Despreza os prazeres: é prejudicial o prazer comparado ao preço da dor.
Não é pobre aquele que se contenta com o que possui.
Quando a casa do vizinho está pegando fogo, a minha casa está em perigo.
Seja qual for o conselho que vai dar, seja breve.
Os pintores e os poetas sempre gozaram da mesma forma do poder de ousarem o que quisessem.
A riqueza pode servir ou governar o seu possuidor.
Na realidade, ninguém nasce sem vícios: o melhor é quem cai nos mais leves.
Desconfiai daquele que detrai no amigo ausente, e o não defende quando o deprimem.
A força bruta, quando não é governada pela razão, desmorona sob o seu próprio peso.
Considera bem a medida da tua força e aquilo que excede a tua aptidão.
Não sou obrigado a jurar sobre as palavras de nenhum mestre.
O avarento vive sempre na pobreza.
A cólera é uma breve loucura.
Quem começou, tem metade da obra executada.
Há uma medida nas coisas; existem enfim limites precisos, / além dos quais e antes dos quais o bem não pode subsistir.
As palavras… Muitas que hoje desapareceram irão renascer, muitas, agora cheias de prestígio, cairão, se assim o quiser o uso.
Ganha dinheiro honestamente, / se puderes, se não, como puderes.
A pálida morte bate com pé igual nos casebres dos pobres / e nos palácios dos ricos.
O que impede de dizer a verdade / rindo?
É belo e glorioso morrer pela pátria.
A duração breve da nossa vida proíbe-nos de alimentar uma esperança longa.
Vós que escreveis, escolhei um assunto correspondente às vossas forças.
Terminei uma obra mais duradoura do que o bronze / e mais alta do que as pirâmides reais, / que nem a chuva corrosiva nem o vento impetuoso / poderão destruir, nem a inumerável / série dos anos e o passar veloz do tempo. / Não morrerei completamente, e grande parte de mim / escapará ao túmulo.
Nada é feliz sob todos os aspectos.
O invejoso emagrece com a gordura dos outros.
Raramente podemos descobrir um homem que diga que viveu feliz e que quando termina o seu tempo deixa a vida como um conviva satisfeito.
O fracasso descobre o gênio; o sucesso esconde-o.
A vida nunca deu nada aos mortais sem grandes fadigas.
O dinheiro não possui a faculdade de mudar a natureza íntima.
Quem tem confiança em si próprio comanda os outros.
O dinheiro será sempre ou escravo ou patrão.
Não há ninguém sem defeitos: o melhor é o que menos tem.
Ai de mim, Póstumo, Póstumo, fugazes / correm os anos; e as preces / não podem retardar as rugas a velhice / premente e a morte inevitável.
Deixa o resto aos deuses.
Quem ama a áurea moderação, / seguramente não sente falta da desolação do vil abrigo, / nem do esplendor frugal do palácio invejado.
Ganha dinheiro primeiro, a virtude vem depois.
E uma vez lançada, a palavra voa irrevogável.
Não terás razão em chamar feliz àquele que muito possui.
O pinheiro mais alto é aquele que o vento agita mais vezes.
Despreza os prazeres: é prejudicial o prazer comprado ao preço da dor.
Os poetas têm de ser pessoas médias, nem deuses, nem vendedores de livros.
Todos nós somos levados ao mesmo lugar; / na urna agita-se a sorte de cada um: / mais cedo ou mais tarde, a sorte terá de ser lançada, / e nos fará entrar no barquinho em direcção ao exílio eterno.
Os nossos pais, piores do que os seus, geraram-nos / ainda mais celerados do que eles; nós, por nossa vez, geraremos / filhos ainda mais perversos do que nós.
A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas.
Há uma medida em todas as coisas, existem afinal certos limites.
Ainda que a expulses com um forcado, a natureza voltará a aparecer.
O dinheiro ordena ou obedece a quem o acumulou.
O Destino tem a mesma lei para todos: tira à sorte entre o humilde e o grande; a sua urna é vasta e contém todos os nomes.
Não existe / felicidade perfeita.
Pobre entre grandes riquezas.
O trabalho é um doce passatempo.
Não há nada melhor que uma vida sem matrimônio.
Quando os tolod querem evitar um erro, geralmente fazem o oposto
É confortante deixar-se ir de vez em quando.
Se afastas a natureza com um cercado, ela retorna.
De vez em quando é bastante tentador dizer a verdade com uma piada.
Acredita sempre que cada dia que amanhece é teu último.
Quem deseja muito, muita falta sente.
Colha o dia, confia o mínimo no amanhã
Não pergunte, saber é proibido, o fim que os deuses
darão a mim ou a você, Leuconoe, com os adivinhos da Babilônia
não brinque. É melhor apenas lidar com o que cruza o seu caminho
Se muitos invernos Jupiter te dará ou se este é o último,
que agora bate nas rochas da praia com as ondas do mar
Tirreno: seja sábio, beba seu vinho e para o curto prazo
reescale suas esperanças. Mesmo enquanto falamos, o tempo ciúmento
está fugindo de nós. Colha o dia, confia o mínimo no amanhã.
“Quem não souber viver com pouco será sempre um escravo.” [Horácio]
“Os pintores e os poetas sempre gozaram da mesma forma do poder de ousarem o que quisessem.” [Horácio]
“Ainda que a expulses com um forcado, a natureza voltará a aparecer.” [Horácio]
“O trabalho é um doce passatempo.” [Horácio]
“Não terás razão em chamar feliz àquele que muito possui.” [Horácio]
“Nada é feliz sob todos os aspectos.” [Horácio]
“A duração breve da nossa vida proíbe-nos de alimentar uma esperança longa.” [Horácio]
“Não há nada melhor que uma vida sem matrimônio.” [Horácio]
“Quem começou, tem metade da obra executada.” [Horácio]
“Vós que escreveis, escolhei um assunto correspondente às vossas forças.” [Horácio]
“Não há ninguém sem defeitos: o melhor é o que menos tem.” [Horácio]
“O pinheiro mais alto é aquele que o vento agita mais vezes.” [Horácio]
“Na realidade, ninguém nasce sem vícios: o melhor é quem cai nos mais leves.” [Horácio]
“O avarento vive sempre na pobreza.” [Horácio]
“Desconfiai daquele que detrai no amigo ausente, e o não defende quando o deprimem.” [Horácio]
“O dinheiro não possui a faculdade de mudar a natureza íntima.” [Horácio]
“Não é pobre aquele que se contenta com o que possui.” [Horácio]
“A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas.” [Horácio]
“Ganha dinheiro primeiro, a virtude vem depois.” [Horácio]
“As palavras… Muitas que hoje desapareceram, irão renascer, muitas, agora cheias de prestígio, cairão, se assim o quiser o uso.” [Horácio]
“Os poetas têm de ser pessoas médias, nem deuses, nem vendedores de livros.” [Horácio]
“O fracasso descobre o gênio; o sucesso esconde-o.” [Horácio]
“Ai de mim, Póstumo, Póstumo, fugazes correm os anos; e as preces não podem retardar as rugas a velhice premente e a morte inevitável” [Horácio]
“Quem tem confiança em si próprio comanda os outros.” [Horácio]
“Seja qual for o conselho que vai dar, seja breve.” [Horácio]
“Considera bem a medida da tua força e aquilo que excede a tua aptidão.” [Horácio]
“Ganha dinheiro honestamente, se puderes, se não, como puderes.” [Horácio]
“Pobre entre grandes riquezas.” [Horácio]
“Quem ama a áurea moderação, seguramente não sente falta da desolação do vil abrigo, nem do esplendor frugal do palácio invejado.” [Horácio]
“Há uma medida nas coisas; existem enfim limites precisos, além dos quais e antes dos quais o bem não pode subsistir” [Horácio]
“O que impede de dizer a verdade rindo?” [Horácio]
“A pálida morte bate com pé igual nos casebres dos pobres e nos palácios dos ricos.” [Horácio]
“Todos nós somos levados ao mesmo lugar; na urna agita-se a sorte de cada um: mais cedo ou mais tarde, a sorte terá de ser lançada, e nos fará entrar no barquinho em direção ao exílio eterno.” [Horácio]
“A riqueza pode servir ou governar o seu possuidor.” [Horácio]
“A poesia é como a pintura.” [Horácio]
“Não existe felicidade perfeita.” [Horácio]
“E uma vez lançada, a palavra voa irrevogável.” [Horácio]
“Tento ser conciso, e resulto obscuro.” [Horácio]
“Não sou obrigado a jurar sobre as palavras de nenhum mestre.” [Horácio]
“A força bruta, quando não é governada pela razão, desmorona sob o seu próprio peso.” [Horácio]
“Os nossos pais, piores do que os seus, geraram-nos ainda mais celerados do que eles; nós, por nossa vez, geraremos filhos ainda mais perversos do que nós” [Horácio]
Quem vive temeroso, nunca será livre.
Na adversidade conhecemos os recursos de que dispomos.
Nossa segurança está em risco quando a parede de nosso vizinho está em chamas.
Deixa cair as tuas interrogações sobre o que o amanhã te pode trazer, e considera como um lucro cada dia que o destino te dá.
A paciência torna mais leve o que a tristeza não cura.
Carpe Diem – aproveite o momento
Cada dia que surge, constitui uma nova vida para quem sabe viver.
Aquele que adia a hora de viver corretamente é como o camponês que espera o rio se esgotar antes que ele atravesse.
Quem não souber viver com pouco sempre será um escravo.
Os que atravessam os mares mudam seu firmamento, não sua alma.
A adversidade tem o efeito de despertar talentos que em circunstâncias prósperas teriam continuado adormecidos.
carpe diem quam minimum credula postero.
Colhe o dia presente e sê o menos confiante possível no futuro.
“Carpe diem quam minimum credula postero.”
Aproveite o dia de hoje e nada espere do dia seguinte.
A adversidade revela a genialidade, a prosperidade oculta.
Quanto mais um homem renuncia a si mesmo, mais se aproxima de Deus.
Não pode um homem ter melhor morte que:
Lutando contra o desconhecido
Pelas cinzas de seus pais e
Pelos templos de seus deuses!
“Não é pobre aquele que se contenta com o que possui.”
Carpe diem, quam minimum credula postero.
Aproveite o dia de hoje e confie o mínimo possível no amanhã.
Não é pobre aquele que se contenta com o que possui.
Seja qual for o conselho que vai dar, seja breve.
Horácio
A riqueza pode servir ou governar o seu possuidor.
Horácio
Desconfiai daquele que detrai no amigo ausente, e o não defende quando o deprimem.
Horácio
num futuro bem próximo
poderei te abraçar
eu direi: eu te amo!
e você também dirá.
muitos poderão dizer
ele é um sonhador.
mas em breve eu terei;
a quem chamo de amor.
Não importa o que vão fazer
Não importa o que vão falar
você é a minha amada
por você eu vou lutar
Muitos olhão a sua beleza
eu olho seu interior
Amo seu jeito de ser
Não ao que mais dão valor
por que se eu amar a sua beleza
saiba que um dia ela pode acabar
e não havendo mais beleza
não iria mais te amar
mas o seu jeito de ser
o tempo não pode mudar;
digo isto com certeza
de que sempre vou te amar.
É feliz e senhor de si mesmo quem ao fim do dia pode dizer: eu vivi
A cólera é uma loucura momentânea.
Em todos os teus atos, lê e pergunta aos doutos
Procurando assim conduzir serenamente a tua vida;
Que não sejas atormentado pela cobiça sempre insaciável,
Nem pelo temor e pela esperança de bens de pouca utilidade.
[Horácio, Epístolas (texto citado por A.Schopenhauer)]
Podes atirar longe a natureza com o forcado: ela sempre retornará.
Musa, dize-me o que é o homem.
É doce deixar a mente relaxar de vez em quando.
A riqueza pode servir ou governar o seu possuidor.
Horácio
Desconfiai daquele que detrai no amigo ausente, e o não defende quando o deprimem.
Horácio
Podes atirar longe a natureza com o forcado: ela sempre retornará.
A cólera é uma loucura momentânea.
É doce deixar a mente relaxar de vez em quando.
Musa, dize-me o que é o homem.
Minha vida sem voçe não é nada pos voçe é a razao da minha vida,o ar que respiro,e o motivo da minha alegria.
Você que tem raiva
tá chateado com o amor
Experimente valorizar
A quem te dá valor.
Tente sorrir pra quem te olha feliz
Já chega dizendo: “te olhei e te quis”
Sem pausa, sem medo, sem adiamento
Sem criar na própria mente o tormento.
Azar de quem te deixou passar
Lá fora tem gente esperando,
Não chore, nem fique assustado
Não apela, não insista, não se sinta mal.
Toda história tem sua narrativa, com certeza, feliz no final.
Levanta que o tempo não espera
Não seja infeliz por ninguém
Na vida que a chuva carrega
Não cabe um final sem porém…
Sou alguém de perdão quase infinito, o que cria a imagem de fraqueza. Mas felizmente fui abençoado com a desistência. Desistir nem sempre é algo ruim. Desisto das pessoas após muito insistir, até que não sobra nada além de lembranças num pote.
“Não vou mentir. A infelicidade é uma companheira amarga, que nos acompanha em sua vil espreita. Você terá pouca felicidade na vida, por isso faça o seu melhor para tornar melhor a vida dos que são importantes para você. Essa é a sua maior recompensa.”
O frio mostrava mais rigidez naquele momento, cobertores e chocolate quente tornavam – se necessidades básicas, graças a ineficácia das meias e casacos. “Admiro sua força. Sinceramente é uma das coisas que mais admiro em você.” Lançou o rapaz, entre os dois primeiros atos do filme que assistiam. “Eu amo seus elogios simplesmente aleatórios.” Sorridente, disse a moça. Aquele abraço cumpriu todas as metas que o chocolate ou o cobertor não conseguiam, pondo fim em dois corpos frios e criando duas almas quentes.
O homem sentado não disse muito, porém, o que disse calou ao coração de todos.
”Sou um velho bebendo. O único momento em que não estou bebendo é quando estou bêbado. Quer outro resumo de como levar a vida?” E saiu…
Um amor que deu errado continua com serventia. Quando não vira dor, vira lição ou poesia.
Queria fazer feliz a todas as pessoas do mundo. Mas quem o faria feliz, afinal?
Você era desejado
E de todos os pecados
Cometeu o mais infeliz
Querer quem não te quis.
A felicidade sendo passageira, talvez em algum momento passe por aqui.
Aprendi a nunca me acomodar com o ponto em que cheguei. Sempre querer mais e buscar mais, e parar apenas quando sentir que alcancei o ponto desejado.
Nunca aceite menos do que você possa realmente conseguir ao alcance das mãos.
Deixar de viver grandes momentos por não se achar suficiente é bobagem. Onde tá escrito que é você quem precisa provar algo pra alguém?
É lamentável aqueles que se subestimam sem dever, e ainda mais os que se super estimam.
Eu sou todo amor. Não como uma gota no oceano, mas como um oceano numa gota. Embora excessos sejam ruins, é mais válido a sobra do que a falta quando o assunto são sentimentos.
Seu erro talvez não esteja no fato de não ter medo de entregar seu coração a alguém. Talvez o erro seja achar que qualquer um o mereça.
Todos os “meio amores” que tiver, nunca formarão um amor inteiro. E de forma sufocante, percebemos que há muito pouco vivido, mas a muito à se viver e mudar.
De forma que sentia a presença de Deus em minhas ações altruístas e de amor, mais do que em seus templos. A verdadeira comunhão está nos atos, às vezes, mais do que nos símbolos.
Você não pode ter o amor que desejar pelo mesmo motivo de não poder controlar o nascer e o pôr do sol. São coisas que não estão em nosso domínio. Naturalmente fluem, distantes da interferência humana.
O “para sempre” ficou banalizado. Só esse ano eu devo ter ouvido a mesma pessoa dizer isso pra 3 pessoas diferentes.
Totalmente finito, completamente efêmero são as atuais relações humanas.
Coloquei na minha cabeça uma coisa: “só vou amar outra pessoa quando aprender a me amar”. Cara, quando aprendemos a cultivar amor próprio, a plantar e colher dos nosso frutos, aprendemos a necessidade de se bastar. Ser uma pessoa que por si só, encontra a felicidade, independente de qualquer fator externo.
Só paixão
No final tudo é frio,
no meio tudo é morno,
e no começo tudo é paixão!
“Olha, eu tenho uma teoria.” Disse o rapaz, capturando a atenção da moça quase que de imediato. “O fato de não estarmos juntos causa um desequilíbrio natural. O cosmos não trabalha como deveria, guerras estouram em todo o mundo, o cereal das pessoas viram papa em apenas 1 minuto na tigela de leite. Você só precisa dizer sim e o mundo volta ao caminho da organização, amor e completa paz.”
Ela riu descontroladamente, respondeu dizendo: “Então quer dizer que estarmos juntos é o melhor para o mundo?” Usando de um tom sarcástico. Ele respondeu: “Para os nossos mundos, pelo menos, tenho certeza que é o melhor.”
Resposta ligeira, certeira, que troca um sorriso caçoador por bochechas rosadas e um tanto envergonhadas. Um começo, talvez…
Eu posso pecar pelo excesso de sentimento, mas nunca pela falta dele.
Combinaram um corrida na Orla. Ela, uma esportista nata, poderia correr dezenas de quilômetros sem tomar um gole de água. Bom, ele já tinha certa propensão a infartar, era um rato de escritório, porém, lançou uma mentira “do bem “: “Corro 4 vezes por semana, posso te acompanhar com os olhos fechados”. Começaram às 6:00 em ponto, e quando bateu 6:30, ela olhou para trás e não conseguia mais vê-lo. Aguardou a sua chegada, completamente esbaforido. “Você disse que corria só pra me impressionar?”, ela disse. Um momento que rendeu muitas risadas, água de cocô gelada e a promessa de que na próxima, o encontro seria no cinema.
A beleza da Lua passa despercebida por nós depois de algum tempo. Solitária e fria, como a imagino, algumas lendas dizem que seu amante, o sol, foi separado de sua amada por desejos dos astros. Seu toque eram os raios que refletiam nela e nos atingia na Terra. Então seríamos nós agraciados pelo amor do Sol pela Lua, quando nos banhamos com sua luz? Seríamos testemunhas do amor infinito e distante entre os dois?
Solitária e fria, é assim que sempre imaginei a Lua. Já seu amado sol, humildemente se cala, nos permite sentir a luz de sua amada, sem ciúmes, sem arrependimentos. Testemunhamos sem perceber, o amor dos longínquos.
Bom, assim reza a lenda…
Atreveu-se a arriscar,
Sobre o desejo incessante
Foi de mais um a amante
Frente ao reflexo de amar.
Foi de passinho em passinho,
Mas foi gravando o caminho
Quem sai no mundo sozinho
Tem que aprender a voltar.
Fez do amor o seu ninho.
Pouso de um passarinho
Voando devagarinho,
Do seu jeitinho alcançou.
Teceu na prosa e no verso
Juras de um ato confesso,
Bendigo os sonhos expressos
Nos versos que o vento levou.
A inspiração pode vir de qualquer lugar. O poder autoritário que inspira os revolucionários, a natureza que inspira os monges, o sol nascente que faz o padeiro levantar todas as manhãs. O poeta de cigarro e café vê a poesia em sua própria existência, sendo ela feliz ou triste. A mente que produz tanta inspiração é tão importante quanto alma a qual ela inspira.
A morte tudo finda. O amor, a amizade, os abraços. A morte finda o convívio entre familiares, amigos, finda um futuro. E ainda hoje as pessoas vivem a achar que não tiveram tempo para realizar tudo, a morte lhes dá sentido para viver. O paradoxo humano mais simples de todos, não viva pelo medo de não ter o amanhã, viva pela dádiva de ter o hoje. A vida é um presente!
“O ano é 2123. Deixo aqui o que acredito ser meus últimos relatos ainda em vida. Duzentos anos atrás, um escritor inglês moldou seu próprio universo fundamentado diante do medo e desconhecimento que possuímos do universo. Lembro – me bem das histórias que meu avô contava, sobre seres antigos e colossais que reinavam no sombrio oceano, na velha e humanamente inconcebível cidade de R’lyeh. Sobre as criaturas que vagavam o cosmos, como bestialidades que desafiavam a natureza do Criador. Quero dizer, deveriam ser contos não é mesmo? Apenas isso. Nós evoluímos, a humanidade focou seus esforços pós terceira guerra na evolução de nossas tecnologias. A fome foi praticamente erradicada, mas as doenças triplicaram com os métodos de produção de alimentos. Encontramos a cura para todas as doenças que eram fatais à 100 anos, e criamos muitas outras que geneticamente foram modificadas. Os humanos nunca estiveram tão vulneráveis em séculos. Nosso derradeiro fim se aproxima, não pelo o que criamos, mas pelo o que aguardava seu momento para despertar. NÃO FORAM SÓ LENDAS! Ele existe! Meu Deus, ele existe! Um continente inteiro ergueu – se do oceano, o Grande Antigo não era uma história, ele é A HISTÓRIA. Nossas armas não podem parar seu avanço, destruímos nosso ecossistema na tentativa de impedir. Mas ele é a cólera apocalíptica, a reação do universo para tudo que nos tornamos, o que somos. E nesse momento, no porão da minha casa, eu, minha esposa e filho aguardamos a chegada da morte. Seja pela fome, pela loucura, pelas pílulas em nossas mãos. Estamos entregues aos desejos do universo que trouxe para cá o novo rei e algoz desse mundo.”
-Homenagem ao grande H.P Lovecracft
Permita-se ser tudo que possa trazer felicidade a sua vida. Seja tudo que quiser, seja seus sonhos, mesmo que discordem. Só não seja o ser humano infeliz que só encontra a felicidade na infelicidade alheia.
deve ser você que tem as emoções e não as emoções que o “têm a si”…
É extremamente cansativo e prejudicial, essa coisa de se diminuir para caber em espaços que não são nossos.
E tenho me preocupado com aqueles sorrisos. Sorrisos que dizem “eu não tô bem”, mas abrem mão do diálogo, do questionamento. Pelo cansaço de responder as mesmas perguntas, ou por não ter tantas respostas. Por trás de cada um desses sorrisos vazios tem um pouco menos de cor, de vida, ou desejo de buscar coisas melhores. Estão simplesmente abrindo mão de tudo.
A vida é triste. Passamos todo o tempo na tentativa de sentir a felicidade que nos tire desse contínuo estado de tristeza.
É estranho, e totalmente possível,
Mas alguém pode te amar tanto que precisa partir.
Eu sei, parece confuso.
Na nossa mente condicionada a pensamentos filosóficos.
Amor não separa, não expulsa, não condena ao banimento.
Desde pequeno você houve sobre o amor de uma mãe, e projeta em todos os amores o mesmo ideal.
Mas é um equívoco. Você vai amar tanto uma pessoa, que talvez, só a morte os separe, e talvez nem ela seja capaz.
Mas em outros casos alguém pode te amar tanto que chega a se perder dentro de si, que perca o amor primordial, que é o próprio.
Nesse momento quem te ama partirá, não por deixar de sentir, mas por sentir tanto por outro que fez falta para si.
Se amas verdadeiramente um pássaro, por mais que seu canto traga paz, sabes que é no céu, distante de ti, que sua verdadeira canção será cantada.
Ame à ponto de dizer adeus.
Você sobrevive a mil ataques de um inimigo, mas é necessária uma única traição de um amigo para que tudo desmorone sobre sua cabeça.
A humanidade definha, agoniza, grita, e se corrói, e mesmo assim estamos aqui. O ser humano é sem dúvidas o mais resistente entre os microorganismos. Vive pela teimosia ou pela esperança.
As vezes você não encontrou sua metade da laranja, porque você é uma maçã. Não tente se encaixar em algum canto ou formar um par à força. Espere sua metade.
Entenda que nada é imprescindível nessa vida. Tudo que aprendemos a receber e aceitar temos que saber deixar partir e seguir adiante quando é preciso. Se chama crescimento.
A verdadeira felicidade está na aquisição da empatia. Se você pode se sentir feliz por alguém, pode ser feliz consigo mesmo até nos momentos mais difíceis. O valor real não está no tradicionalismo barato, e sim na ação altruísta de quem vive acreditando que o melhor do mundo é aquele que se preocupa com o próximo.
Não possuíam riquezas. Pensando bem, possuíam sim. Dentro de quatro paredes singelas e de mobília simples, porém bem ajeitada, tinham algo que reis, faraós, marajás e nobres não poderiam comprar. Em sua intimidade, sorrisos expressavam o quanto eram felizes de viver naquele paraíso particular.
“Se você fizer a pipoca, lavo toda a louça depois”, dizia ele. Com um sorriso ela foi fazer esse agrado. Particularmente, ela preferia evitar a água da torneira nos dias frios que se seguiam. Porém o preço da pipoca, além de louça lavada, seria uma troca por beijos. Castigo esse que o rapaz teria o prazer de aceitar.
A vida é como uma jóia delicada. Em contraste com o diamante bruto que resiste a praticamente tudo e mantém sua beleza, ela pode ser bela, mas de uma grande fragilidade. Sabendo refinar essa jóia em seu decorrer, sua existência já valeu à pena.
Conteúdo é fogo, Mídias Sociais são gasolina”
A minha definição de beleza sempre foi outra. É verdade que um rosto bonito cativa, um sorriso gentil também. Mas isso não é tudo. A beleza verdadeira é uma alma bonita, uma pessoa que mude nossa vida só por estar nela. Dentes caem, peles enrugam, mas alma bela é pra sempre.
Certa vez, vi um homem morto. Ele não parecia estar morto, fazia todas as coisas que um vivo faz. Trabalhava, ria, brincava, estudava…
Mas ele só estava vivo por fora, e isso era agonizante de se observar.
Chega o momento em que tudo muda. Os olhos cansam, a pele enruga, fica flácida, os ossos estalam, as dores aparecem. Surgem os problemas de saúde. Hoje é o seu auge de tudo! E acredite, é muito fácil ser amado no auge. Mas quando a vida para de dar e começa a tirar, será que ainda vai haver amor?
Para que nunca se esqueça que os sorrisos são portas, os olhos são janelas, os sentimentos são as paredes, o amor é a base. E se no final faltar compreensão, que ela seja o telhado.
Leve em consideração que viver nem sempre vai seguir uma linha reta. Aqui no mundo real, o óbvio não é tão óbvio. Você pode terminar com alguém hoje e resolver tudo amanhã, ou a outra pessoa pode descobrir a liberdade de uma vida sem você e simplesmente seguir em frente. É importante viver como quem flutua sobre águas desconhecidas que podem te levar a qualquer lugar ou a lugar nenhum.
O amor exige sacrifícios, alguns leais e justos, e outros extremamente covardes.
Viver é se entregar. É perceber que a felicidade do mundo não termina na última pessoa, ela recomeça na próxima.
Não dá pra ser bom, mau, sóbrio, bêbado, feliz ou triste quando nos convém. As vezes é preciso enlouquecer. É preciso correr riscos.
Não podemos tomar decisões na vida em três situações: Quando estamos bêbados, com raiva, ou apaixonados.
Não espero que os outros se importem. Eu mesmo nunca dei muita importância pra mim.
Uma pessoa que goste das mesmas coisas que você é algo super legal, mas procure mais do que isso. Alguém que esteja em sintonia com você, com seus planos, que queira mais do que só diversão, só um momento de brincadeira. Essas coisas são legais, mas na vida real, no íntimo, alegrias são luxos que possuímos depois de longos períodos de dificuldades. Períodos esses que talvez deseje ter alguém de total confiança por perto. Seja e queira mais que uma imagem, queira alma gentil e atitude nobre.
As vezes me sinto como um pássaro, dotado da habilidade de voar livremente, mas que foi engaiolado só para que trouxesse prazer aos ouvidos de outros enquanto canta a mesma sonata triste em todas as manhãs.
Mulher ignorante? É considerado como uma sem destino!
Amor a distancia.?
É algo muito emocionante!
Fascinante. Mas quando chega a hora da verdade tudo torna o saco vazio. Luta pelo seu amanha, tudo tornara facil.
Há quem passe e não perceba meu silêncio, meu perfume, meu humor, meu sorriso, minha distração.
Há quem passe e não Me perceba.
Há quem passe e Eu não perceba.
O que é que há?
Amores em pedaços, compartilhados à granel… Amores inteiros, diluídos em tabletes, condensados em partículas, defumados pelo céu…
Enchia e esvaziava os balões no próprio pulmão, não queria dividir o ar com mais ninguém…
Havia sangue na parede, no espelho e no lençol, o cara estava com marcas de unha, estirado com a metade do corpo fora da cama… Ela era virgem, pois o quarto cheirava flores. Concluiu a perícia!
Memorizavam silabicamente o que dizia o pastor, “decoravam-se” de salmos e provérbios…
Eles despertaram com as peças íntimas trocadas, um com a cueca do outro.
Ele revelava os músculos bem definidos com todo aquele volume escapando das mãos. As moças não paravam de olhar o saco.
Ela tentava interpretar os “sonhos”, mas o excesso de “confeitos” atrapalhava ver o “recheio”…
O pássaro queria voar livre, não bastava o dono esquecer a gaiola aberta, o pássaro desejava a liberdade concedida…
Tinha medo da solidão chegar dolorosa, trancou-se no quarto e tomou paracetamol.
– Transamos antes do casamento, ela disse que nunca tinha visto algo tão grande. Padre, isso é pecado?
– Depende meu filho, deixa eu ver o tamanho da tentação…
Naquela manhã havia cereal killer no leite, sucrilhos derretidos no sangue!
Ela andava em círculos, cavava o próprio buraco…
O rapaz girava repetidamente os ponteiros do relógio. Ele queria saber do futuro!
Sinto-me no Marte, ao viver pra amar-te.
Vem amor, quero sentir teu calor
Te acariciar e reviver o nosso amor
Faça qualquer coisa näo mereço ir ao doctor
O pessoal, agora acha-me anormal
De tanto amar-te, minha vida corre mal
Veja que estou perdido precisando de assistência
Agora aqui cantando, pedindo em clemência
Que voltes para mim, eu ja ganhei coisnciência
Eu sei que para amar-te é preciso competência
Inteligência, digo e paciência
Sentimos todos! Essa ameaça sem nome tem se aproximado cada vez mais dos nossos corações. Vivo em um local de certa paz. Meus vizinhos são moderadamente calmos, até ouvirem a voz dele. E se eu te disser que Deus pode ter sido uma invenção humana? E se eu te disser que os verdadeiros demônios estão lá encima, no frio e sem vida, o espaço. Que habitam as águas do mundo, acreditaria em mim?
Pois é… a vil literatura do árabe nos disse quem são. Os verdadeiros donos desse mundo, o senhor dos Grandes viajantes de tempos imemoriais está aqui! Eu não consigo rezar, PRA QUEM VOU REZAR? Ele fala comigo, de onde pacificamente jaz. O rei do submundo flutuante está perto! Sob as montanhas espalha loucura, sob os vales fétidos de Dagon, ele vem. Meus filhos…minha esposa… São dele agora. Ele me pediu isso, ele me ordenou! Eu não queria! Minhas mãos apenas empunharam a lâmina que os entregou a ele. Mas seus sussurros não param. Eu posso ouvi-lo, eu posso senti-lo. O grande senhor dos Antigos está aqui! Meus vizinhos estão barulhentos agora. Afinal, não é muito difícil assustar um sanatório inteiro! Hahahaha
Ouço vozes em coro: “Ph’nglui mglw’nafh Cthulhu R’lyeh Wgah’nagl fhtan.”
Ele vem…ele vem…
Homenagem a H.P Lovecracft e um presente de noivado para um grande amigo. Daniel Santos, sei que as adversidades da vida nos distanciaram mais do que gostaria, mas com esse conto baseado em um dos seus escritores favoritos, eu eternizo meu carinho e admiração por ti. Um abraço tentaculoso e ancestral, amigo.
Primeiro Amor
Nenhum amor é como o primeiro. Veja bem, nada se equivale ao sentimento amor, mas o primeiro em si é uma explosão.
É como se cada molécula do corpo experimentasse algo mágico, algo novo. Como se aquela mensagem fosse a mais importante de todas, só de ouvir o telefone tocar, as promessas que soam como eternas, cada sorriso, cada segredo, enfim, nada é comparável.
Mas na mesma proporção está a dor do fim de um amor que foi o primeiro.
Como se toda palavra escrita, dita ou poetizada, tivesse sido uma lona de mentiras. E a eternidade juntos significasse tão pouco ou quase nada.
É incomparável, de fato.
Porém, trago esperança ao coração aflito, pois todo coração é regido pelas leis do amor, e não se curvam ao sentimento imposto pelo fim, mesmo que toda a dúvida imposta diga que você não é capaz de amar novamente. Embora se sinta incapaz de sentir ou nunca sinta nada igual, nenhum amor é igual a outro. Encontrará a sabedoria nas dores do passado, e o exílio nos amores que imperfeitos, você se permita sentir, pois não se igualam ao primeiro, mas sendo o que são, podem torná-lo feliz como jamais foi.
A insensatez de todo homem consiste na crença de que tudo que foi, pode ser novamente. Um erro comum. Se algo termina por um grande erro, está fadado a sempre terminar pelo mesmo erro, eternizando um looping de agonia para duas almas. O amor é um sentimento inteiro. Nada surge, permanece e se estende por estradas fragmentadas, pelo mesmo motivo que carros se quebram em asfaltos falhos e gastos. E quando as vielas cinzas do amor se tornam rotina, e a presença um do outro se mantém pela mera formalidade do medo de se estar só, então o sentimento em si já perdeu. Não há nada mais deprimente que o desamor, o sentir pela aparência, pela ideia de que os outros pensarão coisas ruins, escarnecendo, e debochando. Se só aquele que vive a situação sente o pulsar do sangue na garganta, como se os arames farpados o esmagasse em cada ”eu te amo” dito no vazio. E em sua amargura, amarguram uns aos outros, e em suas feridas, ferem uns aos outros. E meditam sobre os próximos vinte ou trinta anos no fundo de uma garrafa, ou no filtro chamuscado dos cigarros amargos. Acreditam no que não há mais, e erroneamente constroem as paredes do seu inferno pessoal, onde a paz de um beijo, de um abraço torna-se o chicote dos carrascos e o lamento dos condenados.
Começou como toda fraqueza da mente costuma começar. Frente ao desengano, criou para si uma linda mentira, uma que torna-se fácil ou o fizesse seguir. ”Não preciso disso, não preciso de amor”. E por muito se seguiu, na esperança quase vil de um desesperado. Mas com o tempo, convencia-se de que sua mentira era verdade, e que evitar os amores que magoavam, era a melhor das soluções. E como toda boa tragédia, fugiu de tudo que possuísse potencial, e evitou tudo que poderia machucar. E como julgar alguém, que de tão ferido pelos sentimentos rasos e superficiais, acabou como uma paródia mal resolvida de seus enganos? Talvez essencialmente, todos são possuidores de um amor descabido, que quando recusado, criou essa onda de desamor sem fim. Talvez estejam todos feridos, talvez estejam mentindo. Feliz é quem realmente não esbarra com um ser que desacreditou de tudo, contaminando-se com o desespero coletivo que as almas humanas abraçaram.
Amor, carinho, afeto, são expressões do sentimento que possuem prazo de validade. Nas condições certas pode durar pra sempre, do contrário, pode acabar amanhã.
A frieza coletiva é cada vez mais aparente. Uma doença. Uma doença da alma que se espalha e corrompe até os ossos. E quando essa pestilência alcançar cada coração e mente, o mundo será exatamente como é. Já estamos no final do nosso tempo.
Falei o teu nome em três bares por onde passei. Em tom de alegria, raiva e dúvida. De certa forma fui redefinido por você. Embora diga que não sou, talvez seja. Embora diga que não estou, talvez esteja. Embora ache que não esteja olhando, talvez veja.
Não se engane. Desde muito novos, somos ensinados sobre as falácias que tomamos como verdades. Uma vez eu li que quando alguém te indica uma música, essa pessoa quer dizer algo através da mesma, ou que ao mostrar desinteresse, ela se auto promove, valoriza a si mesma. Bobagem! Talvez a música seja só uma música legal que alguém indicou sem segundas intenções, mas nossa mente projeta mil e uma possibilidades à partir do nada pela vil necessidade de não querer estar só e aceitar que está só. Talvez alguém se faça de difícil simplesmente por precisar que seu ego esteja tão inflado quanto um Zepelim, e sua adoração sirva de fôlego pra essa atitude. Quem vê sua mensagem e te ignora, não faz isso pra aumentar o mistério em torno de si e te instigar. Faz porque simplesmente não se importa com as relações interpessoais, então simplesmente julga que seu tempo, sentimentos ou qualquer coisa do tipo valha menos que os dela. Essa ”glamorização” da pessoa submissa sentimentalmente é lamentavelmente mais comum a cada dia.
Arrependa-se pelo o que fez, e nunca terá o peso do arrependimento por não ter feito ou encarado sua decisão de frente.
Tomo mais um trago
Desse rum amargo
Conhaque cerrado,
Whisky ralo.
De todo amargor tomado
É bem mais degustado
Que um amor envenenado..
O amor é para os tolos e corajosos. No entanto, creio que nunca fui qualquer um dos dois.
A cada dia meu café fica mais amargo. Mesmo depois de várias colheres de açúcar, ele segue assim. Talvez o amargor esteja na boca, talvez em mim…
Do amor, veja bem, talvez eu nunca tenha experimentado. O sentimento em si demanda coisas que são incomuns ao alheio. Amor a primeira vista é uma piada. Como pode se amar alguém de quem não sabemos nada? Alguém que nunca vimos. Como pode dizer que ama alguém quando as lágrimas dela não causam dor, e o sorriso trás a mais plena das felicidades? O homem tem apego, paixão. O amor não vem sem correspondência, sem convívios e sem obstáculos. Usamos a palavra “amor” quando qualquer outra já não faz mais sentido, não expressa o real sentimento. “Eu a amo!”, e por si só o sentimento se basta.
É desconfortável quando me perguntam: “Mas cara, você é feliz? Você está feliz?”
E eu simplesmente não tenho uma resposta então digo: “Acho que sou.”
Ainda somos um grupo de pessoas quebradas que tentam reconstruir outras pessoas quebradas. Isso revela uma das maiores forças do ser humano. A de se importar tanto com os outros que coloca sua dor na gaveta pra ajudar o próximo onde é possível. Como alguém assim não merece ser feliz?
“-Mas você se considera um homem decente?”
“-Bom… Sendo homem, a decência não passa a ser meramente ilustrativa, como se torna interpretativa.”
“Se o amor não surgiu pra você, não é porque falta aí dentro. Na verdade, é mais provável que esteja faltando do lado de fora. Somos ricos até as coisas que faltam.”
Se você é um alguém interessado, interessante, que se esforça nas suas relações em todos os sentidos. Alguém inteligente, respeitador e etc. Por que achas que merece qualquer coisa menos que isso numa outra pessoa? Queira alguém que pontue suas qualidades, e não alguém que subtraia.
Você conhecerá pelo menos uma dúzia de pessoas pelas quais sentirá algo, e umas nove delas vão te ignorar. Pelo menos duas vão ficar curiosas a seu respeito. Mas uma delas vai corresponder totalmente suas expectativas, e aí vai perceber que o problema nunca foi você não se encaixar no mundo delas, e sim, ter uma pessoa com lugar reservado no seu mundo.
Amar a si mesmo é muito fácil. O ser humano tem propensão a se amar, mesmo sabendo que é errático, que faz besteira a todo tempo. Mas amar outra pessoa é um ato de coragem. Reconhecer e aceitar suas falhas, ter paciência, estar de braços abertos em qualquer hora do dia. Se alguém disser que te ama de verdade, essa pessoa já abriu mão do próprio ego. Porque no amor não há espaço para egos.
A maior angústia do ser humano é viver naquele “E se…”
Porque uma questão superada, não necessariamente é definida.
Eu desconfio de qualquer homem que crie a pose de “cara bacana” mas age feito um imbecil com sua parceira. Homens de verdade confiam em si e confiam nelas, porque sabe que confiança é via de mão dupla. Entre duas pessoas, só se recebe aquilo que se dá.
A rigidez dos recomeços trazia à tona os medos mais antigos e profundos. Embora a vida já tivesse proporcionado momentos difíceis de lidar, todos pareciam sempre a primeira vez. A primeira queda, a primeira desavença, o primeiro paço em falso frente ao abismo.
A grandeza estava sempre em saber levantar. Mas ainda sim, certas quedas eram duras demais. O mundo exigia uma força divina de quem pedia ao divino força pra se reerguer apenas.
Podem chamar de egoísmo, mas nunca fui de transbordar meu sentimento de tristeza quando ele chegava. Porque as vezes eu via alguém numa situação ainda pior que a minha, então sempre achei mais valoroso esquecer meus problemas pra fazer aquela pessoa sorrir, mesmo que um pouco. As vezes, é necessário deixar o “eu” de lado, porque ao lado tem alguém que grita em silêncio, mas ninguém percebe.
Amornados os sentimentos, criou-se um vazio.
E cada sentido à partir dali tornou-se frio.
E de todo sentimento em sua natureza, modificou o que era naturalmente puro, entregou-se a frieza.
E no final todas as pétalas caem uma a uma, até que sobrou o homem, seu drink, e total amargura.
O conhecimento nos ensina o que é o erro. Sabedoria nos mostra como não reviver o mesmo. Conhecer uma situação é bem diferente de saber lidar com ela. Busque a sabedoria que só o tempo pode dar.
Dê o seu melhor, se esforce ao máximo, entregue-se verdadeiramente a uma pessoa ou uma causa. E então verá que no final, é preciso permitir que as pessoas acertem ou errem sozinhas.
Felicidade é um desconhecimento.
Ela desconhece rosto, gosto, e entendimento.
Entorpece o lamento do homem, rejeita a incoerência e a compreensão alheia.
Felicidade é incoerente. É ser e fazer o que ninguém espera, o que não imaginam, fazer por si e nada mais.
Felicidade pode ser cruel. Pode indiretamente ferir de forma mortal, e fatalmente ceifar a razão.
Razão essa que pra ser feliz não tem espaço. Ser feliz é irracional. É a crença real de que o invisível e o impossível terminarão.
É a visão de que pra alcançar esse ideal, é preciso rejeitar as marés que virão.
É um erro comum achar que todos que sorriem são realmente felizes.
A coexistência entre ser quem você é e ser o que as pessoas querem que você seja, nunca foi e nunca será opcional. Ser você mesmo é a diuturna preservação dos seus valores. Tenha muitos ou não tenha nenhum.
Mais do que ouvir os desabafos de quem precisa, existe um grau de sensibilidade ainda maior, chama-se ouvir o silêncio. Aqueles que guardam para si, normalmente são os que mais precisam ser ouvidos.
Viver é esperar. “Espere que chega”, dizem os antigos, os sábios, os romancistas. E então esperamos. Esperamos o ônibus, a viajem, as oportunidades. Esperamos a janta ser preparada, a chance de tentar, o trabalho, a faculdade, a pessoa certa. Esperamos por um pouquinho mais de sorte, na vida, no amor, nas tentativas frustradas de alcançar nosso melhor. Nesse jogo de espera, esperamos a morte. Pois a vida tem pressa, ela não sabe esperar e não aceita esse concelho. Seja paciente, mas não espere o acaso ou os “ventos da mudança” tomarem as rédeas da sua vida, pois eles não ligam pra você.
O amor não é originado de nada, ele é a origem de tudo.
A vida quer de você a perseverança, coragem e integridade que fizeram os outros pararem na metade do caminho.
A vida continua sendo bela. Mesmo tendo sua imagem modificada, desvirtuada, algo me trás leveza ao ver o sol brilhar através da janela, enquanto os pássaros cantam a mesma sonata diária. A canção da nostalgia.
Humildade de nada provém, e ainda sim tudo provê.
Até as pessoas são passageiras nessa vida, e elas não precisam morrer pra isso.
Enquanto o paraíso for a promessa dos bons e o inferno a perpétua condenação dos impuros, ninguém estará cumprindo plenamente o “amai ao próximo como a ti mesmo”. Bondade feita na busca de recompensa e no medo da punição não é nunca será uma plenitude de espírito. Ser pleno de coração é fazer o bem por se sentir bem com isso. Essa é a síntese de estar com Deus.
Todo os sentimentos são intangíveis, pela verdadeira emoção do sentir. Como vê, como ouve, com tudo que não é sensível ao toque, por fim, curva – se ao indescritível ardor do tangível. Antes do toque na pele, ver ainda além, ler as poesias que formam aquela pessoa.
Em um mundo de comuns inutilidades, todos temos a real obrigação de partilhar o que possui valor.
Minha única meta é manter o corpo sóbrio e a mente limpa para ver o que acontece ao meu redor. E meu Deus, eu posso ser muito bom nisso quando quero…
Se precisas mendigar um sentimento, independente de qual seja, aquilo não é real. Não aceite a piedade de uma porcentagem, quando mereces um todo, quando se entregas por total. Não se pode viver aceitando a condição de metade.
Sua voz era como a flauta de encantar homens. Para dentro de si ela os levava, os consumindo, os tornando recreação. Havia perdição em seus atos, que descabidos e inapropriados ao senso comum, tornavam aquela mulher doce, gentil, delicada, em uma predadora. Sua fome não era de ter seus objetivos alcançados, e sim, de ter cada um em suas mãos. Passageiro ou momentâneo, ela queria apenas dizer que quando a pertenciam, não eram de mais ninguém.
Valorize tudo que merecer o seu tempo. Principalmente no mundo onde só família é insubstituível ou indispensável.
Uma das melhores sensações que há, é a de deixar pra trás as coisas que você apenas via à sua frente. É como acordar e perceber que sua dependência não é de algo ou alguém, é apenas de si.
Quem não viveu amores, acaba escrevendo sobre eles. Imaginam suas versões inteiras, em contrastes com seus corações quebrados. As palavras são a solda que os unem.
Ela era um poço de amores. Profunda e intensa. Seus sentimentos contrastavam com as experiências dolorosas que a marcou profundamente. Aquelas eram cicatrizes que um dia serviriam para mostrar que apesar dos pesares ainda vale à pena acreditar na legitimidade de alguns sentimentos. De manhã olhava pela janela, tomava um banho quente, arrumava o cabelo e antes mesmo de colocar os pés fora de casa pensava: “Hoje é meu dia!”, e assim o fez, por todos os dias que se seguiram. Foi apenas amor, negou – se a rotina de pensamentos vazios e a preencheu – se do que mais possuía: sua luz.
Me tornei um personagem das histórias que escrevo. Não como a maioria das histórias, narrativas de belos amores, mas sim, um personagem que o público desconhece. Histórias que opcionalmente nunca saíram do papel, nem da gaveta.
É inevitável que em algum momento você não olhe pra trás e perceba tudo que conquistou, da mesma forma que numa vida finita, você não conseguirá realizar tudo que já quis. Esse equilíbrio cruel, é uma balança irônica. É como se te dissessem: “você pode ir pra qualquer lugar, contanto que não passe dali.”
Desejo que ao lado de quem se ama, nunca seja a “primeira de muitas”, e sim, a “primeira de todas”.
E um dia você será a pessoa mais importante do mundo pra alguém, dando propósito e sentido a todas as coisas que não compreendia.
Em qualquer situação, seja a quantidade de amor que gostaria de receber.
O amor é um construtor. Ele não é capaz de destruir ou desfazer nada. A não manutenção do amor, do carinho, a falta de zelo, indiferença, são destruidores. E é no achismo de que o amor cria problemas, que surgem mais pessoas que se culpam pelos mesmos.
Um dia me disseram:
“Tomé posse de tudo que for seu”
Ingrata a surpresa de ver que não tinha posses.
Ao mesmo tempo, libertadora a idéia de que nem tudo era meu.
Nem tudo me pertenceu.
Ainda há muito à se fazer.
O que comemos e bebemos, falamos e fazemos pode ser controlado. Mas o que sentimos não compartilha dessa linha, e isso se torna veneno. Pra você ou pra outra pessoa.
A felicidade que trazemos para as pessoas não pode ser medida pela nossa própria régua. Mas muitas serão as réguas à medir. Pois felicidade quando transborda, chama atenção para sua origem. Isso é impagável!
Se as pessoas entendessem o poder das palavras, provavelmente falariam muito mais. E na hora certa, falariam menos.
Imagine por 1 segundo que sua vida está presa a uma outra pessoa. Alguém 20 anos mais velho, que ingere bebidas alcoólicas com frequência, fuma, e possui péssimos hábitos alimentares. Mas você tem consciência de que se aquele cara morrer, você morre. Independente de suas escolhas e hábitos, está condenado por erros de outro. Desesperadamente aconselha aquela pessoa a mudar, luta por sua vida, apresenta-lhe boas comidas, hobbies saudáveis e etc.É possível notar uma absurda melhora naquele indivíduo. E então descobre que era uma mentira, inventaram toda a história de conexão entre vocês.
Tomado por uma raiva quase ancestral, nota que o egoísmo é intrínseco à todos. Precisou que sua vida estivesse no fio da navalha para dar valor a outra vida.
Se cada um se preocupasse com outra pessoa sem interesse, necessidades próprias e egos, estaríamos um passo mais distante do monte de nada que o homem atual representa.
Não sejam boas pessoas por prêmios ou medo de punições. Não façam o bem porque tem gente olhando, ou pra ganhar pontos com Deus.
Não dê o seu melhor pra ser o cara mais descolado da igreja, do trabalho, da faculdade.
Seja alguém de valor por que é sua vontade.
Sua consciência e seu coração só aceitam uma verdade se você vive uma verdade.
Amar é viver em extremos. Não dá para amar parcelado, ou dar 1/3 de amor. Não se pode ser o “último dos românticos” numa segunda à tarde, um café com leite morno na quarta, um pão doce na sexta e um tanto faz no domingo à noite. É impossível dizer coisas como: “Talvez eu te ame”, “acho que te amo”. Não dá para criar percentuais de amor. Se não for inteiro, é o mais auto destrutivo de todos os sentimentos. Se não for recíproco, se deixa margem para dúvidas, vira o algoz de um maremoto de desventuras. Ou você ama por completo, ou tem algum outro sentimento por alguém que não é esse.
A realidade pode ser complicada. A omissão, a não ação pode criar dezenas de possibilidades, centenas de teorias, milhares de pensamentos. Talvez se tivesse feito ”aquilo” diferente, estaríamos vendo filme e comendo pipoca na manteiga agora. Ou se fizéssemos outras escolhas, poderíamos estar morrendo de rir de uma situação engraçada nesse exato momento. E em outras possíveis realidades, os ”e se…” sustentam imaginários inteiros, de pilares incompletos da existência. De sua maneira torta ou não, a vida acaba por encontrar seus caminhos.
Escolhas são solitárias. Pode haver dezenas de conselheiros, e no final a decisão é sempre sua. Só você sente o prazer e a dor do que decidir.
Amar é ser ferido de morte diariamente. Morre o ego, o individualismo, o “eu”.
Amar é reviver diariamente.
Uma felicidade forjada é a maior forma de tristeza que há.
É normal que não esperemos a felicidade quando vislumbramos tão pouco dela.
As melhores coisas da vida só podem ser sentidas. Com sorte, todos os dias. Com azar, só uma vez.
Fazia pouca questão de mim.
Então fiz pouco caso, enfim.
Tempo é mais que uma medida. É mais do que quantificar em segundos, minutos, horas, dias, meses e anos. Tempo é vida. E a vida é finita. Saiba como e com quem utiliza seu tempo. Porque ele não pode ser reposto. Ele simplesmente se esvai.
“Querido Deus, peço desculpas por alguns erros que tenha cometido ultimamente. Mas de alguns eu não peço, pois não me arrependo. Erros são lições. As vezes dolorosas, mas ensinam.”
Todas as coisas possuem um fim graças ao princípio de que podem ser esquecidas. Nada sobrevive ao esquecimento.
Rascunho
A lágrima também consola,
o coração também pensa,
o amor é ponto de vista,
a confiança é chave mestra,
o sorriso é cartão postal,
amigo também é família.
A vida é qualquer história sem rascunho.
Cupido
Se cair te levo no colo,
se correr te acompanho,
se me beijar te mordo,
se despir tranco a porta.
Se dormir te protejo,
se acordar eu te faço feliz,
se chover sou teu sol,
se recusar não te obrigo,
se faltar amor, viro cupido.
Minha Vez
Agora é minha vez de tentar,
minha hora de subir,
de apertar o play.
Chegou meu momento,
de riscar a lataria,
discursar para o mundo,
mostrar a minha força,
de compartilhar as regras.
É hora de protagonizar,
de ser o principal,
de crescer e sorrir,
de permitir e bloquear.
Tv de Cachorro
Me derreta no azeite,
me coma frito ao molho rosé,
me asse pela metade,
tv de cachorro na tv.
Me cozinhe ao rolê,
ou à fricassê,
tostado ou cru,
bem vestido ou nu.
Na panela de pressão,
regado com parmesão,
sou o homem ideal
para sua refeição.
Flutuante
Estou fora de alcance,
do bem ou do mal,
em transe momentâneo,
verdadeiro juízo final.
Longe de tudo,
fora do quadrante,
asas quebradas
e a mente flutuante.
Mais forte
Hoje sou mais forte do que pensei quando ainda era ontem,
minhas pegadas não somam só marcas na areia,
elas me ajudam a compreender que as ondas virão,
apagarão meu caminho,
mas logo depois constrói um outro novinho,
pra começar tudo de novo.
Peneirando
Peneirando, reciclando, e excluindo o que não faz diferença, aquilo e aqueles que não somam.
[Bem se vê]
Bem se vê que agora é muito tarde
É a hora em que o teu sorriso
Não pode mais significar
É a hora cansada da derrota
Das distâncias constantes
Das solidões inapagadas
Agora é ficar
Ficar e terminar
Não dizer nada a ninguém
Que não há ninguém
Que já virou ontem
O presente eterno que trouxeste
Um dia tinha que ser
E veio um dia que foi.
São irrisórias as lutas travadas pela humanidade. E, por isso, que caminhamos, cada vez mais, para o fundo do poço.
Uma disparidade de situações e momentos formam um resultado final. Talvez suas metas não tenham se concretizado como acreditava. As pessoas ao seu redor adentram conquistas, realizam amores, decretam e solidificam seus sonham. Embora, nesse exato momento, você possa estar desacreditado, trago boas novas. Digo que até a tirania dos desejos descumpridos tem um fim. E em algum momento, muito próximo, você passará pela porta que atravanca seu caminho. A uniformidade da sua vida está ali ao alcance das mãos. Grandioso amor por vir, poderosas conquistas se farão presentes. A aurora dos sonhos vem a todos que fecham os olhos em desespero e os abrem em esperança.
Queria ser assim
Essa gente que ri
Apenas por rir
Sem razão, sem motivo.
Que dança na chuva
Que canta no banho,
Que grita bem alto
Feliz por estar VIVO!
Que ama e é amado,
Que sabe lá no fundo
Que não viver intensamente esse mundo
É o maior pecado.
Falando baixinho
Sorriso mansinho,
Devagar, devagarinho
Encontra o próprio caminho.
Como posso compreender o mundo?
Como posso tornar o irreal em algo possível?
Quando as impossibilidades são tão agudas que tornam-se palpáveis, visíveis, olfativas…
Como posso dizer que a vida segue, quando não é o que quero dizer?
Quando não ter respostas é a forma que a própria vida encontra para ser professor, mentor, mestre. Aquela que ensina a lição muda e surda, esperando que eu, cego, a compreenda.
Facilita minha partida, não me estendes os braços na chegada. E paciente, meditando, aguardo…
Sem saber se devo, se posso, se é bobagem ou tempo perdido.
Pacientemente relevo aquilo que todos os componentes químicos do meu corpo acusam como cilada. Pois cair na armadilha é o mantra dos tolos, dos otimistas, e até dos apaixonados.
Toda palavra escrita, advém.
Advém do falante ator
Do calado escritor,
Do homem comum.
Daquele que chora
Daquele que mente,
Daquele que ri.
O que fala
O que sente,
Provém do sentir.
Poesia vem da escrita rústica
Do palavreado comum,
Da gíria arrastada
Da dose tragada
Até de um copo com Rum.
É a expressão educada
Presente farsante
De amigo, parente
Amante.
Sim! É possível poetizar qualquer coisa!
É possível banalizar a dor
Amolecer o cansaço
Até, acalentar o amor.
Não é necessário muito pra um relacionamento dar certo. É preciso apenas conexão e parceria. Um homem depois de um longo dia de trabalho, pode querer uma parceira pra ser o seu player 2 no videogame. Uma mulher pode querer um parceiro ouvinte, que ouça e opine sobre aquela rotina pesada que ela teve no serviço. Conexão pra perceber que quando ele tá zangado, ela toma a frente, e quando ela tá triste é ele que se emociona. É reconhecer nos olhos que o brigadeiro de panela tá pronto, é se entender na cama, no sofá na cozinha e nas decisões. É ver aquele mesmo filme pela enésima vez, só porque ela ama, ou até mesmo ver aquele jogo de futebol, só porque ele não curte torcer sem companhia. É sentir ciúmes na medida certa, também, por que não?
Amor sem conexão é paixão. Paixão sem parceria é amizade. No fim, essas duas coisas são base de sequência de ocorrências à frente.
Olha, nem sempre o amor é o destino andam de mãos dadas. É possível que você já tenha visto o amor de perto, imaginado que seu destino seria com ele, e no fim não aconteceu.” Ela não sabia o que pensar, as palavras do rapaz ecoaram em seus ouvidos, nada dispersas, objetivas e profundas. “O que eu deveria pensar? Ou fazer?”, disse ela.
“Não sei. As pessoas vivem amores épicos, coisas que parecem amor, paixões, e toma para si o risco da decepção. Eu não sei se desperto qualquer um desses sentimentos em você, mas espero que quando você parar de correr, se cansar ou coisa do tipo, eu seja o seu destino.”
As palavras dele chegaram sem rodeios ou avisos prévios. Ela passou o cabelo por trás da orelha e sorriu, revelando o largo passo daquele gesto.
Mas sempre chega um momento da vida em que você vê uma pessoa e pensa: “Maldito seja o cara que comete o crime de partir o coração dessa menina!”
A poesia pode ser injusta. Existem coisas que não me pertencem, delas não posso falar. Aquela mulher que não pode ser definida em palavras, pois palavras faltam em nosso dicionário para descrevê-la. Que emudece minhas ações, mulher capaz de reprimir o conhecimento de nossa vã filosofia, acima de todo e qualquer adjetivo. Dobram-se os joelhos dos homens, revira os pescoços das mulheres. Mais que beleza, tornou – se diferente pelo o que é, além do que tem. Uma maldade contra o poeta, pois queria eu poder falar de ti, mas meu pobre vocabulário deixaria muito desejar.
Se você possui um amor, faça dele seu bem maior. Chegue correndo do trabalho nas sextas, passe o final de semana planejando e realizando projetos. Quando ela não acordar bem, prepare o café, assista aquele filme de romance pela décima vez, aquele que você não gosta mas assiste por ela. Durante a semana, depois do trabalho, não esqueça de comprar a tapioca de carne seca que o seu Zé vende em sua bicicletinha. Faça amor apaixonadamente, e na primeira pausa, admire-a e diga o quanto seria incompleto sem aquele amor.
Porque o tempo é efêmero, passageiro, pouco se importa com a forma a qual o usamos, um dia ele vem tomar o que é dele. Mas seu amor místico, divino e atemporal, está além dos domínios do tempo.
Valei-me Deus, pensamento
De jura e lamento
Razão do tormento,
Da alma e do ser.
És criativo rebento
Nascido do vento,
Véu do esquecimento
Tortuoso querer.
O que trazes à tona
Em mim causa insônia
De dia, de tarde, em noite sem fim.
O toque da amada
A jura levada,
A alma lavada
Que queima em mim.
Vivemos em um momento o qual ser classificado é primordial para a sociedade. Não seja assim! Porque você não é o dinheiro que tem na carteira, nem o seu trabalho. Você não é uma casa grande, com bebidas caras, carros de luxo e paredes vazias. Você não é a imagem que ostenta para se enquadrar na visão das minorias.
Você é o amontoado de sonhos, você é as viagens que fará, os amores que viveu e viverá, o carinho que transmite e recebe. É aquela pessoa que muda em si o que crê não estar certo, que defende os que não se defendem, que vive aquilo que os outros não se permitem viver por mesquinharia.
Não somos o que temos, somos o que significamos para o mundo.
Aprendi que tudo é um aprendizado. Acreditar e insistir nem sempre podem andar juntos, e com o passar dos anos, me tornei sonolento, indisposto, aquém daquilo que realmente esperam como reação. Aprende-se no começo, no recomeço, e até no fim. Mas estou cansado. Desculpa se pareço sereno demais, é porque de fato, estou.
Aprendi que sanidade é intrínseca a paz interior, presente num lugar, num diálogo, na própria mente. Mente essa que não carrega arrependimentos, que nada me cobrará, e não pedirá reembolso.
Meus erros me mostram onde estou, meus acertos, onde estarei.
Debruçada sob a janela, observando o caminhar das pessoas, ela nem percebe alguém que a observava de pé, ali atrás.
“Oi amor, por que você tá aí parado me olhando?” Disse ela questionando aquele gesto. O rapaz avidamente responde. “Por nada, é que eu te vejo assim olhando pela janela e sinto medo.” Disse ele. “Mas medo de que?” Ela pergunta. O rapaz olha diretamente em seus olhos e diz: “medo de acordar. Medo de estar vivendo o mais belo sonho de toda minha vida e de tão real, nem imaginar que é uma peça pregada pela minha mente. Eu não tive muita sorte no amor nessa vida, mas ganhei lá loteria com você. E quando te vejo eu só peço a Deus pra que se for sonho, ele me deixe dormindo só mais um pouco.”
Falar o que depois disso? Ela não soube. Tem coisas que simplesmente entram em nossos ouvidos e calam o coração.
Nada é por acaso.
Não acredite no que foi posto
No que é imposto
No que for oposto.
No opositor
No enganador
Os deuses não escarnecem
Pelo teu pavor.
Não tema
A caneta, a espada ou a pena
Homem de força
Moça pequena.
O destino escrito na areia
Areia de praia, que o mar varre.
Bate no peito, escreve tua história
Não pare, não deixe que alguém te barre.
Suas paixões, seus desejos
Seu amor e prazer.
Traga para si o infinito
Que o finito, por escrito, impuseram a você.
Existe um medidor de amizade extremamente efetivo. Quantos amigos você acha que realmente tem?? Imagine – se numa cama de hospital precisando de um doador de sangue. Quais dos seus “amigos” realmente estariam lá colocando a veia à prova? Imagine – se precisando de um rim. Quais amigos estariam perguntando pro médico se é compatível? Imagine – se na miséria, não a financeira, a espiritual. Quantos vão estender a mão? Agora tente se imaginar numa situação perigosa. Quantos se arriscariam por você? Se consegues imaginar alguns de seus amigos fazendo qualquer uma dessas coisas, então sorria. Porque ir à balada, naquela festinha, num barzinho, até mesmo seu maior inimigo pode fazer isso com você. Mas amizade, amizade é um nome criado para marcar irmãos que não são geneticamente irmãos. E isso é raro!
O medo é uma arma perigosa. Ele faz com que os bons e os maus sigam os loucos. Nossa história é cheia de homens raivosos e suas palavras de ordem que trazem apenas ”falsa liberdade”
Mas a política tem se resumido a isso. Soco da esquerda, gancho da direita, e o povo apanhando no meio.
A ignorância humana termina, onde começa o saber coletivo. Empatia!
Não julguem tão precipitadamente. Existem pessoas que recusaram o chamado do bem, e outras que nunca tiveram a oportunidade de ouvi-lo. Tem gente que nunca conheceu a bondade, então não sabe fazer uso dela.
Você pode errar mil e uma vezes, mas se for paciente, vai ter a chance de cometer o erro de número mil e um.
Esse papo de ”não ter pressa de viver” é uma furada. Eu tenho muita pressa de viver tudo que ontem era impossível, hoje é provável e amanhã será uma gama de infinitas possibilidades.
500 reais vindo de quem tem muito pode ser pouco, 50 reais vindo de quem tem pouco pode ser muito. O seu ”muito” e o seu ”pouco” nunca foram tão inválidos.
Numa cova no chão, havia uma lápide com os dizeres: “Aqui jazem os sonhos nunca alcançados”. O homem de pé, frente a frente com aquilo, sentiu um gosto amargo na boca. Ali estavam todos os amores irreais, as profissões nunca alcançadas, as viagens perdidas, os bebês que nunca saíram do imaginário. Ele anda para os lados até que lê o verso da lápide, onde estava escrito: “Estão aqui por faltar coragem aos corações, garra para as conquistas, agir mais que imaginar. Mas aqui não é o fim de todos os sonhos se você que está lendo não se enquadra nesse perfil.”
Reflexivo, ele virou-se para frente e saiu do local. Prontamente tratou de resolver aquilo, pegou o telefone e ligou pra ela: “um chopp gelado pra hoje, tá afim?”
Não perderia mais tempo, recusava-se a ter seus sonhos em qualquer outro lugar que não o altar das realizações.
“Qual é o limite da sua timidez?”, ela pergunta, de frente para ele e um velho jogo de tabuleiro que a muito tempo não saía da caixa. Meio surpreso pela repentina pergunta ele responde: “Aí depende. Primeiramente da sua disposição em querer descobrir, e de quanta bebida teria aqui no seu apartamento”.
Aquelas foram palavras chave. O intuito do jogo mudou, o objetivo picante era o alvo de ambos, o vencedor levava tudo. Tudo mesmo! A partir dali, as paredes presenciaram jogadas de indiretas, palavras ao vento, e as tentações que só os amantes provocam.
O resto, bom, os poetas não possuem autoridade para relatar…
Por que vocês homens viram bebês grandes quando estão gripados” ela pergunta enquanto se direcionava até ele, segurando uma xícara de chá de maçã (seu favorito). O clima louco sempre o afetava. Jogava bola na chuva, abria a geladeira com o corpo quente, andava descalço pela casa, todas aquelas coisas que sua mãe sempre dizia pra ele não fazer. “Amor, não faça perguntas que eu não posso responder. Acho que nós homens odiamos ficar doentes. Quando a oportunidade surge, queremos só um pouco daquele mimo”. Ele respondeu. E olhou para ele com uma expressão bem séria, mas depois libertou um sorriso no canto da boca, dizendo: ” vai lá jogar bola na chuva, seu bebezão! “
Enquanto ela saía, ele desmarcava uma partida com os amigos através do celular.
Se uma mulher cuidadava de um homem manhoso, ela merecia total atenção. O que valeu alguns filmes, pipoca e todas as coisas que ela gostava, preparadas por ele, é claro.
A relação de um escritor com o leitor precisa ser íntima. Veja bem, quando se fala de amor utilizando palavras, é creditada uma grande responsabilidade. Banalizar o sentimento é uma heresia, negá-lo é uma audácia, não o tratar como deveria é uma traição. A prova cabal da ligação de um escritor com o leitor, é que escrever sobre o amor é uma forma de amar. Quando fazemos isso, estamos em completa sincronia com quem lê. Estamos vendo um filme juntos em um dia frio, estamos jogando conversa fora acompanhados de uma cerveja, jantamos juntos até. De certa forma, é um relacionamento à distância. Porque quando você que está lendo, se coloca no lugar dos personagens, está aproveitando da intimidade de quem escreve, e quem escreve, aproveita do carinho de quem está lendo.
Existe muito amor em palavras ao vento.
Tomava altas doses de esperança, doses cavalares, e pra dificultar as coisas, não tinha pena de misturar. Drinks de suavidade, copos de gentileza, garrafas de charme. Ao preparar a refeição, era muito rigoroso. Uma pitada de temperança, duas colheres surpresa e uma de audácia.
Gostava de ser exagerado em 60% da vida, e os outros 40% eram mais serenos.
Porém aquele era um dia especial, tentava aceitar tudo com cuidado, perfeição e um par de taças bem representativas. Ao ouvir os cachorros, corre para a sala, apaga as luzes e com o abrir da porta ele diz: “Feliz 2 anos de namoro! Espero que não tenha achado o terno meio exagerado, eu juro que se achou eu desfaço tudo e vamos passar o nosso dia vendo TV”
Ela não conseguia responder, em sua mistura de lágrimas, risos e beijos. Percebeu que era só o segundo ano de toda vida ao lado da pessoa certa.
Tomava altas doses de esperança, doses cavalares, e pra dificultar as coisas, não tinha pena de misturar. Drinks de suavidade, copos de gentileza, garrafas de charme. Ao preparar a refeição, era muito rigoroso. Uma pitada de temperança, duas colheres de surpresa e uma de audácia.
Gostava de ser exagerado em 60% da vida, e os outros 40% eram mais serenos.
Porém aquele era um dia especial, tentava ajeitar tudo com cuidado, perfeição e um par de taças bem representativas. Ao ouvir os cachorros, corre para a sala, apaga as luzes e com o abrir da porta ele diz: “Feliz 2 anos de namoro! Espero que não tenha achado o terno meio exagerado, eu juro que se achou eu desfaço tudo e vamos passar o nosso dia vendo TV”
Ela não conseguia responder, em sua mistura de lágrimas, risos e beijos. Percebeu que era só o segundo ano de toda vida ao lado da pessoa certa.
“Olha, não me leva a mal. Eu já gostei de alguns caras antes e só saí com as piores experiências. Que garantias eu teria de que você não é igual a todo mundo?”
Uma simples caminhada mudou de tom, ele percebia nos olhos dela aquela vontade de querer acreditar que ele era o cara certo, que em todos os karmas que cruzaram seu caminho, aquele rapaz era sua luz no fim do túnel.
Ele suavizou seus passos, sorriu e disse: “Bom, primeiramente, minha mãe sempre dizia que eu não sou todo mundo. Em segundo lugar, não posso te dar garantias. Eu posso prometer que meu desejo é de fazê-la feliz hoje, será o meu desejo amanhã, e depois de amanhã também. A única promessa que posso fazer é que farei o meu melhor sempre.”
Ela não soube responder, ao faltar palavras, cobriu a situação com o ato do primeiro beijo. Decidiram descobrir juntos, até onde a vida os levariam.
“Olha, não me leva a mal. Eu já gostei de alguns caras antes e só saí com as piores experiências. Que garantias eu teria de que você não é igual a todo mundo?”
Uma simples caminhada mudou de tom, ele percebia nos olhos dela aquela vontade de querer acreditar que ele era o cara certo, que em todos os karmas que cruzaram seu caminho, aquele rapaz era sua luz no fim do túnel.
Ele suavizou seus passos, sorriu e disse: “Bom, primeiramente, minha mãe sempre dizia que eu não sou todo mundo. Em segundo lugar, não posso te dar garantias. Eu posso prometer que meu desejo é de fazê-la feliz hoje, será o meu desejo amanhã, e depois de amanhã também. A única promessa que posso fazer é que farei o meu melhor sempre.”
Ela não soube responder, ao faltar palavras, cobriu a situação com o ato do primeiro beijo. Decidiram descobrir juntos até onde a vida os levariam.
Sentados num banco de praça, surgiu uma pergunta intensa. “Por que as pessoas expressam o quanto estão felizes para as outras? Por que o mundo está radiante ao nosso redor, no momento em que vivemos em miséria? Quando o amor é sentido no ar, e a paixão pode ser vista em cada esquina e beco mas não nos alcança.”
Uma pergunta tão bem fundamentada, precisaria de uma resposta à altura. Mas ele não tinha nenhuma para ela. Se sentia vivendo naquele enigma, que talvez nem a própria Esfinge seria capaz de responder.
“Não faça perguntas difíceis, garota. Quando o mundo cheirar a amor, sorria, quando cheirar a paixão, sorria mais ainda. Acho que se você consegue sentir esses sentimentos com tanta intensidade, talvez eles estejam mais próximos de você do que imagina.”
Ela percebeu a indireta, segurou a mão dele, colocou o cabelo por trás da orelha e sorriu.
“Talvez tenha razão…” Disse a moça, percebeu que o mundo era cheio de surpresas.
“Ei, se desprenda! Você segura essa corda com tanta força, suas mãos estão sangrando. Você precisa aceitar a hora de soltar isso.” Ela disse, com a rigidez necessária para a mensagem perpetrar. Desistir não era do feitio dele, mas ainda não havia aprendido que o peso do mundo devia ser carregado por Atlas e mais ninguém. “Eu tô muito cansado. De andar e andar e só chegar em lugar nenhum. Um amor não se guarda para si, mas parece que são mais reais na minha mente, do que possíveis no mundo real.” Ela o compreendia, a maldade do mundo é o que o fazia girar. Desde os grandes que esmagavam os pequenos, até os sonhos que jamais saíram do imaginário.
A conversa seguiu com um forte abraço. A linguagem universal da compreensão e do carinho. “A noite é realmente mais escura, pouco antes de amanhecer. Transforma teu sentimento em poesia, tem gente lá fora que se sente feliz por não ser a única a passar por coisas assim. De certa forma, não estamos sós.” Disse ela, levantando-se e despedindo-se.
“Quem costurou sua própria tapeçaria sobre sentimentos de amor, não merece exibi-la no chão, mas sim nas paredes, altiva, longe dos pisões dos inconsequentes.”
Ele meditava sobre esse pensamento, sempre acreditou que amor era pago com amor, como dizia os sábios nas antigas poesias e canções. Possuía alma livre, presa somente a uma mulher. Mulher essa que ele não tinha em presença, apenas evidente em pensamentos. Fato que estava prestes a mudar, pois era sábado a noite, momento em que os sonhos tomam a ousadia celeste de se tornarem reais.
“Não sei se tá livre hoje, mas não custa perguntar né? Quer sair hoje? Conheço um barzinho com ótima música e chopp gelado com aquela espuminha.” Disse ela, sem que o rapaz pudesse ao menos se preparar.
O convite não precisou ser feito duas vezes. Trocou de roupa como o Superman, e partiu para tornar real o seu mais antigo e nobre sonho.
Tinham para si o amor das quatro estações. Ardente paixão dos jovens namorados, resistente amor dos casais mais antigos. Embora não possuíssem muitos anos juntos, havia uma ligação de alma gêmea, onde a distância poderia ser sufocante em certos momentos e libertadora em outros (por motivos que só eles compreendiam).
“Sabe que eu te amo né?” Ele dizia, após as pequenas discussões rotineiras. “Não fala comigo!” Ela respondia. Embora os observadores ao redor soubessem que aquele “Não fala comigo!”, era um jeito de dizer “Eu também te amo!”. Porque sentimento bom, marca na pele, faz ouvir a voz da pessoa até quando ela não tá, o coração entende a linguagem, a alma pede a inquietude que só o outro provoca.
Se em palavras vieste inspirar
Ó Deus, fascínio crias em tuas poesias.
Natureza de beleza ímpar,
Ensinai a viver teus dias.
Se em amor escreveu o poeta
Ó Deus, da-lhe entendimento.
Em tuas palavras destes o encanto,
E em pleno pranto, trazes o lamento.
Se em beleza nos deu a mulher
Ó Deus, estendo as mãos ao céu.
Dedicamos ao doce veneno
Palavras jogadas ao léu.
E a tudo que não provém
Ó Deus, vem nos libertar.
Do riso sem viço
Paixão sem serviço,
Do amor sem amar.
Amei até o limite da equação
Até o alvorecer da Criação,
Onde o sentimento divino fez – se o homem
Deu vida ao barro, tornou – se Adão.
Amei nos primórdios da civilização
Quando o Nilo regava o Egito,
O reino de Salomão construído,
Os guerreiros reinavam no Japão.
Mesmo quando ainda não existia, eu já era amor.
Quando a Torre de Babel crescia,
Até o momento em que o céu não tocou.
Fiz de base ao sentimento, amor.
Que brota, atravessa as eras mundo
Que de tão sublime e profundo
No mundo, derrotou a dor.
Ousei ser o senhor dos teus sonhos
Dos teus desejos agora sou rei.
Curandeiros dos seus desenganos,
Um nobre do amor que plantei.
Senhora das águas brilhantes
Emudece as estrelas no céu.
Fortalece os ventos uivantes,
Resplandece tua luz sobre o véu.
Pode um homem ser feliz sem conhecê-la?
Podem as deusas lá do céu não invejar?
Se nesta terra deuses e mortais disputam
A direção inquietante do seu olhar.
Infelizes no inferno Dantesco,
E os que somem debaixo do mar.
Jamais presenciarão a menina dos olhos,
Daqueles que por ti, as belezas do mundo vieram criar.
Se uma pessoa precisa que você mude a si mesmo só para adequar-se a ela, então ela não busca um par. Viver com alguém é saber que APESAR DE todas as diferenças, há felicidade. Não viva amores que se fantasiam de domesticação.
Minha sina é o azar!” , dizia a moça que beirava níveis assustadores de superstição. Acreditava em cartas de Tarot, em Ciganas, no movimento das estrelas que alterava sua vida aqui na terra, e direcionava todas essas coisas como motivos para seus desencontros amorosos. Mas certa vez, enquanto carregava um copo de café super quente, correndo apressada para chegar no trabalho, acabou esbarrando em um rapaz e jogando a bebida nele. Depois de alguns gritos de dor ele disse: “Tudo bem, moça! Esse tipo de coisa acontece, com os azarados, claro.” E sorriu para ela, o que a fez pensar que nem tudo era questão de má sorte, coisas acontecem quando devem acontecer, porque essa era a vida.
“A propósito, meu nome é Pedro. Se nao estiver com muita pressa, te pago outro café “. Ele disse. Viu só? Acaso…
Um homem pode falar de amor, e mesmo assim, entender como poucos o sentimento da paixão. De acordo com o dicionário, a paixão é o amor em sua forma mais intensa, em níveis que ofuscam a razão. Furor incontrolável, exaltação, o que há de mais primitivo ao tato. Homens falam de amor nas poesias, nas canções, contos e lendas, mas muitas vezes são erronemaente associados a inocência, total e completa pureza dos sentidos, o que para muitos é desinteressante. Mas ouça bem esse que vos fala. Alguém que cita o sentimento amor, pode estar envolto na paixão, e compreender a paixão como poucos. Pois instintivamente sente por um mulher ou um homem, o que há de mais antigo, a atração. Os românticos podem ser extremamente sedentos e rodeados pela paixão, sem nunca deixarem de ser aquilo que são em sua síntese. Românticos!
Aceite a necessidade que a vida tem de ser difícil. Se todas as coisas fossem fáceis, você teria o desprazer nas pequenas vitórias do cotidiano. Sem as dificuldades que formam um caráter, viver seria amargo, desagradável.
As mentes pensativas se disfarçam. Surgem fantasiadas de copos redondos com whisky puro e amargo. Para outros, cinzeiros cheios de guimbas de cigarro, cinzas, e pensamentos tragados.
Bukowsky acreditava que a vida o obrigava a beber. Outros creditam isso a mulheres que não saíram do campo imaginativo e foram para o plano da ação.
O topo e o abismo são uma realidade estranha de lidar.
As palavras não estão vivas. Em mim não encontram morada, das minhas mãos não saltam ao papel.
As palavras estão fugindo, em êxodo da minha própria mente.
O que era inspiração agora é passado, velado e relutantemente esquecido.
Se para o cientista, o gosto está na descoberta, para o poeta, está na moça que vai e que volta. Quando ela não volta, a tinta da caneta seca, a mente não produz, e o poeta se torna uma estátua de sal.
Escrevo pra falar de amor
Expressar a dor,
O que é comum aos alheios
Tem em meus olhos esplendor.
Narrativa da vida
Sem ponto de partida.
Se por aqui tudo finda,
Fica a obra do autor.
O épico é interpretativo.
Deuses, imortais e heróis
Mas falo de meros mortais se amando, sentimentos de um doce finito.
O propósito é alcançar, sim
Alma carente de paixão.
Paixão pela arte, em parte
O que venha a tocar o coração.
Muito comumente, damos ouvidos aos nobres e ignoramos os plebeus. Mas aos olhos de pessoas comuns, simples, o correr da vida ganha formas consistentes, que passam desapercebidas para os grandes. O peso da palavra não se mede pelo o que possuímos, mas pelo o que somos.
Naveguei como os melhores navegadores em suas expedições.
Corri como maratonistas corriam por um grande prêmio.
Escalei a maior das montanhas como os melhores alpinistas.
Escrevi como os maiores poetas.
Lutei como os melhores pugilistas.
Me diverti como o maior dos palhaços.
Amei como o mais sublime dos românticos.
Cheguei até onde outros já haviam chegado, e nunca além disso.
Morri, e nada de novo vislumbrei.
Sou apenas um dos outros, somente porque não dei um passo a mais do que eles.
Toda vontade é válida. Todo desejo de querer que as coisas aconteçam é válido. Perseverar é o que impulsiona o homem, mas não confunda lutar por algo e humilhar-se por isso. Porque ninguém vale sua humilhação. Ninguém vale o teu sorriso, tua felicidade, tua sanidade. Auto – preservação não é desistência, é amor próprio. Que não se mede, não se compra, e não se equivale.
Amizade opõe – se a hierarquia,
Não existe o maior sobre o menor.
Laço de vida que une,
Os corações em um só.
Amor de pai, de mãe, de irmão
Sentimento de comparação sem igual.
Mas amor de amigo é diferente
Você conhece de repente,
E pra sempre presente
No momento bom e no mau.
Amigo que chora, que ri, e sabe
Que na derradeira passagem pelo mundo
Assim como união da família
É laço de nó profundo.
A parte que cabe do mundo,
Amigo no que der e vier.
Feliz é quem conta pra tudo
Novo, velho, sábio, astuto
Carrega da infância um irmão de fé.
O ódio que surge da não empatia muito comumente é a munição engatilhada em um revólver de ignorância, empunhado por um imbecil.
Será que o que passa na sua mente, seria bem visto ao se tornar evidente?
Se não, por erro de equação engana a todos, quando se diz algo que não se faz presente.
Depois de muitos anos eu vejo que lutaria pela vida de qualquer amigo, mas só arriscaria a minha por alguns.
É preciso a contínua manutenção dos nossos heróis. Mas antes disso, o contexto e definição de herói precisa mudar nesse país.
O mundo precisa de gente pra dizer: “Ei, tá afim de viajar comigo? Assim mesmo, totalmente inesperado, só tenho o local em mente e mais nada”
Precisa – se espíritos aventureiros!
Há vezes que acho que no ponto de vista científico a humanidade foi um grande erro de cálculo, sua existência é totalmente acidental e super estimada. Não somente somos desnecessários para o planeta, como somos péssimos hóspedes, a possuir a mais fantástica habilidade de construir e que por fim, vota pela destruição. Do ponto de vista religioso, fazer o que né? Deus vê potencial no ser humano, por isso ele é Deus e e eu sou um cara comum que só consegue ver o quanto desperdiçamos nosso potencial.
O virtuoso não gosta de andar com o inconstante, talvez porque isso o lembre que sua virtude tem as mesmas recaídas de um bêbado. Um ser humano muito notável, sempre estará a cinco passos da perfeição, e a dois passos da desistência. O que é bom jamais virá fácil, jamais virá somente por suas qualidades, e refletirá as rachaduras de sua armadura. Porém suas conquistas sem atalhos virão para ficar.
A política e o futebol deveriam ser tratados com a comicidade que possuem. Tratar tais assuntos com seriedade no Brasil, é perda de tempo e neurônios.
Na juventude planta-se histórias, na velhice colhe-se sabedoria.
Concentre – se em modificar aquilo que pode ser modificado. O universo é repleto de regras imutáveis e incompreensíveis a nós. E se o destino realmente existe, podemos alterar apenas o nosso. E o que não depende de nós, não somos incumbidos de resolver ou modificar. A linha tênue do destino é flexível até onde as suas mãos alcançam e onde elas não podem tocar.
“Lendo poemas de novo?”, ela perguntou. Um hábito adquirido, ainda é um hábito, mas naquele caso significava um algo mais. Ele olhou para ela e sorrindo respondeu: “Acho que poetas são basicamente uma representação do que todos nós seríamos se tivéssemos o dom de nos expressar. Se eu pudesse demonstrar todos os sentimentos que tenho por você, eles viriam como poesia, mas escrever não é bem o meu forte, então prefiro te enviar uma todas as manhãs e imaginar seu sorriso ao ler.”
Ela completou o sorriso dele com outro sorriso: “o almoço tá pronto, vem pra mesa.”, disse para o rapaz que um pouco antes de se levantar do sofá falou: “Poetas são ótimos em palavras, Drummond, Poe, quem diria, tô lendo até Horácio. Mas se soubessem o que se passa em meu coração, não saberiam jamais colocar no papel.” Dedicou palavras tão belas ao coração dos amantes, onde dormiam os poetas e eternos apaixonados.
Um brinde, em um copo fundo de whisky, papel e caneta descrevem. O sabor amargo sufoca como grandes tentáculos que puxam para baixo. O calor do sol não toca a pele, pois sua luz agora se esconde por trás das asas colossais que escurecem o velho continente. Espalhando insanidade com olhos em chamas, numa história onde mocinhos não podem salvar o mundo, e o desconhecido e vasto universo esconde o segredo de um despertar. Vós que permaneces adormecido na submersa cidade sombria, agora faz com que os corvos destoem seus sons. Não haverá esperança, se o mundo jaz dos Antigos.
-Homenagem a dois dos maiores escritores de todos os tempos. Edgar Allan Poe e Howard P. Lovecraft
Vai por mim! Você pode arriscar todas as simpatias, cantadas, papos-cabeça, que mesmo assim pode não dar certo. Porque você talvez não seja atraente para quem gostaria de ser, mas acaba sendo para alguém improvável ou que não consiga a sua atenção, somente por seus olhos estarem voltados para a direção errada.
Já dizia Dante: ” Pois perder o seu tempo, desagrada mais a quem mais conhece seu valor.”
É um fato sólido e inquestionável da própria vida!
-Você se considera uma pessoa infeliz?
Ela questionou o rapaz, no meio de um diálogo. Ele olhou para as próprias mãos e em seguida disse.
-Infelicidade é interpretativa. Se me perguntasse se sou feliz, provavelmente diria que não, mas se me perguntasse se sou infeliz, não saberia responder. Porque eu tenho saúde, tenho uma casa, seria justo com as pessoas que não possuem tais coisas? O que define a felicidade?
Ainda sim, possuindo essas coisas é possível ser infeliz. Porque felicidade é a ausência das coisas que não nos fazem bem, e infelicidade é a simples presença delas.
Sou amor,
Raiva,
Emoção.
Carinho,
Indiferença,
Paixão.
Inspiro em ti a ternura
Reflexo de como és
Trago infinita ventura.
Retribuo o que é dado
Abraço sentido,
Sorriso atraído
Beijo roubado.
As pessoas falam: “Ah, mas o dinheiro muda a gente.” Isso é uma mentira! Dinheiro não muda ninguém, é só papel e metal, nada além disso. As pessoas sim, elas que mudam ou não com a aquisição do dinheiro.
Nessa transferência de culpa, esse jogo inconsciente e sombrio, ” ser humano” é um termo cada vez mais pobre, enquanto “ser dinheiro” acaba definindo quem és.
Existem situações um tanto incompreensíveis sobre viver. Tomar decisões que definirão todo o futuro, ainda na juventude, quando se é inexperiente. Adquirir sabedoria só na velhice, quando o tempo que nos resta é escasso.
Estudar 20 anos, pra trabalhar mais 30, e simplesmente morrer. O ser humano é um objeto numa linha de montagem, um produto da indústria universal. Pode – se dizer que todos possuímos uma cruel data de validade, que talvez seja compensada apenas pelos pequenos momentos atípicos, mais comumente conhecidos como paz.
As pessoas sempre saberão de você apenas o que as permitir saber. Isso será um trunfo, mas no pior momento, pode tornar-se sua dor.
Para sentir levezas, louco intento!
tomei nas mãos um raio de luar.
Levinho, era tal qual o pensamento
de um anjo, se o pudesse sustentar. […]
Ao aceitar as suas emoções e sentimentos está também a aceitar uma parte de s
A insegurança é o sinónimo da incompetência
A vida não é comida que é servida de bandeja
Bom político é aquele que vive no coração e não na boca do povo.
Todo político diz que fará o melhor, mas a verdade é que um é pior que outro.
A falta da democracia absoluta numa nação, é por culpa do povo que näo gosta de informar-se.
Se o povo conhecesse as leis vigentes no país, exigiria os seus direitos e deveres do governo e seus governantes.
No meio dos insensatos guarda as tuas palavras para outra ocasião, mas no meio de pessoas ponderadas prolonga a tua presença.
Só com reservas aceito a opinião de um homem, vivo ou morto.
eu nao aguento mais, estou sofrendo tanto
eu preciso de ajuda, eu conheci alguem que vive do outro lado do continente, via virtual a gente ficou amigo, depois começamos a nos amar, mas hoje ela parece nao querer mais de mim,’eu mim sinto tão so, ela ve as minhas mensagem , mas nao as responde, eu ligo pra ela, mas nao atende pra mim,
estou tao deprimido com o despreso dela,
eu preciso de ajuda, eu amo tanto ela mais que a mim mesmo,
eu mim sinto sem chão, na solidão
e sem direição…..
hoje eu choro……
eu te amo Cristiane….
O importante é a farra.
Não quero ficar preso a sua lembraça, mas meu coração insiste em te ver e minha alma em sonhar com você.
Se uma mudança de atitude for necessária para seguir em frente, sofra, chore,… mas faça o que for preciso para sair do lugar.
Três anos se passaram minha pequena e ainda acordo sonhando com nosso reencontro.
Eu quero seguir, mas meu coração me chama pra você todos os dias.
E me envolvendo com outras pessoas, eu aumentava todas as noites a vastidão do meu sentimento de vazio completo, e cabendo completamente dentro dele, passava a ser um sentimento completo. Naturalmente, pude salientar meu dissabor, por abandonar minha condição de incompleta tristeza, pra uma tristeza que era absoluta.
Eu nunca soube o que as pessoas queriam realmente, nem o que precisavam para se sentirem bem ou feliz. Eu sabia que as queria bem, e simplesmente achava que sabia como fazê-lo. Embora pudesse errar nas decisões, nunca tive más intenções.
É preciso ser leve, ser natural. Se para as coisas mais simples você tem que implorar, se ajoelhar, pedir, gritar, exigir, então não queira mais.
Uma solidão pacífica e sincera, vale mais que mil companhias ilusórias.
Algumas pessoas carregam uma placa de “perigo” sob suas cabeças. Não por serem perigosas como a palavra dá a entender, mas…Por não serem submissas a tudo. Ela era assim. As coisas que viveu, moldaram aquelas características fortes, desenhadas em seus traços suaves e seus abusados 1,60 de altura. Mas quem estava ao seu lado precisaria se acostumar, porque em meio ao equilíbrio, ela desequilibrava, e não havia muito que pudesse dizer que seus olhos profundos não falassem. Ela era de viver com o balanço das ondas, no sopro do vento, sempre com leveza e liberdade. Mas era fatal, nao que fosse capaz de transformar os homens em pedra com um simples olhar de Medusa, mas os desconcertava, e sorrindo, os levava ao chão. O que poucos sabiam é que por trás de toda aquela beleza, havia força para vencer, um coração sensível, e uma gentileza que só os mais privilegiados teriam a chance de provar.
Escrevo sempre que posso, com náuseas ao começar e satisfação ao concluir.
A (…) imperiosa necessidade de culpar os outros (…) é patrimônio específico de corações inferiores.
Tenha fé cega não em sua capacidade para o triunfo, mas no ardor com que o deseja.
O perigo sempre subsiste para o homem em qualquer idade, mas sua ameaça diminui se, desde tenra idade, ele se acostumar a contar apenas com suas próprias forças.
Não comece a escrever sem saber aonde ir. Em um bom conto, as três primeiras linhas têm quase a mesma importância que as três últimas.
Em toda vida eu tive a oportunidade de proporcionar e render grandes momentos, e até felizes, para as pessoas mais importantes pra mim. São coisas as quais eu nunca me arrependo. Mas existe sempre uma falha na equação, e depois de juntar, unir, apoiar tanta gente, no fim de um dia é estranho saber que vai ser sempre eu por eu mesmo.
Segundas chances são oportunidades de repetir o mesmo erro.
O pensamento de que ninguém é totalmente bom nesse mundo vem da premissa de que o mundo já não é bom.
Na verdade, esse nunca foi um mundo de reciprocidade. É algo muito mais próximo de uma grata surpresa do que de um acontecimento normal.
Por que a fraqueza está em quem sente e não em quem abre mão de sentir?
A morte só é um terrível final, quando se viveu uma vida medíocre. Quando vivemos bem, é como se Deus pudesse dizer: “Ótimo espetáculo foi sua vida, mas as cortinas precisam fechar.”
Ficamos com os aplausos.
Só existe caos no caos. A busca por uma ordem, mesmo que necessária, é sempre sem sentido.
As vezes, gostaria de ter uma mente mais supersticiosa, que me deixasse voltado a pensamentos improváveis como se fossem possíveis. Infelizmente uma mentalidade muito lógica inevitavelmente é quase mecânica. A razão é naturalmente mais fria.
A verdadeira virada de chave está na compreensão de que você não terá tempo para fazer tudo. Nós vemos a vida com paciência, e como se tivéssemos todo o tempo, e é importante, mas existe uma diferença entre ser paciente e ficar inerte.
Encare como uma contínua despedida, das pessoas e de si. Todos morremos um pouco em cada dia. Amanhã você será mais velho do que jamais foi, e isso não é para que se assuste, e sim para que se motive. A amar, sentir, viver, dizer a um amigo que ele é importante, aos seus pais que os ama, a seus filhos que fez o melhor que podia.
Todo dia nos despedimos um pouco de tudo e todos, para virarmos lembranças. Se o fim não pode ser evitado, viva uma vida memorável.
Perdi as contas de quantas vezes pensei que morreria.
Mas então raiou o dia
E eu estava de pé outra vez.
“O que é a vida?”
Acredito que essa é uma das poucas perguntas que não há resposta, e que todas as respostas são válidas. 7 bilhões de pessoas pensam a vida, falam sobre ela, opinam… É como estar em um museu com alguém ao lado, observando a mesma pintura, os mesmos detalhes, e ao parar, ambos ficarem com diferentes conclusões.
Como a arte, não existe uma ótica para explicar, mas para se apreciar, e somente isso.
Perde-se o tempo em pensar, quando seria mais prático viver.
Na espera de uma alegria por vir, perdemos constantemente o prazer do agora.
Tenho sido constantemente tragado.
Me sinto um trago,
Um cigarro, desses fortes
Que contaminam o ar na fumaça
Que poluem por milênios com bitucas.
Um trago de bebida amarga
De raízes, de carvalho defumado
Um rum envelhecido e forte
Um whisky puro em dia muito quente.
Um trago de vida, e no vento
Observo atentamente as areias que escorrem.
Os grãos caem talvez mais rápidos
Sim, mais do que de costume.
Entre meus dedos,
Intragável, indiferente, irreversível.
Me sinto o fumo tragado
Um trago de bebida.
Quem me traga não é gente
Não o vejo, porém posso senti-lo
Nos ossos, na pele, no reflexo, no desespero.
Tragado pelo tempo.
Essa manhã eu faltei no café.
Como quem falta a escola, trabalho ou um compromisso do dia.
Falta é o que mais tenho feito, aos outros um pouco menos que a mim mesmo.
As vezes me sinto fino, apagado, desaparecendo aos poucos como a fumaça de um cigarro.
Queria dizer como estou bem, como o sol na janela constantemente me alegra, como as coisas dolorosas não me afetam.
Mas sigo infelizmente muito fiel a verdade, que não me permite compactuar com tantos absurdos.
Escrevo porque quero muito, na quantidade. Escrevo porque quero tanto, na necessidade.
Para que minha existência nunca falte.
Confesso que não defini com clareza o papel da memória.
Muitas vezes uma aliada fiel, e em outras uma ingrata companhia.
Lembrei-me do fogão aceso um pouco antes de sair, imagine o tamanho do estrago se não lembrasse. Dentro de um ônibus lotado, reconheci um rosto familiar, uma amizade da infância que me fez recordar ótimos momentos, e acredito que seria muito fácil não reconhece-lo na correria da vida. Chegando no meu destino, lembrei que precisava passar no mercado, e que antes da meia noite, tinha que felicitar meu tio pelo aniversário.
Uma grande aliada minha, a tal da memória.
Até colocar a cabeça no travesseiro, e ela me recordar alguém do passado, como vinha fazendo todas as noites antes de dormir.
Então me perguntava se a saudosa memória era mesmo uma amiga.
Toda ação natural humana nos guia em direção a viver, e não apenas a existir.
Não busco razão ou motivo para nenhum afastamento que alguém venha a cometer. Motivo implica numa ação da minha parte que justifique a ação da parte de outros.
“Na juventude eu vivenciei todas as coisas que eram possíveis. Tive uma uma vida plenamente incomum. Não me apeguei a pessoas, e conheci muitas delas. Meu envolvimento era superficial, como o de muitos homens. O desejo era carne, de satisfazer o momento. Evitando o compromisso, vi minhas paixões conhecerem outros homens e até casarem com eles, terem filhos, netos e serem felizes. Aqueles eram os filhos que nunca faria, e as famílias que não construiria, e os netos que não buscaria nunca na escola. E hoje é tarde demais para lamentar. Uma pena, uma pena.”
O que o amor significa pra você? Amar não é a pura e simples aceitação dos erros do cônjuge. Amor não é apenas o sentimento da carne, que move e cerca os desejos humanos. O Amor não é definível, é celestial, divino, raramente uma palavra usada só pra agradar alguém, e se assim for usada, banalizado, é um sacrilégio. Não saberia definir, não saberia dizer se já senti ou sentirei. Não saberia explicá – lo, e o fato de não saber é que mostra sua complexidade. Amar está em não compreender o sentimento, se não entende, então provavelmente ama.
Em uma sociedade minimamente sã, todos deveriam ser simples avaliadores de suas próprias ações.
Se sua crença (ou não crença) te torna um ser humano hoje melhor que o de ontem, então siga a vontade de seu coração. Sempre!
Gosto de acreditar que essa voz que me diz: “As coisas vão melhorar” é, na verdade, Deus, e não o meu cérebro me dizendo isso só para me confortar.
Prefiro acreditar que uma força metafísica rege o meu destino. Não sei se eu mesmo teria capacidade para fazer isso.
Tinha o coração dos poetas, a mente dos surrealistas, a coragem dos samurais. Mas a imaginação dos prisioneiros.
As vezes, 90% não é suficiente.
Pessoas sempre fazem o que as convém. De formas diferentes, regras diferentes, mas fazem mesmo assim.
É preciso muita coragem para sonhar os sonhos de outra pessoa junto com ela.
Beleza sem conteúdo pode ser considerada a maior das tragédias humanas. É como se a mais delicada e bela rosa de um jardim carente de tais atributos, não possuísse perfume. Sua beleza não cativa como antes.
Não somos o reflexo de nossos pecados, mas os pecados são reflexos nossos. E por isso podem ser revogados.
Já imaginou qual o limite do carinho? Um homem, 22h da noite num ônibus lotado, protege o seu buquê de flores de um terrível fim: ser amassado pelo vaivém cotidiano dos engravatados, dos bem-arrumados e dos nem tão bem-arrumados assim. Ele desce da condução e corre loucamente pra casa, esquece o cansaço de um dia inteiro de trabalho, abre a porta e encontra sua namorada arrumando a mesa do jantar.
Ele esquece suas preocupações, seu dia difícil, porque ali, nos braços de quem ama, ele encontrou o seu pedacinho diário do paraíso. As histórias de pessoas comuns, suas vidas simples e sem a mesma emoção de um dublê de cinema, esconde uma beleza muito sutil e calorosa.
ORAÇÃO DO CAFÉ
Ó glorioso café! Sua importância é subestimada. Sem você o mundo não gira, os pais não amariam seus filhos, o operário viveria no ócio.
Nações não se levantariam, as colheitas não cresceriam, os dias seriam chatos e sem nenhuma perspectiva.
Tu és a verdadeira semente dos deuses, e um dia reconhecerão ainda mais o seu valor.
Obrigado Deus, pelo café de cada dia.
CHAT
A resposta veio certeira, após tempos de certo silêncio. Cercados de bons papos e grandes notícias, o silêncio tomara formas “corpóreas”, quase que envenenando o prazer que havia numa bela resenha antiga. Os minutos se passavam, e o único medo era que chegasse a morte do assunto, o fio único da sutileza que se perdia entre as palavras.
De certa forma, me sentia incomodando, e cada vez menos fazia parte daquele pedacinho de mundo tão caprichosamente aconchegante. E aos poucos, o pesado “boa noite”, seguido por “durma bem” , enterraram momentaneamente aquele belo momento.
MOÇA
Desfila, moça
O mundo aguarda
O teu passar,
No amanhecer.
Caminha, moça
Com teu sorriso
A bailar,
No entardecer.
Feliz quem sente,
Sua presença
Coisa intensa,
Que trás o anoitecer.
Sorria e torça
Por essa moça,
Felicidade
No alvorecer.
Para o desejar, criou – se o espaço.
O Laço, o nó do embaraço.
Para o bem querer, criou – se o mar.
Sóbrio, tênue à vagar.
Para o sonho, criou – se o ar.
Essência da vida, o mundo a cantar.
Para o carinho, criou – se o chão.
União dos sentidos, pousar da canção.
E para o amor, criou – se um alguém.
Misterioso, sereno, quando vem se dispersa, se move depressa, conversa.
Quando ama, não quer mais ninguém.
Tudo que há, mais do que um ato de amor, foi criado.
Criado, vibrante, brilhante, apaixonado.
Fui muito paciente nos momentos de insegurança e medo, e ainda mais nos momentos de paz e sobriedade.
Esses sim, casualmente tornavam – se momentos perigosos.
Se em vida um homem perde a ação do carinho, compaixão, respeito, amor e lealdade, então ele já está morto.
Tornei – me suscetível aos adornos da amizade. Quando das dores não tomo posse, e absorvo apenas a palavra amiga, a mão da ajuda, o alento ao desesperado. Acho que ter e ser amigo, é desconhecer os motivos pelos quais a felicidade do outro nos faz radiante. É ser feliz sem preço, apenas com um pagamento nunca parcelado. Um sorriso de amigo!
Pra mim, escrever é como um cantor que tem a oportunidade de soltar sua voz. Eu solto minhas palavras, e poucas coisas podem ser descritas com tamanho prazer. O conhecimento é sem dúvidas, a elevação do estado humano para um algo mais.
Não vou prometer muita coisa. Prometo apenas que no frio não vai faltar aquele café, no calor sempre terá aquela gelada. Uma série de filmes que eu acho absolutamente incríveis, mas que você provavelmente vai odiar (principalmente por serem longos). Prometo também ser o ouvido quando precisar falar, e ainda mais a voz quando precisar de conselhos. Serei riso na tristeza, e ainda mais na alegria. Até me aventurar na cozinha, mesmo que a preguiça domine minhas ações.
E não me leve a mal, eu não sou de ver filmes românticos, mas eventualmente eu posso sair pra ir ao banheiro, porque olho cheio d ‘ água não fica legal. Enfim, pretendo ser tudo aquilo que precisarmos para adicionar um “pra sempre” em cada segundo de nossas vidas.
Não é preciso estar amando ou apaixonado, para falar do sentimento. O amor das pessoas ao redor também inspira. Um casal de idosos morrendo de rir numa praça lotada. Dois adolescentes que não se desgrudam, ainda não sabem dos desafios por vir. A inocência de uma criança, que vê gentileza no simples ato de presentear a outra com uma flor. Amor não precisa estar, e sim, precisa ser! Sendo amor, todas as expressões da alma tornam-se palpáveis e reais.
Uma mulher nos encanta pelo o que mostra de menos. Quando somos instigados a desvendar sua natureza olhando em seu olhos, buscando traços da assinatura carimbada em seu ser.
O mais belo texto do mundo é aquele que começa com “era uma vez”, e ainda não terminou. Porque a cada dia um novo parágrafo é adicionado, lentamente, pacífico, até que o “felizes para sempre” não se faça tão necessário assim.
Embora sempre estivesse a espereita de uma nova chance, não ousava perder o compasso. Sua mãe sempre dizia que a pessoa certa chega na hora certa, e nunca antes disso. Era sábado à noite, momento em que surpresas tomam a ousadia de surgirem. Ela pediu duas geladas, com pouca espuma, em copos grandes, pra recuperar a semana puxada no trabalho. “Dois copos? Ah, desculpa. Te olhei de longe e imaginei que estivesse sozinha.” Disse o rapaz que se aproximou da bancada do bar.
“Hum, que nada, esse daqui é seu. Te vi me olhando de longe, sua timidez não te deixou vir até mim, então pretendia ir até você.”
Valeu as risadas, o concelho de mãe, a chance dada para algo novo e quem sabe até, especial.
Paramos de insistir quando percebemos as noites mal dormidas, enquanto a outra pessoa dorme muito bem.
Um sapato 36 nunca vai ser suficiente pra um pé 41. Você tem amor demais pra dar e tem gente que é pequena demais pra receber.
Todo ser humano já quis viver numa foto. Sinal de que a lembrança importou, e que poderia ser revivida mil vezes e sempre seria como a primeira vez.
“Meu maior erro foi oferecer uma vida que julgava perfeita, quando o perfeito na vida está nos erros, nas imperfeições. Ofereci algo sem o peso, sem consequências, e esqueci que são essas consequências que nos dão o medo e a coragem pra arriscar todas as boas cartas que temos na mão.”
Ela pausou seu pensamento dito, olhou menos para o chão, como de costume, mais para os olhos. Decidiu que aquela mochila de arrependimentos não poderia ser o seu fardo e escolheu largar. Ele que nunca gostou de carregar peso, só se aproximou com mais um passo. “Perder tempo pra que né?”. O beijo trouxe todas as palavras não ditas, antes mesmo da cerveja esquentar. Ganhariam e perderiam tempo juntos, nas filas, nas praças, no ônibus.
Ela era uma verdadeira injeção de adrenalina em sua rotina. Ele, tão tranquilo, tentava se enquadrar em tamanha energia. Os opostos realmente se atraíam, uma de mão de tinta colorida em seu mundo acinzentado. Talvez um pouco cansado de esperar a pessoa certa, ela resolveu aparecer quando não se esperava muitas surpresas da vida, adicionando uma pitada de vida nas surpresas, nos beijos, nos olhares. Mais que o amor dos mais velhos que se amavam, havia promessa de compreensão, de carinho no penar dos dias ingratos. Preciosidade na vida do rapaz de fala macia, suave e tranquila, envolvida na ferocidade enérgica dos olhares que o deixavam inquieto. Aquela era certeza de que ela era sua tempestade enrolada na paz, e ele sua paz no meio de um tufão. Equilíbrios dos opostos.
No lar dos poetas da música, caía a chuva da angústia. Saudosa Lapa, de histórias incontáveis, a espreita, pronta pra escrever mais uma. Entre os pesares de Cartola e humor negro de Bezerra, uma à uma, tocavam os sambas que serviam como trilha sonora de sua vida. A cada gole de cerveja, ele pensava profundamente na inexpressiva forma da vida de agir para com ele. Até que entre “Não deixe o samba morrer” e outro gole profundo, ouviu uma chamada, quase que uma convocação: “tem samba que se dança juntinho. Tá afim?” Chegou a moça, certeira, sabia o que dizer e o que queria dele. A tão inexpressiva vida mudou seu tom, prometendo que o samba não morreria, assim como na música. Era samba pra gente sambar, juntos, por que não?
Em uma incomum noite chuvosa e tempestuosa, encontraram – se de baixo de uma velha marquise de um antigo banco. Sorriam ao demonstrar seus ardentes sentimentos, envoltos em olhares de amor e prazer. Suas vontades não podiam esperar, nem mesmo diante da torrencial chuva que caía. Desses amantes ouvíamos as juras eternas, palavras de deleite, estupor e desejos sóbrios, sombrios e latentes. Menções luxuriosas de mentes nada confusas sobre o que sentem. O apego tornou-se o ardente desejo do ser.
“Situações desesperadas pedem medidas pensadas”, disse o rapaz contrariando a versão original do ditado popular. Mesmo com a camisa branca com resquícios de ketchup, a moça ria descontroladamente das medidas nada pensadas, desesperadas e desajeitadas que aquele garoto utilizava para resolver o problema.
Depois de mil e uma fórmulas químicas que ele havia tentado, o resultado final foi uma camisa bem manchada, risos e um brinde a momentos estranhos e únicos como esse.
Molho de tomate era capaz de criar situações “apaixonantemente” hilárias.
Deuses criam mundos, feras e homens, naturezas de incalculáveis belezas. A nós, coube a criação da arte, poesia, beleza e paixão.
Deuses e homens são criadores de lindas histórias, cada um com suas particularidades.
Muitas vezes, elevamos o pensamento até a reflexão. E ela nos alcança em lugares improváveis, até. Certa vez, estava eu em um ônibus vazio, avistei dois casais. Um era formado por dois jovens que pareciam ter brigado, e o outro era de dois idosos que pareciam estar juntos a décadas. Notava-se ali a voracidade do tempo. A beleza efêmera e passageira, em mãos um pouquinho enrugadas e cuidadosas que seguravam uma a outra, se dispuseram assim por todos os anos de suas vidas. Os jovens notaram aquilo, se olharam e mantiveram silêncio. E mesmo assim a mensagem parecia ter alcançado o coração.
As coisas de momento passam, mas sempre terminariam ali, como aquele casal de idosos que ainda se namoravam como na primeira vez.
Do amor espero muito e tanto
Do ardor espero o mesmo e parto.
Da ida espero o mesmo encanto,
Na volta espero o mesmo afago.
Do olhar espero o seu encontro,
Do riso espero o seu retrato.
Das mãos espero o mesmo toque,
Da boca espero o embaraço.
Nascido da mesma vontade,
Que bate e não se aguenta
Que invade o mesmo peito e parte
O embate que na vida aumenta.
Espere, ó bem, o meu resgate
Ao sol que luz da vida trás,
O amor se torna um desastre
Se não são dois corações iguais.
Dedicava-se plenamente ao seu ofício como sapateiro. Certa vez, levou trabalho para casa. Um pequeno pote com graxa e um par de sapatos velhos, que desesperadamente imploravam por um brilho, e se possível, solas novas. “Só o seu café quentinho pra anular esse cheiro de graxa”, disse ele, usando uma indireta, jogando um verde.
Ela veio da cozinha, seus passos lentos, pés cansados que se arrastavam, relatos auditivos que evidenciavam a passagem do tempo. No topo de sua cabeça, uma coroa de cabelos brancos.
Décadas de uma mistura nada convencional, que envolvia graxa, café, antigos sapatos e sorrisos que sempre foram exemplos do amor e companheirismo.
Apesar de todos os anos que passaram juntos, a moça ainda se impressionava com a atitude que o rapaz tinha para tomar decisões. Sem conhecer os lugares, sua determinação o levava do Oiapoque ao Chuí só para realizar os sonhos de ambos.
“Você não tem medo de acabar se perdendo nessas viagens de trabalho?”, ela sempre o questionava, triste na despedida, vendo-o abrir a porta e partindo pela centésima vez, de costas e com ombros pesados por saber que era seu dever. Ele parou na porta, olhou para trás sorrindo e disse: “Você vai estar de braços abertos me esperando?”
Sem pestanejar respondeu: “sempre e pra sempre”. Aquele rapaz olhou novamente pra frente, e antes de ir ele falou: “então mesmo que por instinto, perdido ou não, volto pra você”.
E partiu…
Do sol
E da luz que arde,
Parti pra viver da arte.
Da lua
Que vieste encher,
Parti para poder te ver.
Da chuva
Que há de me molhar,
Parti pra poder amar.
Do inverno
Que o frio trás,
Parti procurando mais.
Da moça
Que pouco vi,
Pouco falei
Então parti.
Sonhar acordado, luxo de poucos, mas uma realidade alcançável para os que tinham sede de realizações. Dedicava-se plenamente aos seus afazeres, e através de seu sonho de se formar, estudava a níveis que beiravam a loucura, veja só. Em 2/3 do dia, seu ambiente eram as paredes sufocantes do quarto, livros-cordilheiras cruzavam a visão até onde ela podia alcançar. Mas em um curto período, haviam pequenos e curtos momentos em que olhava pela janela e imaginava todas as viagens, sonhos, e velhos desejos que seu esforço transformaria em realidade.
Inevitavelmente, seria frio, confuso, e até se sentiria preso em sua própria prisão particular.
Mas como a flor de Drummond, insistiu, cresceu, furou o asfalto e encontrou a luz do dia.
Um homem muito rico, no fim de expediente de sua empresa, desceu para a praça que havia bem de frente ao prédio onde trabalhava.
Avistou um rapaz que estava olhando para o chão, de forma pensativa e com um largo sorriso (provavelmente resultado de seus pensamentos).
Sentou – se ao lado dele e disse: “Eu nasci pobre. Desejei por toda minha vida a fortuna de outros homens, a imagem que carregavam, seus carros e mansões. Eu queria tudo aquilo. Hoje eu possuo tudo e muito mais, tudo que carregue um cifrão escrito “vende-se” eu posso ter. E em todos esses anos eu nunca sorri como você sorriu pensando na vida.” O rapaz, meio surpreso por tudo que foi dito pelo homem desconhecido, respondeu: “Eu nasci pobre também, não enriqueci e nem conquistei tudo que gostaria de ter conquistado. Mas sorri pela gratidão de tudo o que conquistei. Sorri por lembrar da minha esposa em casa, dos meus filhos na escola, sorri pelo teto sob a cabeça de todos eles nos dias frios e chuvosos, e até pela piscina de plástico nos dias quentes. O beijo de quem se ama, o abraço de alguém importante, e as pequenas conquistas são motivos para se viver.”
O empresário olhou para ele e disse: “No fim das contas, você é muito mais rico do que que eu”.
Sorriram juntos, conversaram por mais algum tempo, e numa despedida amigável, ele se foi…
Ela é fogo, ele é gelo.
Curtia seus dias dançando sob a lua, no anoitecer e nas madrugadas. Sempre que possível, festas faziam parte de sua tabela de planejamentos. Enquanto ele pouco saía. Gostava de seus livros, da sua própria bagunça e pensamentos escritos em bolas de papel na lixeira. Certa vez, ele foi até um barzinho que tocava Raúl, Paralamas e outras músicas que gostava. Levantou – se até a máquina e escolheu um música.
“Eu amo Engenheiros do Havaii”, a voz dela por trás de suas costas, segurando uma moeda (imagino que para utilizar a máquina também) . Sem muita reação, ele confirmou o mesmo.
Após horas de conversa leve e noções sobre o gosto musical, o rapaz que vivia em sua caverna e a moça das baladas e luzes de neon, dançaram juntos.
Fogo e gelo, provaram que os opostos se atraem, de fato.
“Eu acho que isso é ilegal, podemos até ser presos”, disse a moça preocupada com o que poderia acontecer caso os dois entrassem na fonte que ficava bem no meio da praça da cidade em um frio de 15°.
Cuidadosamente, ela calculava o peso das ações, enquanto ele era completamente desprovido de juízo.
“Amor, nesse momento eu sou a lei. Se não pular, serei o jure, e logo em seguida o executor, porque eu mesmo vou te jogar aí dentro”.
Ela gargalhou alto. “Não me desafie”, disse ele. Ambos pularam, riram e se beijaram. Cúmplices de um “crime” quase perfeito. Que seria eternamente lembrado graças ao frio que sentiram assim que saíram da água.
Existem 3 tipos de poetas, e embora pareçam semelhantes, não se confunda.
O primeiro é o de café e cigarro, normalmente escreve sobre a beleza da vida em melancolia, o que há de sublime no ar sombrio da vida.
O outro seria o de bebida e cigarro. Esses costumam escrever através de suas visões realistas sobre as dificuldades, problemas, e mazelas que enfrentam, mas utilizando um tom cômico, o famoso “rir da própria desgraça”.
E por último, os apaixonados. Ah, esses são um problema em particular. Normalmente só podem ser entendidos por aqueles que passam pela mesma situação, ou todas as palavras soam como melosas e desnecessárias.
“A alma da poesia só é captada por quem lê, quando o mesmo coloca – se no lugar de quem escreve.”
Deitados sob o sofá – cama, assistindo um filme de velho oeste, ele se vira para a direção dela e subitamente diz: “eu vou te amar para sempre!”.
Ela franziu as sobrancelhas e disse: “Jura? Não sei não, as pessoas sempre dizem isso e até falam de um amor para até depois da vida, mas aí terminam e dizem coisas como: “tô livre na pista!” Então faz assim, diz que me ama todos os dias, e a gente vai se amando até quando a vida quiser”.
O rapaz olhou, primeiro espantado, depois rindo e disse: “Você é meio paranóica né?”
Ambos caíram na gargalhada até que ela falou: “Ok, eu me rendo. Vou te amar pra sempre também!”
E assim o “para sempre” foi feito.
“Sabe que eu gostaria muito de viajar contigo, mas eu tenho tanta coisa pra resolver”.
Ela costumava estar muito ocupada com suas tarefas cotidianas, odiava não cumprir essas tarefas. Ele, por outro lado, havia entendido que na vida, certas coisas valem o risco de uma aventura. Veio até ela é disse:” Amor, eu sabia que essa ia ser sua resposta, então eu meio que já tinha feito sua mala. Só por 1 semana, joga essa preocupação fora e faça algumas loucuras comigo, que tal?”.
A moça, pensativa, coloca as mãos na cintura e responde: “Que droga! Acho bom ter colocado minhas melhores roupas nessa mala”. Então tudo tornou-se um misto de risos, beijos e muita pressa, já que o avião iria decolar na hora exata.
Sentado em um banco de praça, um senhor de oitenta e tantos anos, faz o que fazia rotineiramente. Alimentando pássaros com migalhas de pão, ele recebe uma visita. Um homem de meia idade, usando um terno cinza, senta – se ao lado dele e diz: “Sr Antônio, como tem vivido sua vida?”
Estranhando o fato de aquele homem o chamar pelo nome, de certa forma ele sabia quem era. “Eu vivi plenamente pelas últimas 8 décadas. Levo no coração os amigos mais leais, o grande amor da minha vida, que já se foi, mas juntamente comigo, construiu uma grande família. Meus filhos estão todos bem, e meus netos igualmente.”
O homem de terno o questiona: “O senhor não parece assustado em me ver.”
E ele respondeu: “Estou a 10 anos longe da pessoa que mais amei na vida. Vivi a vida do meu jeito, e vou partir do meu jeito. Agora posso vê-la, novamente.”
O homem espantado, sorri, estende sua mão e diz: “Assim espero e torço, senhor.”
E se foi.
Amor não pode ser confundido com paixão.
Veja bem, quando o amor é correspondido, a pessoa fica mais leve, espalha amor por aí, sorri, torna-se o ápice da “inconsciência” humana. Nada mais à preocupa, ela não sofre, está no céu.
Quando uma paixão é correspondida, todas as sinapses nervosas se ativam, ardentes, nosso imaginário é capaz de criar os mais impressionantes e lascivos atos que duas pessoas poderiam cometer.
A paixão age num coração desprendido,
Mas só um novo amor cura um coração que por outro amor tenha sido ferido.
Existe magia no amor e explosão na paixão.
Entender os sentimentos tem sido a grande odisséia humana.
Era uma mulher de revirar todos os pontos de equilíbrio existentes.
O abalava de tal forma, que se sentia nocauteado por um peso-pesado. Sua beleza era um disparate, seu intelecto descompassava um jovem coração inexperiente. Certa vez ela surgiu absolutamente do nada, dizendo: “ei, hoje eu tô em casa. Aviso que não vou aceitar um não como resposta, então seria sábio da sua parte se dissesse sim para o meu convite para o cinema.”
Apesar de jovem, não era tolo de recusar. Uma moça de olhos que devoravam a alma dos homens, cabelos selvagens como o fogo que incendiava florestas inteiras, e lábios brilhantes e de cor escarlate, intensos como a mais explosiva e ameaçadora das estrelas. “Claro que eu topo”, disse ele.
Sábia palavras, garoto. Sábias palavras…
Depois de 1 hora plantada naquele baile de formatura, ela já pensava em ir embora, achando que estava sendo completamente ignorada. Apesar de possuir uma beleza ímpar, desconfiava de seus próprios atributos, e quase nunca sentia-se com a confiança que deveria possuir.
O rapaz, vestindo um belo terno cinza, atravessa o salão em sua direção, sua postura revelava imponência e suavidade, dizendo: “Ei, desculpa pela falta de coragem dos meus amigos. Acho que sua beleza travou todos eles. Mas arrisco ouvir um “não” se vc não quiser dançar. Acho o risco bem válido.” Ele diz sorrindo, estendendo a mão para ela.
“Então seria você o cavaleiro de armadura reluzente à me salvar?” Ela diz. E sorrindo ele responde: “Eu posso arranjar uma armadura se aceitar o convite.”
Ambos riram da situação, dançaram por toda a noite, muita inovação nas histórias de amor que tomariam rumo a partir daquilo.
Depois de 1 hora plantada naquele baile de formatura, ela já pensava em ir embora, achando que estava sendo completamente ignorada. Apesar de possuir uma beleza ímpar, desconfiava de seus próprios atributos, e quase nunca sentia-se com a confiança que deveria possuir.
O rapaz, vestindo um belo terno cinza, atravessa o salão em sua direção, sua postura revelava imponência e suavidade, dizendo: “Ei, desculpa pela falta de coragem dos meus amigos. Acho que sua beleza travou todos eles. Mas arrisco ouvir um “não” se vc não quiser dançar. Acho o risco bem válido.” Ele diz sorrindo, estendendo a mão para ela.
“Então seria você o cavaleiro de armadura reluzente à me salvar?” Ela diz. E sorrindo ele responde: “Eu posso arranjar uma armadura se aceitar o convite.”
Ambos riram da situação, dançaram por toda a noite, muita inovação nas histórias de amor que tomariam rumo a partir daquilo.
Fazia um frio assombroso naquela madrugada. A janela, borrada pela neblina, e gotas de água que escorriam, revelavam o quanto era difícil sair de baixo das três camadas de edredom, e da única camada de abraço que vinha exatamente dela.
5:00 da manhã e o dever o chamava.
“Sério, amor. O frio já é desmotivante, se você não me deixar ir, eu não vou poder trabalhar.” Disse ele, que em sua mente confinou o desejo de permanecer ali, naquele abraço angelical.
Ela abre apenas um olho, cara de sono e responde: “Relaxa, hoje é domingo. Você esqueceu de desligar o despertador de novo”.
“Graças a Deus”, ele pensou. Seria um pecado deixar ela sozinha na cama fria, isso o preocupava mais do que um dia de serviço perdido.
Não era o mais comum dos cenários. Eu estive sozinho a maior parte do tempo, e quando não estava sozinho, estava repleto de companhias. Embora as vezes fosse extremamente interessante para outros, nem sempre era para mim. Mas eu era muito bem acostumado a monotonia. Porém, você não ligava para isso. Você queria mexer em tudo! Revirando do avesso todas as certezas, me fazendo querer ver todos os dias o mesmo rosto ao meu lado quando abrisse os olhos, e o mesmo sorriso depois das minhas piadas. E enquanto o tempo passava eu percebia que não era sobre os dias de liberdade que eu tinha vivido até então, mas era sobre os dias com a pessoa certa que faziam com que eu me sentisse realmente livre. Não havia dor, nem nervosismo ou impulso. Só havia o momento.
Existe uma lenda que diz que quando não conseguimos dormir a noite, é porque estamos acordados no sonho de outra pessoa.
Me perguntava se todas essas noites mal dormidas eram você sonhando, se seria apenas a insônia, um dos muitos problemas que já tinha. Me perguntava se seria sempre tudo desse jeito. Mas sempre tirava o melhor proveito das pernoites, imaginando se você não dormia quando a situação era contrária.
Faltava alguma coisa, algum detalhe inacabado, isso me saltava o coração, arranhava as paredes da mente. Talvez a madrugada seja pra pensar, e não para dormir.
As coisas vem com um propósito, vão por algum motivo e o que fica é apenas o essencial.
O ser humano nasce sem saber andar, e se esforça até os limites para aprender. Quando chega no objetivo, ele ignora todo o milagre da ação, toda engenhosidade existente naquilo. Até que envelhece e novamente não consegue andar. Damos mais valor às coisas quando não as temos. Ao conquistar, elas perdem o valor, até perdermos novamente.
A ausência de felicidade nem sempre significa a presença de tristeza, as vezes, é só ausência de felicidade. É não saber o que se é.
Já fui a base de tantos edifícios alheios, de tantos problemas que não me pertenciam. Até perceber que ninguém se projetava da mesma forma, então por que tanto esforço? As vezes é melhor que cada um se resolva sem sua mão interferindo para ser agradecida ou culpada.
As vezes, o salto não dado é pior do que o salto que quebra nossas pernas.
Se, antes, dependíamos da grande mídia para aumentar o alcance da marca, agora, dependemos de boas ideias.
Na verdade, me surpreendo mais quando as coisas dão certo do que quando dão errado.
É preciso resolver as ausências, porque a vida se resume em ausências. O frio é ausência de calor, a morte é ausência de vida. Mas antes de mais nada, o ódio é ausência de amor. Temos que lidar com as coisas importantes que nos faltam, para não vivermos dos restos.
O ser humano é mutável,
Por que não seria?
Por que ser a mesma casca impenetrável,
A cortina fina entre o que devemos e o que podemos ser.
Por que não seria amável?
Por que não seria gentil?
O que vivemos, o que passamos, enfim…
Levamos conosco, enrolamos numa mochila, escrevemos no teto, nas paredes.
Mas isso não nos define.
Por que definiria?
Por que não ser algo melhor do que fui ontem?
Mesmo se chover, mesmo se nevar, mesmo se o café não estiver acompanhado de nada pelos próximos 10 anos. Por que lamentar?
Por que o lamento?
É mais fácil entender, compreender que tudo é posse do tempo, mas quem dirige, escreve e corrige o momento, é você.
Algumas palavras são tão fortes que ao serem ditas de forma banal, deveria ser considerado pecado.
A melhor parte do meu dia é quando eu não preciso lidar com as pessoas. Quando não preciso responder perguntas, nem encarar os olhos piedosos. Esse momento que eu passo pela porta, sento na cadeira e sou só eu. Apenas eu, e nada mais.
E agora, entre pessoas aparentemente bem, e totalmente normais aos olhos, deixamos de enxergar o quanto estão sentimentalmente traumatizadas e fragilizadas. Elas temem que os piores filmes se repitam, evitando o início por medo do fim.
É um erro pensar que só porque algo nos agrada, esse algo não desagrada o senso comum. Nossa mente está habituada a tomar coisas que consideramos boas como uma verdade, simplesmente para satisfazer nossa carne e pensamentos.
Não é sobre como começamos, mas sobre como encerramos. Quando paramos com o “tudo bem” e entendemos que o “basta!”, é sim uma necessidade que impede a loucura.
As pessoas se aproximam e se afastam como lhes convém. Não seja deselegante de ficar onde não o querem ou só quando querem. Opte por ser elegantemente ausente.
Era noite de domingo, e normalmente, como todas as noites do fim de uma semana, eu costumava ligar. Mas em certo momento parei. Parei de fazer o que quase sempre fazia, e de ser quem era. Sabia que para ser novo, tinha que me renovar, e pra isso, mudar as aberrações que haviam entre nós. Era aberrante ser teu, e ainda sim ser só. Era anômalo só o respirar da minha própria insignificância. E eu sabia a todo momento que havia trilhado o caminho que sempre me recusei, e desviei. O sentimento era uma fobia do escuro, e de estar sempre sozinho nele. Das muitas formas de tornar-se um escravo, escolhi a mais brutal, aquela que maltrata a mente como uma corrente de elos invisíveis. Mas a ira de um bom homem pode ter um uso melhor, e resolvi escrever a próprio punho minha carta de alforria. Agora você é alguém no mundo. Nada de especial, ou diferente. Era só mais um rosto entre os milhares que vi e ainda veria, até o derradeiro fim, quando justamente me torna-se pó dessa terra como todos os outros que viriam.
Parede
Era minha grande oportunidade. Acho que os pintores ao verem uma tela vazia e sem forma devem pensar assim. Existem mil possibilidades numa folha em branco. Um coração limpo é um coração esperando para ganhar forma. Foi o que eu pensei. Passei a vida inteira em casas sem quadros, paredes brancas, disformes e sem vida. Nunca pensava em como poderia dar um pouco mais de brilhantismo para aqueles cômodos. Nunca sabia como dar esse mesmo brilhantismo para minha própria vida. Tinha o pincel, a tinta, e nenhuma habilidade. Mas quem diria que minha notável habilidade de ser inapto a quase tudo teria um sentido. Naquela noite eu já esperava por outra fatia de sono, outro pedaço de vida que ia embora sem ninguém evitar.
E então você me ligou.
Eu nunca tinha as respostas na hora exata, a menos que estivesse preparado para a pergunta, nunca respondia no mesmo dia. No dia seguinte minha mente descansada sabia tudo que deveria dizer. Então se eu vier a te confundir, se tiver uma dúvida, se isso te incomodar…
Me pergunte amanhã.
Eu não sou o alvo que a felicidade acerta, sou a árvore que ela contorna.
As 19:00 eu não era ninguém. Talvez nem tivesse essa pretensão. Até ali eu sempre estive sozinho, meus livros, bebidas e pensamentos. Quando bateu 20:00 eu ouvi uma voz, como quem chama em sussurros, e convida através de um buraco na fechadura da porta. Curioso e sozinho eu atendi. As 21:00 eu te vi pela primeira vez. Mas apesar de muito explícito o que você pensava, talvez o comodismo de estar sempre só não me permitia sair naquela noite. O relógio soou às 22:00 e eu resolvi apostar. Estava tão linda, e sua gentileza e bondade enrolados num sorriso mexeram com algo que eu não sabia que tinha, ou que era capaz de sentir. 23:00 e a noite era nossa! A música, a dança, fitei a felicidade como nunca antes na minha vida. 00:00! “Faça um pedido”, nos beijamos. Talvez ele tenha se concretizado rápido. As vezes essa é a sorte de uma vida. Como uma moeda da sorte. Não mais contei as horas, só queria estar ali pra sempre.
Não seja as curvas da confusão. Seja o caminho para a felicidade.
As vezes cumprimos certos “sacrifícios” dignos de um super herói. Infelizmente jamais entrarão no conhecimento de todos. O único expectador dos meus feitos, sou eu.
Por que me iludir com a possibilidade do amanhã? O próximo dia é uma dúvida, você pode simplesmente machucar o dedo e ter uma morte extremamente ridícula. Seja intenso agora! Ame, erre, se apaixone, se desprenda. Dê sentido a uma vida finita.
Nada dá mais sentido a uma existência do que o medo. O homem temente a morte, valoriza sua família. Quando tem medo da solidão, valoriza sua companheira. Quando tem medo do escuro, um único fio de luz na janela é o seu farol. A essência da existência do homem, são os seus temores.
Sempre existiu uma valorização maior do êxito, e não do esforço empregado apesar do êxito não alcançado. O homem prega a vitória, e descaracteriza o percurso até aquele ponto.
A mortalidade é um fardo, e um alívio.
Você só está bêbado se notarem.
Tenho mil coisas no coração que provavelmente apodrecerão com ele no final. Tudo que senti, foi unicamente e exclusivamente meu.
Esses dias, me vi imaginando infinitas possibilidades. Vi mais possibilidades do que achei que podia. E em todas elas, era colorido. Eu que sempre enxerguei tudo em preto e branco, vagando mais do que vivendo, me senti renovado ao ver aquele sol descendo no final do mundo, nos aplaudindo sentados na areia e descobrindo a sorte de esbarrar um no outro por essa vida tão tortuosa.
Minha felicidade passa, como um flash de câmera antiga.
Aceitei que é melhor colecionar dores e não amores. As muitas dores ensinam, mas amor eu só espero viver um.
E tudo era como as páginas de um livro escrito a lápis. Um livro imóvel, parado, recebendo chuva de poeira. Suas letras se apagando aos poucos, lentamente, até que ele não tenha significado nenhum, nem mesmo saibam que aquilo um dia foi um livro.
A palavra de ordem sempre foi a “parcimônia”. A medida certa de tudo que tá disposto a dar e fazer por alguém. Sempre amar na mesma medida, e responder o carinho na mesma quantidade. É impossível ser feliz quando é o único que se doa ao máximo.
Então, antes viver sem esperar, ou planejar ou se envolver em todas as ideias que a mente projeta.
As coisas se resumem tanto nisso.
Se você for lá, e produzir no seu imaginário um amontoado de situações incríveis, mesmo que um passeio na praia, uma prisão domiciliar com filme e pipoca, ou até uma taça de vinho na varanda, tudo acaba sendo realizado ao contrário. Como uma chuva na praia, um filme sozinho, e um vinho que não desce.
E a gente vive fingindo que tem um otimismo inabalável na melhora natural, mas não há melhora e nem sabemos de fato se haverá.
No final é isso aí que você vê. Esfria e esquenta, liga e desliga, uma bola de neve que de forma muito inocente, a gente torce para derreter e revelar algo de bom no interior.
Talvez, se eu tivesse sido um pouco mais corajoso, teria dito para as pessoas o quanto as amava, o quanto eram importantes. O tempo passou, e os sentimentos delas são banais, superficiais e frios. Uma pena…
Os olhos não se modificam. É fácil reconhecer a mesma pessoa depois de 10 anos só pelos olhos. É uma poesia de beleza da vida pensar que embora os cabelos fiquem brancos, a pele enrugada, as mãos trêmulas, o coração fraco, algo em particular não muda. O olhar, essa janela simples, como todas as outras simples janelas que ignoramos durante a vida, serão sempre a conexão mais forte com quem amamos.
Estranho que até um rosto tão familiar, que conhecemos tão bem, com tempo e distância vira mais um entre muitos rostos pela vida. As vezes, até irreconhecíveis.
Existe uma raridade muito particular no amor, que define se ele é eterno, ou só mais um dos muitos “amores” na vida.
Acredito que para namorar, casar, enfim… Para que se chegue nessa decisão, uma pessoa precisa estar tomada por uma vontade, uma decisão profundamente convicta. Não se faz nada por motivos de “se não der certo, eu sigo em frente”, porque existe o outro lado, a outra pessoa, e ela pode não ser tão boa em seguir em frente quanto você é. O emocional não é um jogo.
Se não te faz feliz, siga em frente e procure algo ou alguém que realmente faça.
A morte não tem preconceitos. A cor da pele pouco importa para ela. Só que esqueceram de informar isso aos homens, então por banalidades, a morte tem parecido cada vez mais preconceituosa. Porque não me leve a mal, ela leva o branco sim, mas o negro é de uma recorrência absurda, por motivos mais absurdos ainda. Por que será, Sra Morte?
O que é um prédio em chamas comparado a 400 anos de gerações chicoteadas, queimadas, marcadas, e que quando conseguiram sua liberdade, foram caçados e até mortos de forma que os que estão acima sequer demonstrassem incômodo?
Um país em chamas não pagaria esse prejuízo.
É uma poesia aos olhos. O amor sempre foi, sempre será. É bonito ver as pessoas correrem atrás de presentes, pessoas jovens e até mais velhas. Seria de uma natureza ranzinza e amargurada dizer que isso não nos comove, ou que não trás a beleza da vida em si. É claro que para mim é apenas mais um dia, como foi ontem, como será amanhã. Mas gentilmente eu brindo tudo que é recíproco, e toda beleza natural que rodeia o amor, os gestos, e o carinho eterno de quem ama, e por amor se casa, e vive uma vida junto de quem, independente de idade, sempre será aquela namorada.
Não é uma condição saudável essa de nos prendermos a “como a vida poderia ter sido”, se o que está sob nosso controle é como ela pode ser.
Chegar a ter como primeiro pensamento do dia esse “O que mais agora?”, revela muito sobre os pensamentos cansados que se arrastam em suas fantasias de sorrisos frouxos e olhos sem brilho.
O amor é um deus. Não sinta nenhum tremor religioso com a frase, mas é a verdade. Ele só existe à partir de uma crença inquebrável, uma fé inabalável, e à partir dele se constroem coisas e se destroem também. Ele tem sua contra parte (ódio) como todo deus que se preze. Sua ausência mostra o que há de pior nas pessoas. O amor é uma divindade própria, com suas próprias leis, que nos elevam, e ao não ser presente, revela nossas maiores mazelas.
Lamento morena, desculpa dizer. Não fomos longe como achávamos possível. Planejamos a longo prazo sem resolver as pendências do agora. Lamentamos os lamentos de dois jovens que acreditavam serem vividos ou sábios o bastante para reconhecer e perseverar na verdadeira natureza do amor. Agora somos assim. Indiferentes, frios, distantes como uma estrela que viaja só no espaço gelado. Faltou diálogo, meu bem. Mais do que isso, faltou conexão. Daquelas que a gente olha no olho e sabe que não tá bem, e que reconhece no tom das brincadeiras que o riso é agora frouxo e sem viço. Nessa dor sem fim, o fim veio a galope. Devorou os planos como a personificação da fome, bebeu da nossa pureza como a encarnação da sede, deixando no nosso oásis particular esse Saara de agonia, árido, seco, vazio…
E num piscar de olhos tudo muda. Não entendemos os motivos, o sol se pondo no fim do mar e o escurecer da noite vem. O dia amanheceu triste, nublado, como se despedindo de alguém. Em um mundo tão terrivelmente triste e cinza, teve a sensatez de trazer risos e alegria, amor e serenidade. Serenidade de poucos. Poucos conseguem criar uma base tão bela e profunda nessa terra. Mas existem aqueles que vale à pena conhecer, amar e dedicar uma vida. Será sempre um dia cinza. Em todos anos, todos os momentos e recordações virão à tona. Mas é preciso recordar a grandeza desse alguém que se foi, que na alma levava a marca dos amores que cultivou. Porque suas raízes eram tão grandes que a terra não poderia dar conta, e enraizou-se eternamente em nossos corações.
Em memória do Sr Marcelo.
Pai amoroso, marido dedicado e carinhoso, homem exemplar e ser humano Ímpar.
Descanse na certeza de que aprendemos suas lições.
Aquela figura de bastante idade, virou para mim e disse:
-A dor é inevitável na vida, assim como todos os sentimentos mais complexos e até os mais simples. O ser humano nasceu com o dom de viver e superar. Somos horríveis em evitar, mas bons em superar. E mesmo que a dor venha ao seu encontro, e não saiba como superar, aprenda com ela. Torne-a uma companheira, mas nunca uma amiga. Deixe ela ali, tornando-o mais forte, mas sem permitir que ela tome o controle. Que ela seja o espinho no dedo quando o excesso de coragem tirar sua inteligência, mas que ela nunca seja a rédea que limita seu progresso. Entenda a dor, aceite que ela é sua, e viva em paz consigo.
Um homem que conversa com um cachorro pode até ser uma cena engraçada, mas ali está alguém que tem muito a dizer e ninguém para ouvir. O álcool só deu a coragem.
DE COR
Esse jogo de correr é sem fim
Você corre das contas,
Dos problemas,
De mim.
Foge de tudo
No início
Meio
Fim.
Sabe o que busca e tem medo
Sabe o que quer e não estende a mão.
Destrói tua prosa e teu verso
No medo de outra ingratidão.
Esquece que outrO risco é viável
Abre mão do que há de melhor.
Sozinhos são todos mais livres
Livres, infelizes e só.
Abre os braços e vá de encontro
Desencontro que ata esse nó.
Ser feliz é possível, é palpável
Eu prometo, disso eu sei de cor.
O silêncio, como o falar, também é uma forma de resposta.
Aproveite a presença de quem quer estar contigo. Ame os que te amam, valorize quem te valoriza, respeite quem te respeita.
O mundo é escasso de pessoas que realmente valem à pena. E um dia elas simplesmente partem…
Pessoas ficam no mesmo trabalho por anos, as vezes décadas, somente pelo comodismo. Sentem que não vão arranjar coisa melhor, que não possuem capacidade para serem felizes em outro lugar, e assim o tempo passa. Ah, isso também se aplica ao amor.
Aquele vinho você nunca mais bebeu. Bebia do meu copo, experimentava na minha boca. Agora prefere água, que em nada surpreende o paladar acostumado com o que havia de melhor.
Não é careta ser calculista, não tem nada de errado em pensar antes de agir. As pessoas fazem suas escolhas como se não houvesse amanhã, mas sempre há um amanhã.
Só existe o certo e o errado. Não existe cinza entre o preto e o branco. Alguém que procure brecha moral numa coisa que é logicamente errada, simplesmente procura cobertura para fazer algo que a própria consciência abomina sem que se sinta tão culpada.
A miséria do homem tá no apego. Não existe em nenhum conto de fadas uma maldição maior do que o amor pelas coisas que não podemos amar.
Minha única promessa é que quando me procurar, verá sempre um sorriso no meu rosto. O mundo pode estar desabando, e eu, desacreditado. Nem que eu morra de rir do seu lado, mesmo que não seja tão verdadeiro quanto pareça, ou desabe quando passar pela porta de casa. Me recuso a carregar a tristeza no semblante, porque em algum lugar, posso ser inspiração para alguém. Um espelho trincado na parte de trás ainda pode refletir algo de bom. Te ofereço um sorriso, o que tenho, na esperança de que faça mais diferença para você do que faz para mim.
Um beijo é o maior inimigo das palavras. Ele não somente as corta ao meio, mas também tira o significado de todas elas.
O que é uma gota de tinta? Qual a importância de algo tão pequeno? Algo extremamente sem valor ou praticamente invisível. Mas uma gota de tinta em um terno branco é gritante! Uma aberração! É algo impossível de se ignorar, de fingir que não viu. É a mesma gota “insignificante” e pequena, sem importância até. Não somos diferentes disso. Embora não vejam e as vezes sinta que tenha sua real grandeza desvalorizada, as coisas são apenas um ponto de vista. Saiba quando e como surgir em qualquer cenário, dando as devidas proporções a tudo que se propor a fazer.
A vingança pertence a todos que acreditam merecê-la e suportarem viver com seu fardo.
É auto covardia
É de todas as mentiras
A mais vil
“Sou feliz porque ela tá feliz mesmo com outro.”
Isso é primeiro de Abril.
Somente uma maldade terrível e inominável foi capaz de reunir nações, povos e mentes que tinham total diferença umas das outras em prol do bem comum. É uma infelicidade do homem só segurar a mão dos irmãos quando olhamos o fundo do abismo, e não em momentos melhores.
Minhas convicções me envenenaram. E tudo que era certeza virou dúvida, e dúvidas cortantes, navalhas na mente e na alma. Sucumbindo ao desgaste de sentimentos que deveriam proporcionar mais alegrias que dor.
Você pode ser levado a muitos caminhos através do orgulho. Ser colocado no topo do mundo e descobrir que está só. Nenhum desses caminhos vai até a felicidade.
Você vai andar sob o gume da espada. E enquanto seus pés sangrarem ao corte, todos ao redor se perguntarão os motivos por não estar usando botas, ao invés de se perguntarem o motivo dos gritos. O homem é superfície, e seu coração é uma planície árida.
Mergulhe profundamente dentro de si até que se torne o melhor dos mergulhadores. E então, nunca se afogará nos desenganos de outrem.
Se chegasse meu dia final, se fosse amanhã, partiria orgulhoso. Nunca fui a piscina rasa na qual não se molha nem os pés. Eu fui oceano, profundo em tudo que senti e amei. Intenso na paz e no caos.
Quando as coisas que já foram incômodas, que doíam, acontecem na sua frente e não causam nada, é o alívio mais profundo que sua alma sentirá. É como um espinho que estava preso e um dia simplesmente caiu sozinho.
Era sábado, a noite não era mais quente do que todas as outras noites de outono, e uma brisa sutil, entoava o ritmo das noites boemias.
A Lapa brilhava em seus muitos tons, dos sambistas altivos em seus velhos ritmos que agitavam os bares, até as damas da noite, que satisfaziam corpo e mente dos afortunados ou não.
Era inegável, no entanto, a magia das noites cariocas. Magia essa que levava os mais variáveis públicos até seus braços, os braços da cativante noite envolta em cerveja e no batuque dos pandeiros.
Carlos não era um homem muito diferente de qualquer outro que apreciava a companhia sistemática de ninguém menos que ele mesmo.
Vivendo o que ele viveu e passando o que passou, seu copo e cigarro eram melhores que qualquer papo que tirasse a poeira da rotina, ou ouvir um amigo falando sobre o espetáculo de Garrincha contra o Flamengo no Maracanã.
Ele se sentia bem na sua própria companhia. E normalmente acompanhado de seu inseparável caderno de notas, o qual escrevia seus romances e infortúnios da sobriedade.
Lembrou-se de uma situação que viveu quando tinha seus 23 anos. Amores de juventude normalmente eram indícios de problemas, principalmente se o resultado final era estar sozinho num sábado a noite.
No entanto, Carlos apreciava as memórias de quem fora importante em seu passado.
Angélica foi seu grande amor, provavelmente o maior de todos os amores, motivo de seu sorriso e embriagues.
Conheceram-se na faculdade de jornalismo, sendo ele o aluno de tal curso, enquanto ela cursava medicina veterinária.
Não era diferente de uma típica menina dos anos 60, onde o amor pela natureza e seus animais era o ápice das relações humana.
No entanto, algo havia cativado o coração de Carlos. Ela fazia com que todas ações que pareciam comuns, tomassem formas absurdamente especiais. Ela sorria de forma diferente, e o cumprimentava de forma diferente, sendo simplesmente diferente de todas.
Ele, por outro lado, resguardava a timidez, característica de sua personalidade frágil com relação ao que não compreendia.
Era um rapaz altivo, porém, jovem. Tinha pressa de conhecer e saber as coisas do mundo, garoto suburbano de pais humildes que trabalhavam para que ele pudesse completar os estudos.
Certo dia, no verão de 67, num Brasil onde todas as palavras precisavam ser medidas, desmediu um ato. Decidiu que Angélica não seria mais sua relação do imaginário. Esbarrou quase que propositalmente nela no meio do gramada da Universidade, e disse:
_Perdão! Desculpa mesmo incomodar. É que eu te vejo sempre, e bom… Você nem deve saber quem eu sou, mas…
Prontamente, foi interrompido por ela:
_Você é o Carlos, eu te conheço sim.
E sorriu. Sorriso esse que queimava no coração dele como uma tocha de coragem, um farol entre seus pensamentos de medo da rejeição. Coragem para fazer a tal pergunta:
_Não aceitaria sair? Eu conheço um barzinho legal na Lapa, com viola e cerveja.
Ela aprontou um amplo sorriso, pois percebia o nervosismo do garoto e apesar dos pesares, ele estava ali, tremendo mas com muita coragem em sua tremedeira.
_Vamos! Ela respondeu.
Prontamente se despediram após marcarem o horário de encontro. Era fim de semestre, quando qualquer aula perdida poderia ser prejuízo.
Eram 22:00 da noite, e a Lapa reinava sublime. Era o auge da Bossa de Vinícius e Tom, que ecoava nos ladrilhos históricos, em nuances carnavalescas com o samba raiz que o carioca entoava com um hino.
A alegria dos presentes era visível. Casais dançavam juntos em bares, com suas bebidas. Rapazes em seus ternos polidos e moças em seus vestidos de cores tão diversas, que eram uma atração visual, um Taj Mahal arco-íris.
Ele já estava lá quando ela chegou, havia separado uma mesa pequena para dois, aconchegante o suficiente para equilibrar conversas como vida, amores, futuros projetos e etc…
Ela falava, ele bobo, olhava e admirava como se fosse a própria rainha da Inglaterra que estivesse discursando particularmente para um único súdito.
Era normal. Todo homem apaixonado cria para si a ideia de um momento, um momento que ele vê como algo possível, mas improvável. Ela estar ali, se divertindo com ele era o algo impossível de se imaginário.
Perdeu o controle quando viu que ela sabia seu nome, e perdeu o jogo quando ela aceitou o convite. Estava totalmente entregue.
Dançaram por horas. Entre pausas e danças, fluiu uma pergunta vinda da moça:
_Acha que o amor é pra todos?
Ele ficou sem resposta, de pé, encarando-a. Então disse:
_Acho que tô prestes a descobrir.
Aquele foi o gatilho, o estopim dos muitos sentimento. O amor era o sentimento sublime que construiu a maior parte da filosofia poética, ferindo de morte os corações desavisados, no crepúsculo da inocência que circundava o homem.
Beijaram-se como casais bem mais antigos, como se estivessem juntos a décadas, uma conexão extremamente rara, uma rosa nascida no concreto dos dias ácidos que corroíam a nação.
Mas brotou, com a força dos bárbaros, e a leveza dos artistas.
Já estavam juntos à 3 anos, e em 1970 era ano de Copa Do Mundo. Ele já era um médico iniciante que acabara de receber uma proposta que poderia mudar sua vida completamente.
Seus muitos contatos universitários trouxeram a ímpar oportunidade de um intercâmbio na Universidade de Cambridge, uma das mais renomadas do mundo. E uma oportunidade tão incrível, poderia não ocorrer duas vezes.
Correu até o apartamento que tinham em conjunto, era pequeno, sem muito brilho, mas era dos dois. Aquele pedaço de paraíso como costumavam chamar. Esbaforido, e exausto de tanto correr para chegar e anunciar à sua amada a notícia tão aguardada.
Ela pressentiu e com um sorriso e olhos marejados entendeu o que ele pretendia dizer no momento em que abriu a porta.
_To contigo! Vai viver nosso sonho, amor. Estarei aqui quando voltar.
Arrumaram as malas juntos, e se encaravam, rindo copiosamente da situação. O sonho de um era o sonho do outro. A distância seria vencida no devido tempo e em seus moldes.
Desceram as escadas do apartamento, e em suas alegrias que se misturavam com a festa pelo gol salvador de Jairzinho, partiram para o aeroporto.
O check-in foi feito assim que chegaram.
_Me responda sempre que possível. E use os casacos, lá é inverno.
_Eu sei, amor.
Ele respondeu.
_Assim que chegar eu dou um jeito de falar com você.
Ela assentiu com a cabeça, como quem entendeu.
_Te amo, lembre-se disso antes de dormir e ao acordar. Você é único, é tudo.
Ele não respondeu. Sua solitária lágrima que delicadamente escorreu de seu rosto, seguido de um beijo.
_Você estará comigo em cada momento.
Respondeu olhando repetidamente para trás e dizendo “eu te amo” em sussurros, até entrar no avião. Partindo para o grande momento.
Depois de 1 ano nos Estados Unidos, correspondiam-se com frequencia. Mas naquela manhã fria e de neve, recebeu um telefonema que não esperava. Era seu pai:
_Oi filho. Eu preciso que volte para o Brasil. É a Angélica, ela…
Relutou em dizer.
_Pai, o que aconteceu? -Disse ele assustado.
_Ela… teve um mal súbito, filho. Encontramos ela caída no apartamento. Eu sinto muito, filho. Ela não resistiu.
Soltou o telefone naquele momento, se negava a acreditar, enquanto gritava encolhido no chão da universidade. Nunca imaginara um mundo onde Angélica não estava, e aquilo doía de formas que a morte seria melhor.
Foi para o alojamento e arrumou suas malas com a ajuda dos colegas. Lembrou-se que sua ajudante na última vez que fez aquilo nunca mais o ajudaria. Sentou-se no chuveiro e por meia hora ficou lá. E suas lágrimas confundiam-se com a água que caía, e que por capricho, não escorriam seu sofrimento até o ralo.
Partiu para o Rio de Janeiro no mesmo dia. 12 horas depois, chegou a um Rio que não era semelhante ao que viveu. Chuvoso e frio, como se o céu sangrasse por ela.
Ele negava-se a entrar na igreja onde o corpo era velado. Como crer naquilo? Era ela, a pessoa que mais amava em todo o mundo, e que 3 dias antes havia falado com ele.
Olhou-a distante, de longe, estava linda, uma flor pálida.
Carlos saiu durante o enterro e seguiu até um lugar comum para ele, a Lapa.
Naquela noite não houve samba, não houve músicas e alegria. Era só ele, sua dor e sua lembrança.
“Lembre-se que te amo, quando dormir e ao acordar.”
Lembrou-se disso todos os sábados a noite, por 30 anos, quando ia para o mesmo lugar onde se conheceram. Pedia 2 copos de cerveja e um sempre terminava a noite cheio.
“Realizei nosso sonho, meu amor.”
Ele conheceu outra pessoa, a qual amou e construiu família. Mas nunca amou como aquela a quem amou na juventude. Nunca houve outra Angélica.
Nem as rosas pouco falantes de Cartola expressavam sua dor eterna, tão eterna quanto seu amor e gratidão.
Eu abriria mão de todas as homenagens que poderia receber depois da morte por um “eu te amo” realmente sincero em vida. As pessoas esperam demais pelas coisas que não são, até que realmente deixam de ser.
Saber viver é abrir mão do que um dia te fez feliz porque essa coisa hoje lhe faz mal. A vida é um frequente desapego. Pessoas entram e saem, mas a sanidade permanece.
Não é sobre o que pensamos às 2:00h da manhã em meio a solidão, e sim o que vem a mente numa tarde de domingo leve e tranquila. Ninguém precisa de ninguém. Todos precisam de si apenas, e quando aprendem, aí estão prontos para pensar mais além.
É completamente possível que você morra de saudades de alguém, mas não queira proximidade. Isso significa que apesar de ser importante e fazer falta, a distância faz de você uma pessoa mentalmente mais saudável.
Vivo para dar forma as coisas que são. Aos que me amam, eu os amo. Aos que me querem bem, eu os quero bem também. As coisas que não são, as que não controlo, deixo nas mãos do acaso.
Aprenda com suas próprias tragédias.
Os que melhor se enquadram em posições de poder normalmente são os que não a desejam mas vêem nela as alternativas de mudança. Aplicam suas idéias com a simplicidade de um comum.
Existe um espinho ali, em algum lugar. Ele tá lá, inerte, intocável. Não há pinça que o tire, nem alicate. A tempos que muitos se fingem de vivos.
E tudo finda.
Se não o amor,
A dor, ou a vida.
E necessariamente encontra seu fim
Das suas ações
De você,
De mim.
E tudo termina.
Encontra o final
Recomeça e se anima.
E tudo se reinventa.
A dor, o amor
o sabor.
O masoquismo real
Doloroso, e ao mesmo tempo indolor.
Não é esse o amor?
Quando se é criança, encaramos a imortalidade como um incrível super poder. Uma loucura! 50 ou 60 anos de vil insanidade, sofrimento e dúvidas já são difíceis de se levar. O homem nasceu pra ser feliz em certo período da vida, triste em outro, e inevitavelmente perecer como todas as coisas.
As lembranças mais amargas ironicamente estão ligadas aos momentos mais doces.
Nunca é numa praia às 23:00 da noite sob a luz do luar, ou numa praça antes do nascer do sol. É no bar, é numa taverna, num botequim qualquer, numa esquina sem iluminação, num portão velho. São nesses lugares que os maiores acertos e decepções do amor realmente acontecem.
Amores não são imprescindíveis, mas copos vazios são lamentáveis.
Os que sempre fugiram do amor acabam por encontrá-lo, e os que buscam não podem achá-lo.
Quero levar o tipo de vida que no dia em que eu partir, tenha tantas pessoas para se despedirem, e orarem, e agradecerem, que elas se olharão e dirão: “Só ele mesmo para trazer tanta gente.”
Não tenho ambições, meu único legado é o que faço por alguém e como serei lembrado por isso.
Eu evito a discussão,
O debate
E a briga.
Não troco uma frase
Com quem acredita
Ter um rei na barriga.
Somente os tolos acreditam que não vão ou não precisam mudar.
Pedro era sim uma persona ímpar. Não havia feito nada de grandioso, nem realizado grandes momentos. Seu principal diferencial era se sentir genuinamente feliz pelos feitos de quem amava. Pedro gritou como nunca na formatura de sua amiga, Helena. Quando soube que Bruno tinha conseguido o “sim” de uma garota, Pedro o abraçou. Quando Gustavo, seu primo, finalmente chegou no altar, Pedro chorou. Ele percebeu que a alegria poderia vir, não só das coisas que fazia, mas das conquistas de quem amava. Como alguém assim não mereceria o mundo?
É um estado humano muito infeliz, esse de valorizar um pôr-do-sol quando não se tem, ou lamentar pelos abraços e beijos quando não estão mais disponíveis. Um castigo forçado mostra como são as coisas comuns e pequenas que dão forma e sentido a todas as existências.
Todas as manhãs eu me levanto com uma dose extra de esperança.
Eu entendo os que não conseguem, porque lá fora é tudo muito turvo, sombrio, e em maior intensidade, essa sombra tem aumentado com o tempo.
Acredito que como unidade de pessoa sou insignificante como uma formiga que nesse exato momento caminha por cima do muro, no outro lado do quintal e sem ser notada. Acho que o otimismo, a alegria, vem dos momentos em que contemplo as regras do universo, os pequenos mecanismos de uma roda, as pífias engrenagens de um todo que no final, tornam-se essenciais.
E sendo eu pequeno também, sinto que todos os dias recebo a oportunidade de ser algo mais, uma peça que vá acrescentar algo ao tabuleiro.
Existem duas possibilidades: O de dar certo ou de dar errado, mas como saberá se vai dar errado se não tentar dar certo?
A vida é uma caixinha de surpresas, que você não sabe o que terá dentro, quando for aberta. Entenda que, seja boa ou ruim, cabe somente a você escolher se fica triste, ou levanta, sacode a poeira, coloca um sorriso no rosto, mesmo que as lágrimas queiram cair e sua alma sangre por dentro. O importante da vida é você lembrar que nada é eterno e que você, eu e nós só estamos aqui de passagem para evoluir, crescer, aprender, seja com o amor, seja com a dor. A vida é assim surpreendente e só você pode decidir como vai começar o seu dia e escrever sua história. Nunca ninguém disse que viver seria fácil, mas viver é uma dádiva, então aproveite e procure ser melhor, mesmo que muitas forças queiram que você não seja. Todas as vezes que você cair, levante-se quantas forem necessárias, porque você é importante, acredite. Queira o bem do seu próximo, porque de uma maneira ou outra, você está conectado a ele.
Está difícil encontrar a solução do mundo, tantas cabeças pensantes, e tantas ambições pensantes. E agora pensantes o que será deste mundo tão vazio de ideais humanitários?
Como posso ainda esperar
Quando em seus olhos vivo a pensar
Pensamentos de dias coloridos
Que me fazem sorrir mesmo em dias doloridos
Olhos profundos e magníficos
Despertam em mim desejos adormecidos
Sinto amor sinto alegria
E em seus braços me sinto protegida
Sua pele tão macia acaricia-me com tanta emoção
Quanta energia é gerada e você está em meu coração
Que felicidade olhar seus olhos brilharem ao encontrarem os meus
Faz minha vida expandir quando meus lábios encontram os seus.
Como é complexa a rede humana e o seu potencial de evolução. É magnífico!
O mal que você desejou está com saudades de você e está voltando com a velocidade da luz para você… Abra os braços e receba-o.
Algumas pessoas não passam por nossas vidas. Estas pessoas ficam em nossas vidas, dentro de nossas lembranças e corações, você é uma destas pessoas. Quero somente ver você sorrindo e que perceba a brisa refrescante da vida tocando sua pele e o brilho do Sol, ao abrir seus olhos. Aproveite a vida e sorria sempre, pois acredite, sua história é única e linda. Mesmo que existam tempestades e obstáculos durante o decorrer da caminhada, lembre-se que tudo passa, o que nunca passará é o que viveu, sentiu, aprendeu com tudo isto. Você nasceu para ser feliz, evoluir como pessoa e ajudar quem sabe até, outros também evoluir de alguma maneira.
“O jeito como eu me sinto por você nunca vai
mudar. É claro que eu te amo – e não há nada
que você possa fazer pra mudar isso Cristiane meu amor, eu sinto sua falta, eu te quero!
cade vc ? fale comigo, toh tao triste mor
O fato é que todo mundo um dia irá tentar te dominar.
Amar é percorrer um mundo
cheio de fantasia
Amar é viver o presente
Amar é fazer alguém feliz.
o meu amor por ti é tão grande
feita as obras em Angola
nao tem fim.
essa estaçao, era tao linda,
hoje vc quer partir
estaçao ficará vazia sem locumutivas
nao posso fazer nada pra empedi-la de partir
doi
pra nao ver a amizade sendo disfeita,
fecho os olhos turvos.
porque so de saber ja doi! viu!
vc nunca percebeu, eu amava-te tanto…
Desejo que sejas muito feliz
ontem você dizia que mim amavas
hoje você ja está nos braços de outra pessoa
nada posso fazer
perdi você para sempre
tu acabaste com com o meu mundo
ontem fui feliz
hoje vivo chorando
“Todas as falhas humanas provêm da
impaciência.”
“Amor acaba, descobri isso depois de muito
tentar. É meio apavorante reparar que se
esqueceu alguém. Principalmente quando esse
alguém, um dia, foi visto como o centro de
tudo, sabe? Esquecer alguém por quem a gente
foi completamente louco é descobrir, um
pouco, que às vezes a gente é quase que
insignificante e substituível. Ainda que, esquecer
a pessoa, não tenha nada a ver com
substituição. E sim, apenas um processo de
cura.”
Foi você que despertou em mim um
sentimento novo. Um amor diferente. Amor
esse, que foi construído dia após dia, reforçado
depois de cada batalha e cresceu cada vez mais
depois de todos os empecilhos. Cada palavra tua
é lembrada por mim agora. Cada demonstração
de carinho, seja ela a menor possível, eu
consigo lembrar. Consigo até sentir o umedecer
dos meus olhos enquanto penso em ti e recordo
dos seus olhos pousados, esquecidos nos meus.
Eu te garanto que teremos dias difíceis e muitas
dificuldades, que em algum momento você ou
até mesmo eu, irá querer desistir. Mas eu
também te garanto que quando isso acontecer,
eu não permitirei. Lutarei sempre por você. Por
nós. Porque eu sei que o que nós temos vale a
pena. A tua voz me faz bem, teu abraço me
conforta, tuas palavras me fazem sorrir e no
meu coração você é único na minha vida. É com
você que eu quero ficar, é você a pessoa com
quem eu quero construir uma família. Sem
sombra de dúvidas. O nosso amor começou da
forma mais inesperada possível. Inesperada e
linda. Você chegou com esse seu jeitinho meigo
e carinhoso, me conquistou e eu só queria
passar todas as horas do meu dia falando com
você e sobre você, tudo você. Depois que a
gente encontra o amor, tudo muda, não é? Você
aprende muitas coisas também. Aprende a se
dar valor e a valorizar o que tem. Aprende a
acreditar mais em você e a persistir nos seus
sonhos. E agora, escrevendo esse texto, mesmo
sem perceber, como num ato involuntário, eu
penso em você, na sua voz, em como você é
linda e lembro da minha cara de bobo quando
te vejo. Quero todos os dias me aconchegar em
seus braços e ouvir os batimentos do seu
coração. Quero sentir seu abraço e sua voz, só
que sussurrando bem baixinho no meu ouvido:
“Eu te amo, minha BRANQUELA.”
-Ele, a melhor parte de mim.
”Eu quero ser seu lugar favorito pra ir quando
você tiver um dia ruim ou bom.”
Você mudou a minha vida de repente e hoje
estou completamente dependente. Tudo o que
um dia eu sonhei, só com você eu encontrei.
Enquanto o mundo gira, a humanidade desesperada em busca da felicidade, paz e alguns buscam qual o significado da vida.
A vida é maravilhosa, quando nos sentimos bem, em paz e com aquela felicidade adentrando em nosso corações.
A vida é um mistério lindo, onde cada descoberta desperta em nós a certeza que não sabemos tudo, sempre haverá algo para aprendermos. Que bom!
Já pensou se não houvesse nada a ser descoberto ou desconhecido?
A vida é perfeita, onde tudo está de alguma maneira ligado entre si. É só observar, por isto tome cuidado com o que desejar, talvez vire realidade.
O mundo está doente… doente de falta de amor…. doente por não conseguir mergulhar dentro de si mesmo, buscar o “eu” mais profundo. Aquele “eu” que está perdido no meio do orgulho, ambição, arrogância, egoísmo, cinismo, sei lá… coitado está se afogando no mar da podridão. Talvez se cada um tentasse resgatar o “eu” e despoluir o seu interior. Encontrasse o “eu” mais humano, o “eu” mais generos
o, o “eu” que ajuda, enfim… tirar a podridão e deixar as águas cristalinas fluir novamente em suas veias… encontrando realmente o “eu” sadio e feliz! Talvez seja uma opção, ou talvez não haja mais solução. Será que o externo é mais importante que o interno? Será mesmo que a humanidade está se condenando a morrer cheio de dinheiro e sem alma?
Acredito no ser humano, acredito em dias melhores… A vida é linda, ela sorri todo dia para nós, Deus nos dá de presente o brilho do sol, as estrelas, a lua, as matas, os rios, os oceanos, as flores que enfeitam os caminhos por onde passamos, o barulho dos pássaros e a única coisa que temos que fazer é viver. Então, onde estamos errando? Por que a natureza está sendo tão maltratada?
Tento entender o valor da exatidão, porém, quando questiono, se o que eu acredito ser exato é realmente… É difícil saber com exatidão algo que poderá não ser exatamente exato e sim alterado.
Sinto a vida percorrendo em minhas veias, inúmeras vezes com a correria diária, este pulsar da vida passou despercebido. Acordei e percebi que só corria… corria… Para onde estava correndo tanto? Corria para um dia viver? Ops! Estou viva o que me faltava era viver?
Ainda bem… estou viva e acordei.A vida ainda percorre em minhas veias.
Fico pensando… As empresas estão precisando de profissionais experientes para ocupar cargos, mas como estes profissionais irão obter experiência, se somente poucas empresas dão oportunidade para adentrá-las sem experiência? Exigem experiência, mas não lembram que para adquirir experiência precisam trabalhar e com isto ter experiência.
Todos nós somos seres pensantes, já tentou parar de pensar?
Amo viajar para dentro de meu ser e ver as coisas flutuantes que permeiam minha mente, meu mundo interno é tão vasto e colorido, que as vezes é bom estar sozinha comigo mesma.Como é maravilhoso olhar para dentro de si e contemplar a vida.
A vida é uma constante batalha, onde de um lado pessoas boas procuram ficar de pé, enquanto de outro lado, pessoas ruins procuram derrubar as que procuram ficar em pé. E no final de tudo, todas ficarão deitadas inertes. O certo então, não seria se apoiarem mutualmente para caminharem sorrindo pela vida?
Reflexões enriquecem a alma.
Pessoas são informações em movimento.
Saudade é algo que sentimos de um tempo que fomos realmente felizes. Eu prefiro mil vezes sofrer de saudade, do que nunca ter vivido algo que deixe marcas e lembranças. E sem perceber, entre um suspiro e outro dizer baixinho… Que saudades!
A vida é uma eterna escolha entre ir e ficar, onde o ir te espera e o ficar também. Daí fica a dúvida do que o ir pode trazer e o ficar também. Ué! Se o ficar é igual ao ir, então, a diferença está em tentar?
Em cada lágrima uma cicatriz na alma, esta cicatriz pode ser boa ou ruim, porém o fato é que você sentiu, viveu e aprendeu.O que realmente importa é que esta lágrima, esta cicatriz em sua alma, te fez evoluir e isto vai fazer você mais forte e seguir adiante.
Subitamente o dia certo já passou, e agora? Só resta tentar de novo ao abrir os olhos novamente, quando o sol dadivar com o seu brilho um novo e cheiroso dia.
Quando a ingratidão vem de uma das pessoas que amamos é como se uma faca adentrasse nossa alma, dilacerando-a provocando uma dor profunda, que é transformada em lágrimas.
A verdade é que não são todas as pessoas, que você se importa, que importam-se com você. Algumas fingem um certo bem querer porque é conveniente ou porque estão acostumadas a serem superficiais em suas relações, dando mais valor ao ter do que ao ser. Não é culpa delas, o problema é que seus olhos e alma só conseguem dar valor ao externo e não ao interno. A verdade velada que a maioria acredita que o sucesso de alguém deva ser medido pelo quanto se conseguiu acumular durante a vida e não o quanto se evoluiu e acumulou de conhecimento durante sua existência.
O meu amor por ti, é como as obras na cidade de luanda…… construiçao q nunca param…
Eu só queria que olhasse em meus olhos e visse você.
Você que ecoa dentro de minha alma
Você que faz meu sorriso nascer mesmo em dias negros
Você que é o motivo do brilho em meu olhar
Você que se faz presente mesmo ausente
Você que não deixa eu desistir dos meus sonhos
Você que permeia meus pensamentos mais distraídos
Você que me faz sentir tanto mesmo tendo tão pouco
Você que mostra a simplicidade da vida
Você que me fez viver quando a tristeza era tudo que eu tinha
Você que transforma dias de trevas em dias de luz
Você que é apenas meu amor.
Essa dor que invade minha alma em dias que não sei como e… ainda insisto em querer.
O valor de alguém está dentro dela mesma e não no que ela possue. Olhe dentro de você. Mergulhe nesse maravilhoso mundo desconhecido, onde só você pode encontrar o tesouro escondido: você!
O ser humano devia buscar encontrar a felicidade e a paz. De alguma maneira ele busca, talvez esteja procurando em local indevido o que está sempre com ele.
No infinito da vida as pessoas realizam tantas ações importantes na vida, mas as vezes esquecem que são humanas e agem como se nunca fossem morrer.
Eu quero apenas sentir a brisa tocando minha pele acariciando meu cabelo, sentindo o oxigênio adentrando em minhas narinas e explodindo em meu cérebro, naqueles dias que não podemos mais suportar a dor nos sufocando, enquanto nossa alma tenta fugir do nosso corpo.
As pessoas e as borboletas são parecidas, porém algumas pessoas resistem a metamorfose insistindo em permanecer em seus casulos ou arrastando-se como a lagarta, enquanto as borboletas só tem um caminho o processo de transformação. Seja também uma borboleta e renove sua vida.
Pássaro chamado amor
Pássaro encantado
Por que andas tão atormentado?
Você voa pela Terra
E espalha sementes na atmosfera
Vive cantando encantado
Enquanto o mundo dorme lubridiado
Pássaro que possue penas coloridas
Essas cores tocam almas com feridas
Essas feridas abertas por falta de amor
Esperam alguém que não cause tanta dor
Pássaro encantado que se chama amor
Por que nossos irmãos do Planeta Terra colhem tanta dor?
Continue a voar pássaro chamado amor
E de semente em semente a esperança, amor e solidariedade vão transformando os corações que sobreviveram a tanto horror!
Confie no fluxo da vida
A brisa da manhã toca minha pele
E minha alma enaltece
Pois viver é uma oportunidade
Que não requer idade
As possibilidades são muitas para serem exploradas
Por isso almas não sintam-se desanimadas
Hoje você pode escrever sua história
De maneira que não seja simplória
É questão de escolher se sorri ou fica triste
Mas lembre-se que a vida insiste
Se escolher sorrir a probabilidade de felicidades aumentam
Porque só desistem aqueles que não tentam
Se escolher ficar triste
Lembre-se que não haverá nada diferente
Acorde e enxergue a vida e o amor
Como consequência diminuirá sua dor
O amor é o impulso dos artistas
E uma paisagem os fazem apreciar a vista
Eles enxergam a alma humana e o poder do amor
Que tanto inspira mesmo diante da dor
O amor e o sofrimento fazem parte da evolução
E apesar disso consigo escrever uma possível solução
Afinal é melhor admirar o nascer e o pôr do Sol
Do que ficar chorando no lençol.
Além da vida
Parabéns você abriu os olhos novamente
E quais são os pensamentos que permeiam sua mente?
O dia já raiou e com ele sua existência
Muitas lutas é certo, mas obrigada por sua persistência
A vida é assim mesmo, um dia cai e no outro levanta
E lembre-se das vidas que você encanta
Se chorar, não desanime e persista
Você é especial, então não deixe de apreciar a vista
O sangue percorre suas veias e em seu coração
Imagine o mar de probabilidade. Que emoção!
A corrida da vida não acabou e você é vencedor
Você define essa palavra vencer dor
Isso, sorria a vida te espera
E se der vontade pinte uma tela com aquarela.
Ser o exemplo com hipocrisia é a mesma coisa que passar maquiagem, em um rosto feio.
Homenagem aos professores
Infelizmente, na atual sociedade de consumo, sua importância tem sido ignorada por alguns. Estes esqueceram que o conteúdo assimilado foi porque você ensinou, com sua dedicação e esforço.
Não se entristeça ou desanime diante da indiferença, quantas vezes propiciou aos seus alunos transformarem informações em conhecimentos? As sementes foram plantadas e certamente algumas germinarão. Verás os frutos dos dias em que passou planejando e refletindo sobre as práticas pedagógicas. Quantas atividades foram elaboradas, com o objetivo de engendrar as competências de cada um, respeitando o seu tempo?
Você tratou cada ser como único.
Você acreditou no potencial de cada um.
Você incentivou mesmo quando outros diziam: “não tem jeito”.
Você buscou maneiras de desenvolver habilidades e talentos ocultos.
A você, agradecemos por tudo o que somos e o que aprendemos.
Sem você não poderíamos ser ou ter profissões.
Sem você a nossa visão sobre o mundo seria reduzida.
Obrigada por você nos mostrar a porta do conhecimento e ao abrir e adentrá-la, nossas vidas são enriquecidas, nos tornando melhores e ampliando nossos horizontes.
Obrigada a vocês a quem chamamos de professores.
Despreza os prazeres: é prejudicial o prazer comparado ao preço da dor.
Não é pobre aquele que se contenta com o que possui.
Quando a casa do vizinho está pegando fogo, a minha casa está em perigo.
Seja qual for o conselho que vai dar, seja breve.
Os pintores e os poetas sempre gozaram da mesma forma do poder de ousarem o que quisessem.
A riqueza pode servir ou governar o seu possuidor.
Na realidade, ninguém nasce sem vícios: o melhor é quem cai nos mais leves.
Desconfiai daquele que detrai no amigo ausente, e o não defende quando o deprimem.
A força bruta, quando não é governada pela razão, desmorona sob o seu próprio peso.
Considera bem a medida da tua força e aquilo que excede a tua aptidão.
Não sou obrigado a jurar sobre as palavras de nenhum mestre.
O avarento vive sempre na pobreza.
A cólera é uma breve loucura.
Quem começou, tem metade da obra executada.
Há uma medida nas coisas; existem enfim limites precisos, / além dos quais e antes dos quais o bem não pode subsistir.
As palavras… Muitas que hoje desapareceram irão renascer, muitas, agora cheias de prestígio, cairão, se assim o quiser o uso.
Ganha dinheiro honestamente, / se puderes, se não, como puderes.
A pálida morte bate com pé igual nos casebres dos pobres / e nos palácios dos ricos.
O que impede de dizer a verdade / rindo?
É belo e glorioso morrer pela pátria.
A duração breve da nossa vida proíbe-nos de alimentar uma esperança longa.
Vós que escreveis, escolhei um assunto correspondente às vossas forças.
Terminei uma obra mais duradoura do que o bronze / e mais alta do que as pirâmides reais, / que nem a chuva corrosiva nem o vento impetuoso / poderão destruir, nem a inumerável / série dos anos e o passar veloz do tempo. / Não morrerei completamente, e grande parte de mim / escapará ao túmulo.
Nada é feliz sob todos os aspectos.
O invejoso emagrece com a gordura dos outros.