Eu acho que todo mundo tem que ser dono da sua carreira. Seu empresário não pode fazer de você o que ele achar que é bom.
Na minha infância e na minha adolescência, fatalmente eu tive que levantar o meu nariz. Porque senão eu seria atropelada.
Quando eu acho que as pessoas estão me atravessando, se eu não boto limites, eu adoeço.
É muito difícil, sim, pro brasileiro encarar uma mulher negra de frente sem taxá-la de metida, prepotente, arrogante.
A maternidade só é transformadora quando você permite se transformar. Filho é uma caixinha de surpresas. A premissa é entender, e não conseguimos entender de cara, que esse ser humano não é você. Isso é muito difícil de aceitar, porque o nosso desejo, no fundo, são repetições de nós mesmas.
A internet cobra que a gente sempre se posicione – e eu não estou a fim de me posicionar sobre tudo. Primeiro, porque eu não sei me posicionar sobre tudo, inclusive existem pessoas que falam muito melhor que eu sobre muitos assuntos. E tem coisas sobre as quais já me posicionei e não preciso abordar de novo.
A questão do ativismo é você considerar o outro tão importante quanto você.
Para mim, não faz sentido ser uma artista e não ser engajada.
Quando as pessoas falam “mas tudo é racismo?”, a gente tem de partir do princípio de que sim. Somos um país que foi forjado pelo racismo e pelo machismo.
