E me ocorreu, ali parado, só respirando com ela, o silêncio caindo á nossa volta, que aquelas podiam ser as duas palavras mais lindas do mundo.
Temos Tempo.
(Jacob Portman. – Biblioteca de Almas)
Também as estrelas eram viajantes do tempo. Quantos destes antigos pontos de luz eram ecos de sóis agora mortos? Quantos tinham nascido cuja luz ainda não nos chegara? Se todos os sóis desaparecessem, menos o nosso, quantas vidas demoraríamos até percebermos que estávamos sós? Sempre soube que o céu estava cheio de mistérios – mas só agora me dera conta de como a terra também o estava.
Eu costumava sonhar em escapar da minha vida comum, mas minha vida nunca foi comum. Eu simplesmente não entendia o quão extraordinária ela era.
Estranho, pensei, como você pode estar vivendo seus sonhos e seus pesadelos ao mesmo tempo.
O riso não piora as coisas ruins, assim como o choro não as torna melhores.
Sua memória era algo tangível e pesado, e eu a levaria comigo.
Eu optara por mergulhar em um mundo que jamais imaginara, onde vivia entre as pessoas mais vivas que eu já tinha conhecido, onde fazia coisas que nunca tinha imaginado ser capaz de fazer e sobrevivia a coisas às quais nunca tinha sonhado sobreviver.
Eu estava ali por um motivo. Havia algo que eu precisava fazer, não apenas ser; e não era fugir ou me esconder, muito menos desistir no instante em que as coisas começassem aparecer aterrorizantes ou impossíveis.
Quando alguém não o deixa entrar, você acaba parando de bater. Entende o que quero dizer?
(Franklin Portman – Orfanato da Srta. Peregrine)
Ás vezes tudo o que você precisa fazer é cruzar uma porta.
(Jacob Portman – O orfanato da Srta. Peregrine)
Não se tranca um baú vazio.
(Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares)
Não posso ser para você quem não sou.
(Jacob Portman – Orfanato da Srta. Peregrine)