias abertas para Deus.
Não há ascensão que não doa. Toda metamorfose faz doer. Não penetro nesta música, se primeiro não sofri com ela. Porque ela não deve passar do próprio fruto do meu sofrimento.
Que planeta engraçado! É todo seco, pontudo e salgado. E os homens não têm imaginação. Repetem o que a gente diz…
Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: “Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?” Mas
perguntam: “Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?” Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos às pessoas grandes: “Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado…” elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: “Vi uma casa de seiscentos contos”. Então elas exclamam: “Que beleza!”
[O Pequeno Principe cap.IV]
“A vida não é tudo que ela pode nos dar, mas sim tudo o que podemos dar por ela.”
Antoine de Saint-Exupery
A perfeição é atingida não quando não há mais nada a acrescentar, mas quando não há mais nada para tirar.
As estrelas são todas iluminadas… Será que elas brilham para que cada um possa encontrar a sua?
(O pequeno Príncipe)
– Adeus – disse a raposa. – Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem.
– Por isso nunca se canse de amar, algum dia você verá os grandes frutos do seu amor que foi sempre cultivado.
Tu seras pour moi unique au monde. Je serai pour toi unique au monde.
E foi então que apareceu a raposa.
__ Bom dia – disse a raposa.
__ Bom dia – respondeu educadamente o pequeno príncipe, que , olhando a sua volta, nada viu.
__ Eu estou aqui – disse a voz, debaixo da macieira…
__ Quem és tu? – perguntou o principezinho. __ Tu es bem bonita…
__ Sou uma raposa – disse a raposa.
__ Vem brincar comigo – propôs ele. __ Estou tão triste…
__ Eu não posso brincar contigo – disse a raposa. __ Não me cativaram ainda.
__ Ah! desculpa – disse o principezinho.
Mas após refletir, acrescentou:
__ O que quer dizer “cativar”?
__ Tu não és daqui – disse a raposa. __ Que procuras?
__ Procuro homens – disse o pequeno príncipe. __ Que quer dizer “cativar”?
__ Os homens – disse a raposa – têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?
__ Não – disse o príncipe. __ Eu procuro amigos. __ Que quer dizer “cativar”?
__ É algo quase sempre esquecido – disse a raposa. __ Significa “criar laços”…
__ Criar laços?
__ Exatamente – disse a raposa. __ Tu não és nada para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E Não tenho necessidade de ti. E tu também não tem necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. Eu serei para ti única no mundo…
__ Começo a compreender – disse o pequeno príncipe. __ Existe uma flôr… eu creio que ela me cativou…
__ É possível – disse a raposa. __ Vê-se tanta coisa na Terra…
__ Oh! não foi na Terra – disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
__ Num outro planeta?
__ Sim.
__ Há caçadores nesse outro planeta?
__ Não.
__ Que bom! E galinhas?
__ Também não
__ Nada é perfeito – suspirou a raposa.
Mas a raposa retornou a seu raciocínio.
__ Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens também. E isso me incomoda um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo… A raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe:
__ Por favor… cativa-me! -disse ela.
__ Eu até gostaria -disse o principezinho -, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
__ A gente só conhece bem as coisas que cativou -disse a raposa. __ Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
__ O que é preciso fazer? -perguntou o pequeno príncipe.
__ É preciso ser paciente -respondeu a raposa. __ Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. E te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás um pouco mais perto…
No dia seguinte o príncipe voltou.
__ Teria sido melhor se voltasses à mesma hora -disse a raposa. __ Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração… É preciso que haja um ritual.
__ Que é um “ritual”? -perguntou o principezinho.
__ É uma coisa muito esquecida também -disse a raposa. __ É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, adoram um ritual. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira é então o dia maravilhoso! Vou passear até à vinha. Se os caçadores dançassem em qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu nunca teria férias!
Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
__ Ah! Eu vou chorar.
__ A culpa é tua -disse o principezinho. __ Eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse…
__ Quis -disse a raposa.
__ Mas tu vais chorar! -disse ele.
__ Vou – disse a raposa.
__ Então não terás ganho nada!
__ Terei, sim – disse a raposa __ por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
__ Vai rever as rosas. Assim, compreenderá que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo.
O pequeno príncipe foi rever as rosas:
__ Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativaste ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga. Agora ela é única no mundo.
E as rosas ficaram desapontadas.
__ Sóis belas, mas vazias -continuou ele. __Não se pode morrer por vós. Um passante qualquer sem dúvida pensaria que a minha rosa se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mas importante que todas vós, pois foi ela quem eu reguei. Foi ela quem pus sob a redoma. Foi ela quem abriguei com o pára-vento. Foi nela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi ela quem eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. Já que ela é a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
__ Adeus… -disse ele.
__ Adeus -disse a raposa. __ Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
__ O essencial é invisível aos olhos -repetiu o principezinho, para não esquecer.
__ Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
__ Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa… -repetiu ele, para não esquecer.
__ Os homens esqueceram essa verdade -disse ainda a raposa. __ Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa…
__ Eu sou responsável pela minha rosa… -repetiu o principezinho, para não esquecer.
A perfeição não é alcançada quando não há mais nada a ser incluído. A perfeição é alcançada quando não há mais nada a ser retirado.
Todo homem traz dentro de si o menino que foi.
É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.
A linguagem é uma fonte de mal-entendidos.
Todo o Universo fica diferente, se em algum lugar, que não sabemos onde, um carneiro, que não conhecemos, comeu ou não uma rosa.
Não é a distância que mede o afastamento.
Quando a gente anda sempre em frente, não pode ir muito longe…
E quando estiveres consolado ( a gente sempre se consola), tu ficarás contente por me teres conhecido.
O significado das coisas não está nas coisas em si, mas sim em nossa atitude com relação a elas.
– É claro que eu te amo – disse lhe a flor.
– Foi minha culpa não perceberes isso.
Mas não tem importância. Foste tão tolo quanto eu.
Tenta ser feliz..
Vislumbrei um clarão no mistério da sua presença…
…Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer…
Não lhe direi as razões que tens para me amar, pois elas não existem. A razão do amor é o amor.
Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
Abre-se o coração dos outros quando se abre o próprio coração.
A humildade de coração não exige que te humilhes, mas que te abras. É o segredo das permutas.
Só assim então poderás dar e receber.
Aonde quer que vás, leva teu coração!
Eis meu segredo, é muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que a fez tão importante.
Quando acende o lampião, é como se fizesse nascer mais uma estrela, mais uma flor. Quando o apaga, porém, é estrela ou flor que adormecem. É uma ocupação bonita. E é útil, porque é bonita.
Porque não é pela via da linguagem que eu hei de
transmitir o que em mim existe.
O que existe em mim não há palavra que o diga.
É quando resistes que conhece o que te move. E, para a folha entregue ao vento, deixa de haver vento, da mesma maneira que para a pedra liberta deixa de haver peso.
Eu conheço um planeta onde há um homem vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão somas. E o dia todo repete como tu: “Eu sou um homem sério! Eu sou um homem sério!” e isso o faz inchar-se de orgulho. Mas ele não é um homem; é um cogumelo!
A perfeição não é alcançada quando já não há mais nada para adicionar, mas quando já não há mais nada que se possa retirar.
Você compreende, sem alimento, depois de três dias de marcha, meu coração não devia estar batendo com muita força…
Pois em certo momento, quando eu progredia ao longo de uma encosta vertical, cavando buracos para enfiar as mãos, o coração me caiu em pane…
Hesitou, deu mais uma batida… Uma batida estranha… Senti que se ele hesitasse um segundo mais seria o fim.
Fiquei imóvel, escutando…nunca – está ouvindo? – nunca, num avião, me senti tão preso ao ruído do motor como, naquele momento, às batidas do meu próprio coração.
E eu lhe dizia: Vamos, força! Veja se bate mais… Hesitava mas depois recomeçava, sempre…
Se você soubesse como tive orgulho do meu coração!
(Terra dos Homens)
Quando a gente anda sempre para frente, não pode mesmo ir longe…
(O Pequeno Príncipe)
O principezinho, que me fazia milhares de perguntas, não parecia sequer escutar as minhas. Palavras pronunciadas ao acaso e que foram, pouco a pouco, revelando tudo.
[O Pequeno Principe cáp. III]
Mas nós, nós que compreendemos a vida, nós não ligamos aos números ! Gostaria de ter começado esta história à moda dos contos de fada.
[O Pequeno Principe cáp. IV]
Só podemos medir a nossa força quando nos deparamos com um obstáculo.
E eu compreendi que não podia suportar a ideia de nunca mais escutar esse riso. Ele era para mim como uma fonte no deserto.
Na minha civilização, aquele que é diferente de mim não me empobrece; me enriquece.
!As pessoas tem estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Tu, porém, terás estrelas como ninguém…”
“Tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo.”
Se ao escalar uma montanha na direção de uma estrela, o viajante se deixa absorver demasiado pelos problemas da escalada, arrisca-se a esquecer qual é a estrela que o guia.
Trata de ser feliz.
Do primeiro amor gosta-se mais, dos outros gosta-se melhor.
Se você quer construir um navio, não chame as pessoas para juntar madeira ou atribua-lhes tarefas e trabalho, mas sim ensine-os a desejar a infinita imensidão do oceano.
Tu não compras nem a alegria, nem a saúde, nem o amor verdadeiro.
Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…
Claro que te farei mal. Claro que me farás mal. Claro que podemos, mas essa é a condição da existência. Receber a Primavera significa correr os riscos do Inverno. Se desistir agora será correr o risco do desaparecimento. Amo-te.
A verdadeira felicidade vem da alegria de atos bem feitos, do sabor de criar coisas renovadas.
Os contos de fadas são assim.
Uma manhã, a a gente acorda
E diz: “era só um conto de fadas…”
E a gente sorri de si mesma.
Mas, no fundo, não estamos sorrindo.
Sabemos muito bem que os contos de fadas
São a única verdade da vida.
Você é o piloto e a voz da história. Você é aquele que cria e conta as histórias para aqueles que não puderam estar presentes. Você é incapaz de ser confortado mas deseja confortar os outros. Há algo faltando em sua vida. Não esqueça que você é muito amado. Deixe seu sofrimento ser confortado.
Então você está confusa com seus sentimentos. Ele apareceu tão de repente na sua vida, com aquele brilho manso no olhar, com aquela meiguice na voz, sem pedir coisa alguma, meio como um Pequeno Príncipe caído de um asteróide. A princípio você nada percebeu de diferente. O susto veio quando você se lembrou das palavras da raposa, explicando ao Pequeno Príncipe o que era ficar cativo: É assim. A princípio você senta lá e eu aqui. Depois a gente vai ficando cada vez mais perto. Os passos de todos os homens me fazem entrar dentro da minha toca. Mas os seus passos me fazem sair…
Serás para mim único no mundo e eu serei para ti única no mundo.
“E quando estiveres consolado (a gente sempre se consola), tu ficarás contente por teres me conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E às vezes abrirás tua janela apenas pelo simples prazer… E teus amigos ficarão espantados de ver-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: “Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!”
– Tu julgarás a ti mesmo – respondeu-lhe o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegue fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio. (…) É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar.
” – O que quer dizer cativar ?
– É uma coisa muito esquecida … Significa criar laços . “
Escrevo deitado e as linhas ficam tortas, como se eu tivesse bebido. Só bebi um pouco de tristeza.
Se o escultor despreza a argila, terá de modelar o vento. Se o teu amor despreza os sinais do amor a pretexto de atingir a essência, o teu amor não passa de palavreado
Fiquei a meditar muito tempo na muralha. É em ti que a verdadeira muralha existe.
Cai no ridículo a semente que se queixa de que a terra através dela se torna salada em vez de cedro, se ela é apenas semente de salada.
A autoridade se baseia na razão.
“Você não se sente sozinha aqui no deserto?”
“No meio da multidão também nos sentimos sozinhos.”
“Mostrei minha obra prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes dava medo. Responderam-me “Por que um chapéu daria medo?” Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jibóia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jibóia, a fim de que as pessoas grandes pudessem entender melhor. Elas têm sempre necessidade de explicações detalhadas.”
Caminhando só pra frente a gente não vai muito longe
Teu planeta é tão pequeno, que podes com três passos, dar-lhe a volta. Basta andares lentamente, de modo a ficares sempre ao sol. Quando quiseres descansar, caminharás, e o dia durará quanto queiras
– A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um
amigo, cativa-me!
– Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
– É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei para o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto…
No dia seguinte o principezinho voltou.
– Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!
É triste esquecer um amigo. Nem todo mundo tem amigo.
Foi o tempo que dedicaste a tua rosa que fez a tua rosa tão importante.
(Trecho de “O Pequeno Príncipe)
Não existe nada igual ao sabor do pão partilhado.
Não se Reconquista o Amor com Argumentos Não te esqueças de que a tua frase é um acto. Se desejas levar-me a agir, não pegues em argumentos. Julgas que me deixarei determinar por argumentos? Não me seria difícil opor, aos teus, melhores argumentos.
Já viste a mulher repudiada reconquistar-te através de um processo em que ela prova que tem razão? O processo irrita. Ela nem sequer será capaz de te recuperar mostrando-te tal como tu a amavas, porque essa já tu a não amas. Olha aquela infeliz que, nas vésperas do divórcio, teve a ideia de cantar a mesma canção triste que cantava quando noiva. Essa canção triste ainda tornou o homem mais furioso.
Talvez ela o recuperasse se o conseguisse despertar tal como ele era quando a amava. Mas para isso precisaria de um génio criador, porque teria de carregar o homem de qualquer coisa, da mesma maneira que eu o carrego de uma inclinação para o mar que fará dele construtor de navios. Só assim cresceria essa árvore que depois se iria diversificando. E ele havia de pedir de novo a canção triste.
Para fundar o amor por mim, faço nascer em ti alguém que é para mim. Não te confessarei o meu sofrimento, porque ele te faria desgostar de mim. Não te farei censuras: elas irritar-te-iam justamente. Não te direi as razões que tu tens para amar-me, porque não as tens. A razão de amar é o amor. Também não me mostrarei mais, tal como tu me desejavas. Porque tu já não desejas esse. Se não, amar-me-ias ainda. Mas educar-te-ei para mim. E, se sou forte, mostrar-te-ei uma paisagem que fará de ti meu amigo.
Ser homem é ser responsável. É conhecer a humilhação diante de uma miséria que não parecia depender de nós. É orgulhar-se de uma vitória obtida pelos companheiros. É sentir, ao colocar nossa pedra, que contribuímos para a construção do mundo.
Libertar uma pedra nada significa se não existir gravidade. Porque a pedra, depois de liberta, não iria a parte nenhuma.
Combaterei todo aquele que, pretendendo que a minha caridade honre a mediocridade, renegue o Homem e, assim, aprisione o indivíduo numa mediocridade definitiva.
Combaterei pelo Homem. Contra os seus inimigos. Mas também contra mim mesmo.
Quem luta com a única esperança de recolher bens materiais, efectivamente não recolhe nada que valha a pena viver (…) Que são os cem anos de história da máquina comparados com os cem mil anos de história do homem?
Mas não podes renegá-los, porque então é a ti que te renegas.
Jamais essa mulher nascerá. Só de uma rede de laços se pode nascer. Ela continuará a ser semente abortada, poder por empregar, alma e coração secos. Ela há-de envelhecer funebremente, entregue à vaidade das suas capturas.
Tu não podes atribuir nada a ti próprio. Não és cofre nenhum. És o nó da diversidade. O templo, também é sentido das pedras.
(…)se descobrem homens felizes em maior proporção nos desertos, nos mosteiros e no sacrifício do que entre os sedentários dos oásis férteis ou das ilhas (…) Acontece simplesmente que, onde os bens são em maior número, oferecem-se aos homens mais possibilidades de se enganarem quanto à natureza das suas alegrias. Para já, pode acontecer que eles, na abastança, se enganem com maior facilidade e façam circular mais vezes riquezas vãs. Como os homens do deserto ou do mosteiro não possuem nada, sabem muito bem donde lhes vêm as alegrias e é-lhes assim mais fácil salvarem a própria fonte do seu fervor.
(…) e aí estás tu privado de Deus. E recusado. Vejo-te sentado no portal, tendo atrás de ti a porta da tua casa fechada, totalmente separado do mundo, que não passa do somatório de objectos vazios. Porque tu não comunicas com os objectos, mas com os laços que os ligam.
Como é que havias de subir até aí, quando te desprendes disso com tanta facilidade?
Não te confessarei o meu sofrimento, porque ele te faria desgostar de mim. Não te farei censuras: elas irritar-te-iam justamente. Não te direi as razões que tu tens para amar-me, porque não as tens. A razão de amar é o amor. Também não me mostrarei mais, tal como tu me desejavas. Porque tu já não desejas esse.
Mas para isso precisaria de um gênio criador, porque teria de carregar o homem de qualquer coisa, da mesma maneira que eu o carrego de uma inclinação para o mar que fará dele construtor de navios. Só assim cresceria essa árvore que depois se iria diversificando. E ele havia de pedir de novo a canção triste.
Quando uma pessoa anda com insónias, volta-se e torna-se a voltar na cama, à procura do fresco ombro do leito. Mas basta tocá-lo, para ele se tornar tépido e recusar-se. E ele procura noutro sítio uma fonte durável de frescura. Mas não consegue dar com ela, porque mal lhe toca a provisão esvai-se. O mesmo se passa com aquele ou com aquela que se fica no vazio dos seres. Não passam de vazios os seres que não são janelas ou frestas para Deus. É por isso que, no amor vulgar, só amas o que te foge. De outra maneira, vês-te saciado e descoroçoado com a tua satisfação.
O sorriso do rosto está muito longe de ser feito de suor, de faíscas, de golpes de cinzel e de mármore. O sorriso não é da pedra, mas sim do criador. Liberta o homem, e ele criará.
«Mas tu, que pões má cara diante do poder da terra, diante da grosseria, da podridão e dos vermes dos homens, começas por pedir ao homem que não seja e que não tenha nem sequer cheiro.
Julguei que o Homem resumia os homens, tal como a Pedra resume as pedras. Confundi catedral e soma de pedras, e, pouco a pouco, a herança desvaneceu-se. É preciso restaurar o Homem. Ele é a essência da minha cultura. Ele é a chave da minha Comunidade. Ele é o princípio da minha vitória.
A angústia invade quer o inquieto, exclusivamente deslumbrado por aquilo que arde com uma luz vaga, quer o poeta cheio de amor pelos poemas que nunca escreveu o seu, quer a mulher apaixonada pelo amor, mas incapaz de devir por não saber escolher.
Já me não entendo com essa gente dos comboios suburbanos; esses homens que homens se julgam e que, no entanto, como as formigas, estão reduzidos, por uma pressão que não sentem, aos hábitos que lhes criam.
Que hei-de eu fazer dessas alforrecas que não têm ossos nem forma? Vomito-os e restituo-os às suas nebulosas: vinde ver-me quando estiverdes construídos.
A Felicidade Está no Realizar, e Não no Usufruir
Atolavam-se na ilusão da felicidade que extraíam dos bens possuídos. Ora a felicidade o que é senão o calor dos actos e o contentamento da criação? Aqueles que deixam de trocar seja o que for deles próprios e recebem de outrem o alimento, nem que fosse o mais bem escolhido e o mais delicado, aqueles que ouvem subtilmente os poemas alheios sem escreverem os poemas próprios, aproveitam-se do oásis sem o vivificarem, consomem cânticos que lhes fornecem, e fazem lembrar os que se apegam às mangedouras no estábulo e, reduzidos ao papel de gado, mostram-se prontos para a escravatura.
Os que reclamam a liberdade reclamam a moral interior, para que nem assim o homem deixe de ser governado. O gendarme – dizem eles de si para si – está no interior. E os que solicitam a coacção afirmam-te que ela é liberdade de espírito. (…) Mas um reclama para o homem, tal como ele é, o direito de agir. O outro, o direito de modelar o homem, para que ele seja e possa agir. E todos celebram o mesmo homem. (…) E o segundo também se engana, porque acredita nas paredes e não no homem, no templo, só conta o silêncio que as domina. E esse silêncio na alma dos homens. E a alma dos homens, onde se conserva esse silêncio. Aí está o templo diante do qual eu me prostro. Mas aqueloutro faz o seu ídolo de pedra e prosterna-se diante da pedra enquanto pedra…
-Tu as eu tort. Tu auras de la peine. J’aurai l’air d’être mort et ce ne sera pas vrai…
Moi je me taisais.
-Tu comprends. C’est trop loin. Je ne peux pas emporter ce corps-là. C’est trop lourd.
Moi je me taisais.
-Mais ce sera comme une vieille écorce abandonnée. Ce n’est pas triste les vieilles
écorces…
A fuga nunca levou ninguém a nenhum lugar
Ter um amigo é um tesouro sem preço, um gostar sem distância,
de alguém presente em nosso caminho, nas horas de dúvida, de alegria,
demais para ser perdido, importante para ser esquecido…
Só crescemos à medida que nos damos a algo mais alto que nós mesmos.
É preciso, então, enxergar com o coração.
Para que negá-lo? Também já vi gente que fugia da morte, impressionada de antemão pelo confronto. Mas é bom que vos desenganeis: aquele que morre, nunca eu o vi amedrontar-se. Se assim é, para que os hei de lastimar? Para que chorar o seu acabamento? A perfeição dos mortos! Não conheço eu outra coisa.
Foi ele, e não outro, que me ensinou a morte e me obrigo, quando eu era moço, a olhar para ela cara a cara, porque nunca ele foi pessoa para baixar os olhos. O meu pai era da raça das águias.
Aquele que interroga, o que em primeiro lugar procura é o abismo.
Só estou disposto a salvar aquele que aceita ordenar-se em volta do pátio interior, da mesma feição que o cedro se edifica em volta da sua semente, e fica a dever o desenvolvimento aos seus próprios limites. Estou disposto a salvar aquela que, em vez de amar a primavera, ama a ordem desta ou daquela flor em que a primavera se encerrou; que não ama o amor, mas sim este ou aquele rosto particular que contraiu o amor.
Estou farto de ter medo de que arruínem a minha obra aqueles que eu não consigo cobrir. Sei que eles ameaçam os outros e conheço os discutíveis benefícios da minha verdade provisória, mas nem por isso ignoro que eles são nobres e portadores de verdades.
A imagem pode ser a mesma que cada um ama à sua maneira.
Senhor, ilumina-me. Faz-me crescer em sabedoria, a fim de que eu consiga reconciliar, não pelo abandono, exigido a uns e a outros, de qualquer desejo do seu fervor, mas mediante um rosto novo, que lhes venha a parecer o mesmo. É o que se passa com o navio, Senhor. Aqueles que, sem compreender, puxam pelo cordame do bombordo, lutam contra os que puxam a estibordo. Eles se odiariam, por ignorância. Mas, se são esclarecidos, colaboram, e quer uns quer outros servem o vento.
É certo que, quanto mais rude é o trabalho em que te consomes, em nome do amor, mais ele te exalta. Quanto mais te dás, mais cresces.
O ódio não passa de insatisfação. Todo ódio tem um sentido profundo, que aliás o domina. As diversas ervas odeiam-se e comem-se uma às outras, mas não a árvore única, onde cada ramo aumenta com a prosperidade dos outros.
Não podes ensinar-me uma verdade que domine todas as verdades particulares deles e as acolha todas no seu seio? Se, destas ervas que se devoram umas às outras, eu fizer uma árvore que uma alma única anime, então este ramo aproveitará da prosperidade do outro ramo e toda a árvore será apenas colaboração encantadora e expansão ao sol.
Todas as pessoas grandes foram um dia crianças, mas poucos se lembram disso.
É preciso que nos habituemos a arrancar regularmente os baobás.
Tu julgarás a si mesmo é o mais difícil.
Se consegues fazer um bom julgamento de ti és um verdadeiro sábio.
A perfeição consegue-se não quando já não há mais nada para acrescentar, mas sim quando já não resta nada para tirar.
[…]
– Os homens do teu planeta, disse o principezinho, cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim … e não encontram o que procuram …
– Não encontram, respondi…
E no entanto o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa, ou num pouquinho d’água …
– É verdade.
E o principezinho acrescentou:
– Mas os olhos são cegos. É preciso buscar com o coração.
Sua tarefa não é de prever o futuro, mas sim de o permitir.”
As paredes da prisão não podem confinar aquele que ama. Ele é de um império que não está nas coisas, mas, sim, no sentido das coisas, e, zomba dos muros…”
Espinho não serve para nada. É pura maldade das flores.
“Um desenhador sabe que chegou á perfeição,quando não tem nada mais para adicionar,nem nada mais para retirar.”
Não pedimos para sermos eternos, mas apenas para não ver os atos e as coisas perderem subitamente o seu sentido.
“A tua atitude emerge do que costumas dizer: ‘Ainda sou capaz de utilizar quem é por mim. Mas prefiro, por comodidade, mandar o meu adversário para o outro campo e abster-me de agir sobre ele, a não ser pela guerra’.
Ao proceder assim, não fazes mais que endurecer e forjar o teu adversário.
E eu cá digo que amigo e inimigo são palavras da tua lavra. É certo que especificam qualquer coisa, como definir o que se passará se vos encontrardes num campo de batalha, mas um homem não se rege só por uma palavra. Sei de inimigos que estão mais perto de mim ou que me são mais úteis ou que me respeitam mais do que os amigos. As minhas faculdades de ação sobre o homem não estão ligadas à sua posição verbal. Direi mesmo que atuo melhor sobre o meu inimigo do que sobre o amigo: quem caminha na mesma direção que eu, oferece-me menos oportunidades de encontro e de troca do que aquele que vem contra mim, disposto a não deixar escapar a mínima palavra ou gestos meus, que lhe podem sair caros.”
Antoine de Saint-Exupéry, in Cidadela
É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou. Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou.
“Para existir uma árvore florida, é preciso haver antes uma árvore; e, para haver uma pessoa feliz, é preciso haver em primeiro lugar uma pessoa.”
Que a semana seja para você, um início de vida Inteiramente Azul.
Que o mau humor e as coisas ruins fiquem bem longe de você.
Que possa comemorar cada novo dia e aceite cada momento como um presente especial da vida.
Que possa declarar, demonstrar e receber muito amor.
Que sonhe e voe cada vez mais alto, e alcance seus sonhos!
A busca da felicidade é uma constante…
Embora o poder da gente se esbarre no medo. O medo de arriscar nos torna vulneráveis. Nos priva da felicidade, de nossos sonhos.
Dê razão a sua existência, tenha desejo…Tenha sonhos e tente realizá-los…
Viva, e seja você sempre, afinal, você existe…
Amigo não é aquele que aponta caminhos… Caminha com você!
Não é somente aquele que ouve o que você tem a dizer, Fala com você!
Não é aquele que enxuga suas lágrimas, Chora com você!
Não espera um sorriso, Sorri com você!
Não deseja um abraço, Abraça !
Não deseja ser amado, Ama com você…
Para os felizes, 7 motivos
Para os tristes, mais 7 dias
Para a esperança, 7 novas manhãs
Para os sozinhos, 7 chances
Para os ausentes, 7 culpas
Para o pessimista, 7 riscos
Para o otimista, 7 oportunidades
Para a terra, 7 voltas. Para a vida….Tudo!
Faça de cada dia desta semana um dia especial!
Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla.
Pense: Minha flor está lá, nalgum lugar…
há pessoas que se esqueceram de como é importante criar laços…
Mesmo que se solte uma lágrima de saudade num momento seguinte…
Um laço que nasce , enlaça, abraça, cresce, ama, vive…
Não se desfazem laços quando foram vividos de verdade.
Por vezes soltam-se as pontas mas fica sempre o nó que devemos guardar em nós como um tesouro, apesar da mágoa…
De diferentes laços que criamos todos nos completam , fazendo-nos sentir e ser…
Olhar o céu, ver um sorriso na estrela mais brilhante, é como lembrar uma enchente de maré.
A ligação entre o céu, a terra e o mar.
Quem tem a capacidade de sonhar não foge do real mas complementa-o de uma forma diferente .
Seria inútil plantar um carvalho na esperança de ter, em breve, o abrigo de suas folhas.
A inteligência apenas vale ao serviço do amor.
Mesmo os nossos fracassos são uma parte de nossos pertences.
Nenhum incidente isolado pode despertar dentro de nós um estranho totalmente desconhecido. Viver é nascer lentamente.
A idade do homem é algo impressionante. É um resumo de sua vida: a maturidade é alcançada lentamente e sobre muitos obstáculos, doenças curadas, perdas, desesperanças superadas e riscos assumidos inconscientemente; a maturidade formada por tantos desejos, esperanças, remorsos, coisas esquecidas, amores. A idade do homem representa uma carga preciosa de experiências e memórias.
É muito mais difícil julgar a si mesmo que julgar aos demais. Se você conseguir julgar-se corretamente será um verdadeiro sábio.
“Julgar os outros é fácil;difícil mesmo é julgar a si próprio”…
“Não se vê, sente-se. Não se mede, não se pesa, não se toca, não se cheira. Sente-se! Aquilo que é realmente importante acontece num plano não palpável. Não visível. É de dentro. É o que transborda sem se ver. É o que nos move. Ou deveria mover.”
“É tão misterioso o país das lágrimas.”
“– A gente se sente um pouco só no deserto.
– Entre os homens a gente também se sente só.”
“E eu não tenho necessidade de ti, e tu também não tens necessidade de mim. Não passo aos teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.”
“Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.”
“O essencial é invisível aos olhos.”
“Eu sempre amei o deserto. A gente se senta numa duna de areia, não vê nada, não escuta nada. De repente alguma coisa irradia no silêncio…”
“A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar.”
“Eu estava triste, mas lhes dizia: É o cansaço…” Quando o mistério é impressionante demais, a gente não ousa desobedecer.”
(textos de O Pequeno Príncipe)
Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer.
“— Também tenho uma flor
— Nós não anotamos flores – disse o geógrafo.
— Por que não? É o mais bonito…
— Porque as flores são efêmeras.
— Que quer dizer efêmera?
— Os livros de geografia — disse o geógrafo — são os mais exatos. Nunca ficam ultrapassados. É muito raro
que uma montanha mude de lugar. É muito raro um oceano secar. Nós escrevemos coisas eternas.
— Mas os vulcões extintos podem voltar à atividade — interrompeu o pequeno príncipe — que quer dizer
“efêmera”?
— Que os vulcões estejam extintos ou não, isso dá no mesmo para nós – disse o geógrafo. – O que nos
interessa é a montanha. Ela não muda.
— Mas que quer dizer “efêmera”? Repetiu o principezinho, que jamais desistira de uma pergunta que tivesse
feito.
— Quer dizer “ameaçada de desaparecer em breve”.
— Minha flor está ameaçada de desaparecer em breve?
— Sem dúvida.
“Minha flor é efêmera”, pensou o pequeno príncipe, “e não tem mais que quatro espinhos para defender-se do
mundo! E eu a deixei sozinha!
Esse foi seu primeiro gesto de remorso. Mas retomou a coragem:”
Os adultos não entendem nada sozinhos, e é cansativo, para as crianças, ficar sempre explicando as coisas para eles.
“A verdadeira solidariedade começa onde não se espera nada em troca.”
“Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.”
“Na minha civilização, aquele que é diferente de mim não me empobrece; me enriquece”
Os adultos sempre precisão de explicações mais detalhadas…
Não tenho o direito de dizer ou fazer qualquer coisa que diminua um homem aos seus próprios olhos. O que importa não é o que penso dele, mas o que ele pensa de si mesmo. Ferir um homem em sua dignidade é um crime.
Ninguém nunca está satisfeito no lugar onde se encontra.Somente as crianças sabem o que procuram…
É realmente na solidão que o homem se revela a si mesmo, pesa suas possibilidades e amadurece para a ação.
(Em Saint-Exupéry e o céu sem limite, de Irmã Rosa Maria)
Ao se medir com um obstáculo, o homem aprende a se conhecer.
Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo.
O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem.
Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
O Homem distingue-se dos homens. Nada se diz de essencial acerca da catedral se apenas falarmos das pedras. Nada se diz de essencial a respeito do Homem se procurarmos defini-lo pelas qualidades humanas.
Mulher: a mais nua das carnes vivas e aquela cujo brilho é o mais suave.
A terra ensina-nos mais acerca de nós próprios do que todos os livros. Porque ela nos resiste.
Cada um é responsável por todos. Cada um é o único responsável. Cada um é o único responsável por todos.
Se a vida não tem preço, nós comportamo-nos sempre como se alguma coisa ultrapassasse, em valor, a vida humana… Mas o quê?
O verdadeiro homem mede a sua força quando se defronta com o obstáculo.
A ordem não cria a vida.
Os homens compram tudo pronto nas lojas… Mas como não há lojas de amigos, os homens não têm amigos.
O progresso do homem não é mais do que uma descoberta gradual de que as suas perguntas não têm significado.
Fica responsável por tudo aquilo que domesticaste.
Não há uma fatalidade exterior. Mas existe uma fatalidade interior: há sempre um minuto em que nos descobrimos vulneráveis; então, os erros atraem-nos como uma vertigem.
A grandeza da oração reside principalmente no fato de não ter resposta, do que resulta que essa troca não inclui qualquer espécie de comércio.
Sacrifício não significa nem amputação nem penitência. (…) Ele é uma oferta de nós próprios ao Ser a que recorremos.
Os ritos são no tempo o mesmo que o domicílio é no espaço.
Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção.
Amem quem vos comanda. Mas sem lhes dizer.
Conhecer não é demonstrar nem explicar, é aceder à visão.
O escravo constrói o seu orgulho em função do ardor do patrão.
A grandeza de uma profissão é talvez, antes de tudo, unir os homens: não há senão um verdadeiro luxo e esse é o das relações humanas.
Ao reencontrar os amigos, todos nós já provamos o encanto das más lembranças.
Tenho o direito de exigir obediência, porque as minhas ordens são sensatas.
É o espírito que conduz o mundo e não a inteligência.