Na vida afetiva, muitas vezes, um relacionamento é como um quebra-cabeça. Exige concentração, raciocínio e paciência em dose cavalar. Mas o que fazer quando você percebe que o jogo da sua vida parece estar faltando peças? O que fazer quando as peças não se encaixam? Será que as peças que não se encaixam, ou você que está colocando-as no lugar errado?
Existem momentos em nossas vidas que somos obrigados a usar máscaras. Máscara de alegria quando a tristeza dilacera o peito, máscara de serenidade quando o desespero se estabelece, máscara de força quando a vontade é de se jogar no chão, máscara de sorriso quando a lágrima rola na alma, máscara de satisfação quando a insatisfação é iminente. São máscaras que põem em nós, ou que nós mesmos somos obrigados a pô-las.
Sinto-me como uma mulher invisível, as pessoas me olham, mas não me vêem de fato, sinto que minha voz não é ouvida e todas as minhas atitudes são desprezadas ou desprazíveis. Sinto que não faça nada de importante e em certos momentos vejo a vida sem sentido. Me irrito com as pessoas que eu amo e faço e falo coisas injustas. Sou humana e como tal, sou passiva de erros, fraquezas, dores e tristezas. Eu sei que isso tudo é uma fase e que vai passar. Já aconteceu em outras oportunidades e certamente acontecerá de novo, lá na frente.
Estou vivendo um momento que tudo que desejo é me livrar das amarras das responsabilidades. Queria não ter tantas obrigações e não precisar seguir certas regras. Queria tirar férias de mim mesma e das pessoas que eu amo, mesmo amando-as sinto que preciso desse afastamento, pelo menos por um tempo.
Queria ter o poder de mudar de vida, de rumo, de planos, de sonhos, de direitos e de deveres. Mas não tenho. Sinto que minhas alegrias são tristes e meus momentos, escassos, de diversão e lazer são superficiais. Meu contentamento logo passa e o vazio é persistente.
Te amo porque você chegou na minha vida de mansinho. Não exigiu nada, não impôs nada, não demonstrava pretensão alguma… Foi chegando com quem não quer nada e se estabeleceu, definitivamente, dentro do meu coração.
Te amo porque isso me faz bem e o fato de sentir a veracidade da reciprocidade é só um complemento. Que bom que é assim! Mas, se não o fosse eu amaria do mesmo jeito.
Te amo porque você cuida de mim quando estou doente, faz sopinha, compra remédio, dorme do meu lado me fazendo cafuné e me acompanha ao dentista porque sabe que sairei de lá sentindo dores (maldito aparelho).
Te amo porque você pertence ao mundo das letras e ainda assim foi se aventurar no universo dos números só para me socorrer. Aprendeu álgebra só pra me auxiliar na matéria que mais me consome na faculdade.
Amo-te porque você me liga no meio do dia e quando eu menos espero só pra saber se eu estou bem.
Amo-te porque a saudade que eu sinto de você quando estamos longe é inversamente proporcional à necessidade que sinto da sua presença. Amo por amar e não por precisar.
Amo-te porque quando você chega é como se o sol se abrisse e as flores sorrissem para mim. Sua presença me traz alegria e calma.
Amo-te porque antes de ser meu parceiro na cama você é meu amigo, confidente, ouvinte, conselheiro…
Amo-te porque esse amor é um sentimento leve, suave, tranquilo… amar você não me traz carga alguma e é uma delícia sentir-me amada da mesma forma. Com tamanha leveza.
Amo-te porque sinto que, se por algum motivo, amanhã esse sentimento não existir mais, surgirá outro, talvez gratidão ou amizade.
Amo-te porque isso só me faz bem. Antes de amá-lo, amo a mim e certamente esse é o nosso ponto de equilíbrio
Lá fora a chuva ameaça cair.
Aqui dentro meus olhos ameaçam brotar lágrimas…
É a falta que você está me fazendo.
O frio castiga o meu corpo e a saudade castiga o meu coração.
A raiva de saber que, por motivos bobos, você se chateou e se afastou de mim.
Me deixando assim sozinha, com frio, com saudade e sentindo mais do que nunca a sua falta.
Até quando vai durar a sua birra não sei.
Até quando você vai alimentar esse orgulho sem fundamento, eu também não sei.
Se você sente minha falta ou não eu nunca vou saber, nunca vou perguntar.
Numa terra onde é verão o ano todo, os poucos dias de inverno que se instalam machucam a carne tal qual uma navalha, e quando mais preciso do seu calor, do seu colo, do seu abraço… Você simplesmente não está.
Vou tomar um chocolate quente, ler um livro, ver um filme, ligar para uma amiga que não falo há tempos.
Vou fazer qualquer coisa que aqueça meu corpo, aqueça meu coração e ocupe meus pensamentos enquanto você não volta.
Só te peço uma coisa: Não demora muito, pois eu vou estar esperando com o coração repleto de ansiedade.
Gosto da sua companhia.
Gosto do seu visual desgrenhado como se tivesse medo de cortar o cabelo.
Gosto do seu jeito de criança doce, mesmo sendo assim tão alto e tendo essa cara de mal.
Gosto da sua cara de bobo ao me ver falar. Não tira os olhos de mim, mas não presta atenção em nada do que eu estou falando.
Gosto quando nesse mesmo olhar você solta um largo sorriso. Poucas pessoas conseguem sorrir com os olhos.
Gosto quando você me sorri. Singela e despretensiosamente você me oferta um sorriso sincero e as pessoas nem imaginam quanta cumplicidade há implícita nele.
Gosto do seu humor inteligente e quando você me explica coisas como a origem dos Guerreiros Nórdicos até o que é um simples Toy.
Gosto das besteiras que você diz e de como você ri das bobagens que digo.
Gosto quando a gente pula de um assunto para o outro sem concluir nenhum e tudo sempre acaba num sorriso, ou num beijo.
Gosto do inesperado, da incerteza que nos envolve e de não saber ao certo quando vou te ver de novo. Se vou te ver de novo.
Gosto quando você some e dias depois aparece com a cara mais deslavada do mundo dizendo que eu sumi.
Gosto de repetir pra mim mesma “essa é a ultima vez” aí você aparece do nada me chamando. E eu vou…
Gosto da cara “não sei” que eu faço quando as pessoas perguntam sobre nós. Eu gosto de não saber.
Gosto de saber que a nossa história não tem roteiro, nem itinerário, nem amarras, nem normas, nem nomenclatura. Ela é simplesmente a nossa história.
Gosto quando você toca e acaricia o meu rosto como se tocasse uma jóia rara.
Gosto do seu abraço apertado, tão apertado que parece que nossos corpos vão se fundir num só.
Gosto de sentir o seu coração pulsar colado no meu corpo.
Gosto da cara de boba que eu faço quando recebo uma mensagem sua.
Gosto de não fazer planos e nem alimentar esperanças.
Gosto de viver um dia de cada vez, um passo de cada vez…
Gosto de termos tanta coisa em comum, apreciarmos as mesmas músicas e artistas.
Gosto do nosso repertório variado.
Gosto de ver o brilho no seu olhar e sentir a emoção na sua voz quando você fala das duas coisas que você mais ama no mundo.
Gosto de lembrar de como nos conhecemos há tanto tempo atrás, dos desencontros que aconteceram e de como o destino se encarregou de nos unir de novo, assim do nada.
Gosto de te ver cantar, mesmo sabendo que não é pra mim, eu faço de conta que é. Talvez até seja, mas eu nunca vou perguntar.
Gosto da sua energia boa e da sua alma leve. Me traz uma paz…
É… eu gosto de você!