Certamente, o defeito mais destrutivo ( … ) que uma pessoa pode ter, mais que o orgulho, que supostamente é o número um dos pecados capitais – é a autopiedade. Autopiedade é a pior emoção possível que qualquer um pode ter. E a mais destrutiva. Parafraseando um pouco o que Wilde disse sobre o ódio, e eu acho que, na verdade, o ódio é um subproduto da autopiedade e não o contrário: “Ele destrói tudo à sua volta, a não ser a si próprio.”
A autopiedade vai destruir relacionamentos, vai destruir tudo o que é bom, vai cumprir todas as profecias que faz e deixar apenas a si mesma. E é tão fácil imaginar que tudo é duro demais, e que as coisas são injustas, e que você é subestimado, e que se apenas alguém tivesse lhe dado uma chance, que se apenas tivesse tido uma chance, as coisas teriam sido melhores, você seria mais feliz se só isso acontecesse, mas você é um azarado. Todas essas coisas. E alguns delas podem muito bem até ser verdade. Mas a autopiedade como resultado delas é fazer a si mesmo um enorme desserviço.
(…) Eu uma vez quase quis publicar um livro de autoajuda dizendo: “Como ser feliz por Stephen Fry: sucesso garantido”. E as pessoas comprariam este livro enorme e seria todo de páginas em branco, e na primeira página eu gostaria apenas de dizer – “Pare de sentir pena de si mesmo – e você será feliz.” Use o resto do livro para escrever seus pensamentos e desenhos interessantes, e é isso que o livro será, e seria verdade. E isso soa como “Oh, mas isso é tão simples “… Porque não é simples parar de sentir pena de si mesmo, é muito duro. Porque nós sentimos pena de nós mesmos, isso é o que é o Gênesis sobretudo.
Se você conhece alguém que está deprimido, por favor nunca lhe pergunte porquê. A depressão não é uma resposta simples para uma situação ruim; a depressão é apenas como o tempo.
Tente entender a escuridão, letargia, falta de esperança e solidão que ele está passando. Esteja lá para ele quando ele sair do outro lado. É difícil ser um amigo para alguém que está deprimido, mas é uma das coisas mais amáveis, mais nobres, e melhores que você alguma vez vai fazer.
Você é quem você é quando ninguém está assistindo.
Sou um amante da verdade, um adorador da liberdade, um folião no altar da linguagem, da pureza e da tolerância.
Não somos substantivos, somos verbos. Não sou uma coisa – um ator, um escritor – sou uma pessoa que faz coisas – escrevo, atuo – e nunca sei o que vou fazer em seguida. Acho que você pode ficar preso se pensar em si mesmo como um substantivo.
Nenhum adolescente quer ser compreendido. Por isso é que eles reclamam por serem incompreendidos o tempo todo.