AutorNelson Cavaquinho

Nelson Cavaquinho

A flor e o espinho
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh’alma à sua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha mágoa
É minha dor e os meus olhos rasos d’água
Eu na tua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh’alma à sua
O sol não pode viver perto da lua

Nelson Cavaquinho

“Palhaço”
Sei que é doloroso um palhaço
Se afastar do palco por alguém
Volta, que a plateia te reclama
Sei que choras palhaço
Por alguém que não te ama.
Enxuga os olhos
E me dá um abraço
Não te esqueças
Que és um palhaço
Faça a plateia gargalhar
Um palhaço não deve chorar.
Sei que é doloroso um palhaço
Se afastar do palco por alguém
Volta, que a plateia te reclama
Sei que choras palhaço
Por alguém que não te ama.

Nelson Cavaquinho

Quando o tempo avisar
Que eu não posso mais cantar
Sei que vou sentir saudade
Ao lado do meu violão e da minha mocidade.

Nelson Cavaquinho

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca flor
Eu só errei quando juntei minh´alma à sua
O sol não pode viver perto lua

Nelson Cavaquinho

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor

Nelson Cavaquinho

“Folhas secas”
Quando eu piso em folhas secas
Caídas de uma mangueira
Penso na minha escola
E nos poetas da minha estação primeira
Não sei quantas vezes
Subi o morro cantando
Sempre o sol me queimando
E assim vou me acabando
Quando o tempo avisar
Que não posso mais cantar
Sei que vou sentir saudade
Ao lado do meu violão
Da minha mocidade

Nelson Cavaquinho

“Luz Negra”
Sempre só, eu vivo procurando alguém
Que sofra como eu também
E não consigo achar ninguém
Sempre só e a vida vai seguindo assim
Não tenho quem tem dó de mim
Estou chegando ao fim
A luz negra de um destino cruel
Ilumina um teatro sem cor
Onde estou desempenhando o papel
De palhaço do amor

Nelson Cavaquinho

“Rugas”
Se eu for pensar muito na vida
Morro cedo amor
Meu peito é forte
Nele eu tenho acumulado tanta dor
As rugas fizeram residência no meu rosto
Não choro
Pra ninguém me ver sofrer de desgosto
Eu que sempre soube esconder a minha mágoa
Nunca ninguém me viu com os olhos rasos d’água
Finjo-me alegre
Pro meu pranto ninguém ver
Feliz aquele que sabe sofrer

Nelson Cavaquinho

LUZ NEGRA
Sempre só
Eu vivo procurando alguém que sofra como eu… também
Mas não consigo achar ninguém
Sempre só
A vida vai seguindo assim
não tenho quem tem dó de mim
A luz negra de um destino cruel
Ilumina um teatro sem cor
Onde estou representando o papel
Do palhaço do amor
Sempre só
a vida vai seguindo
assim
não tenho quem tem dó de mim
e eu tô chegando ao fim
Eu tô chegando ao fim… (eu também)
Eu tô chegando ao fim…

Nelson Cavaquinho

spot_img

Mais lidas

Frases relacionadas