AQUI ESTÃO CINCO PASSOS para aumentar a autoestima:
1. Viva para si mesmo, não para o mundo. As pessoas que não sabem amar a si mesmas buscam constantemente a aprovação alheia e sofrem quando são rejeitadas. Para quebrar essa dinâmica, devemos admitir que não podemos satisfazer a todos.
2. Fuja das comparações. Elas são uma importante causa de infelicidade. Muita gente tem qualidades e atributos que você não tem, mas você também possui virtudes que não estão presentes nos outros. Pare de olhar para os lados e trabalhe na construção de seu próprio destino.
3. Não busque a perfeição. Nem nos outros nem em si mesmo, já que a perfeição não existe. O que existe é uma grande margem para melhorar.
4. Perdoe seus erros. Especialmente os do passado, pois já
não podem ser contornados nem têm qualquer utilidade.
Aprenda com eles, para não repeti-los.
5. Pare de analisar. Em vez de ficar pensando no que deu errado, é muito melhor agir, porque isso permite aperfeiçoar suas qualidades. Movimentar-se é sinal de vida e de evolução.
É preciso aprender a amar a si mesmo, a reconhecer-se e a aceitar-se, apesar de suas
imperfeições – que, na realidade, são caminhos a percorrer. Só assim você deixará de temer os outros e de ser afetado por suas opiniões.
Como dizia Hermann Hesse, cada ser humano é responsável por seu jardim e pinta em sua mente a aquarela do que deseja ser. Quando deixamos de depender dos outros e de nos comparar a eles, descobrimos que somos donos da nossa vida.
Sem o pequeno, o grande também não pode existir.
Afinal, a escola da vida é aquela que nos coloca à prova no dia a dia, e precisamos estar sempre dispostos a aprender e a melhorar nossas notas.
Em suma, como a ave que quebra o ovo depois de ter se desenvolvido o suficiente, crescer é transformar-se de dentro para fora.
A educação nos dá conhecimentos específicos para passar numa prova; o que não significa que aprendemos o essencial para viver. –
No momento em que nos desprendemos desse roteiro que nos ensinaram começa nosso caminho em direção à realização. Sem ter a quem seguir, a quem consultar, nos vemos obrigados a decidir e a nos definir. Nossa felicidade deixa de depender dos outros para ser responsabilidade nossa. E isso é ótimo. Deixamos de ser crianças, discípulos e nos separamos dos que nos conduziram até aqui. Já não somos mais um prolongamento de ideias alheias, conquistamos nossa liberdade.
Só aquele que se torna adulto mas continua sendo criança é um ser humano”
Em cada adulto dorme uma criança que crê na magia do mundo e da vida. E a leva a sério porque, quando o menino brinca de ser pirata, está sendo realmente um pirata.
Quando um adulto não está satisfeito consigo mesmo, deve se perguntar o que esqueceu no caminho. A resposta normalmente é que não cumpriu com o combinado.
O tempo é um grande aliado da inércia e da preguiça.
Voltar a olhar para o mundo com os olhos de uma criança nos permite reencontrar o ser mais verdadeiro que habita dentro de nós.
As plantas têm o seu ritmo, e a pessoa que cuida delas aprende a respeitá-lo e a integrá-lo em sua vida. Há muito o que aprender com um jardim em crescimento, pois seu estado e os cuidados que lhe dispensamos são um reflexo de nosso jardim interior. Quem é capaz de cuidar de seu jardim também pode cuidar de si mesmo.
A memória coletiva é muito mais algo que nos une aos outros do que algo que nos separa. Saber que um suposto inimigo hospeda o mesmo inconsciente de sonhos e arquétipos que nós é um convite a rompermos a crosta dos mal-entendidos e darmos um passo rumo ao entendimento.
É preciso viver de vez em quando a escuridão para aprender a amar a luz.
Quando nos dão um caminho no qual nos sentimos seguros, nos apegamos a ele. Deixamos de viver por nós mesmos para seguir algumas diretrizes, alguns ensinamentos que sabemos de cor. Se não nos atrevermos a liberar essas amarras, não chegaremos a saber o que é pensar em liberdade.
A primeira presa de todo caçador da verdade deve ser ele próprio, seu autêntico eu. Ninguém pode nos ensinar quem somos. Devemos descobrir isso por nossos próprios meios. Ninguém pode viver nossa vida por nós.
Ser água é se adaptar à realidade mutável e aprender a arte da paciência.
A luta entre a água, a espada e a rocha.
A espada e a rocha se consideram superiores: a espada acredita que pode ferir a água, pois a parte ao meio como parte qualquer outra coisa. E a rocha, por sua vez, acha que pode cair sobre a água e danificá-la. No entanto, a rocha não danifica a água; simplesmente faz com que ela desvie o seu curso. A espada, por mais que afunde seu fio na água, não pode parti-la. A água se adapta, a rodeia, mas não deixa de fluir. Em compensação, a água pode desgastar a rocha e oxidar a espada até que seu fio não mais corte. A paciência, a calma e a capacidade de adaptação são armas mais poderosas.
Nosso caminho pode nos levar a muitos lugares, e, para aprender sobre eles, é preciso ser como a água e nos adaptarmos ao curso dos acontecimentos. Como o mundo nunca se adaptará a nós, devemos ser flexíveis como o bambu, que balança com o vento mas não se quebra.
Um rio, em cada local por onde ele passa, recolhe em sua corrente fragmentos desse lugar, de tudo o que aconteceu ali. Isso enriquece o rio. Da mesma maneira, o que encontramos em nosso caminho nos nutre e nos dá sabedoria sempre que não desprezamos esse conhecimento.
Muitas vezes a felicidade reside em perseguir o impossível.
Se impusermos nossos critérios e não respeitarmos o outro, só conseguiremos que nos evitem ou nos temam. Para ensinar de verdade é necessário amar o que se fala, o que se ensina e, definitivamente, amar o próximo.
Tal como reza o efeito Pigmaleão, as pessoas se tornam uma coisa ou outra segundo nossas expectativas sobre elas.
A utopia é um “não-lugar”, uma meta que só pode ser alcançada através da aspiração e da imaginação. Do mesmo modo que não podemos alcançar o horizonte, há destinos que têm como única finalidade nos fazer caminhar.
Como dizia William Faulkner, devemos ter sonhos grandes o bastante para não perdê-los de vista enquanto os perseguimos.
O caminho da sabedoria é uma estrada sem fim que leva a todas as partes e a nenhuma de forma concreta.
Como seres humanos, devemos nos permitir sonhar, mesmo que nossos objetivos pareçam distantes. Toda grande meta dá um sentido à nossa vida e nos faz desfrutar do caminho, que em geral é mais agradável que o próprio objetivo.
Diante da pergunta “O que mais o surpreende na humanidade?”, o Dalai Lama respondeu: “Que achem chato ser criança e queiram crescer rápido, para depois desejarem ser criança outra vez. Que desperdicem saúde para fazer dinheiro e depois percam o dinheiro para recuperar a saúde. Que anseiem o futuro e esqueçam o presente e desse modo não vivem nem o presente nem o futuro. Que vivam como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido.”
(Hermann Hesse para desorientado)
Na sequência, perguntaram-lhe (ao Dalai Lama) quais são as lições de vida que deveríamos aprender, e ele respondeu com delicadeza: “Que não podemos fazer com que nos amem, mas sim que deixem de amar. Que o mais valioso na vida não é o que temos, mas quem temos. Que a pessoa rica não é aquela que tem mais, mas a que precisa menos. Que o dinheiro pode comprar tudo, menos felicidade. Que o físico atrai, mas a personalidade apaixona. Que quem não valoriza o que tem algum dia lamentará tê-lo perdido.” (Hermann Hesse para desorientado)
Amadurecer não é se tornar conservador nem se conformar com o que existe. Ao contrário, a perspectiva da idade nos ajuda a derrubar os medos e a tomar como exemplo e inspiração a aventura realizada pelos outros.
Muitas pessoas tentam aparentar o que não são, seja porque acreditam ser isso o que os outros querem, seja porque não gostam do que são. Dependem da opinião alheia e necessitam desesperadamente de aprovação.
Mas o verdadeiro amor não nasce da carência, de esperar que o outro preencha os vazios em nosso interior ou nos diga o que devemos fazer. Só amamos algo verdadeiramente se o aceitamos como ele é.
… somente se nos aceitarmos como somos, até mesmo com nossos defeitos, podemos ser donos da nossa vida. E, para isso, primeiro devemos nos conhecer. Assim, os outros poderão amar a pessoa que realmente somos, e não a máscara que criamos.
Buda dizia que o ensino é um barco com o qual se passa de uma margem à outra, mas não tem sentido carregá-lo quando pisamos em terra firme. Para avançar na busca, devemos fazer nossas próprias perguntas, porque, depois de conhecer o que os outros descobriram, cabe a cada um levantar a cabeça e interrogar o céu estrelado com os próprios olhos.
O mais paradoxal é que o mero fato de questionar se somos felizes faz com que nos sintamos infelizes. Isso ocorre porque geramos um ideal de felicidade e buscamos esse modelo.
Colocar a alma em nossas atividades é a melhor maneira de fertilizar o terreno em que deve crescer a felicidade.
Nossa vida se desenvolve aqui e nesse momento, embora sejamos filhos do ontem e pais do amanhã.
Quando meditamos e nos sentimos parte do todo, de repente deixa de haver uma diferença entre nós e os outros, entre o observador e o observado. O sentimento de unidade é um êxtase que proporciona uma paz incomparável.
Negar nossa divindade é ferir o pássaro canoro que habita em nós, é silenciar sua voz para não ouvir o que nos diz nosso ser mais profundo: que cada ser humano é seu próprio mestre.
Se há uma coisa pior que ser ingênuo, é não ser capaz de crer em algo.
Nunca nos conhecemos tão bem como quando enfrentamos problemas.
Ninguém é uma negação para o trabalho: simplesmente não encontrou uma atividade onde possa desenvolver suas habilidades.
“A história dos homens é um instante entre dois passos de um caminhante”. F.Kafka
Kafka se referia à vida como um instante entre dois passos, levando em conta todas as gerações que nos precederam e todas as que virão depois de nós.
Quando tomamos consciência de nossos atos, adquirimos o poder de fazer o correto em vez do que é aceitável, pois agimos com responsabilidade
O ponto de partida da ética de Aristóteles é que o objetivo de todo ser humano é a felicidade e, para alcançá-la, é necessário estudar a natureza humana.
Costumamos sofrer mais pelo medo das atribulações do que pelas atribulações propriamente ditas, pois nem sempre elas acontecem de fato.
Na realidade atual, Sancho Pança se assemelha aos vampiros de energia que desejam nos convencer de que nossos sonhos não podem ser concretizados e que nem sequer vale a pena tentar realizá-los. Esses especialistas em dinamitar projetos alheios costumam ser acomodados e não suportam que os outros cheguem aonde eles não se atrevem a se aventurar.
“A verdade é sempre um abismo” (F.Kafka)
Desta reflexão deduzimos que a verdade é algo difícil de extrair, mas que ilumina os que vão em seu encalço até as profundezas do abismo.
Mudar o mundo mostrou-se uma tarefa árdua, mas temos, sim, capacidade de mudar a nós mesmos
Somos responsáveis pela maioria das coisas que nos acontecem, ainda que frequentemente ponhamos a culpa em outras pessoas por aquilo que não dá certo.
Aprender significa ser livre para escolher e também para errar. Se nos guiarmos por uma autoridade – um guru, um partido político, um time, qualquer instância externa a nós –, não aprenderemos nada. Seremos doutrinados, nos tornaremos meros repetidores daquilo que ouvimos. Podemos até chegar a ser eruditos, mas continuaremos incapazes de aprender.
Quando nos sentimos perdidos em um mar de dúvidas e inseguranças, o problema pode estar em fazermos as perguntas erradas.
Mesmo nas mais graves situações, temos a possibilidade de não nos deixar levar e manter intacta nossa dignidade e nossa liberdade interior.
Da importância do Crer:
Se confiarmos em nossos próprios recursos e na existência em si poderemos viver com sentido e realização.
Libertar-se. É soltar o lastro de tudo aquilo de que não necessitamos para existir, prescindir das correntes que não se baseiam no afeto ou na cooperação, superar o vício da opinião dos outros.
O ser indestrutível. O que habita em nós e não se pode destruir? Talvez a resposta se encontre no provérbio indiano que diz: “Só possuímos aquilo que não se pode perder em um naufrágio.”
Ser. É o mais importante de tudo, já que a vida é um relâmpago entre as trevas que nos precederam e as que se seguirão a nós. Devemos aproveitar nosso momento de luz.
A hesitação nos permite descobrir coisas que se encontram à beira da estrada e que talvez sejam mais importantes que a via principal.
A incerteza nos obriga a abrir os olhos e os demais sentidos, o que nos faz parar de avançar às cegas ou movidos pela inércia ou pela apatia.
Não saber para onde estamos indo é um incentivo à criatividade, que necessita de espaços vazios e de possibilidades abertas para moldar-se.
Para o marinheiro, há algo mais perigoso do que o canto da sereia. O silêncio é pior para aquele que conhece demasiadamente bem o caminho, já que seu rumo se torna previsível e ele pode dormir, fazendo o navio encalhar.
Não precisamos ser medrosos, claro, mas devemos saber que o medo é uma defesa que nos mantém a salvo das possíveis agressões do mundo que nos cerca. Ou seja: o medo nos informa. Por isso, temos que aprender com ele e nos manter no ponto de equilíbrio entre a coragem e a prudência.
Troque as correntes que lhe dão segurança por uma livre caminhada lado a lado, somando cada instinto e cada perspectiva.
Desfrutamos melhor a montanha-russa da existência quando entendemos que as subidas e descidas fazem parte do jogo.
A maioria dos assuntos que nos angustiam não são tão importantes quanto parecem.
O que o mito de Cronos ou Saturno nos ensina? – o tempo nos devora, e por isso devemos aproveitá-lo ao máximo. Cada ação valiosa que realizamos no dia a dia é uma pedra na boca do velho deus, pois o tempo só passa inutilmente para aqueles que querem perdê-lo.
A maioria das preocupações nunca se concretiza.
A tristeza aumenta nossa capacidade de empatia, já que nos deixa mais solidários com os que estão passando por um momento difícil como o nosso.
A tristeza faz com que amemos mais aquilo que perdemos, e, portanto, multiplica nossa sensibilidade.
A tristeza nos aproxima das pessoas que nos cercam, pois quando estamos tristes resistimos menos a pedir ajuda e nos tornamos mais gratos.
Desde que não se prolongue demais e não nos leve à autocomiseração, uma dose de tristeza é bem-vinda.
O fogo ainda não está presente, mas a simples perspectiva de encontrá-lo pressupõe um calor para a alma, pois o brilho daquilo que vamos buscar nos guia.
Quando elaboramos projetos que dão sentido à nossa vida, o mero fato de evocá-los com o pensamento já nos remete à chama que dissipa o frio e as trevas de qualquer dificuldade.
Para os pensadores orientais, é imprescindível “desaprender”, livrar-se de muitos conhecimentos adquiridos em forma de preconceitos e lugares-comuns, para olhar a realidade sem os filtros que a distorcem.
Esta situação de desesperança – quando perdemos o referencial de onde viemos e tampouco vemos o final – é o que nos assalta nos momentos de crise e dificuldades.
Quando nos desesperamos, sentimo-nos vazios, sem ideias nem planos para seguir adiante. A esperança, por outro lado, logo arranja soluções para a situação em que nos encontramos.
Mas podemos sentir amor por uma pessoa sem nos apegarmos a ela. Amar alguém não significa que a pessoa amada nos pertença e que podem tirá-la de nós.
Assim como nos apegamos à pessoa amada, também acontece com os bens materiais. Quando nos apegamos a objetos, temos medo de perdê-los. Não somos livres, tememos, sofremos.
Se conseguirmos nos livrar dos apegos, se formos capazes de viver sem nos agarrarmos a nada, deixaremos de sentir medo e o ciúme desaparecerá. Deixaremos de nos preocupar em acumular coisas desnecessárias, trocaremos o verbo “ter” pelo verbo “amar”. Conseguiremos experimentar amor por nosso parceiro sem que ele se sinta numa prisão. Quando nos propusermos a viver assim, deixaremos de ter grades em nosso interior.
Há pessoas que convertem as experiências difíceis em sofrimento, mas há outras que as transformam em aprendizado.
Buda disse em certa ocasião: “A dor é inevitável, o sofrimento é opcional.” Isso significa que a dor sempre estará presente em nossa vida, pois sofremos acidentes, vivemos perdas, decepções… O que muda de uma pessoa para outra é a interpretação que se faz desses acontecimentos.
“A dor é o elemento positivo deste mundo.”, escreveu Franz Kafka. A dor positiva de que fala Kafka não é o sofrimento, mas o aprendizado. Aquilo que dói mais profundamente nos mostra o valor da vida e aumenta nossas perspectivas, o que nos faz entendê-la em toda a sua profundidade.
O juiz mais rigoroso, o que determina os piores castigos, sempre somos nós mesmos.
Julgar os outros é outra maneira de nos castigarmos, já que quase todo julgamento nos enche de emoções negativas, como o ressentimento e o desejo de vingança.
“É assim que falam os culpados”(Franz Kafka)
Esta frase pertence ao final do romance “O processo”, onde um torturado Josef K. tenta se defender de uma acusação e fala com um religioso em uma igreja vazia: – “Eu não sou culpado” – diz Josef K. – “Como um homem pode ser culpado?” O padre lhe dá razão, mas logo depois acrescenta que “é assim que falam os culpados”, ou seja, por meio da justificação.
Já que a vida que temos pode acabar a qualquer momento, o dia de hoje é um tesouro que não podemos desperdiçar à espera de dias futuros que talvez nunca cheguem.
Como um viajante que, após uma longa espera, finalmente sente que o trem se põe em marcha e deixa para trás tudo de bom ou de mau que viveu, a existência é uma viagem de uma única direção: para a frente.
A única coisa que temos é o trajeto da vida, uma viagem felizmente sem retorno, já que, assim, somos obrigados a tomar decisões corajosas.
O dinheiro não é bom nem ruim. É apenas algo que podemos utilizar para o bem ou para o mal.
O que fazemos com o dinheiro reflete quem somos.
Há pessoas que aparentemente têm tudo na vida – saúde, beleza, dinheiro, liberdade – e são infelizes. Isso acontece porque elas fixam a atenção naquilo que lhes falta ou simplesmente não sabem o que querem da vida. Outras, ao contrário, vivem situações penosas, mas são capazes de enxergar um cantinho do jardim onde bate um raio de sol.
A dúvida e a insegurança são apenas o pânico gerado por uma mente fraca. Com um coração firme e uma mente aberta, tudo se torna possível.
Não é incomum que, anos depois de ter cumprido certa etapa da vida, uma pessoa perceba que os amigos permanecem naquela fase e reclamam pelo fato de ela haver mudado. De repente, pessoas que tinham muito em comum já não têm sobre o que conversar, exceto os “velhos tempos”.
Ninguém é mais diferente de outra pessoa do que é de si mesmo nos diversos momentos da trajetória pessoal.
Nunca seremos perfeitos, mas podemos ser melhores.
Na realidade, quem age mal está pedindo nossa ajuda. E, na escola da vida, não há ofensas, apenas lições. Então deveríamos agradecer a esses indivíduos a oportunidade que nos dão de sermos melhores e nos tornarmos úteis. Ao ajudar, crescemos espiritualmente junto com a pessoa.
Todos damos o que temos – seja muito ou pouco – segundo nossas possibilidades. Cada um está onde tem de estar e oferece o que pode oferecer. Por isso, não há nada a perdoar. No máximo, podemos ajudar os outros a avançar um pouco em seu caminho para o crescimento pessoal.
Cada pessoa se encontra em um estágio diferente de evolução espiritual, portanto age dentro de suas limitações.
Quando a pessoa desconsidera o ego, fica mais leve.
Alguns recursos para realizar essa transformação:
.Escutar mais os outros do que a si mesmo.
.Colocar sua energia em questões que beneficiem o grupo: uma ação cultural, uma iniciativa solidária, uma festa-surpresa…
.Parar de falar de seus problemas, já que isso implica repeti-los também a si mesmo, o que só os reforça.
.Em vez de se preocupar, se ocupar.
.Ser útil aos outros: nada traz mais satisfação nem reforça mais a autoestima.
O hábito faz o monge. É importante ter um traje para o horário de trabalho e outro, mais confortável, para o tempo livre. O corpo relaciona a mudança de roupa às fases de obrigação e de descanso.
O que caracteriza um indivíduo resiliente é seu afã de progredir e de lutar por seus objetivos mesmo em um ambiente hostil. Em vez de entregar-se à queixa, ele se empenha em construir o próprio futuro.
Para encontrar a solução de um problema é preciso avaliá-lo objetivamente, ou seja, captar o que há de fundamental nele.
Quem não sabe apreciar o que é passageiro dificilmente poderá desfrutar a vida, porque ela é feita de episódios efêmeros.
Por trás de temperamentos rígidos, que parecem estar sempre em guerra contra o mundo, costuma existir uma grande insegurança.
Estar consciente da própria ignorância é condição indispensável para atingir a verdadeira sabedoria.
Uma crítica pode ser um bom ponto de partida para uma mudança benéfica.
Ao receber uma crítica:
*Analise o que está sendo dito e tire suas próprias conclusões.
*Não contra-ataque nem fique na defensiva.
*Peça sugestões, caso acredite que a pessoa possa ajudar.
*Ignore o que for mero fruto de inveja ou vingança.
*Nunca responda com outra crítica.
O estilo é a comunhão entre nosso interior e nosso exterior. Sem essa harmonia, ele não existe.
Dez sugestões para se ter estilo:
1. Conhecer os pontos fortes da própria personalidade.
2. Valorizar o que você é, em vez de se vangloriar do que finge ser.
3. Ser humilde sem falsa modéstia.
4. Ter uma atitude positiva.
5. Ser amável com os outros.
6. Dialogar com educação e inteligência.
7. Ser solidário.
8. Mostrar flexibilidade quanto às opiniões dos outros.
9. Saber lidar com momentos de crise.
10. Nunca se queixar em público.
Um dos segredos da felicidade é não permitir que sua mente complique o que é fácil.
Mas o medo do fracasso é pior do que o próprio fracasso, porque este ao menos nos permite aprender e evoluir.
[Na escola], podem nos ensinar disciplinas como matemática ou latim, mas a arte de viver é algo que aprendemos ao longo do caminho. É a única educação que realmente deveria importar – e não deveria se restringir à infância ou à juventude. Quem deixa de aprender já está morto em vida.
Há uma linha tênue entre o orgulho e a soberba, a mesma que separa o excêntrico do ridículo, a faceirice da banalidade ou o cômico do patético. A grande sabedoria consiste em transitar por essa linha sem nos inclinarmos para nenhum dos lados.
Educar uma criança é ensiná-la a não depender dos adultos, que devem apenas servir de guias, orientando-a para que realize o que deseja da maneira mais adequada e por si mesma.
É importante não tentar moldar nossos filhos à nossa imagem e semelhança, pois cada criança, cada pessoa, é única e devemos permitir que essa singularidade apareça. AP
Não é fácil encontrar o ponto de equilíbrio entre a autoridade e a liberdade, entre a orientação e o livre-arbítrio. Em última análise, os pais educam sobretudo com o próprio exemplo. Se você respeitar a si mesmo e aos outros, as crianças ao seu redor incorporarão essa atitude naturalmente.
Podemos dar asas às crianças, mas aprender a voar é algo que elas precisam fazer sozinhas.
As coisas que nos acontecem representam 50% da vida. Os outros 50% correspondem ao modo como as encaramos, o que fazemos com elas.
Fábula : “O vagalume e a serpente” Certa vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume. Depois de três dias de perseguição incessante, e já sem forças, o vaga-lume parou e se dirigiu à serpente: – Posso lhe fazer uma pergunta? – Nunca dei ouvidos a uma presa, mas, como vou devorá-lo, pode perguntar… – Eu pertenço à sua cadeia alimentar? – Não. – Já lhe fiz algum mal? – Não. – Então, por que você quer acabar comigo? Após meditar um tempinho, a serpente respondeu: – Porque não suporto vê-lo brilhar”. (fábula citada por Allan Percy em livro sobre Oscar Wilde)
Aqueles que conhecem seus limites e se ajustam a eles costumam ter uma vida saudável, mesmo que às vezes ela lhes pareça um tanto sem brilho. Os que ultrapassam os próprios limites podem conseguir coisas extraordinárias, embora a maioria desista no meio do caminho.
O conformismo tem a vantagem de permitir que não nos estressemos mais do que o necessário e o inconveniente de nos deixar entediados.
O inconformismo tem a vantagem de nos fazer sonhar e o inconveniente de, muitas vezes, transformar nossos sonhos em decepções.
Cada ser humano é arquiteto de alguma coisa: uns, de casas; outros, de planos intangíveis… Somos todos arquitetos de nossa própria vida. Não é possível delegar a ninguém a tarefa de desenhar essa planta. No máximo, podemos recorrer às orientações de mestres capazes de nos inspirar a criar o melhor projeto no papel da existência.
Se atribuirmos valor à nossa vida e a moldarmos segundo nossos anseios, poderemos torná-la uma obra de arte.
O budismo vê o desejo como origem de todos os males, já que nos prende ao que é passageiro e finito.
De acordo com a tradição budista, o desejo é algo de que devemos nos livrar. Mas, para a maioria dos mortais, uma vida sem ele não teria qualquer graça. Portanto, para encontrar o ponto de equilíbrio, o melhor é permitir-se os desejos que lhe parecerem justos, sem, contudo, esperar que a felicidade de alcançá-los seja duradoura.
O homem é atraído pela mulher porque lhe falta o feminino, assim como a mulher é atraída pelo homem porque lhe falta o masculino.
Quando recebemos algo de alguém, nos sentimos em dívida com essa pessoa, o que diminui nossa sensação de independência.
A crise é o que motiva a criação de soluções que fazem o mundo avançar.
Ele [Edward Brown] vê no ato de cozinhar – de fazer pão a escolher e picar hortaliças – uma demonstração de amor por si mesmo e pelos outros. Que atividade humana tem maior transcendência que a preparação do combustível para nosso veículo vital?
Mal comparando, se pusermos o combustível errado em um automóvel, ele acabará apresentando algum defeito. Assim, o momento de comer não deveria ser um ato rotineiro, sem importância. Quando preparamos nossos alimentos, estamos fazendo uma escolha transcendente para a saúde e o espírito.
Em resumo, felicidade é algo temporário. A boa notícia é que a infelicidade também.
AQUI ESTÃO CINCO PASSOS para aumentar a autoestima:
1. Viva para si mesmo, não para o mundo. As pessoas que não sabem amar a si mesmas buscam constantemente a aprovação alheia e sofrem quando são rejeitadas. Para quebrar essa dinâmica, devemos admitir que não podemos satisfazer a todos.
2. Fuja das comparações. Elas são uma importante causa de infelicidade. Muita gente tem qualidades e atributos que você não tem, mas você também possui virtudes que não estão presentes nos outros. Pare de olhar para os lados e trabalhe na construção de seu próprio destino.
3. Não busque a perfeição. Nem nos outros nem em si mesmo, já que a perfeição não existe. O que existe é uma grande margem para melhorar.
4. Perdoe seus erros. Especialmente os do passado, pois já
não podem ser contornados nem têm qualquer utilidade.
Aprenda com eles, para não repeti-los.
5. Pare de analisar. Em vez de ficar pensando no que deu errado, é muito melhor agir, porque isso permite aperfeiçoar suas qualidades. Movimentar-se é sinal de vida e de evolução.
É preciso aprender a amar a si mesmo, a reconhecer-se e a aceitar-se, apesar de suas
imperfeições – que, na realidade, são caminhos a percorrer. Só assim você deixará de temer os outros e de ser afetado por suas opiniões.
Como dizia Hermann Hesse, cada ser humano é responsável por seu jardim e pinta em sua mente a aquarela do que deseja ser. Quando deixamos de depender dos outros e de nos comparar a eles, descobrimos que somos donos da nossa vida.
Sem o pequeno, o grande também não pode existir.
Afinal, a escola da vida é aquela que nos coloca à prova no dia a dia, e precisamos estar sempre dispostos a aprender e a melhorar nossas notas.
Em suma, como a ave que quebra o ovo depois de ter se desenvolvido o suficiente, crescer é transformar-se de dentro para fora.
A educação nos dá conhecimentos específicos para passar numa prova; o que não significa que aprendemos o essencial para viver. –
No momento em que nos desprendemos desse roteiro que nos ensinaram começa nosso caminho em direção à realização. Sem ter a quem seguir, a quem consultar, nos vemos obrigados a decidir e a nos definir. Nossa felicidade deixa de depender dos outros para ser responsabilidade nossa. E isso é ótimo. Deixamos de ser crianças, discípulos e nos separamos dos que nos conduziram até aqui. Já não somos mais um prolongamento de ideias alheias, conquistamos nossa liberdade.
Só aquele que se torna adulto mas continua sendo criança é um ser humano”
Em cada adulto dorme uma criança que crê na magia do mundo e da vida. E a leva a sério porque, quando o menino brinca de ser pirata, está sendo realmente um pirata.
Quando um adulto não está satisfeito consigo mesmo, deve se perguntar o que esqueceu no caminho. A resposta normalmente é que não cumpriu com o combinado.
O tempo é um grande aliado da inércia e da preguiça.
Voltar a olhar para o mundo com os olhos de uma criança nos permite reencontrar o ser mais verdadeiro que habita dentro de nós.
As plantas têm o seu ritmo, e a pessoa que cuida delas aprende a respeitá-lo e a integrá-lo em sua vida. Há muito o que aprender com um jardim em crescimento, pois seu estado e os cuidados que lhe dispensamos são um reflexo de nosso jardim interior. Quem é capaz de cuidar de seu jardim também pode cuidar de si mesmo.
A memória coletiva é muito mais algo que nos une aos outros do que algo que nos separa. Saber que um suposto inimigo hospeda o mesmo inconsciente de sonhos e arquétipos que nós é um convite a rompermos a crosta dos mal-entendidos e darmos um passo rumo ao entendimento.
É preciso viver de vez em quando a escuridão para aprender a amar a luz.
Quando nos dão um caminho no qual nos sentimos seguros, nos apegamos a ele. Deixamos de viver por nós mesmos para seguir algumas diretrizes, alguns ensinamentos que sabemos de cor. Se não nos atrevermos a liberar essas amarras, não chegaremos a saber o que é pensar em liberdade.
A primeira presa de todo caçador da verdade deve ser ele próprio, seu autêntico eu. Ninguém pode nos ensinar quem somos. Devemos descobrir isso por nossos próprios meios. Ninguém pode viver nossa vida por nós.
Ser água é se adaptar à realidade mutável e aprender a arte da paciência.
A luta entre a água, a espada e a rocha.
A espada e a rocha se consideram superiores: a espada acredita que pode ferir a água, pois a parte ao meio como parte qualquer outra coisa. E a rocha, por sua vez, acha que pode cair sobre a água e danificá-la. No entanto, a rocha não danifica a água; simplesmente faz com que ela desvie o seu curso. A espada, por mais que afunde seu fio na água, não pode parti-la. A água se adapta, a rodeia, mas não deixa de fluir. Em compensação, a água pode desgastar a rocha e oxidar a espada até que seu fio não mais corte. A paciência, a calma e a capacidade de adaptação são armas mais poderosas.
Nosso caminho pode nos levar a muitos lugares, e, para aprender sobre eles, é preciso ser como a água e nos adaptarmos ao curso dos acontecimentos. Como o mundo nunca se adaptará a nós, devemos ser flexíveis como o bambu, que balança com o vento mas não se quebra.
Um rio, em cada local por onde ele passa, recolhe em sua corrente fragmentos desse lugar, de tudo o que aconteceu ali. Isso enriquece o rio. Da mesma maneira, o que encontramos em nosso caminho nos nutre e nos dá sabedoria sempre que não desprezamos esse conhecimento.
Muitas vezes a felicidade reside em perseguir o impossível.
Se impusermos nossos critérios e não respeitarmos o outro, só conseguiremos que nos evitem ou nos temam. Para ensinar de verdade é necessário amar o que se fala, o que se ensina e, definitivamente, amar o próximo.
Tal como reza o efeito Pigmaleão, as pessoas se tornam uma coisa ou outra segundo nossas expectativas sobre elas.