O primeiro amor é sempre amaldiçoado
A maioria de nós não pode deixar de viver como se tivesse duas vidas.
Nós arrancamos tanto de nós mesmos para nos curarmos das coisas mais rápido do que deveriamos que estamos falidos quando chegamos aos trinta anos e temos menos para oferecer cada vez que começamos um relacionamento novo.
Nós tínhamos as estrelas, você e eu. E isso nos é dado apenas uma vez.
Ele veio. Ele partiu. Nada mais mudou. Eu não mudei. O mundo não mudou. No entanto, nada seria o mesmo. Tudo o que resta é o sonho e uma lembrança estranha.
Se eu pudesse tê-lo assim em meus sonhos todas as noites, eu apostaria minha vida inteira nos sonhos e me livraria de tudo o resto.
Quando estou com você e estamos bem juntos, não há nada que eu queira além disso. Você me faz gostar de quem eu sou, de quem me torno quando você está comigo.
Alguns se recuperam, alguns fingem se recuperar, alguns nunca voltam, alguns se acovardam antes mesmo de começar e alguns, por medo de fazer qualquer desvio, acabam levando uma vida errada até morrer.
Se houver dor, cuide dela, e se houver uma chama, não a apague, não seja bruto com ela. Arrancamos tanto de nós mesmos para nos curarmos das coisas mais rápido do que deveríamos, que declaramos falência antes mesmo dos trinta e temos menos a oferecer a cada vez que iniciamos algo com alguém novo.
Mas a vida é uma só, e antes que você se dê conta, seu coração se cansa e, quanto ao seu corpo, chega um momento em que ninguém mais olha para ele, muito menos quer chegar perto dele.
Eu queria ser como ele? Eu queria ser ele? Ou só queria tê-lo? Ou “ser” e “ter” são verbos imprecisos no emaranhado do desejo…