Quando as coisas quebram, não é a quebra real que os impede de voltar a ficar juntos novamente. É porque um pequeno pedaço se perde – as duas extremidades restantes não poderiam caber em conjunto, mesmo se quisessem. A forma inteira mudou.
Talvez haja alguma coisa que você tem medo de dizer, ou alguém que você tem medo de amar, ou algum lugar que você tem medo de ir. Vai doer. Vai doer porque é importante.
I could never stop thinking that maybe she loved mysteries so much that she became one.
What else? She is so beautiful. You don’t get tired of looking at her. You never worry if she is smarter than you: You know she is. She is funny without ever being mean. I love her. I am so lucky to love her, Van Houten. You don’t get to choose if you get hurt in this world, old man, but you do have some say in who hurts you. I like my choices. I hope she likes hers.
That’s the thing about pain…it demands to be felt.
At some point, you just pull off the Band-Aid, and it hurts, but then it’s over and you’re relieved
The marks humans leave are too often scars.
Só lembre-se de que, às vezes, o que você pensa de uma pessoa, não é o que ela realmente é.
Estou a divagar, mas eis a falha: os mortos são visíveis apenas através do terrível olho vigilante da memória. Os vivos, graças aos céus, mantém a capacidade de surpreender e decepcionar.
A contemporaneidade se especializa no tipo de batalha no qual ninguém perde nada de valor, exceto, como se poderia argumentar, suas vidas.
Thomas Edison’s last words were ‘It’s very beautiful over there’. I don’t know where there is, but I believe it’s somewhere, and I hope it’s beautiful.
(Looking for Alaska)
Você pode amar muito alguém, mas você nunca pode amar uma pessoa tanto quanto pode sentir falta dela.
Alguns infinitos são maiores que outros.
“I imagine it is hard to go back once you’ve felt the continents in your palm.”
A tristeza não nos muda. Ela nos revela.
Mas todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida da pessoa.
Mas eu acredito em amor verdadeiro, sabe? Não acho que todo mundo possa continuar tendo dois olhos nem que possa evitar ficar doente, e tal, mas todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida da pessoa.
Alguns infinitos são maiores que outros… Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter.
Aparentemente, o mundo não é uma fábrica de realização de desejos.
– Talvez você queira falar de seus medos para o grupo.
– Meus medos?
– É.
– Eu tenho medo de ser esquecido.
Meu livro favorito era, de longe, “Uma aflição imperial”, mas eu não gostava de falar dele. Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam. E aí tem livros como “Uma aflição imperial”, do qual você não consegue falar – livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição.
Sim, eu tenho medo do esquecimento terreno. Mas, quer dizer, não quero parecer meu pai nem minha mãe falando, mas acredito que os seres humanos têm alma, e acredito na manutenção da alma. O medo do esquecimento é outra coisa, o medo de não ser capaz de dar a minha vida em troca de nada. Se você não vive uma vida a serviço de um bem maior,precisa pelo menos morrer uma morte a serviço de um bem maior, sabe? E eu tenho medo de não ter nem uma vida nem uma morte que signifique alguma coisa.
But I believe in true love, you know? I don’t believe that everybody gets to keep their eyes or not get sick or whatever, but everybody should have true love, and it should last at least as long as your life does.
Enquanto a maré banhava a areia da praia, o Homem das Tulipas Holandês contemplava o oceano:
– Juntadora treplicadora envenenadora ocultadora reveladora. Repare nela subindo e descendo, levando tudo consigo.
– O que é? – Anna perguntou.
– A água – respondeu o holandês. – Bem, e as horas.
(Trecho do livro fictício “Uma aflição imperial, do escritor fictício Peter Van Houten)
Mas o que nós queremos é ser notado pelo universo, fazer com que o universo dê alguma bola para o que acontece com a gente- não a ideia coletiva de vida senciente, mas cada um de nós, como indivíduos.
(Gus)
— Estou apaixonado por você — ele disse, baixinho.
— Augustus — falei.
— Eu estou — ele disse, me encarando, e pude ver os cantos dos seus olhos se enrugando. — Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.
Passei a maior parte da minha vida tentando não chorar na frente das pessoas que me amavam. Você trinca os dentes. Você olha para cima. Você diz a si mesmo que se eles o virem chorando, aquilo vai magoá-los, e você não vai ser nada mais que uma tristeza na vida deles.
Às vezes parece que o universo quer ser notado.
Ela tinha namorado. Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitamente fascinante. Então voltei para o meu quarto e desabei no beliche de baixo, pensando que, se as pessoas fossem chuva, eu era garoa e ela, um furacão.
Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam.
Então, nós todos somos importantes – talvez menos do que muito, mas sempre mais do que nada.
Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e em como será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para a frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente.
(Quem é você, Alasca?)
Passei a maior parte da minha vida tentando não chorar na frente das pessoas.
É a depressão que você sente quando o mundo como é, não se alinha com o mundo como você acha que deveria ser.
É na liberdade que a maioria das pessoas encontra o pecado.
Sem dor, não poderíamos reconhecer o prazer.
As marcas que os seres humanos deixam são, com frequência, cicatrizes.
Ele registra a morte com fidelidade. Você morre no meio da vida, no meio de uma frase.
O verdadeiro amor nasce em tempos difíceis.
Você precisa escolher as causas pelas quais vai lutar nesse mundo.
Estamos todos condenados ao fim.
Chega uma hora em que é preciso arrancar o Band-aid. Dói, mas pelo menos acaba de uma vez e ficamos aliviados.
(Quem é você, Alasca?)
O amor é apenas um grito no vácuo.
Nem todo mundo tem essa sorte de ser bom em alguma coisa.
Não se imortaliza a perda escrevendo sobre eles.
— Vamos nos ver de novo?
— Claro.
— Amanhã?
— Paciência, Gafanhoto — aconselhei. — Assim vai parecer que você está ansioso demais.
— Exatamente. Foi por isso que falei ‚amanhã‛. Quero ver você de novo hoje à noite. Mas estou disposto a esperar a noite toda e boa parte do dia de amanhã.
As coisas que você mais quer são aquelas que te destroem no fim.
(Will e Will – Um Nome, Um Destino)
Eu queria ser seu último amor. Mas sabia que não era. Sabia e a odiava por isso. Eu a odiava por não se importar comigo. Eu a odiava por ter me deixado naquela noite. E odiava a mim mesmo por tê-la deixado ir embora, porque, se eu tivesse sido suficiente, ela não teria querido ir embora. Simplesmente teria se deitado comigo, conversado e chorado. E eu a teria ouvido e teria beijado as lágrimas que caíam dos seus olhos.
(Quem é você, Alasca?)
If only we could see the endless string of consequences that result from our smallest actions. But we can’t know better until knowing better is useless.
(Looking for Alaska)
“Às vezes parece que o universo quer ser notado.” É nisso que eu acredito. Acredito que o universo quer ser notado. Acho que o universo é, questionavelmente, tendencioso para a consciência, que premia a inteligência em parte porque gosta que sua elegância seja observada. E quem sou eu, vivendo no meio da história, para dizer ao universo que ele, ou a minha observação dele, é temporária?
Meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso.
(A Culpa é das Estrelas)
É possível amar muito alguém, ele pensou. Mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir dela.
(O Teorema Katherine)
Quando os adultos dizem: ‘Os adolescentes se acham invencíveis’, com aquele sorriso malicioso e idiota estampado na cara, eles não sabem quanto estão certos. Não devemos perder a esperança, pois jamais seremos irremediavelmente feridos. Pensamos que somos invencíveis porque realmente somos. Os adultos se esquecem disso quando envelhecem. Ficam com medo de perder e fracassar. Mas essa parte que é maior do que a soma das partes não tem começo e não tem fim, e, portanto, não pode falhar.
Os verdadeiros heróis, no fim das contas, não são as pessoas que realizam certas coisas; os verdadeiros heróis são as que reparam nas coisas.
Talvez seja mais como o que você falou antes, rachaduras em todos nós. Como se cada um tivesse começado como um navio inteiramente à prova d’água. Mas as coisas vão acontecendo… as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos… e nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. E o navio começa a rachar em determinados lugares. E então, quando o navio racha, o final é inevitável. Quando começa a chover dentro do Osprey, ele nunca vai voltar a ser o que era. Mas ainda há um tempo entre o momento em que as rachaduras começam a se abrir e o momento em que nós nos rompemos por completo. E é nesse intervalo que conseguimos enxergar uns aos outros, porque vemos além de nós mesmos, através de nossas rachaduras, e vemos dentro dos outros através das rachaduras deles. Quando foi que nos olhamos cara a cara? Não até que você tivesse visto através das minhas rachaduras, e eu, das suas. Antes disso, estávamos apenas observando a ideia que fazíamos um do outro, tipo olhando para sua persiana sem nunca enxergar o quarto lá dentro. Mas, uma vez que o navio se racha, a luz consegue entrar. E a luz consegue sai.
(Quentin Jacobsen – Cidades de Papel)
Batalhas foram ganhas em guerras que com certeza seriam perdidas.
Isso sempre me pareceu tão ridículo, que as pessoas pudessem querer ficar com alguém só por causa da beleza. É como escolher o cereal de manhã pela cor, e não pelo sabor.
(Margo Roth Spielgeman – Cidades de Papel)
Talvez seja mais como o que você falou antes, rachaduras em todos nós. Como se cada um tivesse começado como um navio inteiramente à prova d’água. Mas as coisas vão acontecendo… as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos… e nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. E o navio começa a rachar em determinados lugares. E então, quando o navio racha, o final é inevitável.
(Quentin Jacobsen – Cidades de Papel)
Se ao menos conseguíssemos enxergar a infinita cadeia de consequências que resulta das nossas pequenas decisões. Mas só percebemos tarde demais, quando perceber é inútil.
Você está tão ocupada sendo você mesma que não faz ideia de quão absolutamente sem igual você é.
Sem dor, como poderíamos reconhecer o prazer?
A existência do brócolis não afeta em nada o gosto do chocolate.
Vocês fumam para saborear. Eu fumo para morrer.
(Quem é você, Alasca?)
Ela me olhou e abriu um sorriso largo, e um sorriso assim tão largo em seu rosto estreito talvez lhe desse um ar meio tolo não fosse a inquestionável elegância de seus olhos verdes. Ela sorriu com todo o encantamento de uma criança na noite de Natal e disse: “Vocês fumam para saborear. Eu fumo para morrer”.
(Quem é você, Alasca?)
Você ama a garota que faz você rir, que vê filmes pornográficos e bebe com você. Mas não a garota tristonha, mal-humorada, maluca.
(Quem é você, Alasca?)
Estava com medo, é claro. E talvez estivesse com medo de que o medo a paralisasse novamente.
(Quem é você, Alasca?)
Você precisa entender que eu sou uma pessoa profundamente infeliz.
(Quem é você, Alasca?)
O que estava sentindo não era bem tristeza, era dor. Aquilo doía, e não é um eufemismo. Doía como uma surra.
(Quem é você, Alasca?)
Depois de todo esse tempo, acho que ‘rápida e diretamente’ é o único jeito de sair – mas prefiro o labirinto. O labirinto é uma droga, mas eu o escolho.
(Quem é você, Alasca?)
Às vezes, ainda acho que a “outra vida” é algo que inventamos para apaziguar a dor da perda, para tornar nosso tempo no labirinto suportável.
Somos capazes de sobreviver a essas coisas horríveis, pois somos tão indestrutíveis quanto pensamos ser.
(Quem é você, Alasca?)
Pensamos que somos invencíveis porque realmente somos.
(Quem é você, Alasca?)
Não sei com o que eu me pareço, mas sei como me sinto: Jovem. Estúpido. Infinito.
(Quentin Jacobsen – Cidades de Papel)
É muito difícil ir embora – até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo.
(Quentin Jacobsen – Cidades de Papel)
Ir embora é uma sensação boa e pura, apenas quando você abandona uma coisa importante, algo que tem significado. Arrancando a vida pela raiz. Mas só se pode fazer isso quando sua vida já criou raízes.
(Quentin Jacobsen – Cidades de Papel)
O para sempre é composto de agoras.
(Margo Roth Spiegelman – Cidades de Papel)
Mas as coisas vão acontecendo… as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos… E nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. E o navio começa a rachar em determinados lugares. E então, quando o navio racha, o final é inevitável. (…) Mas ainda há um momento entre o momento em que as rachaduras começam a se abrir e o momento em que nós rompemos por completo. E é nesse intervalo que conseguimos enxergar uns aos outros.
A gente ia ser feliz, a gente ia ser um do outro, a gente ia .. ia… ia… E não foi.
(Quentin Jacobsen – Cidades de Papel)
Só que, naquela noite, você se provou uma pessoa de verdade. E acabou sendo tudo tão estranho, divertido e mágico que, assim que voltei para meu quarto, senti saudade de você.
(Cidades de Papel)
Fico de pé no estacionamento, me dando conta de que nunca estive tão longe de casa, e aqui está a menina que amo, mas que não posso seguir. Espero que seja esta a provação do herói, porque não ir atrás dela é a coisa mais difícil que já tive que fazer.
(Quentin Jacobsen – Cidades de Papel)
Passei a maior parte da minha vida tentando não chorar na frente das pessoas que me
amavam, por isso sabia o que o Augustus estava fazendo. Você trinca os dentes. Você
olha para cima. Você diz a si mesmo que se eles o virem chorando, aquilo vai magoá-los,
e você não vai ser nada mais que Uma Tristeza na vida deles. Você não deve se
transformar numa mera tristeza, então não vai chorar, e você diz tudo isso para si mesmo
enquanto olha para o teto. Aí engole em seco, mesmo que sua garganta não queira, olha
para a pessoa que ama você e sorri.
Se as pessoas fossem chuva, eu era garoa e ela um furacão.
(Quem é você, Alasca?)
Imaginar o futuro é uma espécie de nostalgia.
(Quem é você, Alasca?)
Porque, por melhor que seja a sensação do beijo, nada é melhor que a expectativa do beijo.
Tenho a sensação de que minha vida está muito dispersa neste momento. Como se fosse um monte de pedacinhos de papel e alguém ligasse o ventilador. Mas falar com você me faz sentir como se o ventilador tivesse sido desligado por um tempo. Como se as coisas pudessem de fato fazer algum sentido. Você junta todos os meus pedacinhos, e sou muito grato por isso.
(Will e Will – Um Nome, Um Destino)
Não digo “bom dia”. Acredito que essa seja uma das expressões mais imbecis já inventadas. Afinal, você não tem a opção de dizer “mau dia” ou “horrível dia” ou “não-dou-a-mínima-pro-seu-dia”. Todas as manhãs, espera-se que seja o início de um bom dia. Bem, eu não acredito nisso, acredito contra isso .
(Will e Will – Um Nome, Um Destino)
A verdade, porém? Todo mundo tem uma. Essa é nossa maldição e nossa bênção. Essa é nossa tentativa e nosso erro e nossa coisa certa.
(Will e Will – Um Nome, Um Destino)
Eu sei que amor é um grito no vazio e o esquecimento é inevitável.
Parecia que tinha sido, tipo, há uma eternidade, como se tivéssemos vivido uma breve, mas infinita, eternidade. Alguns infinitos são maiores que outros.
E mesmo assim doía. A dor estava sempre presente, me puxando para dentro, exigindo ser sentida.
Você é a pessoa que todo alguém queria ter ao lado. Você é uma mistura de felicidade e encantação. Você é vento no rosto da beira da praia. Você é poesia bagunçada, mas que toca e emociona. Você é noite de luau. Você é esconderijo no claro. Você é arrepio. Corpo quente no frio. Água no deserto. Vem, chega mais perto. Você é tudo, e quando não for, calma, eu faço você ser.
Eu queria tanto me deitar ao lado dela, envolvê-la em meus braços e adormecer. Não queria transar, como nos filmes. Nem mesmo fazer amor. Só queria dormir com ela, no sentido mais inocente da palavra.
(Quem é você, Alasca?)
De repente. Puf. Pronto, acabou.
Um livro não se torna real até as pessoas o lerem. E ele se torna real de novo cada vez que alguém o lê.
Se você continuar se concentrando no porquê de tudo ser tão difícil pra você, nunca vai perceber como poderia ter sido fácil.
Como saímos deste labirinto de sofrimento?
Acho que chorar é quase totalmente evitável, se você seguir duas regras muito simples: 1. Não se importar muito com nada. 2. Calar a boca.
Not that smart. Not that hot. Not that nice. Not that funny.
That’s me: I’m not that.
Gostar não leva ao sofrimento de vez em quando. Leva sempre.
(Will e Will – Um Nome, Um Destino)
Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo,e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.
A dor precisa ser sentida.
Na minha lembrança, esse momento não termina. Só ficamos ali, fitando um ao outro, eternamente.
De perto tudo é mais feio.
(Margo Roth Spielgeman – Cidades de Papel)
Mas enfim chorei, golpeando o chão e gritando porque não havia ninguém para me ouvir.
Ahab é um tolo por perseguir sua obsessão. Mas também podemos dizer que existe algo de tragicamente heróico em lutar uma batalha na qual se está fadado a perder. A esperança de Ahab é um tipo de loucura ou é a exata definição de humanidade?
Existe algo de tragicamente heróico em lutar uma batalha na qual se está fadado a perder.
No fundo, parecia deprimida pra cacete.
O sofrimento é causado pelo desejo. A suspensão do desejo implica a suspensão do sofrimento. Se pararmos de desejar que as coisas perdurem, não iremos sofrer quando elas desmoronarem.
(Quem é você, Alasca?)
Coisas que terminaram mal, coisas que pareceram normais na hora, porque não tínhamos como prever o futuro. Se ao menos conseguíssemos enxergar a infinita cadeia de consequências que resulta das nossas pequenas decisões. Mas só percebemos tarde demais, quando perceber é inútil.
O medo não é uma boa desculpa. O medo é a desculpa que todo mundo sempre dá.
(Quem é você, Alasca?)
A única maneira de sair do labirinto de sofrimento é a perdoar.
Eu voltei para o meu quarto e desabei na cama de baixo, pensando que se as pessoas fossem chuva, eu era garoa e ela era um furacão.
As últimas palavras de Thomas Edison foram: ” É muito bonito lá “. Eu não sei onde isso é, mas eu acredito que é em algum lugar, e eu conto que seja bonito.
Eles gostam do cabelo porque não tem inteligência suficiente para gostar de algo mais interessante.
Posso morrer jovem mas pelo menos morro inteligente.
O lar é onde fica o coração.
Não muito inteligente. Não muito bonito. Não muito legal. Não muito engraçado. Esse sou eu: não muito.
As pessoas dizem que amigos não destroem uns aos outros
O que elas sabem sobre amigos?
— “Game Shows Touch our Lives”, The Mountain Goats
Uma cidade de papel para uma menina de papel. (…) Eu olhava para baixo e pensava que eu era feita de papel. Eu é que era uma pessoa frágil e dobrável, e não os outros. E o lance é o seguinte: as pessoas adoram a ideia de uma menina de papel. Sempre adoraram. E o pior é que eu também adorava. Eu tinha cultivado aquilo, entende? Porque é o máximo ser uma ideia que agrada a todos. Mas eu nunca poderia ser aquela ideia para mim, não totalmente.guarda roupa planejado.
Em algum lugar eu paro e espero você.
(Quentin Jacobsen – Cidades de Papel)
Nada acontece como a gente acha que vai acontecer.
(Quentin Jacobsen – Cidades de Papel)
Todo mundo tem seu milagre.
(Quentin Jacobsen – Cidades de Papel)
Vou em busca de um grande talvez.
(Quem é você, Alasca?)
Mas eu não sou bonita, não de perto, pelo menos. Quanto mais as pessoas se aproximam de mim, menos me acham atraente.
(Cidades de Papel)
Estar em um relacionamento, isso é algo que você escolhe. Ser amigo, isso é simplesmente algo que você é.
(Will e Will – Um Nome, Um Destino)
Algumas pessoas têm vidas, algumas pessoas têm a música.
(Will e Will – Um Nome, Um Destino)
Você gosta de alguém que não pode retribuir o seu amor porque é possível sobreviver ao amor não correspondido de uma forma impossível no caso do amor uma vez correspondido.
Você tem que se perder, antes de se encontrar.
Alguma vez você já se perguntou se as pessoas gostariam mais ou menos de você se pudessem vê-lo por dentro? Sempre me pergunto isso. Se pudessem me ver do jeito que eu me vejo, se pudessem viver nos meus pensamentos, será que alguém, qualquer pessoa, me amaria?
– Eu aceito minhas escolhas, espero que a Hazel aceite as delas. Okay Hazel Grace?
– Okay!
Mas que diabos significa “instantâneo”? Nada é instantâneo. Arroz instantâneo leva cinco minutos, pudim instantâneo uma hora. Duvido que um instante de dor intensa pareça instantâneo.
(Quem é você, Alasca?)
Uma Margo para cada um de nós e todas elas eram mais espelho do que janela.
É responsabilidade minha, minimizar as vítimas…
(A culpa é das estrelas)
Qual o sentido de estar vivo se você nem ao menos tenta fazer algo extraordinário?
Você não se lembra do que aconteceu. O que você lembra se torna o que aconteceu.
Usamos o futuro para escapar do presente.
Cair na estrada – isso é algo capaz de resolver um número surpreendente de problemas.
Não se pode impedir o futuro de acontecer.
Às vezes, você lê um livro e ele te preenche com este zelo evangélico estranho, e você se convence de que o mundo estilhaçado nunca será reconstruído a menos que todos os seres humanos leiam esse livro.
Oh, eu não me importaria, Hazel Grace. Seria um privilégio ter o coração quebrado por você.
Eles amam seus cabelos porque não são inteligentes o suficiente para amar algo mais interessante.
Alguns turistas acham que Amsterdã é a cidade do pecado, mas a verdade é que ela é a cidade da liberdade. E é na liberdade que a maioria das pessoas encontra o pecado.
A cidade era de papel, mas as lembranças não. Todas as coisas que eu tinha feito ali, todo o amor, a pena, a compaixão, a violência, e o desprezo estavam aflorando em mim.
Sempre me chocou quando eu percebi que não era a única pessoa no mundo que pensava e sentia essas coisas estranhas e terríveis.
Isso é parte do que eu gosto no livro, em alguns aspectos. Ele retrata a morte com sinceridade. Você morre no meio de sua vida, no meio de uma frase.
Os livros são os derradeiros abandonados: se você os largar, eles vão esperar por você para sempre; se prestar atenção a eles, eles sempre vão te amar de volta.
Mas é da natureza das estrelas se cruzar, e nunca Shakespeare esteve tão equivocado como quando fez Cássio declarar: ‘A culpa, meu caro Bruto, não é das nossas estrelas / Mas de nós mesmos”.
O prazer de lembrar tinha sido tirado de mim, porque não havia mais ninguém com quem compartilhar as lembranças. Parecia que perder a pessoa que lembra connosco significava perder a própria memória, como se as coisas que fizemos fossem menos reais e importantes do que elas eram horas antes.
“Você realmente leu todos aqueles livros em seu quarto?”.
Alaska rindo: “Oh Deus, não. Eu talvez tenha lido um terço deles. Mas eu vou ler todos. Eu os chamo de Biblioteca da minha vida. Todos os verões, desde que eu era pequena, tenho ido às vendas de garagem e comprado todos os livros que parecem interessantes. Assim eu sempre tenho algo para ler”.
E então algo invisível estalou dentro dela, e o que ela vinha segurando começou a desmoronar.
Alguns infinitos são maiores que outros
Isso não aconteceu, é claro. As coisas nunca aconteceram do jeito que eu imaginei.
Sempre que você lê um livreto sobre o câncer ou uma página na internet ou qualquer outra coisa, eles sempre listam depressão entre os efeitos colaterais. Mas, de fato, a depressão não é um efeito colateral do câncer. A depressão é um efeito colateral de morrer.
Talvez todas as cordas dentro dele tenham quebrado.
Não queria que aquilo acabasse, porque sabia que a ausência dela doeria mais que qualquer fim de namoro.
Você vai viver uma vida boa e longa, cheia de momentos ótimos e terríveis que você não pode sequer imaginar ainda!
É tão provável conseguirmos ferir o universo quanto o ajudarmos, e é improvável que façamos qualquer uma dessas coisas.
Ela adorava tanto mistérios que se tornou um.
Ele gostou do mero ato de ler, a magia de transformar riscos em uma página em palavras dentro da sua cabeça.
Talvez o hoje, seja o amanhã que você tanto procura.
Chega aqui, para eu poder examinar o seu rosto com as minhas mãos e ver mais fundo na sua alma do que alguma vez seria possível para uma pessoa com visão.
Eu queria saber que ele ficaria bem se eu morresse. Queria não ser uma granada, não ser uma força malévola na vida das pessoas que eu amava.
Não existe “eles”. Existem apenas facetas de “nós”.
Que coisa mais traiçoeira é acreditar que uma pessoa é mais do que uma pessoa.
É difícil acreditar em coincidências, mas é ainda mais difícil acreditar em qualquer outra coisa.
Em algum momento, todos nós olhamos para cima e percebemos que estamos perdidos em um labirinto.
Quando meu pai se foi, ele não se foi de vez. Com o tempo, eu não sentia mais sua presença, seu cheiro, não tinha mais nada dele a não ser lembranças. Ele foi morrendo ao longo dos anos, até desaparecer de vez.
Quando nos encontramos, nossos corações estavam partidos no mesmo lugar. Isso era algo parecido com amor, mas talvez não fosse exatamente a mesma coisa.
“Mas eu estava começando a entender que a vida é uma história que contam sobre nós, não uma história que escolhemos contar”
Tartarugas até lá embaixo
O verdadeiro amor triunfará no final – o que pode ou não ser uma mentira, mas se for mentira, então é a mais bela mentira que temos.
Como eu era boa em ser criança, e como eu era péssima em ser fosse lá o que eu fosse naquele momento.
“É claro que isso não aconteceu. Nada acontecia como eu imaginava.”
— Quem é Você, Alasca?
“Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitamente fascinante.”
— Quem é Você, Alasca?
“Eu queria ser seu último amor.”
— Quem é Você, Alasca?
“Fiquei magoado por me deixarem de fora de todas as coisas, então guardei para mim o que eu sabia.”
— Quem é Você, Alasca?
“Fria num dia, meiga no outro; irresistivelmente sedutora num momento e insuportavelmente chata no outro.”
— Quem é Você, Alasca?
“Não devemos perder a esperança, pois jamais seremos irremediavelmente feridos.”
— Quem é Você, Alasca?
“Não posso ser uma dessas pessoas que ficam sentadas falando que pretendem fazer isso e aquilo. Eu vou fazer e pronto.”
— Quem é Você, Alasca?
“O que significa ser uma pessoa? Como passamos a existir e o que será de nós quando deixarmos de existir?”
— Quem é Você, Alasca?
“Ouvir em silêncio – era meu modo de conviver em sociedade.”
— Quem é Você, Alasca?
“Parei de me importar com o que as pessoas faziam. Simplesmente parei de me importar com o fato de eu ser um perdedor, de não ter amigos e tudo o mais.”
— Quem é Você, Alasca?
E ninguém nunca diz até logo a menos que queira ver a pessoa novamente.
Qualquer um pode olhar para você, mas é muito raro encontrar alguém que veja o mesmo mundo que o seu
(Tartarugas até lá em baixo)
Quando as coisas quebram, não é a quebra real que os impede de voltar a ficar juntos novamente. É porque um pequeno pedaço se perde – as duas extremidades restantes não poderiam caber em conjunto, mesmo se quisessem. A forma inteira mudou.
Talvez haja alguma coisa que você tem medo de dizer, ou alguém que você tem medo de amar, ou algum lugar que você tem medo de ir. Vai doer. Vai doer porque é importante.
I could never stop thinking that maybe she loved mysteries so much that she became one.
What else? She is so beautiful. You don’t get tired of looking at her. You never worry if she is smarter than you: You know she is. She is funny without ever being mean. I love her. I am so lucky to love her, Van Houten. You don’t get to choose if you get hurt in this world, old man, but you do have some say in who hurts you. I like my choices. I hope she likes hers.
That’s the thing about pain…it demands to be felt.
At some point, you just pull off the Band-Aid, and it hurts, but then it’s over and you’re relieved
The marks humans leave are too often scars.
Só lembre-se de que, às vezes, o que você pensa de uma pessoa, não é o que ela realmente é.
Estou a divagar, mas eis a falha: os mortos são visíveis apenas através do terrível olho vigilante da memória. Os vivos, graças aos céus, mantém a capacidade de surpreender e decepcionar.
A contemporaneidade se especializa no tipo de batalha no qual ninguém perde nada de valor, exceto, como se poderia argumentar, suas vidas.
Thomas Edison’s last words were ‘It’s very beautiful over there’. I don’t know where there is, but I believe it’s somewhere, and I hope it’s beautiful.
(Looking for Alaska)
Você pode amar muito alguém, mas você nunca pode amar uma pessoa tanto quanto pode sentir falta dela.
Alguns infinitos são maiores que outros.
“I imagine it is hard to go back once you’ve felt the continents in your palm.”
A tristeza não nos muda. Ela nos revela.
Mas todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida da pessoa.
Mas eu acredito em amor verdadeiro, sabe? Não acho que todo mundo possa continuar tendo dois olhos nem que possa evitar ficar doente, e tal, mas todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida da pessoa.
Alguns infinitos são maiores que outros… Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter.
Aparentemente, o mundo não é uma fábrica de realização de desejos.
– Talvez você queira falar de seus medos para o grupo.
– Meus medos?
– É.
– Eu tenho medo de ser esquecido.
Meu livro favorito era, de longe, “Uma aflição imperial”, mas eu não gostava de falar dele. Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam. E aí tem livros como “Uma aflição imperial”, do qual você não consegue falar – livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição.
Sim, eu tenho medo do esquecimento terreno. Mas, quer dizer, não quero parecer meu pai nem minha mãe falando, mas acredito que os seres humanos têm alma, e acredito na manutenção da alma. O medo do esquecimento é outra coisa, o medo de não ser capaz de dar a minha vida em troca de nada. Se você não vive uma vida a serviço de um bem maior,precisa pelo menos morrer uma morte a serviço de um bem maior, sabe? E eu tenho medo de não ter nem uma vida nem uma morte que signifique alguma coisa.
But I believe in true love, you know? I don’t believe that everybody gets to keep their eyes or not get sick or whatever, but everybody should have true love, and it should last at least as long as your life does.
Enquanto a maré banhava a areia da praia, o Homem das Tulipas Holandês contemplava o oceano:
– Juntadora treplicadora envenenadora ocultadora reveladora. Repare nela subindo e descendo, levando tudo consigo.
– O que é? – Anna perguntou.
– A água – respondeu o holandês. – Bem, e as horas.
(Trecho do livro fictício “Uma aflição imperial, do escritor fictício Peter Van Houten)
Mas o que nós queremos é ser notado pelo universo, fazer com que o universo dê alguma bola para o que acontece com a gente- não a ideia coletiva de vida senciente, mas cada um de nós, como indivíduos.
(Gus)