Na verdade, aqueles suplícios que dizem existir
no profundo Inferno, estão todos aqui, nas nossas vidas.
Assim como as crianças, que no escuro tremem de medo e temem tudo,
nós, na claridade, às vezes temos receio de certas coisas
que não são mais terríveis do que aquelas que as crianças temem
no escuro e pensam que acontecerão a elas.
Tantos males a religião pôde aconselhar!
Todos e tudo obedecem ao dinheiro.
É preciso afugentar com ímpeto esse medo do Inferno
que perturba profundamente a vida do homem,
estendendo sobre tudo a lúgubre sombra de morte
e não deixando existir nenhuma alegria serena e inteira.
Para quem vive segundo os verdadeiros princípios,
a grande riqueza seria viver com pouco,
serenamente: o que é pouco nunca é escasso.
Nada pode nascer
do nada.
A ninguém foi dada a posse da vida, a todos foi dado o usufruto.
Ao pingar, a gota escava a pedra.
Nada vem do nada.
Nada há, por grande e admirável que de início nos tenha parecido, a que não nos habituemos e, pouco a pouco, passemos a admirar menos.
Nunca falta nada a quem se contenta com pouco.
Todos os séculos se parecem aos outros; os homens não inovam muito, a não ser nos instrumentos técnicos. As paixões permanecem: as do poder, da glória, do amor e do dinheiro.
“Nada surge do nada”
Ex nihilo nihil fit.
~Nada vem do nada.
O que é alimento para uns, para outros é um veneno amargo.
Não perece completamente tudo que é visto,
já que a natura refaz uma coisa da outra, e nenhuma
coisa se pode gerar a não ser pela morte de outra.