As riquezas sem a generosidade são a pobreza dos plebeus.
O excesso de estudo provoca erro, confusão, melancolia, cólera e fastio.
Pouco dura a dor que termina em lágrimas, e muito longo é o período em que o sofrimento permanece no coração.
O elogio que se conquista em não se deixar ofender supera a glória que se ganha vingando-se.
A ambição é o estrume da glória.
Enfim, a retórica está na língua de quem ama, de quem engana e de quem tem necessidade.
Os velhos são eunucos do tempo.
Não se ensina demais o que nunca se aprende o suficiente.
Apaixonar-se é a receita que os velhos usam contra o tempo; e há tanta virtude nesse método, que voltam a ser jovens enquanto o praticam.
Todas as artes são aprendidas, mas com a da loucura se nasce.
Amemo-nos sem termo nem medida,
pois que só para o amor temos nascido…
Vive por nosso amor! – é o meu pedido,
pois sem tal bem, que valeria a vida?
E se depois da vida já perdida
ainda se amasse. . . Eu, tendo já morrido
pediria outro amor – o bem querido –
para poder seguir gozando a vida.
Gozemos pois, tal como certamente
o primeiro casal no éden, ao ser
aconselhado assim pela serpente.
Que nos perdemos por amar se diz…
Tolice! Outra é a verdade, podes crer:
Só quem não ama sente-se infeliz!