Era uma vez… Não, para! Que isso aqui não é conto de fadas!
E a história que vai ser relatada é só realidade.
Conta as memórias de uma vida pacata que esmagou a maldade
1996, quatro horas da manhã
Dilatação de 4 dedos, mas não tinha parteiros
A saúde onde eu moro me dá nos nervos
Nome da mãe? Andréia.
Preta, nesse mundo é treta
Quando madura via que a vida era dura
Parecia que Deus olhava e dizia: – Poucas ideias.
Prazer! Sou sim o desgraçado, como o engravatado tinha me falado
É, mas ele ficou impressionado, porque além de ser negro drama também sou um negro estudado
E eu sei que tenho muito a estudar
Porém na academia da hipocrisia, a matéria que eu não entendia eles querem tirar
Mas um dia, um dia eu chego na universidade
Eles nem tão ligado que a vida serviu de faculdade
Tinha apenas três matérias: Miséria, escravatura e infelicidade
Pois é brasil, eu nunca tive um “but” de mil
Mas no sistema eu vou tentar dar uma bota
Por que eu quero ver meu bem
Quando no ENEM eu tirar 100 eles falarem que foi cota.
A caneta mudou minha vida
Com o verso escrito no papel
E o beat que encaixa com a rima
Quem abençoou foi o papai do céu